Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 43
Capítulo 43




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Tem mais um capítulo depois desse e acaba essa maratona que tô fazendo de capítulos. Espero que estejam gostando!!! Bjs lindas.

Maria ao ouvir Estevão, com ela olhando nos olhos dele conseguia ver neles a verdade de suas palavras, ou apenas queria ver e acreditar que o que ele dizia era a mais pura verdade, para que, se fosse ela das irmãs a que sofreria de Alzheimer ele não voltasse atrás em nenhuma palavra dita. E ela suspirou levando uma mão no rosto dele e o beijou, o beijou com amor e também temor. O que passavam poderia ainda separa-los, mas aquela incerteza também e que pior, não estava nas mãos deles impedi-la. Mas ela podia tentar esquecê-la como faziam.

E o beijo se tornou mais profundo e sedento, e Estevão andou abraçado com Maria visando a cama perto deles, que sem perceber a rapidez dele, ela já estava sendo deitada sobre ela. E então assim que a boca dele deixou a dela, ela levou as mãos no peito dele e disse.

— Maria : Aonde está Heriberto e Frederico? Não estamos aqui só pra fazermos amor, Estevão. Porquê não vai com eles?

Estevão suspirou ao ouvi-la . A boca de Maria já não tinha a cor do batom que antes ela usava, os beijos dele tinha tirado ele e deixado os lábios dela rosados pedindo em silêncio por mais beijos mesmo que a boca dela tinha dito outra coisa. O que Estevão olhando os lábios dela e também seus olhos, via neles o desejo de fazer amor com ele. E ele disposto aplacar o desejo dela e o dele, a respondeu.

— Estevão: Eles devem estar fazendo o que quero fazer contigo . Acha que querem conversar comigo? Não, meu amor.

Ele então baixou a cabeça levando ela na curva do pescoço de Maria, enquanto uma mão dele apertou a coxa dela. Que assim sem deixar o que fazia, ele ouviu ela dizer de respiração já irregular.

— Maria : Vocês homens só querem isso.

Estevão então voltou olha-la e começou desabotoar a blusa dela, enquanto falava.

— Estevão: Tenho em minha frente minha mulher linda, deliciosa e cheirosa. E não troco nenhuma oportunidade de te fazer minha pra conversar com dois homens. Nem que fossem o presidente ou o papa, eu faria isso.

Maria acabou rindo e o respondeu o olhando. Entregando que o mesmo desejo que ele podia ter todo momento para o sexo, ela também podia como mulher .

— Maria : Então me faça sua como quer.

Cristina estava na cozinha. Ela colocava duas garrafinhas de água em uma mochila que ela e Frederico iam levar na tal trilha que iriam fazer, que na mochila já tinha algumas coisas, como uma toalha de banho caso entrassem na água do riacho e outra para forrar o chão se quisessem passar apenas um tempo sentados e olhando tudo. E depois deixando a mochila na mesa, ela foi buscar frutas pro lanche que ela sabia que a caminhada que ia fazer rápido lhe daria fome.

E assim, Frederico chegou por ter trocado o sapato e a alça, colocando um jeans. E assim Cristina vindo com uma pera e duas maçãs na mão, ela parou a frente da mesa e disse ao vê-lo.

— Cristina : Fica tão bem em um jeans . Devia usar mais vezes.

Ela sorriu de lado, namorando ele com o jeans que pouco o via usar e o deixava tão mais novo, tão igual aos homens da cidade. E ele então a respondeu.

— Frederico: Cavalgar de jeans na Bananal não é tão confortável. Por isso não as uso sempre.

Cristina então largou as frutas na mesa indo até ele. Gostava do que via mas gostava mais do Frederico que tinha na Bananal e que aquele ali ela só podia ver quando estavam fora das terras dele. E então de frente pra ele, ela disse de mãos no peito dele.

— Cristina : Bom, está lindo. Mas pelo menos nenhumazinha na fazenda tem o prazer de te ver sempre assim. Só eu, como agora estou vendo.

Ela olhou nos olhos dele e depois cheirou a camisa preta e de algodão que ele usava. Ela estava tão justa na pele dele que ela podia sentir na palma da mão seu peitoral firme. E ela agradeceu em pensamento que agora tudo que tocava era só dela. Enquanto Frederico com as palavras dela só pensou em como ela antes de estarem como estavam, ela mais que ele gostava de deixar claro que aquele sentimento que ela deixava exposto mais uma vez e que ele agora também tinha, ela jurava que nunca teria. Que era o ciúme que vinha do sentimento de posse, de sentir que outro nos pertence. Que no caso eles já se sentiam assim. O que nos lugares que dentro daqueles 10 anos estiveram juntos e o que muito fizeram neles, o ciúme de parte de ambos que agora tinham, em hipótese alguma poderiam existir. Que se funcionaram por todos aqueles anos tendo um caso, foi por aquele sentimento de posse não existir. Que então ele disse.

— Frederico: Veja como é a vida, Cristina. Você mais que eu, passou esses dez anos jurando que nunca teria qualquer tipo de ciúme. O que houve com a Cristina que conheci?

Ele riu fazendo ela entender que ele brincava, enquanto mexeu em um lado dos cabelos dela. E então ela o respondeu rápido e certa de suas palavras.

— Cristina: Ela se apaixonou.

A resposta que ela deu, não deixou espaço para argumentos de Frederico, que então levando os braços envolta do pescoço dele, ela o beijou.

E assim com os dois se beijando Víctoria e Heriberto passaram por uma porta dos fundos que dava entrada e saída pra aérea da piscina, e os dois pegaram eles se beijando. E Heriberto, disse cochichando para Victória.

— Heriberto :Te recordo que apostei com você uma viajem só nossa se eles se casassem. Então já comece a organizar sua agenda pra ela, querida.

Frederico desceu os beijos para o pescoço de Cristina, e ela então conseguiu ver pelas costas dele que eram observados. E assim ela disse, se separando dele.

— Cristina : Quem de vocês vai fazer o almoço? Logo terei fome.

Ela perguntou rindo e Frederico riu também, agora se pondo ao lado dela e levando a mão em sua cintura . E Victória olhou para Heriberto e depois disse, sem vontade alguma de cozinhar. Já que queria ir ao quarto depois dela e ele só terem saciado com as mãos a fome carnal que se encontraram ao lado de fora.

— Victoria: Quem fez o café? As mocinhas da limpeza, não é mesmo? Então acho que elas que vão cozinhar.

E Heriberto sabendo que a tarefa de cozinhar seria dividida entre eles, a comunicou .

— Heriberto: Não, querida. Será nós dois que iremos fazer. Ontem quem fez o jantar foi Estevão e Maria, agora seremos nós que faremos o almoço .

Victória rápido o olhou e disse, desgostosa com aquela tarefa.

— Víctoria: Há muito tempo que eu não cozinho nem um ovo, Heriberto. E agora quer que eu cozinhe?

Heriberto então tocou no rosto de Victória que o olhava com horror mas atenta a ele. O que Frederico olhando a cena deles de casal que não era a primeira que via, pensava no casamento saudável e feliz que ele sempre achou que tinham, mas que depois que teve Heriberto se abrindo na noite anterior, ele já não conseguia sentir que segueriam assim. E ele temia que o culpado de acabar com aquela cumplicidade que ele sempre viu entre eles, fosse seu próprio primo. E que sendo visto por dois pares de olhos, Heriberto respondeu Victória.

— Heriberto: Sei que sabe cozinhar, só não gosta. Além do mais tem uma grávida entre nós que deve comer no horário certo.

Heriberto então sorrindo, voltou olhar pra Frederico e Cristina quando terminou de falar, que quando fez, ele viu o olhar de Frederico sobre ele, e ele desfez o sorriso pensando que deveria se retratar com ele sobre a noite anterior. Mas que Cristina, tirando os homens dos olhares que se davam, disse de mão na barriga.

— Cristina: É isso mesmo, Victória. Eu preciso me alimentar no horário certo. Agora boa sorte com as panelas. Vamos, Frederico.

Cristina saiu puxando Frederico com uma mão, que antes ele pegou a mochila. E Victória vendo eles irem porta a fora, disse gritando.

— Víctoria : Não falta muito para essa menina sair daí, Cristina!Lembre-se, meu anjo!

Ela acabou rindo do que percebia o que Cristina começava fazer para ter as coisas fácies, o que ela também fez em suas três gestações. E Heriberto disse, por trás dela.

— Heriberto : Vem. Como Cristina disse, as panelas nos esperam!

Ele bateu no bumbum dela e Victória levou a mão aonde levou o tapa, pensando que talvez não seria um martírio cozinhar com Heriberto, que na verdade, seria mais uma coisa que fariam juntos que não eram acostumados a fazer.

Enquanto no sótão.

Maria arrumava as roupas e Estevão também. E depois que ele subiu a calça dele, ele disse agarrando ela por trás.

— Estevão: Podíamos ficar aqui. Eu te ajudo arrumar essas caixas.

Ele levou o rosto entre os cabelos dela aspirando os cheiro deles. Não se importaria em ficar o resto do dia com Maria ali. Mas ela tendo outros pensamentos disse, levando as mãos nos braços dele que estavam em sua cintura pra larga-la.

— Maria : Não, meu amor. Aqui tem uma cama, então é melhor não.

Ela se virou para ele e deu um selinho nos lábios dele, mas como ele não disse nada apenas ficou sério. Ela acrescentou.

—Maria: Não faça essa cara. Vamos descer, quero falar com Heitor .Liguei mais cedo e ele não me atendeu.

E Estevão depois que suspirou sabendo que não teria suas vontades feita aquele momento, disse, pensando que na sexta-feira que estavam, já estavam emendando o feriado em grande parte da capital.

— Estevão : Ele deve ter ficado mais tarde na cama, hum. O feriado já está valendo.

Ele então deu dois beijinhos nos lábios dela e ela voltou falar e mandar.

— Maria: Talvez. Mas ligue também para meu pai. Eu acabei deixando um recado pra ele, já que descobri que ele saiu com as meninas e segundo a governanta, ele não permitiu nem que a babá levasse o celular.

Estevão então sorriu abraçando ela agora de frente para ele, que era como que não conseguisse manter suas mãos longe dela por muito tempo. E então ele disse de sorriso ainda no rosto.

— Estevão: Viu como ele está sendo um bom avô? Deixou os celulares em casa para estar em um passeio com as netas por saber que se não fizesse isso, ia ser procurado para o trabalho.

Maria ao ouvi-lo, deu uma leve revirada nos olhos mas sorriu em seguida. E então assumiu que o pai dela estava sendo sim um bom avô.

— Maria: É. Estou supreendida.

Longe dali. Cristina já podia ouvir o som de águas correndo. E ela sorriu acelerando os passos, na ansiedade de mostrar um de seus lugares favoritos para Frederico.

E ele pegou na mão dela para ela passar por cima de uma grossa raiz de uma árvore fora da terra, e depois ele passou também por ela. Aonde já estavam era uma mata virgem e fechada que ficava próximo ao chalé. E ali os dois conseguiam ouvir melhor o som da natureza e sentir a paz dela. O que era para estar em lugares como aquele, que Frederico preferiria estar sempre em suas terras do que qualquer outro lugar.

E quando chegaram exatamente no ponto que queria, foi que Cristina parou levando as mãos na cintura e suspirou vendo o riacho que passava logo a frente deles. As águas claras e em ondinhas eram lindas e o lar de alguns peixinhos, além de uma fonte de suprimentos para outros seres vivo que habitavam na redondeza.

E Frederico suspirou vendo Cristina em silêncio de costa para ele, e caminhou para estar mais próxima dela. Enquanto a mente dela vagava há uns bons anos atrás.

Flashback

Gritos de duas mocinhas eram ouvido no meio do riacho. Que eram de Maria e Victória. Maria em sua fase de pré adolescência e Victória já na adolescência, brincavam de jogar uma água na outra, enquanto Cristina de 5 anos e meio cavucava a terra macia a beira do rio com uma colher que pegou da cozinha do chalé, e que tinha também uma boneca ao lado dela largada na terra.

Ela estava ali apenas por ter seguido as irmãs mais velhas, que amavam brincar naquele riacho mais do que estar no rio que ele sim, por ser mais longe do chalé e mais fundo, não podiam estar sozinhas como estavam no riacho que corria nele a mesma fonte de água do rio maior.

Logo as duas adolescentes dentro do riacho se separaram, até que os gritos agora era de choro, e Cristina olhou para um lado que tinha uma de suas irmãs agarrada a uma pedra no meio do riacho e chorando. Pequena, Cristina logo se assustou deixando de cavucar a terra ao ver Maria chorar. E Victória que estava mais ao meio do riacho, quando viu que Cristina dava passos pra entrar na água, ela a impediu com um berro e nadou até Maria.

Maria tinha visto uma cobra nadar na água, que por isso ela travou aonde estava . De corpo e cabelos negros todo molhado, ela chorava chamando por Victória que quando ela a viu, ela disse fechando os olhos.

— Maria :Me ajuda, Victória. Tem uma cobra enorme na água!

Victória correu os olhos sobre a água não vendo nada . E então ela disse, chegando mais perto de Maria.

— Victória : Não vejo nada. Sai daí. Está assustando Cristina, Maria.

E Maria se agarrando mais na pedra sem querer olha-la, disse.

— Maria : Não! Tenho medo! Chama o papai pra me tirar daqui.

Victória suspirou sabendo que chamar o pai delas não era uma opção já que estavam ali por permissão da mãe que pensou que brincariam perto do chalé. Já que ao pedir pra o pai delas para irem ao riacho, levaram um não de resposta por ele saber que na época da estação que estavam, era a época das cobras procriarem, o que era perigoso pra elas estarem no meio dos matos sozinhas. E por isso fizeram o errado, foram pedir pra mãe delas e da forma delas, depois que já ouviram o não dele. E então Victória olhou ao redor. Para ela era mais fácil enfrentar a cobra que Maria havia visto do que o pai delas bravo, que tendo uma ideia ela foi até um lado da beira do riacho e vendo raízes de uma árvore, ela pegou um galho solto e voltou com a água na reta dos seios dela até Maria, e disse.

— Victória :Vem, Maria. Estou com um galho se ela aparecer bato nela com ele.

Maria só abriu um olho pra ver se era verdade o que Victória falava, mas mesmo vendo que era e sempre tendo ela como sua irmã mais velha pra socorre-la como naquele momento, ela fechou os olhos de novo e disse chorosa.

— Maria : Eu quero o papai, Victória. Chama ele.

Maria chorou e depois Victória ouviu Cristina gritar por elas e chorando também. E ela como irmã mais velha sabia que aquela desobediência cairia dobrado sobre as costas dela. Que então ela não pensou mais, e pegou em um dos braços de Maria e disse.

— Victória: Não seja medrosa, Maria. Se eu chamar ele, ficaremos de castigo! Vem comigo, por favor!

Victória puxou Maria por um braço pela cintura, e Maria finalmente agarrou nela . E foi então que ambas quando deram alguns passos agarradas uma na outra, viram a cobra novamente passar nadando bem a frente delas. E Maria que já tinha saído da pedra, voltou pra ela largando Victória que fez o mesmo largando o galho na água. E berrando Cristina de voz de choro, Victória disse no mesmo medo que Maria estava.

— Victória : Chama o papai, Cristina! Tem uma cobra na água!

E foi então que de olhos arregalados e chorosos, sabendo o caminho de cór de volta ao chalé, Cristina saiu correndo dali e poucos minutos depois, Octávio já estava dentro da água pra socorre-las.

Ainda que bravo pela desobediência de Maria e Victória, ele se preocupou com suas meninas e o medo que elas estavam que só pensava em tirar elas da água.

Que quando Maria e Victória viram seu salvador, forte e grande, agarraram ambas nele uma de cada lado dele e saíram com ele da água. Que depois no caminho, Cristina livre de qualquer sermão por ser a mais nova, estava sentada de pernas abertas sobre os ombros de Octávio com as mãos lhe agarrando na testa naquele mimo. Enquanto as duas mais velha, Maria e Victória, estavam de braços cruzados uma de cada lado do pai delas e caladas, por saberem que qualquer palavra que usassem seria usado contra elas.

Fim de flashback.

Frederico tocou no ombro de Cristina, que então como em um despertar, ela se virou para ele e disse

— Cristina : Acabei me lembrando de algo.

Cristina voltou, ainda que de lado olhar para o riacho e ouviu Frederico respondê-la.

— Frederico : E o que lembrava, hum?

Ele abraçou Cristina por trás. A mão dele desceu ao ventre dela e começou passar a mão. Cristina então deitou a cabeça contra o peito dele e suspirou, sentindo ele fazer círculos com as mãos no ventre dela e naturalmente Maria do Carmo dar sinal de vida. O que ela pensava que a menina gostava de ter o toque do pai na barriga dela, o que ela deduziu que até a filha dele seria vulnerável a ele.

E então ela disse, sorrindo.

— Cristina: Toca em minha barriga e a menina mexe. Ela vai ser como eu sou com você Frederico. Seremos vulneráveis a você.

Ainda como estava, Cristina com a cabeça de lado o olhava. E Frederico não deixando de tocar na barriga dela, sentindo de fato alguns movimentos da filha deles, ele disse desejando que ela também tocasse a própria barriga como ele fazia.

— Frederico : Devia tentar fazer o que faço. Tenho certeza que ela será mais vulnerável a você do que a mim. Vai ser a mãe dela e que nos primeiros meses te reconhecerá apenas pelo cheiro.

Cristina então riu e comparou, por entender do assunto que ele falava, mas no reino animal.

— Cristina : Então ela será como um filhote de cachorro, que fareja o cheiro da mãe. Interessante, vou ser quase uma cachorra mãe.

Cristina gargalhou e Frederico então se afastou dela e disse, sério enquanto ela ria.

— Frederico : Pelo amor de Deus, Cristina, estou falando da nossa filha não de um filhote de cachorro.

Cristina tentou conter a graça que tinha ao se comparar com uma cachorra. E para se justificar já que ela era uma veterinária mesmo que seu último trabalho havia abandonado, ela disse.

— Cristina : Que, Frederico? Eu amo os animais. Só que pensei nos cachorrinhos quando disse que ela vai sentir meu cheiro.

Frederico então enfiou as mãos no bolso olhando as águas do riacho. Ele estava vermelho e por isso respirava fundo para não dizer nada que já estava querendo dizer desde que a viu fazer planos de viajens e deixando a filha deles de fora. Estavam longe de casa e ainda não estavam sozinhos, o que Frederico pensava que não seria oportuno abordar aquele tema de conversa com Cristina ali, além de temer que voltassem a brigar. Já que ficaram os dois meses que ela voltou para a Bananal, brigando. Que na verdade, brigaram mais do que ele podia lembrar do pouco que fizeram dentro dos 10 anos do caso as cegas que tiveram. Que por mais disso, Frederico queria apreciar mais aquela paz entre eles e ignora-la.

E então ele apenas disse, querendo que mudassem de assunto .

— Frederico : Me conte o que lembrava.

Cristina então suspirou. O conhecia e sabia pela respiração dele que ele estava nervoso. E como ele, ela não queria brigar. E então, ela o abraçou por trás e disse de cabeça encostada no peito dele.

— Cristina: Lembrei de uma vez que eu e minhas irmãs estávamos aqui e apareceu uma cobra na água perto de Maria.

E Frederico então depois de suspirar, perguntou querendo ouvi-la falar mais da lembrança dela o que era importante pra ele. Já que agora, ele era correspondido ele queria saber mais dela, mas da Cristina em família, já que fora dela ele sabia tudo, inclusive de como ela foi inconsequentemente egoísta muitas vezes.

— Frederico : E o que houve com a cobra? E com vocês?

— Cristina: Não lembro o que houve com a cobra. Só lembro que tudo terminou, comigo indo chamar nosso pai, e Victória e Maria dormindo mais cedo a noite por ficarem de castigo, enquanto eu sai ilesa.

Frederico então riu espontaneamente e disse.

— Frederico : Claro. Os caçula sempre se livram dos castigos.

Cristina suspirou e Frederico se virou para ela, a vendo cruzar os braços e depois dizer de cabeça baixa.

— Cristina: Me pergunto quando foi que desandei e deixei de gostar de tudo isso. De estar aqui, de estar entre minha família, Frederico. Minhas irmãs é minha família e eu as deixei por bastante tempo sem precisar. Fui egoísta muitas vezes.

Frederico pegou nos braços dela os tocando. Cristina não havia cometido pecado em criar asas e querer voar pra fora do ninho, mas havia errado em tentar esquecer o ninho e não pensar que em algum momento poderia precisar voltar pra ele. O que foi o que ela tinha feito quando se descobriu grávida.

Que então, Frederico disse.

— Frederico: Você cresceu e quis ser livre Cristina para viver sua vida. Não errou ao fazer isso. Mas cometeu um erro como eu vi que eu estava cometendo, em me enganar que poderia seguir sozinho. E me olhe agora, estou ficando velho e ainda sozinho. Eu e você comentemos erros parecidos.

Cristina o olhou nos olhos . Era certo. Ela e Frederico viveram muito tempo em suas bolhas, juntos ou não, mas longe das famílias. Que ao ouvir ele falar, ela disse.

— Cristina: Agora estamos mudando isso. Estamos aqui, não é? Eu estou aqui e vai ter Maria do Carmo pra você também. Não estará mais sozinho.

Ela deu um beijinho nos lábios dele segurando no rosto dele também, e ele então tocando nos braços dela disse.

— Frederico : Quero que tenhamos nossa família, Cristina. Eu, você e nossa filha. E para isso, desejo que siga com a gente depois que ela nascer.

Cristina fechou os olhos e suspirou. E depois abraçando ele pescoço ela disse certa com o que fez ela entregar ao sentimentos dela, que ao lado dele ela poderia fazer o que ele desejava.

— Cristina: Eu te amo. Eu vou ficar. Não quero te perder, Frederico. Eu vou ficar com vocês.

Frederico então levou uma mão no ventre de Cristina. Todo amor que ela dizia ter, o enchia de ilusões mas não tantas como gostaria, já que não seria só eles em alguns meses. E então ele disse.

— Frederico : Quero que fique por ela também. Por nossa filha, Cristina.

Cristina assentiu com a cabeça duas vezes e buscou os olhos dele para olha-lo. Estavam com os rostos tão próximos que podiam sentir as respirações neles.

E assim ela disse.

— Cristina: Eu quero ficar. Com você ao meu lado e me amando assim, eu sei que conseguirei ficar, Frederico. Quero que essa menina tenha uma família. Talvez não perfeita, com uma mãe como eu, é quase impossível. Mas quero que ela seja uma criança feliz e amada como eu fui.

Frederico levou as mãos no rosto de Cristina. Ele viu uma lágrima no canto dos olhos dela. E então ele a beijou em um leve beijo e disse.

— Frederico : E ela vai ser . Vamos ama-la juntos, hum. Vai ama-la, Cristina.

Ele então a abraçou firme entre os braços.

E momentos depois, acreditando que a água estava fria pelo horário, Cristina e Frederico procuraram um lugar pra sentar, beberam água e comeram as frutas que trouxeram na mochila. Até que encostado em uma árvore e sentado sobre a toalha que Cristina pôs na mochila, ela nua da cintura pra baixo, montava nele. De pernas abertas e corpo pra frente do dele. E assim faziam amor sem pressa, criando novas memórias para não só Cristina recordar ali, mas também Frederico.

E então mais tarde depois que arrumaram tudo, na volta quando Frederico parou para arrumar a mochila, ele viu Cristina um pouco a frente dele cair e sair deslizando de bunda sobre umas folhas e galhos. E Frederico sentiu que o ar lhe faltou naquele momento e que o sangue lhe veio nos olhos de nervoso.

E já no chalé, Victória estava na sala com Maria e Estevão. Enquanto Heriberto estava no quarto com Cristina e Frederico. A queda de Cristina gerou um pequeno alarme entre eles. Que Cristina que só sentia dores no quadril, costas e na palma de uma mão que ralou, achava desnecessário o que Frederico tinha feito, preocupando a todos. E que ela na cama, Heriberto disse, depois de ter apalpado o ventre dela e feito algumas perguntas pra ela como médico.

— Heriberto : Não tem sangramento e parece estar bem, Cristina. Mas é melhor que tire o resto do dia de repouso aonde está. Assim nos deixa mais tranquilo que a queda que teve só foi um susto e nada mais.

Frederico em pé no meio do quarto passava a mão na cabeça agoniado. Se estivessem na cidade ele levaria Cristina no hospital e exigiria que fizessem nela uma ultrassom. Mas como não estavam, ele tinha que se contentar com o fato que ela não sangrava pra saber se estava tudo bem com ela e a filha deles. Mas que ainda assim, ele concordava com a recomendação que ouviu Heriberto falar, sobre o repouso dela na cama.

E assim ele disse ainda uma pilha nervos.

— Frederico : Eu tentei argumentar para ela que não seria uma boa ideia pegarmos essa trilha, Heriberto. E agora resultou nisso!

Heriberto se levantou da cama que estava sentado e Cristina depois de revirar os olhos, disse descontente.

— Cristina : Heriberto por favor, acalme, Frederico. Eu estou bem, como vê.

E Heriberto então dando razões para a preocupação de Frederico, disse.

— Heriberto : Só vejo externamente, Cristina. Por isso recomendo o repouso. Não devia ter feito essa trilha nessa condição. Foram imprudentes.

Ao terminar de falar, Heriberto olhou para Frederico. Que Frederico não teve o que falar, já que pensava igual . Havia sido imprudente apenas para ceder mais um capricho de Cristina, que ouviu ela dizer depois.

— Cristina : Já estou cansada de não poder fazer nada! Me deixem de uma vez aqui como uma inválida e saíam do quarto!

Cristina ajeitou com raiva os travesseiros que tinham debaixo da cabeça dela dando as costas para os dois homens que a olhavam. Enquanto Frederico bravo pelas palavras dela disse.

— Frederico : Ninguém está te tratando como uma inválida, Cristina! Fomos imprudentes e agora vai ter que ficar de repouso, por seu bem e de nossa filha!

E Cristina então brava pelo tom que ele havia falado com ela, sentou na cama e disse.

— Cristina : Sua filha está me chutando, com certeza com ódio de mim já que a imprudência foi minha, então ela está bem Frederico! Não grite mais!

E Heriberto então disse, enquanto ela voltava se deitar e dar costa para eles.

— Heriberto : Não diga besteiras, Cristina. Bebês chutam na fase que já está de gravidez todo o tempo. Mas se isso está acontecendo agora, é mesmo um bom sinal .

E Frederico impaciente passou a mão no rosto todo vermelho e disse.

— Frederico : Não vai adiantar falar nada, Heriberto. Cristina é teimosa e só vai entender o que falamos para o bem dela, o quer e quando quiser!

E Cristina sem olha-los disse.

— Cristina : Pare de falar mal de mim, Frederico. Eu estou ouvindo tudo. E já que vou ficar trancada nesse quarto, vão logo e me deixem aqui, já disse!

Frederico então bufou e Heriberto o olhou . Até que ele resolveu atendê-la e saiu com raiva, e Heriberto fez o mesmo logo em seguida.

Victória e Maria na sala em pés, enquanto Estevão sentou na poltrona, viram Frederico passar na frente deles sem querer falar com ninguém, enquanto Heriberto as vendo, disse depois de suspirar.

— Heriberto : Cristina está aparentemente bem, mas não aceitou muito bem o repouso que recomendei, pelo menos até termos certeza que ela não terá nenhum sangramento ou dores.

E Estevão então entendendo o porquê Frederico passou sem falar com eles, disse se levantando.

— Estevão : Então é por isso que Frederico passou desse modo.

E Heriberto assentiu então dizendo.

— Heriberto: Sim, Estevão. Cristina está com o humor dos infernos e ele não está nada diferente dela.

E Victória brava e de braços cruzados ao ouvir tudo, disse.

— Victória: Ele tem a paciência que eu não teria nunca com Cristina. Quando será que ela realmente vai amadurecer?

E Maria ao ouvi-la um pouco aflita agora apenas pelo clima que tinham no chalé, disse.

— Maria : Não fale assim, Victória. Temos que considerar que ela seguiu com a gravidez e está tentando ter uma vida com Frederico. Ela vai se casar, nossa irmã está amadurecendo, sim!

E Victória então rebateu ironicamente.

— Victória : E só agora aos 27 anos? Que maravilha! Quando eu tinha a idade dela, já tinha minha empresa e era mãe dos meus dois primeiros filhos!

Maria torceu os lábios de lado. Diferente de Victória ela buscava compreender todos antes de apontar algum dedo. E então em defesa de Cristina, ela a respondeu.

— Maria : Todo mundo tem seu tempo pra tudo Victória. Cristina está no tempo dela. Respeite isso, ou vai afasta-lá novamente de nós!

E Estevão passando por Victória sorrindo internamente, disse quando se pôs ao lado de Maria e passou um braço na cintura dela.

— Estevão : Mas é isso que sua querida irmã sempre faz, Maria. Não respeita ninguém, não respeita as decisões de nenhuma de vocês, que se o que fazem não está do agrado dela, ela as ataca como se fosse a dona da razão sempre!

Victória quando ouviu Estevão o fulminou de sangue nos olhos. Enquanto Maria com as palavras que ouviu dele pensou que até o dia que estavam, Victória ainda não conseguia realmente aceitar a chance que ela tinha dado a ele em não se divorciarem e nem de agora dela ainda insistir no casamento deles, optando pelas terapias. O que ela deixava claro nos comentários dela, o atacando sempre que podia o que ele também fazia, os levando para um momento como aquele.

E que assim, Maria viu Heriberto pegar no braço de Victória, quando ela ameaçou ir pra cima de Estevão. Mas que ainda sendo segurada por ele, ela disse furiosa.

— Victória : Cale-se, Estevão! Sou irmã delas e tenho sim o direito de falar o que quiser se vejo que estão errando. Como Maria erra ao acreditar que um milagre pode acontecer e você mudar!

Estevão ergueu o rosto ao lado de Maria. Tinha ele todo vermelho e com sede de responder Victória. Mas ele viu Maria de olhos aflitos e que pôde ver lágrimas que certamente ela tinha sentido algo com o que Victória acabava de dizer, que então ele ouviu Heriberto.

— Heriberto : Contenha -se Victória, por favor! E você também Estevão!

E então Estevão bufou e disse olhando Victória.

— Estevão : Seja boazinha e escute seu marido, Victória.

Victória fechou uma mão em um gesto de soco mas Maria disse alto, se esquivando de Estevão.

— Maria : Já chega vocês dois! Não comecem, que se seguirem assim eu arrumo minhas malas e vou embora e deixo vocês dois se matarem sozinhos!

E Heriberto bravo também, disse soltando Victória.

— Heriberto : E eu faço o mesmo! Agora fiquem calmos, que vou falar com Frederico. Ele e Cristina precisam de nossa atenção. É tudo novo para eles. E querem brigar ao invés de apoia-los?

Estevão suspirou pensando que Heriberto tinha razão e Victória buscou os olhos de Maria, que desviou do dela e disse.

— Maria : Vou fazer um chá para, Cristina. Pode ajudar ela dormir.

E Victória então rápido disse, quando viu que ela ia deixar a sala.

— Victória : Eu vou com você. Também quero um chá.

E Maria então séria a respondeu.

— Maria : Faça depois. Quero ficar alguns segundos longe de você e de Estevão, até que minha raiva passe, Victória.

Maria então deu as costas e Victória brava olhou com ódio para Estevão e disse.

— Victória : Viu o que você fez, Estevão!

Estevão deu de ombros e disse bravo também.

— Estevão: Eu não fiz nada! Você fez isso sozinha e agora sobrou pra mim também!


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