“No matter how I fight it

Can't deny it

Just can't let you go

I still need you

I still care about you

Though everything's been said and done

I still feel you like I'm right beside you

But still no word from you.”

(Não importa o quanto eu lute contra isso

Não posso negar já não consigo te deixar

Eu ainda preciso de você

Eu ainda me importo com você

Apesar de tudo ter sido dito e feito

Eu ainda o sinto como se eu estivesse bem ao seu lado

Mas ainda não tive nenhuma notícia sua.) I Still... – Backstreet Boys

O tempo passava e eu continuava a segurar a flor. Resolvi guardá-la.

Depois que guardei a flor fui tomar um banho. Deixei a água escorrer por meu corpo um bom tempo. Sai do banho, vesti uma roupa de frio e fui até a cama, sentei nela e de repente minha visão embaçou. Eu olhava para a cama e o que encontrei foi uma tulipa vermelha viva. Meu coração quase pulara pra fora. Peguei a flor com minhas mãos trêmulas, trouxe-a para perto de meu rosto e cheirei-a. Era a mesma flor que Emmett me mandava diariamente.

Abracei a flor junto de meu peito enquanto as lágrimas esquentavam meu rosto. Cai deitada na cama e virei o rosto para o chão. Fitei o chão por um segundo e vi um pequeno papel azul dobrado, peguei-o, abri e li:

“Espere por mim.

                                       Com amor,

                                                                    Emmett McCarty Cullen.”  

Eu não acreditava no que meus olhos viam. Não podia ser verdade. Alguém devia ter mandado esse bilhete e essa tulipa para mim com a intenção de me deixar mal. Mas a caligrafia perfeita de Emmett o entregava. Só podia ter sido ele, ninguém seria capaz de escrever como ele. Mas como seria ele? Ele estava morto, eu havia visto seu corpo no caixão. Eu devia estar delirando.

Guardei o bilhete e a flor embaixo do meu travesseiro e deitei-me para dormir.

Eu dormia tranquilamente, sem ter nenhum sonho.

Mas no meio da noite, algo gelado afagou meu rosto suavemente. Abri meus olhos e vi o que eu nunca imaginaria poder ser verdade, Emmett me olhava com ternura. Acendi meu abajur e quando olhei, ele não estava mais lá. Resolvi esquecer meu delírio e voltar a dormir.

Quando acordei pela manhã, vi uma única tulipa vermelha do lado de dentro da janela do meu quarto.

Caminhei até lá, peguei a flor e a segurei junto de meu peito, enquanto as lágrimas tomavam conta de mim.

- Rose, abre a porta agora filha. – minha mãe dizia. De novo em uma de suas tentativas diárias de me tirar do quarto.

- Não quero abrir mãe. – falei tentando controlar meu choro.

- Não é questão de querer ou não, é questão de precisar. – ela disse.

- Mas eu não preciso. – respondi.

- Precisa sim Rosalie, não dá mais pra você ficar aí.

- Claro que dá!

- Não, não dá. Ou você abre essa maldita porta agora, ou eu a quebro. – minha mãe ameaçou.

Abri a porta brutalmente, minha mãe assustou ao me olhar.

- Pronto. Satisfeita? Era isso que você queria não era? Queria que eu abrisse essa porra de porta pra você ver como eu estou... Pra você ver o quão fudida eu estou não era? Então você conseguiu. Está gostando? Me achou linda não achou? – gritei ainda chorando.

Minha mãe parecia estar em choque. Ela não respondeu; apenas me abraçou. E eu me joguei em seus braços.

- Filha, calma. Não tem que ser assim. – ela tentava me acalmar.

- Não tem outro jeito mãe. Ele morreu, nunca mais vai voltar. – eu chorava.

- Ele morreu filha, mas você não.

- Mas é como se eu tivesse morrido também... Ele levou tudo de mim, até mesmo minha alma.

- Não fale isso filha.

- Mas é verdade mãe... Ele era tudo o que me mantinha aqui, e agora que ele morreu e eu não tenho mais porque viver. Acabou.

- Não é verdade não Rose... Você tem uma vida inteira pela frente, uma vida repleta de amor e saúde.

- O que adianta eu ter amor e saúde sendo que eu não tenho ele? – perguntei sem esperar uma resposta. – Sabe mãe, ás vezes eu queria ter morrido junto com ele... Queria que quando o coração dele parou de bater o meu parasse junto, assim eu ficaria com ele pra sempre.

- Rosalie, não é assim. Eu sei que você o amava muito, mas ele morreu... Eu não queria dizer isso, mas não espere por ele, porque ele não vai voltar. – Minha mãe disse saindo do quarto e fechando a porta.

E ela não sabia o quanto estava enganada. Se ele tinha me mandado um bilhete pedindo para esperá-lo era porque ele voltaria... Pelo menos eu esperava isso.