Um tal Cavaleiro escrita por Sabonete


Capítulo 19
Tiro no pé


Notas iniciais do capítulo

Demorei, eu sei. Mas voltei! Tive um pouco de dificuldade em escrever esse capítulo, reescrevi várias e várias vezes.

Mas acho que consegui. Espero. Me digam! HAHAHA

Boa leitura!



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Jhon Lander entrou esbravejando pela porta. Estávamos sentados esperando-o fazia quase uma hora. Ele não nos deixou falar, tomou a dianteira e despejou sobre nós tudo o que ele havia recebido de informação.

Aos gritos contou que haviam atacado Redburg, diretamente em seu coração: a Cidadela Vermelha. Todos na sala, com exceção de Pharvra e eu, ficaram espantados com a informação. Olhavam uma para o outro pensando na audácia do ataque. Mas o comandante Lander não os permitiu conversar, bateu na mesa e falou que a inteligência não havia conseguido nenhuma informação extra, seja sobre as ameaças ou ao ataque, classificado como terrorista, pelo alto escalão das Forças Armadas e pela nobreza, a partir do momento que um nobre, Sor Hurtan, havia sido assassinado no ataque.

Engoli seco e evitei contato visual com Pharvra e Houser.

Explica-nos que algum tipo de explosão destruiu qualquer pista, juntamente com a ala leste toda. Apenas alquimistas seriam capazes daquilo, Jhon Lander disse. Com isso, no entanto, ele comentou, que o leque de opções diminuía. Quantos alquimistas havia em Redburg e nas cidades próximas? Perguntou para todos nos ao enfiar um punhal no mapa que cobria a parede.

Nos deu suas ordens, diferentes para cada capitães, com exceção de mim, e alguns outros. Era meus capitães, afinal, eu agora era um comandante. O líder da Nona Legião.

"Você, Comandante White"— Ele apontou comigo de forma intimidadora. "Quero que você e sua legião descubram onde estão os que nos ameaçaram" — Falou batendo sobre a mesa, enquanto já dava ordens para seus capitães, deveriam se preparar para a batalha ou o que pudesse acontecer.

A última ordem era que qualquer Alquimista deveria ser preso. Sem desculpas, sem explicações. Estherburg nunca esteve sobre a democracia, ele salientou.

Minha cumplice e eu nos entreolhamos. Houser sabia, mas não parecia estar sob a influência de ninguém. Não tínhamos tempos para conversar com palavras, mas nossas trocas de olhares agiam da mesma forma. Ao menos, ela não atentou contra ele, o que já era um sinal que havia dado certo.

Tinha a sensação que aquela situação era uma bomba, e o pavio estava aceso, cada vez mais curto.

Jhon Lander saiu da sala ainda visivelmente fora de si. Os demais capitães e seus tenentes fizeram o mesmo, com exceção de Houser, que veio até mim, dar algumas palavras de incentivo. Ele não parecia estar sob qualquer tipo de influência.

Maldita feitiçaria. Ou seria maldita Lady Arthúria?

Acertamos nosso plano. Pagaríamos altos valores para nossos informantes, seja lá onde eles fossem; favelas, catacumbas, templos, tavernas ou os círculos mais altos da sociedade de Estherburg. Não importava pagavamos bem, para que qualquer informação útil fosse encontrada.

E ai de quem tentasse nos enrolar. O comandante babaca deixou bem claro, tínhamos carta branca para agir como quiséssemos. E Pharvra podia ser muito persuasiva quando queria.

Achávamos que demoraria muito tempo, mas nos enganamos. Em meio dia os bilhetes foram chegando. O dinheiro move o mundo, pensava enquanto recebia as informações de meus informantes. Todos nós, estávamos recebendo aquilo pelo o que pagamos caro.

Havia rumores, encontros soturnos, nada comparado há enrascada em que nos metemos no episódio de Sor Hurtan. Era algo bem maior. Os informantes falavam de medo nas suas fontes.

A cada palavra que lia e ouvia, sentia minha mão coçar. Era algo estranho, mas uma sensação que vinha se tornando mais recorrente desde o episódio já citado, com Sor Hurtan.

Só Chama Crua parecia apaziguar aquela sensação.

Andal recebeu algo interessante, mais interessante do que as demais mensagens. Rapidamente nos contou sobre o que era; havia alguém, muitas vezes chamada de 'coisa' pelas fontes, que parecia comandar as atitudes de Arthúria. Alguém maior, que exercia sua influência não só sobre a donzela, mas sobre muitas outras esferas.

Talvez até fora de Estherburg.

Ficou bem claro para todos o que deveria ser feito. Iamos procurar, achar e destruir essa tal 'coisa', que deixava tantos amedrontados e tinha tamanha influência nas, até então, cabeças do inimigo.

Preparamos uma grande operação, não revelamos nada nem a Jhon Lander, com o pretexto de segredo. Os seiscentos homens da Nona Legião estavam de prontidão, alocados em locais específicos, de importância estratégica. Elegemos alguns soldados, os melhores, e os instruímos a irem para as catacumbas, só havia uma única saída para dentro da cidade, eles teriam a missão de fecha-la, ao meu sinal.

Eles estariam ao comando de Andal, minha consciência estava pesada por tantos que caíram sob meu comando. Me aproveitei da minha posição e passei essa situação para ela, que deveria ficar na retaguarda.

Dois coelhos com uma única cajadada.

Além de tudo, um calafrio esquisito corria na minha espinha toda vez que pensava sobre a missão. E isso me fazia querer focar completamente nela. Apenas Pharvra ia comigo e, apenas por um simples motivos: ela me ameaçava com sua espada sempre que tentava encontrar motivos para que ela não fosse comigo.

Mas tudo bem, ela me fazia me sentir seguro. E, ela podia não falar, mas seus olhos, as vezes me passavam a mesma sensação.

A ação aconteceria em dois dias, em uma noite sem lua, como foi descrito que os encontros aconteciam. Um detalhe que não haviam me passado despercebido era a procedência dessa informação, mas nosso tempo estava acabando e precisávamos fazer alguma coisa. Nosso plano cobria uma série de questões e estávamos confiantes de que se algo saísse errado, poderíamos contornar a situação.

Mas às vezes a confiança pode ser um tiro no pé.


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Notas finais do capítulo

O plano está preparado. O que pode dar errado?
Sabendo que sou eu escrevo, muita coisa, de aliens até o Godzilla.

Mas a verdade, é que, algo bem inoportuno está por vir.
Obrigado por lerem! E aguardem o próximo capítulo, coisas legais vão acontecer, prometo, vou caprichar >



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