Tarja Preta escrita por Maya


Capítulo 8
Sexo a Três.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, aqui estamos nós no capitulo 8 e até agora não conheço vocês. Estou ficando desanimada em relação a história, alguém de fato está acompanhando?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/753934/chapter/8

Ansiosa para conhecer a nova madrasta, Gabriela não conseguia parar de estralar os dedos e balançar as pernas de forma frenética. O dia não estava sendo lá essas coisas, o que a deixava ainda mais frustrada.

Após a breve discussão com Ana, a garota havia brigado feio com Edgar, já que ele a espionou e ainda por cima a dedurou para a mãe. Como se não fosse o bastante, Edgar contou que Daniel o ajudou a espiona-la, fazendo com que ela brigasse com Daniel também.

— Querida? – João perguntou notando o nervosismo da filha. Eles estavam no carro há vinte minutos e ainda não tinham trocado nenhuma palavra.

— Que foi? – perguntou olhando para o pai.

— Está tudo bem?

— Sim. – mentiu. – Ela já chegou? Você está dirigindo rápido de mais.

— Não, mas quero que a gente não se atrase! – ele sorriu.

— Claro. – respondeu ela revirando os olhos e afundando o corpo no banco do passageiro.

— Então... Você já tem alguém especial? – João perguntou pegando a filha de surpresa.

— O que minha mãe te disse?! – gritou irritada. – Será que não existe uma só pessoa nesse mundo que não se intrometa na minha vida?!

— Desculpa... – disse o homem ainda encucado, ficando em silencio pelo resto do caminho. Depois que chegaram ao restaurante mais chique da cidade, João e a filha se sentaram em uma mesa grande e bonita que ficava ao lado da janela, dando uma linda vista para o mar. – Sabe... – João começou. – Eu realmente espero que vocês sejam amigas.

— Vou tentar. – respondeu Gabriela, notando o nervosismo do pai.

— Olá! – uma mulher esquisita se aproximou deles. João sorriu, se levantou e arrastou a cadeira para que a mulher se sentasse. Chocada, a garota olhou a namorada do pai de cima a baixo. – Que linda você é, Gabriela! – Lúcia falou sorrindo para ela.

— Obrigada. Você também é muito... – Gabriela iria falar vulgar, porque a pergunta que ela estava se fazendo era: Quem sai de casa com uma sainha e uma blusinha daquelas, principalmente quando se está grávida? – Você também é muito charmosa. – Sim, Gabriela estava desapontada, pois Lúcia parecia uma vigarista.

— Gabi querida, o que vai querer? – Perguntava João enquanto a filha simplesmente desejava sair dali de fininho.

— Garotinha, sente-se direito. – Cochichou Lúcia no ouvido de Gabriela e a dando um tapinha nas costas. – Este restaurante é de um luxo só! Você tem que se comportar. – Gabriela olhou nos olhos dela e cruzou os braços, se espojando ainda mais na cadeira.

— Lancho com o Daniel aqui todos os dias. – murmurou ela. – Não venha ditar regras como se você fosse da alta sociedade.

— Daniel? – João e Lúcia perguntaram ao mesmo tempo, porém com intenções diferentes. Enquanto o pai estava preocupado e interessado na vida amorosa da filha, Lúcia estava surpresa e curiosa para descobrir quem era o amigo rico de Gabriela.

— Ah! Que saco! – resmungou ela se debruçando sobre a mesa e baixando a cabeça.

— Querida, por favor, tenha bons modos... – João resmungou. – A Lúcia tem razão, as pessoas estão nos olhando como se fossemos pobretões!

— Deixa Jô, ela deve estar com alguma coisa... Esta se sentindo mal? – perguntou Lúcia com rispidez, fazendo a garota mostrar a língua.

— Gabriela! – João gritou batendo na mesa, fazendo a menina suspirar e sorrir falsamente, sentando-se como uma dama. – Pronto, assim está bem melhor. – ela revirou os olhos e começou a brincar com o guardanapo.

— Não pode apoiar os cotovelos na mesa... – Lúcia disse impaciente. – E já é meio grandinha para brincar com o guardanapo. – falou tomando o objeto da mão da garota.

— O que vão querer? – O garçom se aproximou.

— Por enquanto, irei querer uma salada de outono. – respondeu Lúcia sorrindo e pegando na mão de João, o que fez Gabi ficar enjoada.

— Eu quero o mesmo... – respondeu João. – E você, querida? – perguntou olhando para a filha.

— Hambúrguer. – disse ela. – Capriche no molho, ok? Também quero um refrigerante e uma porção de cebolas fritas com bastante pimenta. – o garçom fez que sim com a cabeça e depois saiu.

— Para onde vai isso tudo? – Lúcia murmurou consigo mesma, mas Gabriela acabou ouvindo.

— Não interessa. – respondeu forçando um sorriso.

— Então... – João começou tentando puxar assunto e tornar o clima mais agradável. – Por que não conta um pouco mais sobre você mesma, Lú?

— Claro! Ótima ideia... – Lúcia respondeu. – Toco piano, sei falar francês, tenho um cachorro de estimação chamado Lilito, gosto de saladas, gosto de viajar, andar de barco, pescar, nadar, vou a academia todos os dias!

— Sua vida parece fascinante. – Gabriela respondeu sem emoção.

— Agora é a sua vez, filha... – João disse.

— Odeio etiqueta, odeio verduras e saladas, odeio o nome Lolito e tenho preguiça de ir a academia. O que mais? – ela tomou fôlego. – Meu sonho é transar com quatro caras ao mesmo tempo, porém só consegui transar com dois até agora... – claro que a ultima parte não era verdade, mas a menina estava disposta a irritar o pai e, principalmente, a Lúcia.

João arregalou os olhos e corou na mesma hora, olhando para a filha com cara de choro, morto de ciúmes dela e começando a achar que ela, Edgar e Daniel já tinham feito sexo em grupo. Lúcia deu um sorriso de canto de boca e a encarou com um olhar vazio. “Já vi que terei problemas com essa pirralha.”, pensou fuzilando a garota com o olhar.

— Gabriela. – Disse João de forma seca, cortando o silencio constrangedor. – Vamos para casa. Agora. - “Ótimo! Era justamente o que eu queria”, pensou ela. – Desculpa Lúcia, mas preciso ter uma conversa com minha filha.

A garota se levantou bufando e saiu do restaurante com o pai correndo atrás dela. João estava tão transtornado que mal conseguia andar direito.

— Então? – Perguntou ela indignada quando entrou no carro. João olhou para o celular da filha e viu que ela mandava mensagem para um rapaz chamando Cláudio, o que o apavorou mais ainda.

— Guarde o celular. – Ele falou severamente.

— Não.

— Guarde o celular agora! – ele gritou.

— Não! – João se irritou e tomou o aparelho da mão da garota a força. – O que deu em você?!

— Que história é essa, Gabriela?! O que a Lúcia irá pensar?! Você me prometeu... Prometeu que tentaria ser legal! Estou desapontado com você! Não acredito... Sua mãe tem razão! Você está sem limites! Não posso permitir isso, está ouvindo?!

— Como se você se importasse. – resmungou cruzando os braços.

— Como assim transar com quatro caras?! Você... Já transou? Pensei que ainda era virgem! Pior, fez sexo com dois garotos ao mesmo tempo?! Foi com aqueles desgraçados, não é?! O tal de Daniel e o Edgar?!

— Não!

— Eu sabia que essa escola para adolescentes problemáticos era uma má ideia! Eu não te criei para isso!

— Você não me criou. – respondeu ela seca.

— Então é isso? Tem raiva de mim?!

— Não, pai! – ela gritou. – Eu tenho raiva dela!

— Da Lúcia? Está pensando que ela irá tomar o lugar de sua mãe?

— Não sou idiota! – respondeu ela. – Mas parece que você é! Não percebeu que ela só está com você por causa de seu dinheiro?! – João não respondeu. – Ela tem idade para ser minha irmã! Isso não está certo!

— Gabriela, eu amo a Lúcia... E ela não é uma vigarista!

— Não gostei dela e ponto final!

— Você vai ter que se acostumar! Você esté encarando isso como se fosse uma criança! Não posso acreditar! Dois caras ao mesmo tempo... Estou chocado.

— A sua querida Lú não pareceu impressionada... Já pensou nisso?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram da Lúcia? Será que ela e Gabriela irão se entender algum dia?
Aguardem os próximos capítulos e espero que deixem seus comentários, opiniões e suposições. Até breve!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tarja Preta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.