Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas, aí vai mais um capítulo pra vocês. Tenho outros que vou postar pela semana . Espero que gostem!



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Maria ainda no banheiro terminava de usar o secador nos cabelos, enquanto Estevão havia descido ao andar de baixo depois de receber uma ligação de Heriberto que o avisou que já haviam chegado. E então ela ansiosa, deixou o secador sobre o armário da pia arrumou os cabelos com os dedos e saiu do quarto.

Fora do chalé, Estevão recebia Heriberto, Frederico, Cristina e Victória.

O carro deles já estavam dentro da propriedade do chalé, com as malas e compras ainda dentro dele. E então, Cristina saltou do carro quando, Frederico deu a mão para ela fazer isso sem que tropeçasse no escuro, enquanto Victória desceu do carro de lábios torcidos quando viu que Heriberto esqueceu daquela gentileza com ela e conversava com Estevão animadamente a frente do carro.

Ela então revirou os olhos e disse, passando por eles de braços cruzados e um echarpe preto e peludo sobre os ombros.

— Victória : Vamos, Cristina. Deixe que eles cuidem das malas.

Cristina deu um selinho em Frederico e ele antes de deixar ela ir, alisou com carinho os braços dela que estavam cobertos com uma blusa de lã de frio e cor de pele.

Horas antes de estarem ali, Cristina quis voltar para Bananal e Frederico que teve que convence-lá mudar de ideia. O que havia conseguido com êxito. Ele sabia que Cristina sentia falta de momentos como ia ter com as irmãs naqueles dias que estariam ali e por nada ele ia deixar ela fazer a besteira de mais uma vez tentar se sabotar, como fazia todo aquele tempo fugindo como fugia da família. Agora era o momento não só de um recomeço para eles com um casal, mas também para ela como irmã. 

Victória então pegou no braço de Cristina e andou com ela para dentro do chalé. E  Estevão disse, quando Victória de cara fechada levava Cristina pra longe deles.

— Estevão : Victória sempre é muito azeda, Heriberto! Ela sempre está de mal humor . Como consegue lidar com ela? Sempre vou achar que não faz nada como homem para amansa-la.

Heriberto tirava uma mala do carro ao lado de Frederico que tirava outra, e então ele respondeu Estevão que ia fazer o mesmo com eles.

— Heriberto : Não tenho culpa que ela nasceu com esse gênio. Mas pode apostar que dou o que pensa que não mais vezes que pensa. Hoje mesmo por exemplo e dentro desse carro, amansei a fera!

Heriberto riu se vangloriando por algo que foi Victória que fez com ele. E Frederico que colocava mais uma mala que tinha tirado do carro no chão, disse.

— Frederico : Nos trouxe em um carro que antes fez sexo com Victória, Heriberto. Por isso ela dormiu o caminho todo.

Ele riu e Heriberto o acompanhou e Estevão indo no embalo do assunto que era o tema da conversa deles, depois de pegar algumas sacolas e dividir entre suas mãos, ele disse.


— Estevão : Já que estamos falando disso, já quero deixar avisado que hoje ninguém dorme! Estão no meu feriado com Maria, por tanto estejam cientes que vou estar com ela na cama mais do que com vocês em qualquer lugar desse chalé.

Frederico já se preparava pra entrar no chalé com as malas mas quando ouviu Estevão, ele disse brincando.

— Frederico :Estou muito tocado com todo esse seu afeto, Estevão por já fazer meses sem nos vermos e sem nós estarmos unidos e ainda falar assim.

Heriberto então tocou no ombro de Frederico e disse, zombando de Estevão.

— Heriberto : Sabe que Estevão é assim. É obcecado por Maria, Frederico.  Mas vamos eu e você beber juntos e colocar a conversa em dia e deixamos ele. Quero ver se Victória e Cristina vai deixar ele ter o que quer todo tempo de Maria com elas aqui.

Heriberto riu e Estevão fechou a cara, já o que acabava de ouvir era pura verdade. Agora teria que competir com Victória e Cristina a atenção de Maria.

Maria abraçava suas irmãs feliz entre o corredor da porta de entrada do chalé. E depois dos abraços e beijos, Cristina que foi a primeira entrar, logo foi farejando o cheiro de comida que a levava para cozinha, enquanto Victoria foi para sala. Ela largou o echarpe sobre um sofá e olhou a lareira vendo o quadro dela com as irmãs e o pai delas.

E então ela disse nostálgica.

— Victória : Eu amo as lembranças que esse lugar me traz, Maria. Gosto mais delas que tenho aqui, do que das que tenho na casa que crescemos.

Maria estava atrás de Victória, que suspirou entendendo o que a irmã falava por se sentir igual, e disse.

— Maria : Digo o mesmo, Victória, porquê me sinto igual.

As duas se olharam uma do lado da outra e ouviram atrás delas.

— Cristina : Pra mim aqui não me traz tantas lembranças assim para amar. Na verdade, vocês duas foram as mais que desfrutaram de nossa família perfeita e feliz.

Cristina que acabava de falar, tinha uma coxa de frango na mão com um guardanapo de papel na ponta dela. Ela como a a mais caçula tinha mais recordos de como o pai delas deixou a mãe delas do que do quanto se amaram naquele chalé e no lar que cresceram na cidade. O que não significava que ela tinha lembranças triste no chalé, apenas não tinha muitas que podia se lembrar com facilidade como Victória e Maria tinham.

E Maria então a olhando, disse sorrindo.

— Maria : Acho que já achou o frango.

Frederico passou depois de Estevão já ter passado com várias sacolas pra cozinha, e ele com uma bolsa no ombro e duas malas de rodinha disse, por saber que tudo o que carregava era de Victoria.

— Frederico : Aonde eu as coloco? Parece que tem todo seu guarda roupa aqui, Victória.

Frederico deixou as malas no canto no chão. E Victória então, querendo saber se o quarto que era dos pais delas estava desocupado para deixar as malas dela nele, disse olhando Maria.

— Victória: O quarto que foi de nossos pais está vago, Maria?

Maria deu um riso. Sabia que Victória tinha preferência pelo quarto dos pais quando estavam ali todos juntos, alegando como mais velha que ela tinha direitos sobre ele . O que ela não ligava para aquela bobagem, já que todos os quartos eram igualmente confortáveis. E os dos pais eram apenas simbólico para elas, mais para Victória como ela sempre exigia estar nele. E então ela disse.

— Maria : Sim. Ele é todo seu. 

Mas então Cristina passou no meio das duas e disse.

— Cristina: A não, a cama deles é maior e também com o colchão ortopédico. Eu que devia ficar com o quarto deles.

Cristina tocou a barriga pra usar Maria do Carmo como arma para ela conseguir o que queria, e Maria disse rindo.

— Maria : Cristina tem razão, Victória . Olhe essa barriga.

Maria alisou o ventre de Cristina e Victoria revirou os olhos sabendo que ia se render para sua irmã grávida. E então ela disse, segurando um sorriso.

— Victória : Só porquê está grávida deixo que fique com o quarto deles. E não falamos mais disso.

Enquanto elas conversavam, Heriberto e Estevão junto a Frederico começaram entrar e sair com sacolas e malas até que tudo estava dentro do chalé e já distribuídos em três quartos dos quatros que tinha no chalé.

E assim momentos depois, todos estavam na mesa servidos de um bonito jantar, que depois dele, agora só desfrutarem do vinho que ainda estava na mesa, menos Cristina que estava a base do suco.

Em uma mesa grande, os 6 estavam sentados conversando alto e até rindo. Maria bebia do seu vinho enquanto Victoria do lado dela falava com ela. Heriberto ficou todo vermelho do lado de Victória quando ele sentiu seu membro ser apertado por ela debaixo da mesa e com ela ainda conversando com Maria. Estevão na ponta, conversava com Frederico ao seu lado direito. Enquanto Cristina olhava com a cabeça no ombro de Frederico por estar sentada ao lado dele, Maria e Victória conversarem entre elas. Até que ela se levantou disposta a dormir já que ela sabia que vinho não iam servir para ela e tampouco pensava que seria convidada para participar da conversa das irmãs. E assim ela disse.

— Cristina : Eu já vou deitar, boa noite a todos.

Victória e Maria pararam de conversar, quando ouviram Cristina e viram ela se levantar. E então Victória disse rápido.

— Victória : Nada disso, Cristina. Vamos pra sala e ficar só nós três lá. Temos muito que conversar.

Quando Victória disse só as três, ela olhou pra Estevão o querendo fazer entender que não o queria perto, já que ela sabia que ele queria todo tempo Maria com ele e quando não estava, ele ia atrás dela. Enquanto, Cristina sorriu vendo as irmãs sorrindo para ela e se levantando também. E então as três deixaram a sala de jantar.

Enquanto Estevão quando viu Maria ser arrastada pelas irmãs pra longe dele, fechou a cara e tomou um longo gole do seu vinho para não dizer nada e nem fazer.

Heriberto notou logo a mudança de expressão do rosto do irmão, e respirou fundo e disse se levantando.

— Heriberto : Vou buscar uma bebida mais forte para tomarmos.

Heriberto fez sinal com o olhar pra Frederico, que tirando um maço de cigarro do bolso da calça dele, ele disse por saber como Heriberto sabia, que o primo dele tinha problemas em se controlar quando o assunto era Maria.

— Frederico: Maria está logo ali, campeão.

Ele acabou rindo. Porquê no fundo achava graça aquele jeito louco de Estevão, que ele  pensava que se fosse como ele em relação a Cristina, estaria internado em um hospício ou já condenado há anos de prisão. E então ele pegou um cigarro e acendeu enquanto Heriberto, já estava indo em direção do armário de dispensa do chalé que também tinha uma pequena adega.

E Estevão depois de soltar o ar do peito vendo Frederico já tragar seu cigarro aceso disse, não querendo pensar mais na vontade que tinha de sair dali e pegar Maria para estar só com ele como antes estavam, além de dizer as boas verdades que guardava contra Victória que tinha tirado Maria abaixo dos olhos dele.

— Estevão : Devia parar com esse cigarro se quer ver Maria do Carmo crescer e te dar netos.

Ele falou mostrando que estava com raiva e Frederico soltou a fumaça e o respondeu, depois que pensou que ainda fumava, mas fumou mais quando Cristina havia fugido dele e do casamento com ele.

— Frederico : Já fumei mais do que fumo hoje. Acredite Estevão.

E Estevão então bebendo um pouco do resto do vinho que tinha em sua taça, o respondeu depois.

— Estevão : Ainda assim fuma. Devia parar.

Heriberto veio com uma garrafa  fechada de um bom uísque escocês. E disse todo feliz.

— Heriberto : Isso aqui vai esquentar nossa noite que terminará na cama com nossas mulheres derrubados por ela, ou sabem muito bem como.

Ele riu e Frederico riu também, mas achando que a segunda opção era mais fácil acontecer com Heriberto que como sempre quando bebiam ele era o primeiro a ficar bêbado, mas sem ele saber que Estevão andou chegando bêbado em casa. E então ele disse.

— Frederico : Traga logo essa garrafa pra cá de uma vez, Heriberto e é melhor que já separe outra.

Enquanto na sala.

Victória mexia na lareira. Ela tinha acendido ela, mas com um ferro ela mexia na lenha querendo espalhar o fogo mais rápido. E assim ela disse.

— Victória: Como é que acende essa coisa?

Cristina estava no sofá, ela tinha tirado a sapatilha e encolhido as pernas nele, e Maria de frente pra ela no mesmo sofá tinha feito o mesmo, mas tinha uma taça de vinho na mão. E assim, depois que ela ouviu Victória falar, ela disse virando o rosto para olha-la.

— Maria : Ela já está acesa. Deixa aí que logo o fogo se espalha, Victória.

Victória estava descalça no chão, os dois colares que ela trazia no pescoço e pulseiras, ela largou na mesinha no meio da sala e então, ela pegou a taça dela que estava sobre a lareira, e sentou em uma poltrona de couro preto que estava de frente para o sofá que Maria e Cristina estavam.

E então depois que bebeu um pouco do seu vinho, ela disse de pernas cruzadas.

— Victória : Quero que saiba que vou fazer seu vestido de noiva, Cristina. Andei pensando essa noite e achei qual modelo fazer.

Ela então comunicou sem querer saber se Cristina queria ou não que ela fizesse o vestido de noiva dela. E Cristina riu levando os dedos nos lábios. Ela só pensava que não se via nunca dentro de um vestido de noiva. Tinha aceitado se casar com Frederico, mas seria da maneira dela e depois que a filha deles nascessem . E então ela disse, para tirar qualquer ilusão que Victória estava tendo com o casamento dela.

— Cristina : Aceitei me casar por amar Frederico. Mas mesmo o amando eu não entraria em um vestido brega de noiva jamais.

Victória arregalou os olhos em direção a Cristina e Maria fez o mesmo. Ambas haviam se casado em um badalado casamento e dentro de lindos vestidos de noivas que Cristina acabava de chamar de bregas. E Victória depois de bufar com a insanidade que acabava de ouvir, disse logo.

— Victória : Então como pretende se casar, Cristina? De espartilho e langerie?

Cristina riu alto quando ouviu Victória. Logo a mente dela trouxe imagens picantes com ela vestida de espartilho, cinta liga e meias transparentes para casar com Frederico. E então ela disse com um riso ainda no rosto.

— Cristina : Até que não seria uma má ideia.

E Maria então depois de rir disse.

— Maria : Não dê ideias pra essa louca, Victória .

Maria bebeu um pouco do seu vinho e Cristina soltou um suspiro, agora desejando falar sério. E então ela disse.

— Cristina:  Quero casar apenas no civil com Frederico. E para isso, serve pra mim uns terninhos como Maria usa, Victória. E ela mesma poderia me ajudar com isso . Me ajudará, não é Maria?

Maria então assentiu com a cabeça e disse depois que sorriu.

— Maria : Claro que sim minha irmã. Só não case com um preto. Qualquer cor menos essa.

Maria riu mas temendo ver Cristina casar de preto . E Victória revirou os olhos, vendo Cristina tocar a mão de Maria em um gesto carinhoso. E então ela disse.

— Victória : Eu também poderia desenhar esse terninho . Mas fique só com a ajuda da Maria, Cristina e rejeite a minha.

Victória depois de falar virou o rosto e Maria disse ao olha-la.

— Maria : Não seja ciumenta, Victória.

Elas então acabaram rindo, até que Maria tomou mais um gole do seu vinho e só então viu que os olhos de Cristina foi na taça dela. E ela percebeu que pra Cristina podia estar sendo difícil saber que não podia beber vendo todo mundo beber e ela não, e então ela tirou logo a taça da boca e pôs na mesa a frente. E Cristina soltou.

— Cristina : Não chego a hora de me livrar dessa barriga e voltar ser quem eu era.

Victória e Maria se olharam por um momento em silêncio. Victória também tinha percebido no mesmo momento que Maria deixou sua taça do lado que Cristina queria vinho, e então ela fez o mesmo com a taça dela e depois a respondeu.

— Victória : Vai se casar e tem coisas que gostava de fazer que não vai poder fazer mais, Cristina. Tem que estar ciente disso para depois não se frustrar.

Victória falava uma verdade que Cristina devia saber antes de dizer que voltaria ter a vida que elas sabiam que ela gostava de ter. E Maria também disse.

— Maria : Victória tem razão, Cristina. Vai mudar muita coisa quando se casar. Mas também não significa que essa mudança será ruim.

Cristina deu de ombros. Estava tranquila em relação as mudanças que as irmãs dela falava. Estava já vivendo com Frederico e estava gostando de estar ao lado dele, e para ela o que só mudaria em alguns meses era que teriam um documento que diziam que eram casados. E e então ela disse.

— Cristina:  Não penso que mudará muita coisa. A maioria das coisas que eu fazia, Frederico sempre estava comigo e agora vai ser igual com nós casados. Frederico e eu, éramos mais que amantes que tinham um caso, éramos cúmplices também.

E Victória se ajeitando aonde estava sentada, perguntou, curiosa depois que ouviu as palavras de Cristina.

— Victória : E que tipo de coisa já fizeram juntos?

Maria olhou para Victória com a mesma curiosidade dela, mas diferente dela ela queria respeitar a intimidade de Cristina com Frederico. O que Cristina sem se importar, disse depois que riu de lado, respondendo Victória.

— Cristina : Cada uma mais sacana que a outra. Então penso que me casando com ele nada pode mudar. Eu ainda terei meu amante e meu cumplice, mas que agora também será meu marido.

Toda confiante que nada seria diferente, Cristina disse. Mas Maria sentindo falta de alguém importante que mudaria sim a vida que Cristina teve com Frederico, acrescentou nas finais palavras dela.

— Maria : E também ele vai ser o pai da sua filha, Cristina. Vocês vão ser pais. Isso mudou. Isso vai mudar vocês e qualquer rotina que tinham.

Victória sem saber o que dizer, pegou de novo seu vinho, já que sabia que Maria tinha razão. Ela foi mãe de Maximiliano sem nenhum planejamento, o que fez ela casar rápido, parar um tempo de estudar e não curtir melhor os primeiros anos de casada com Heriberto. Então ela sabia que Maria estava certa e que Cristina se ilusionava.

Enquanto na mesa. As doses de uísque eram servida com gelo para os três homens que já estavam na metade de uma segunda garrafa.

Estevão ergueu o copo grosso de sua bebida que tomava rindo mais leve do que antes na companhia de seu irmão e primo. Pensava agora depois de ouvir uma piada boba de Frederico, que Maria tinha razão, ele ia gostar de ter o primo com ele e o irmão. Há meses que não tinham um tempo juntos como aquele para rirem e beberem . E então ele disse.

— Estevão : Brindemos a esses dias com todos nós juntos outra vez.

Frederico brindou com o copo dele tocando no de Estevão e depois Heriberto fez o mesmo e ambos beberam . E então, Frederico disse, compartilhando mais dos seus dias longe dos primos como eles faziam.

— Frederico : Eu contei para vocês que Débora apareceu, com Cristina na fazenda? Achei que aquela mulher destruiria o que eu estava construindo com ela.

Estevão deu um riso sacana . Sabia de algumas histórias de Frederico com a jovem Débora. O que para ele, Frederico preferia mulheres mais novas que ele ou, elas o preferiam. E então ele disse.

— Estevão : Não, não contou. Mas e Raquela? Aceitou o fim do noivado de vocês? Não existe pior karma, que é o que vem da ex ou ex que não aceita o fim da relação.

Heriberto ouviu Estevão falar enquanto engolia sua bebida e esvaziava assim seu copo, que depois que fez, ele disse por pensar que Estevão não entendia nada do que falava.

— Heriberto : Como se soubesse disso, não é Estevão?

E Frederico não sabendo do porquê Heriberto falava daquela forma já que desconhecia qualquer ex que ele poderia ter como Victória para ser o karma de ambos, depois de rir ele disse.

— Frederico : Muito menos você sabe, Heriberto. Estevão espalhou para todos que era virjão quando ficou com Victória .

Frederico riu alto e Estevão não aguentou o termo que ele usou e riu também, mas Heriberto sem achar graça nenhuma, disse sério.

— Heriberto : Esquece que Victória e eu, nos separamos quando eu fui estudar fora do país, Frederico. Então eu tive outras e Victória outro.

Heriberto encheu o copo dele com o rosto vermelho. Aquele tema sempre trouxe incômodo a ele, mas agora era mais que isso, era sufocante pensar que Victória esteve com outro homem e que por esse fato agora ele não podia ser pai de seu primogênito.  E Estevão agora sério quanto Frederico, ele disse.

— Estevão : Heriberto, talvez seja melhor que conte isso em outro momento e de preferência sem estar bebendo como está.

Estevão pegou a garrafa e afastou de Heriberto, enquanto ele bebeu outro gole da sua bebida e disse o olhando.

— Heriberto : Não ficamos de acordo que íamos colocar a conversa em dia? Então não faço questão de começar dizendo ao nosso primo, Estevão que não posso ser pai do meu primogênito.

Heriberto soltou de repente e Frederico que acendia um outro cigarro pronto pra levar a boca, disse, incrédulo.

— Frederico :  Do que fala, Heriberto?

Heriberto passou a mão na cabeça e bebeu mais enquanto Estevão, disse, de cara não muito boa por naquela questão ter um lado para estar.

— Estevão : Minha querida cunhada teve um caso com Osvaldo Rios e agora depois de vinte anos descobriu que Max pode ser filho dele.

Estevão bebeu depois de falar sem um pingo de humor, enquanto Frederico criava hipóteses que não podia acreditar com o que acabava de ouvir.  Mas que Heriberto logo corrigiu Estevão.

— Heriberto: Fale direito, Estevão. Ela não teve um caso com esse imbecil, ela namorou ele quando terminamos! Como fala parece que virei corno!

Frederico analisou aquela questão levando o cigarro na boca. Na frente dele tinha Heriberto enchendo a cara e Estevão falando como tinha falado de Victória como que ela tivesse cometido um crime, e o pior era ver Heriberto só defender o que o convinha, que era sua imagem e não o de Victória que colocaram ali, o passado dela para ser claramente julgado entre eles.

E então depois que ele tragou do seu cigarro ele disse, sério.

— Frederico : Não gostei do modo que falaram da minha cunhada. Vocês podem ser melhores que isso. Você principalmente, Heriberto.

Frederico cruzou a perna tentando relaxar seu corpo na cadeira, naquele momento ele desejou estar com Cristina para evitar aquela conversa.  Ele não se via o maior santo entre os dois homens na sua frente que tinham como irmãos dele, mas por ser ele quem vivia mais fora da cidade parecia que era o único com a mente mais aberta e entre eles em relação aos mesmo direitos que uma mulher solteira tinha de estar com outros homens do que eles dois que falavam daquele jeito .

E Heriberto então resolveu se defender.

— Heriberto : Como quer que eu fale? Depois de anos tenho a dúvida se sou pai ou não do meu filho mais velho. Como quer que eu trate esse assunto, Frederico?

Frederico então apagou o cigarro dele no cinzeiro no meio da mesa. E respondeu, Heriberto, não muito calmo.

— Frederico: Consciente que como disse, você e Victória viveram uma separação e ela foi uma mulher livre para estar com quem quiser. Que agora isso que está acontecendo não pode ser só culpa dela. Certamente Osvaldo e você, foram bem inconsequente no passado. Você e Estevão erraram nas palavras ao me contar. Eu que fico tanto tempo fora da cidade, e vocês dois que voltam alguns anos atrás, expondo o erro só da mulher nessa história, da sua mulher, Heriberto!

Heriberto bebeu sentindo o peso das palavras de Frederico sobre ele. E depois que bateu o copo vazio na mesa, ele disse.

—  Heriberto : Errei, hum? Errei mas é meu primo, minha família como Estevão é, então não preciso mascarar o que verdadeiramente sinto.

E Estevão então também disse.

— Estevão : Posso ter errado nas minhas palavras também, mas foi mais pelo fato que Victória agora me odeia. Não pelo que houve. Já que também penso que Heriberto foi imbecil. Primeiro em deixa-lá, e segundo por não pensar que ao voltar e ela estar com outro isso poderia acontecer.

Heriberto assentiu com a cabeça e apontando para Estevão, ele disse.

— Heriberto : Essa é uma verdade que todos nós pelo menos iremos concordar. Eu fui o maior imbecil nessa história!

E Frederico então rebateu as palavras dele.

— Frederico : Também não é pra se condenar assim. Eram jovens erraram e agora é o momento de concertar esse erro. Mas sem acusações de quem é a culpa, Heriberto. Acredito que já são suficientes maduros pra resolverem isso.

Heriberto buscou a garrafa com a mão que Estevão tinha afastado dele, e enchendo o copo ele disse se lamentando.

— Heriberto : A culpa maior foi minha. Eu deixei minha mulher linda e na flor de sua juventude sozinha e aquele infeliz se aproveitou disso. Mas agora ela está comigo, a recuperei e nunca mais vou deixá-la livre para outro homem, nunca mais!

Ele então levantou o copo cheio querendo valer suas palavras como fazia valer aqueles 22 anos de casado com Victória. E Frederico então o respondeu por achar que Heriberto poderia errar.

— Frederico : Faça isso Heriberto. Faça porquê a ama e não só por despeito. Com Cristina nunca fui só dela como ela nunca foi só minha, todos sabem nossa história. Mas agora não consigo pensar na hipótese dela querer estar com outro, como não quero ter outra mulher. Mas é porque a amo e não porquê me sinto dono dela. Ainda que nossa natureza como homens as vezes grite isso dentro de mim. Ainda assim, eu sou consciente, que se ela escolher voltar me deixar, dessa vez terei que deixa-la ir .

Frederico então bebeu depois de suas palavras. Ainda que verdadeiras o fazia temer elas. Cristina e ele agora iam casar e serem pais, mas se ainda depois de tudo que estavam vivendo ela quisesse deixa-lo, agora ele sabia que não teria escolha a mão ser deixar ela ir, o que era que ele temia que um dia ela acordasse um dia de todo amor que mostrava sentir e quisesse voltar a viver livremente como ela vivia. Enquanto, Estevão que tinha ficado em silêncio com os pensamentos dele que o levou para longe daquela mesa quando ouviu as últimas palavras de Frederico, ele disse sério.

— Estevão : Eu nunca aceitaria isso. Nunca aceitaria Maria me deixar.

Ele então virou o copo que tinha na boca certo que jamais seria capaz de ver Maria ir embora sem fazer nada.

Momentos depois.  Victória e Maria estavam no quarto que Cristina dormiria.

Victória fechava bem as cortinas da janela e Maria ligava o aquecedor, enquanto Cristina vinha da suíte do quarto.

Ela bocejou, vestida em um pijama baby doll preto. A barriguinha dela, a blusa quase já não cobria e o shortinho estava bem agarrado na coxa por seu corpo já estar bem mudado. E então ela viu, Maria agora arrumando a cama pra ela, e Victória terminando de arrumar a cortina o que fez ela sorrir e dizer.

— Cristina : Se eu soubesse que vocês duas iam ficar tão pendentes a mim, não tinha cogitado em não vim.

Maria e Victória logo pararam o que fazia, e Maria foi a primeira a questionar.

— Maria : Por que cogitou isso, Cristina?

E Victória de braços cruzados indo até elas disse.

— Victória : Como o porquê, Maria. Cristina sempre evitou estar entre nós . Ela não suporta estar em família!

Victória cuspiu suas maiores queixas de Cristina como irmã que com sua ausência, Maria e ela chegavam a se acostumar em não tê-la presente. E então, Cristina sentou na cama e pensou em Frederico quando ela já havia confessado a ele que errava estando sempre longe das irmãs e ela suspirou, porquê com ele sempre vinha compreensão quando a ouvia, e não um olhar de julgamento que vinha de Victória e nem o de Maria que era um decepcionado.

E assim ela tentou se justificar.

— Cristina: Não é que não suporto estar com vocês. É que eu não me importava, é diferente, Victória.

Victória riu em um puro sarcasmo e disse.

— Victória : Nossa grande consolo sua explicação, Cristina.

E Maria querendo ver o lado bom das palavras de Cristina e não o que a desanimava, disse se sentando ao lado dela.

— Maria :  Você disse não se importava, Cristina. Então significa que agora mudou? E que se importa?

Cristina deu de ombros e depois passou a mão no forro da cama sem querer olhar para Maria e Victória. Se sentia uma adolescente no meio delas e não uma adulta que já era. E então ela disse baixo, para responder Maria.

— Cristina: Frederico está me ajudando a ver certas coisas. E na verdade também vejo que errei muito.

Maria suspirou buscando a mão inquieta de Cristina pra segurar, enquanto Victória ainda em pé, disse.

— Victória: Frederico é um santo. Mesmo que não posso esquecer que ele te levou pra cama ainda menor de idade. Ele está te colocando juízo, Cristina.

Cristina então ergueu a cabeça agora pra encarar Victória e disse, ainda de mãos dadas com Maria. 

— Cristina : Supera esse fato Victória. Eu superei quando ainda criança te peguei fazendo um oral em Heriberto no jardim! Quando eu digo que não tenho muitas lembranças aqui, essa é a pouca das melhores que tenho.

Cristina então riu alto e Maria levou as mãos na boca entre um riso mas também em uma expressão de choque ao ouvir aquela confissão, já que quando ela e Victória eram adolescentes, Cristina era criança demais pra presenciar tal cena.

E assim ela perguntou.

— Maria : Você fez isso, Victória? E aqui no chalé?

Victória então deu de ombros. Lembrava do que Cristina falava. Já que jamais esqueceria a primeira vez que teve um membro masculino na boca, que por azar Cristina tinha atrapalhado ela e Heriberto terminarem o que ela sozinha provocou ele fazer no chalé e com os pais delas presentes.

E assim ela disse sem remorsos.

— Victória : Faz muito tempo, Maria. Eu ainda era menor de idade. E lembro que paguei muito bem o silêncio de Cristina.

Cristina então riu jogando o corpo na cama. Ela lembrava que Heriberto ficou por vários meses sempre dando chocolates para ela quando ia namorar Victória em casa e ela tinha feito muitas tarefas de escola dela. E assim ela disse.

— Cristina : Ô se pagou. Você e Heriberto pagaram.

Cristina deitada, fez um gesto obsceno com a mão fechada fazendo movimentos em direção a boca e brincando com a língua dentro dela. E Victória não conseguiu ficar séria, riu e pegou um travesseiro e tacou nela . Enquanto Maria saiu de perto rindo vendo Victória agora subir parte do corpo em cima de Cristina, e disse se gloriando.

— Maria : Nunca vão ter pra contar histórias como essas de mim.

Cristina e Victória pararam. E Victória sentando mais levando a mão na barriga de Cristina por ter esquecido que ali tinha um bebê antes de se jogar nela, disse, de olhos fixos em Maria.

— Victória: Claro. Mas não nos engana, Maria. Tenho certeza que o tempo que ficou sozinha aqui com Estevão, se comportou como uma profissional do sexo.

Maria ficou vermelha mas depois soltou um discreto riso de lado, dizendo depois.

— Maria :Só Estevão me faz se comportar assim.

E Cristina então interessada em saber como Maria se sentia só amando um homem e estando com o mesmo todos aqueles anos, disse se ajeitando na cama.

— Cristina : Não se arrepende em ter tido só ele na vida? Nunca se se arrependeu de se casar, Maria?

Maria olhou agora até Victória que parecia ansiar pelas respostas dela e sentou de frente pra elas. E então, quando seus pensamentos a levou nos melhores momentos que teve ao lado de Estevão como mulher. Ela disse.

— Maria : Nunca. Estevão não é um homem, ele é o homem. Posso não ter tido muitas experiências, mas as que tive com ele não me faz pensar querer ter com outro homem ou me arrepender de não ter tido com outro.

Cristina analisou a reposta de Maria. Agora se sentia como ela em relação a Frederico. Só queria ele, queria estar apenas com ele, e se já não tinha dúvida que o amava, agora muito menos ao ouvir Maria que era a mais romântica entre elas. Maria era diferente dela e também de Victória, que disse ao pensar na pergunta de Cristina.

— Victória: Teve alguns momentos que eu já me arrependi de ter se casado. Mas não de ter me casado com Heriberto. E sim ter me casado  cedo e engravidado também cedo demais. Amo Heriberto e ele como homem não me deixa frustrada. Mas penso que talvez, se eu não tivesse me casado cedo, não estaria na encrenca que estou agora pelos meus atos inconsequentes e dado por amor.

Victória suspirou olhando para o teto do quarto da maneira que tinha se deitado. Estava pensando nas suas ações inconsequentes vividas no auge de seus dezoito anos e só pensava que se pudesse voltar atrás, faria diferente. Que nem Osvaldo, tampouco Heriberto teriam sido o foco da vida dela e sim apenas em seus estudos que tinha que ser mais importante que qualquer coisa.  Mas Cristina que a ouviu desabafar disse depois de pensar nas palavras dela.

— Cristina : Que encrenca está? Será que vou me arrepender também?

Victória então olhou para Maria que olhou para ela com um olhar que dizia que ela tinha falado demais para alguém como a irmã delas, que dias atrás tinha pavor a casamentos .


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