Do you know What's worth fighting for,
When It's not worth dying for?
Does it take your breath away
And you feel yourself suffocating?
Does the pain weight out the pride?
And you look for a place to hide?
Did someone break your heart inside?
You're in ruins.

(Você sabe pelo que vale a pena lutar,
Quando não vale a pena morrer?
Isso te deixa sem ar?
E você se sente sufocando?
A dor supera o orgulho?
E você procura por um lugar para se esconder?
Alguém partiu seu coração por dentro?
Você está em ruínas.) 21 Guns – Green Day

Após algum tempo correndo, Emmett parou. Havíamos chegado a uma campina coberta de neve e escura, mas que parecia realmente afastada da cidade.

- Você ainda tem certeza que é isso que você quer? Não quero que você se arrependa depois. – Emmett disse me olhando sério.

- Eu não vou me arrepender se você jurar que vai estar comigo pra sempre.

- Eu juro. – ele disse roçando seus lábios frios nos meus.

Estendi meu pescoço pra ele e ele me pegou no colo.

- Feche os olhos. – ele sussurrou aproximando seus lábios frios do meu pescoço.

Fechei meus olhos e ele colocou uma mãe gentilmente em minha boca. De repente, minha respiração cortou e eu senti uma coisa afiada entrar em meu pescoço, enquanto tudo escurecia.

 Abri meus olhos lentamente e percebi que estava em um quarto, deitada em uma cama mais precisamente.

O lugar era iluminado e artificialmente aquecido. Eu via as coisas de um jeito novo, conseguia enxergar cada partícula de poeira que pousava no ar. Tudo estava diferente, mais bonito, melhor. Tirando minha garganta, que queimava desesperadamente.

- Oi meu amor, como foi o seu sono? – Emmett disse fitando meu rosto e deixando transparecer o brilho em seus olhos.

- Foi ótimo. E a propósito, há quanto tempo estou dormindo?

- Quatro dias.

- QUATRO DIAS? COMO QUATRO DIAS? MAS E MEUS PAIS?

- Quatro dias, simples. Seus pais, bem, seus pais...

- Eu preciso voltar pra casa, minha mãe deve estar enlouquecendo.

- Rosalie, você não pode voltar pra casa. – Emmett disse sério de repente.

- E por que não?

- Porque para os seus pais você está morta. E mortos não voltam.

- Ah, então quer dizer que você já cuidou de tudo para fazer com que pareça que eu estou morta?

- Sim, já cuidei de tudo. – Emmett respondeu olhando no fundo de meus olhos, como se entendesse o que eu estava pensando.

- Tudo bem então. – eu disse.

- Você não quer se ver no espelho pra ver como você está? Aposto que terá uma surpresa. – Emmett disse sorrindo, encantado.

- Será que devo mesmo? Devo estar parecendo a noiva do Chuck.

- Você não conseguiria ser feia nem que quisesse Rosalie.

- Pega o espelho por favor então. – eu disse sorrindo divertida.

Emmett caminhou até o canto esquerdo do quarto e em menos de um segundo estava parado de pé bem na minha frente com um espelho de corpo inteiro e moldura dourada.

De olhos fechados eu me coloquei de pé, e ainda sem abrir os olhos passei as mãos em meus cabelos, numa tentativa de abaixá-los.

- Abra os olhos pequena, você está maravilhosa. – Emmett disse me encorajando.

Eu abri meus olhos e fitei o reflexo no espelho e meu queixo caiu. Não era possível. O espelho refletia a garota mais bonita que eu já vira na vida. Ela era alta, com cachos dourados emoldurando seu rosto branco e perfeito, os lábios eram vermelhos e carnudos, seu corpo era escultural, e tirando os olhos vermelhos ela era mais linda que qualquer boneca já inventada.

- Não é possível. – sussurrei.

- É possível sim, e é você. – Emmett disse me abraçando por trás.

- Nossa. – sussurrei novamente. Eu estava sem palavras.

- Venha comigo preciso te explicar algumas coisas. – Emmett disse pegando minha mãe e me guiando até a porta.

Saímos e começamos a correr. Eu corria muito rápido, mais rápido até que Emmett, mas me controlava para poder segui-lo até algum lugar que eu não fazia idéia de onde era, mas que eu tinha certeza que mais pra frente me traria ótimas lembranças.