Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 44
Capítulo 44




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Olá lindas. Estou com dois capítulos pra vocês, que são os últimos depois desses que andei postando. Agora vou deixa-las desfrutar deles e respirarem um pouco a ressaca deles pq acho que vcs vão precisar kkkkkk  Espero que tenham gostado da maratona!

Frederico fora do chalé, caminhou entre as gramas do jardim, pisando duro e quando parou de frente a dois balanços infantis, ele tirou seu maço de cigarro do bolso da calça e o isqueiro e acendeu um para fumar.

Estava nervoso e sentia que precisava passar um tempo ali sozinho. Maria do Carmo para ele, era seu milagre. Seu pequeno milagre que Cristina gerava . Que desde que descobriu que seria pai, ele a quis. A quis por querer ser pai mas também por ela ser outro pedaço dele com Cristina. Que agora ela crescendo no ventre dela, não só o fazia de um futuro papai, mas também de um futuro marido que teria enfim a família que tanto queria. Cristina através da gravidez se entregou a ele e não só de corpo como fazia dentro de todos aqueles anos juntos. Ela se abriu, abriu o coração para ele e por isso agora dizia que o amava. O que tornava tudo finalmente perfeito . Ele tinha agora duas mulheres, que agora elas sim, seriam as mulheres de sua vida. Mas vendo Cristina ao chão quando caiu, Frederico só teve um medo. O medo de tudo que ele via perfeito demais, se acabar. Maria do Carmo dava Cristina nos braços dele . Mas e se algo acontecesse com a filha que esperavam? Ele não seria nem mais pai e pensava que tão pouco seria amado por Cristina.  E perderia assim então, não só a filha mas também agora sua mulher.

Ele soltou a fumaça do cigarro e deixou o vento levar.  Frederico  também tinha suas inseguranças. Foi um homem que havia perdido tempo demais para perceber que levava uma vida artificial, mas que também não podia ser hipócrita em dizer que não gostava dela. Só que nada que buscou foi verdadeiro. Já que todos prazeres que buscou foram momentâneos.  O que teve de mais real, havia sido Cristina que mesmo entre tantas idas e vindas entre eles, era ela que depois do sexo sempre ficava ainda que longe sentimentalmente como ele também foi, até não poder mais e se ver amando ela. Mas a realidade do que agora viviam quando ele pensava o fazia temer, já que ele via, que tinha Cristina com ele depois que o deixou por ela ter se encontrando grávida, que por isso ele não conseguia esquecer que se fosse em outras circunstâncias não a teria de volta. Não a teria agora o amando. E por isso que Maria do Carmo era seu milagre, ainda que amado e desejado só por ele. E Frederico só desejava que ela também fosse logo o milagre na vida de Cristina. Que muito breve ela pudesse ver que a menina dava não só a ele uma nova vida e algo real. Ela dava isso para os dois.

E assim, pensando e fumando, Frederico ouviu a voz de Heriberto atrás dele.

— Heriberto: Está bem, Frederico? Não sabe como está o clima lá dentro.

Frederico nem se quer se virou. Ele apenas deu um riso mas que não era feliz ao ouvir Heriberto. Sorria da ironia da vida em pensar que Heriberto tinha tudo que ele mais estava desejando ter naquele momento, que era uma família formada com belos filhos e uma bela esposa. Uma família que ele pensava que Heriberto poderia afundar sozinho, se ele seguisse com as atitudes machistas que ele percebeu que ele estava tendo.

E então ele resolveu expor o que pensava, ainda como estava de costas.

— Frederico : Quando tinha minha idade, já tinha uma família com filhos, Heriberto. E eu te olhava e não entendia o porquê ainda que tivesse uma bela esposa, havia se casado tão cedo. Existe tantas mulheres que podem nos dar momentos de prazeres e luxúrias como podemos dar isso a elas. E eu tinha elas, e tinha Cristina assim pra mim também . E o que eu iria querer mais da vida? Dinheiro e mulheres eu já tinha de sobra.

Frederico ficou em silêncio e deu um trago no seu cigarro para depois seguir.

— Frederico: Mas então, em um belo dia eu parei e pensei se era só disso que eu queria seguir vivendo. E foi quando eu entendi o porquê se casou, Heriberto.

Frederico então ao fim de suas palavras, se virou olhando para Heriberto que estava em silêncio ainda o ouvindo. Frederico tinha exposto tudo que sentia a Heriberto, que ainda solteirão, ria dele e de Estevão que se tornaram tão cedo homens casados . Mas que ainda que não desejou ter a vida deles, admirava a família e o casamento de ambos, principalmente, o que Heriberto tinha com Victória.

E Heriberto de mãos no bolso da calça e sério, entendia em qual conversa Frederico queria entrar falando da vida dele. E era a qual ele sentia que devia esclarecer alguns pontos dela para corrigir como havia falado na noite passada de Victória e o que estavam passando. Que por isso, mesmo que ainda fosse mais velho que Frederico, Heriberto sabia que os argumentos lhe faltariam naquela conversa. Que assim, ele só fez um gesto de mover o ombro e a cabeça, pra Frederico seguir antes que ele começasse tentar corrigir sua atitude.

Que então Frederico para terminar, ainda de cigarro na mão disse.

— Frederico : Eu não quero te dar qualquer lição de moral Heriberto. Não estou aqui pra isso, tampouco tenho moral pra isso com a vida que levava. Só que agora temo que em poucas palavras que expôs ontem na minha frente e de Estevão, que você coloque a perder tudo o que tem, o que é tudo o que mais quero ter com Cristina e minha filha. Então só vou dizer para que não cometa esse erro. Mude a forma que pensa, se ama a família que têm e Victória . Isso será até bom pra você,  para saber lidar com os dias de hoje.

Heriberto então respirou fundo. Pensava que já tinha visto de tudo na vida. Era médico cirurgião e beirava os cinquenta anos. O que o fazia pensar que existia poucas coisas no mundo que ainda poderia supreendê-lo. E que se estava como estava, era por apenas sofrer naqueles dias o medo de descobrir que seu primogênito não era de seu sangue que com isso, ter seu rival do passado querendo rouba-lo e mais ainda, ter que aceitar ele de volta na vida dele e de Victória. Era medo o que sentia, e o mais dos terríveis ciúmes que ele nunca tinha sentido por Victória dentro daqueles 22 anos que já viviam casados.  Em um casamento no qual, ele não conseguia recordar a última crise que tiveram pra deixar ele como estava. Totalmente inseguro. Com a sensação que tudo pudesse ruir com um resultado em um papel apenas. Que ainda que ele sentisse que tinha as maiores das bênçãos que um homem como ele poderia ter  e que via que era o que Frederico buscava ter, ele disse de voz abalada.

— Heriberto : Eu amo Victória e a família que ela me deu mais que tudo na minha vida. Antes de mais nada, quero que tenha certeza disso, Frederico! Sei que falei demais ontem, mas falei mais por medo e até ciúme. Mas a amo! Amo minha família, amo meus filhos e minha esposa! Só está sendo difícil aceitar tudo que está acontecendo. E eu só desejo do fundo do meu coração, que tudo isso não passe de um engano. E quando eu ter certeza, só assim irei descansar. Mas vou ouvi-lo. Sabe que vou...

Frederico fumava enquanto ouvia Heriberto falar. Se colocava de novo no lugar dele. E só conseguiu pensar que se fosse Cristina na mesma situação que Victória, tentaria lidar com o fato que ele também tinha errado. Pensava que ela mesma ainda mais jovem poderia ter aparecido grávida e ele teria sido mais inconsequente do que foi quando dormiu com ela ainda menor de idade. Mas não era Cristina. Era Victória, e não era ele, era Heriberto naquela situação. E ambos tinham que decidir como iriam lidar com tudo. Só eles. E só restava a Frederico torcer para que tudo terminasse bem.  E então ele o respondeu.

— Frederico: Não duvido que os ame. Mas sempre foi o mais sensato, o mais controlado de nós três e por isso está me deixando surpreso e preocupado te ver assim.

Heriberto tocou em um ombro de Frederico e pediu o cigarro dele.  Frederico acabou dando, e foi ele que deu as costas agora para ele, tragou o cigarro que não tinha nenhum costume de fazer aquilo, ainda que já tivesse feito. E então depois de entregar a Frederico e se virar de lado para olha-lo. Ele disse.

— Heriberto : Estou surpreso até comigo mesmo, acredite Frederico. Nunca pensei passar por isso com Victória depois de tantos anos juntos. Mas nada e nem ninguém vai tirar minha família de mim. Obrigado pelas palavras. Mas não se preocupe mais, hum. Não vou ser tolo em perde-los.

Enquanto na cidade.

Maximiliano entrava em casa gritando por Elisa. Era quase 19:00h da noite. E ele correu em direção ao quarto de sua irmã.

Elisa estava com cadernos e livros sobre a cama, um notebook e canetas espalhadas sobre o colchão em uma bagunça tão familiar vindo dela. Mas que ao invés de estudar como denunciava seus materiais ali no meio da cama, ela estava em pé, encostada na janela do quarto dela com seu celular na mão. Enquanto olhava a tela agora apagada dele, ela só pensava no desejo que tinha de ter o valor de gritar para o mundo como gostaria de viver. Como gostaria de ditar suas próprias regras, dizer a ela mesma o que era melhor para ela sem necessitar de aprovações ou elogios do que fazia era certo. Queria apenas fazer algo e ela mesma aprovar por estar feliz. Mas tinha dentro dela uma absurda necessidade de ser boa em tudo e não errar nunca. Não errar como filha, não errar como irmã, não errar com nada, nem com alguém com algo que significasse muito pra ela. Mas se deixasse a necessidade que tinha de lado pelo menos uma vez, aquela vez que ela simplesmente necessitava arriscar em tomar uma decisão, Elisa sabia que iria decepcionaria todos em sua volta. E tinha medo. Tinha medo de não ser mais vista como era. Mas a verdade era que, ela não era mais quem foi e sentia que morria aos poucos por dentro por não saber que decisão tomar pela primeira vez na vida, que via que tinha que tomar sozinha.

E assim entre seus dilemas internos, a porta do quarto dela foi escancarada. E ela se assustou olhando pra porta e disse.

— Elisa: Nossa Maximiliano que susto! Lembre-se que aqui é meu quarto e não o seu, que entra e sai quem quiser dele no meio de suas orgias!

Maximiliano riu e passou a mão na cabeça, vendo Elisa indo sentar no meio da cama dela. Ele sabia que tinha que ser rápido para o que tinha que dizer a ela. E então ele começou.

— Max: Vim avisar que hoje teremos uma reuniãozinha em casa . E está convidada!

Max riu sacana de lado e Elisa olhou pra ele de braços cruzados, pensando, que qual fosse a tal reuniãozinha que ele falava não podia ser só aquilo. E então ela disse.

— Elisa: Que reuniãozinha fala, Max? E como assim estou convidada?Eu moro aqui também!

Maximiliano então sentou com ela e tomou o rosto dela bravo nas mãos e disse, rindo.

— Max : É uma reuniãozinha apenas.  Heitor vai estar, Vivian, Leonel e uns três amigos meus. E chame Matias, ou outra pessoa se quiser também.

Maximiliano deu uma piscadinha pra ela ao final de suas palavras e se afastou .E então, ela disse desconfiada.

— Elisa : Não sei de que pessoa mais fala se diferente de você, sou chata demais e só tenho Matias como amigo. Além do mais, Max, não vai ter reuniãozinha nenhuma aqui! Se nossos pais descobrem o que planeja eles vão nos matar!

Ela então saiu da cama fechando seu caderno e livros brava.  Diferente dele, ela queria manter a ordem em casa enquanto os pais deles não voltavam. Mas Max não querendo que ela fosse a estraga prazeres da vez, disse.

— Max : Eles não vão saber, Elisa. Pare de pensar demais e se arrisque mais!

Elisa parou pensando nas palavras de Maximiliano, que a fez suspirar e depois dizer mais calma, quando pensou que Heitor estava concordando com aquela reuniãozinha.

— Elisa: Não acredito que Heitor aceitou estar nessa sua reuniãozinha aqui.

Ela sentou e depois deitou no meio da cama dela e Maximiliano fez o mesmo deitando ao lado dela, e a respondeu animado.

— Max : Não só aceitou, como amanhã a reunião vai ser na casa dos nossos tios.

Elisa então sentou rápido em pensar na casa de seus tios, Maria e Estevão. E perguntou o olhando.

— Elisa: Vão fazer essa reuniãozinha, na casa de nosso tio Estevão também? 

Maximiliano tinha pegado um livro dela e o rodando na ponta do dedo, disse com graça.

— Max : Que eu saiba ele segue sendo nosso tio e casado com nossa tia Maria. Que falando em casamentos, ainda não acredito que tia Cristina vai casar e Frederico será oficialmente nosso tio também.

Elisa tirou o livro da mão dele o que fez ele sentar e ela dizer.

— Elisa : Vai acontecer com você o mesmo que aconteceu com ela. Vai virar papai e vai querer casar!

Elisa riu levando seu livro e o caderno pra sua escrivaninha. E Max a olhando agora sério com aquele assunto, disse.

— Max : Muito engraçadinha, você. Eu me cuido!

E Elisa de costas para ele, revirou os olhos e depois respondeu irônica.

— Elisa : E eu tenho a mesma idade que Bella tem pra acreditar nisso, Max.

No chalé, já pela noite tudo estava mais calmo. Os ânimos de antes exaltados estavam mais tranquilos.  Com algumas canecas de chá, Cristina dormiu o resto do dia, enquanto Victória para não ter mais brigas depois de várias canecas de chás também, ela baixou a guarda depois que Estevão fez.  O que ela viu que se não baixasse a dela também, teria Maria dando gelo nela o resto do feriado que ainda tinham. O que era que ela não suportava ter aquilo vindo de Maria. Victória não suportava aquela maneira de Maria brigar com ela, aplicando a lei do silêncio depois de qualquer desentendimentos delas. O que era quase como o que ela fazia com Estevão, tirando o sexo no casamento deles. Com Victória ela deixava de falar por saber que o silêncio dela para sua irmã mais velha, era pior que a morte. Já que Maria fazendo isso, Victória não tinha a atenção dela nem ao menos para brigarem. O que era que Victória tinha sempre com Cristina que era tão sangue ruim como ela. Enquanto Maria era a sensata entre as duas, que matava elas com seu silêncio mortal evitando assim brigas maiores entre elas.

E na cozinha, Heriberto e Estevão junto a Frederico que tinha a cabeça mais fria também, resolveram fazer para o jantar uma massa que sabiam fazer e que todos iriam comer juntos com um bom vinho.

Enquanto na sala, Victória fuçava em uma caixa de discos antigos. Ela tinha pegado um toca disco no sótão que Maria disse que tinha visto. Ele era antigo, uma relíquia dos anos 90 que pertencia aos pais delas e que pensavam que nem existia mais . E na caixa dos discos, Victória achou um álbum de nome true blue do ano de 86, da cantora Madonna. O que era apenas um álbum entre outros da grande coleção que Leonor fazia de discos dela.

E Victória sorriu e virou para irmãs, pra dizer.

— Victória : Já sei o que vamos ouvir.

Cristina estava sentadinha em um sofá desde que deixou o quarto depois de ter dormido o resto do dia,  que ao ouvir Victória ela saltou do sofá rápido demais e foi até ela e o toca discos que colocaram na mesa que também acharam no sótão junto com os discos.

E assim Cristina disse.

— Cristina : Será que esse troço ainda funciona?

E como Cristina tinha nascido nos anos daquele toca disco já ter sido fabricado, Victória disse rindo.

— Victória : Ele é mais velho que você Cristina, mas vamos ver agora mesmo se ainda funciona.

Victória colocou o disco e logo depois começou tocar.

Madonna la isla bonita.

 

Maria que via outros discos em outra caixa igual que antes Victória revirava, sorriu conhecendo a música e se aproximou das irmãs de taça na mão. E aquele momento as três só pensaram na mãe delas ouvindo aquela música.

E na cozinha os pratos estavam na mesa.

Frederico limpava a mão em um guardanapo, Heriberto tirava o avental e Estevão trazia duas garrafa de um bom vinho nas mãos, tiradas da adega.

Os pratos estavam servidos com uma massa que o recheio ia queijo e molho. E Heriberto suspirou e disse, em dúvida dos dons culinários deles.

— Heriberto : Será que elas vão comer isso?

Frederico pegou um copo grosso da mesa que tinha uísque para ele, e então ele pensando como Cristina andava cheia de apetite pela gravidez, disse.

— Frederico : Maria e Victoria não sei, mas ultimamente Cristina não está rejeitando nada.

Frederico riu ao término de suas palavras e Heriberto o acompanhou, e assim, Estevão também disse quando colocou os vinhos no meio da mesa.

— Estevão : Vamos falar que é uma receita caseira italiana, que elas vão comer.

A música da sala começou ser mais alta dando para eles ouvirem, e Heriberto então  disse sorrindo.

— Heriberto : Bom, de uma coisa é certa, essa comida não vai levar ninguém ao hospital mas provavelmente ao banheiro sim.

Os três riram. E Frederico disse, pelo som que escutavam.

— Frederico : Elas parecem bem animadas. Acho que não vão querer reclamar dos nossos dons culinários.

Ele riu e Estevão abrindo o vinho disse.

— Estevão : Não subestime sua cunhada Frederico, e falo da Victória que reclama de tudo e não da minha Maria.

Estevão encheu uma taça de vinho pra ele. E Heriberto disse.

— Heriberto : Acho que esquece que Maria é uma Sandoval também, Estevão. Então nunca vou acreditar que ela seja esse anjo.

Estevão bebia e Frederico para mexer com ele, disse.

— Frederico : Lembro da última vez que estive aqui e ele estava de castigo .

Frederico riu e Heriberto também  e Estevão então rápido disse.

— Estevão : É melhor pararmos de conversa afiada e chama-las, hum?

Heriberto deixou Estevão ir na frente pra cochichar com Frederico.

— Heriberto : Esse é o ponto fraco dele e Maria sabe.

E Frederico então disse cochichando de volta.

— Frederico : Duvido que não tenha esse ponto fraco também.

Frederico então caminhou tranquilo que com Cristina dificilmente teria ela o castigando como ele sabia que Estevão era castigado. Com ela não... E rindo de copo na mão ele apareceu na sala depois de Estevão e Heriberto logo depois.

Na sala, Cristina deitada no sofá, tinha os olhos fechados enquanto mexia nos cabelos apreciando a música que terminava de tocar, enquanto Victória e Maria uma do lado da outra sentadas em um sofá, tinham as mãos unidas. Que Victória bebendo vinho, procurou a mão dela pra segurar com carinho. O que ela sabia que Maria de coração mole nunca rejeitaria qualquer gesto de carinho.

E então elas ouviram Estevão dizer.

— Estevão : O jantar está pronto e servido.

Cristina então, abriu os olhos e sentou no sofá e disse animada.

— Cristina : Finalmente!

Victória se levantou com sua taça na mão e também disse, olhando os três homens.

— Victória : Só quero ver que gororóba fizeram.

Maria riu, e pegou sua taça que havia deixado ao lado da mesa com o toca disco pra ir pra sala de jantar.

Enquanto na cidade.

Elisa estava louca, tinha aberto a porta de casa ao chegar da rua com um fardinho de cerveja na mão, que inocentemente comprou achando que 6 garrafinhas daria pra todos beberem naquela suposta reuniãozinha de Maximiliano. O que ela notava que de reuniãozinha não tinha nada . Via tantas cabeças na sala da casa de seus pais que não podia contar e ainda todos sobre um jogo de luz, que ela não sabia como Maximiliano teve tempo para montar aquelas luzes nas poucas horas que ela havia se ausentado pra buscar as bebidas. O que no intervalo daquelas horas, havia perdido tempo em um caminho que ela já conhecia mas que não se atreveu descer do carro.  O que ela acabou dando tempo suficiente para Maximiliano transformar a sala da casa dos pais deles em uma discoteca.  Fazendo de sua tal reuniãozinha em uma badalada festa.

O som alto tocava hip-hop das antigas, que era da época da adolescência de todos ali.  E Elisa passou com raiva no meio dos jovens, reconhecendo algumas modelos da mãe, alguns amigos e companheiros de balada de Max, até que ela trombou com Heitor que tinha Vivian do lado dele.  Ambos tinha cervejas na mão.

E então ela disse brava com Heitor, que parecia tranquilão, enquanto a casa dos tios dele tinha se transformado em uma balada Rave .

— Elisa: Não acredito que está por trás dessa reuniãozinha que Max resolveu dar aqui, Heitor! Logo você o exemplo da nossa família!

Elisa tinha praticamente gritado pra sua voz sobressair no som alto da música e das vozes ao redor deles . E Heitor levando a boca próxima ao ouvido dela, disse também alto pra se defender.

— Heitor : Seu irmão disse para mim que só era uma reuniãozinha. Fui tão enganado quanto você, prima!

Heitor bebeu e olhou Vivian que estava meia tímida entre eles . E Elisa cruzou os braços e olhou tudo novamente. Até que ela bufou, entregou a sacolinha de cervejas na mão de Heitor e pegou a garrafa verde que estava na mão dele, levou na boca pra tomar um gole e depois que fez ela limpou os lábios e disse .

— Elisa: Quer saber, eu não vou surtar. Dessa vez vamos ser igual ele, uns loucos irresponsáveis!

Mais um hit das antigas começou tocar.

I m still in love whit you

 


E Elisa deu um grito levantando a garrafa.

Ela se via na nostalgia dos melhores dias de sua vida quando foi adolescente. Quando seu martírio era apenas acordar cedo pra ir a escola e não poder sair sem a permissão dos pais. E agora era mais uma adulta no mundo cheia de confusões reais dentro dela e com os normais problemas que a vida adulta trazia.

E então, ela não pensou mais, pegou Vivian pelo braço fazendo ela se desgrudar de Heitor e foi dançar com ela sem devolver a garrafa dele. E então, Heitor sorriu vendo as duas se distanciar dele e ouviu Leonel que chegava, dizer atrás dele.

— Leonel : Achei que ela ia surtar quando percebesse que de reuniãozinha, isso não tinha nada .

Heitor virou e olhou pra Leonel, que depois de falar, bebia uma bebida dentro de um copo vermelho descartável. E então ele o respondeu.

— Heitor : Ela disse que não ia surtar.

E então os dois riram alto com aquela novidade de Elisa ser tão certinha prometendo não surtar. E depois, Heitor chamou Leonel para ir até a cozinha para colocarem as cervejas que Elisa entregou nas mãos dele pra gelar e pegar outra pra ele.

Diferente das festas que tinha naquela casa, não tinha uma equipe pra o buffet e toda elegância para os convidados. As bebidas ficaram no freezer para qualquer um pegar e também em caixas com gelos em cima dos balcões da cozinha. Tinha também copos descartáveis sobre eles e para comer, tinha pizza. Muita pizza que também chegavam já pagas com um cartão de crédito sem limite que Max tinha posse dado por Victória. Que assim, quando se ouvia a campainha da casa, qualquer um recebia as pizzas.

Enquanto no escritório de Heriberto, Max com Maria Desamparada contra parede, saia de dentro dela depois de transarem.  Nervosa por estar na casa de quem estava, Maria Desamparada ameaçou ir embora desde que cruzou o portão ao ver que a festa da vez que ia com Maximiliano era na casa dele. Mas Max a levou ali dentro, e a fez gozar enquanto revirava os olhos, fazendo ela esquecer aonde estava.

O que agora ainda que mais relaxada, cheia de remorso, Maria Desamparada disse, vendo na estante com livros um quadro em especial a encarando.

— Maria Desamparada: Eu fiz sexo na casa dos seus pais e com uma foto deles me encarando, Max. Meu Deus! Eu não era assim!

Ela desceu a saia que Maximiliano subiu toda. E ele rindo, já que não tinha feito aquilo a primeira vez, pelo menos não com ela debaixo do mesmo teto dos pais e naquele escritório, ele disse arrumando as roupas.

—  Max: Confessa que te excitou mais esse proibido. Gemia como uma gatinha manhosa.

Maria Desamparada sentiu seu rosto queimar. Não tinha muito tempo que havia começado ter uma vida sexualmente ativa, e algumas coisas que Maximiliano dizia a ela ainda conseguia lhe causar rubor, ainda que ele com aquele jeito dele a deixasse sempre excitada.

— Maria Desamparada: Você é um pervertido, Max!

Ela bateu no ombro dele e depois ela foi sair pela porta mas Max antes dela ir, a segurou por um braço e disse.

— Max : Um pervertido que você adora.

Ele olhou para boca dela e ela pra dele e quando viram, estavam se beijando com o mesmo fogo que antes.

Enquanto no chalé.

Depois do jantar, Victória desligava o celular. Ela estava em um sofá que dividia com Heriberto . As pernas dela estava em cima das deles e ele massageava os pés dela, enquanto uma manta azul cobria a perna dela e parte da dele.

E então ela disse, depois de um suspiro olhando a tela de seu celular.

— Victória : Ligo para Max e Elisa e nenhum me atende.

Maria que vinha do quarto pra estar com eles, também disse, no mesmo tom de mãe como Victória.

— Maria : Heitor também não me atendeu.

E Cristina que estava encolhida nos colchonetes deitada ao chão com cobertas e a cabeça no peito de Frederico, disse.

— Cristina : Deixe meus sobrinhos em paz. Eles devem estarem curtindo a liberdade sem vocês.

Ela então levou a mão na boca e bocejou com sono logo depois, e se aconchegou mais nos braços de Frederico com a abraçando.

E Estevão que bebia um copo de conhaque, buscou a mão de Maria e fez ela sentar com ele no sofá perto da lareira que ele estava e disse.

— Estevão : Nosso filho deve estar com a namorada, Maria. Vem aqui, hum.

Maria sentou se encaixando entre as pernas de Estevão mas de costas para ele . Tinha conseguido falar com o pai antes, mas evitou deixar que ele passasse a ligação para Estrela naquela hora da noite para não ter a menina dando trabalho pra dormir depois de ouvir a voz dela. Mas ainda queria dar boa noite pra Heitor também. E com Estevão cobrindo ela com uma manta e a trazendo mais próxima dele logo depois, ela disse.

— Maria : Queria dar boa noite para ele, meu amor.

Ela virou o rosto pra olha-lo e ele depois de dar um selinho nela, a abraçou, lhe cheirou os cabelos e depois disse.

— Estevão: Depois tente ligar de novo ou mande uma mensagem, se isso vai te deixar tranquila.

Maria suspirou se sentindo quentinha e acolhida nos braços de Estevão.  A noite tinha esfriado e por isso, ela e as irmãs usavam moletom, enquanto os três homens vestiam pijamas. E assim ficaram agarrados com seus pares se esquentando com a lareira acesa, álcool e uma boa conversa.

Que querendo espantar o sono que já sentia, desejando esquentar a conversa sem graça que tinham, sobre o clima frio, a paz que estavam sentindo e filhos, Cristina disse, deitada agora de lado e de costa para Frederico que abraçava a cintura dela.

— Cristina: Alguém aqui sabia que um clitóris tem cerca de 8 mil terminações nervosas que dão prazer? O que é quatro vezes mais terminações do que um homem tem no pênis?


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