Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Olá lindonas! O capítulo está levíssimo para a volta das atualizações e estou prontissíma para seguir com essa fic que amo tanto escrevê-la!!! Enfim espero que gostem!!!



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Depois das despedidas. Momentos depois, Victoria e Maria estavam no avião com as crianças. As duas estavam sentadas uma do lado da outra e as crianças estavam no lado esquerdo que as poltronas delas estavam, junto a babá e então elas como mães só olhavam ao lado pra saber como as crianças estavam. 


E assim durante o vôo, Maria tinha um notebook no colo. Longe do escritório, ela trabalhava como podia por ele, enquanto, Victoria fazia o mesmo, mas pelo o celular.


E assim conectada na internet, verificando seu e-mail, Maria viu uma nova mensagem entrar. E nela o endereço do e-mail de Estevão.


“Já estou com saudades, Maria, e contando as horas, os minutos para que esteja de volta, você e nossa pequena Estrela. Te amo!”


Maria suspirou e deu um sorrisinho discreto. Estava nas primeiras horas daquela viajem e ele já lhe mandava mensagens de saudades. E então ela digitou a resposta dele.


“Não faz nem duas horas que nos despedimos, Estevão... Eu também te amo. Cuide-se bem sem mim aí. Não faça besteiras!”


Maria então enviou a mensagem e olhou as nuvens do lado da janela. Até que a resposta de Estevão chegou rápida.


A única besteira que penso em fazer, é contigo quando  regressar Maria. Vou tirar sua roupa assim que ficarmos só e por horas vamos fazer amor...”


Maria quando leu, mordeu o canto dos lábios. Não esperava uma resposta como aquela. E depois que sorriu pronta para respondê-lo. Ela ouviu, Victoria dizer e que estava lendo as mensagens dela trocada com Estevão sem ela perceber.


— Victoria : Hum, avisa para Estevão que você está em um avião, Maria, antes que ele resolva mandar alguma foto indecente com o negocinho dele a amostra.  

Victoria riu baixinho de suas últimas palavras.  E Maria brava fechou a tela do notebook.  E a olhando, disse toda nervosa.


— Maria : Aí, Victoria! Não se deve ler mensagens dos outros! E Estevão, não tem, um, um... Bom, ele é grande! E não preciso dizer mais que isso para que entenda que não é certo o que insinua!


Victoria riu mais, olhando o rosto de Maria todo vermelho e até sua respiração irregular. E depois de olhar seu celular e voltar olhar pra ela, disse tranquila enquanto via Maria nervosa.


— Victoria : Eu estava brincando. Aposto que não é um negocinho o que meu querido cunhado tem. Com esses sorrisinhos que dava. Com certeza não! E agora com essa promessa dele, vai ficar mais ansiosa pra voltar. Estevão sabe jogar, tenho que confessar.


Maria bufou. Victoria tinha lido todo conteúdo da mensagem dela com Estevão e ela torceu o lábio mas se segurou para não retruca-la, já que ela sabia que diferente dela, Victoria falava abertamente de assuntos como sexo em qualquer lugar e ela não estava disposta em passar vexame. E então ela viu Victoria pegar sua máscara de olhos vermelha e de pelinhos, olhar do lado para ver Isabela, assistindo no tablet dela com fones e depois pronta pra colocar a máscara nos olhos, voltou olha-la para dizer.


— Victoria : Vou te deixar voltar com sua conversa saliente. Vou dormir, me chame por favor quando aterrissarmos . 


Maria assentiu. Pelo menos teria Victoria dormindo o resto do vôo . E então ela esperou Victoria fazer aquilo a vendo se acomodar melhor na poltrona ao lado dela pra voltar abrir o notebook.


E quando viu que Victoria estava de olhos devidamente tampados, Maria voltou escrever no notebook.


Acho que comecei me arrepender por essa noite não termos feito amor de verdade, Estevão”



E ela esperou outra mensagem com a resposta de Estevão. Estava decidida passar as horas da viajem conversando com ele.  E então o e-mail chegou.


Mereci o que fez. E o castigo que me deu valeu a pena em só tê-la daquela forma . Seu gosto é como mel para mim Maria. De todos os sabores, ele é o mais que me agrada”


Maria se moveu inquieta no assento. Sentiu sua temperatura subir e a saliva de sua boca secar. E era tesão o nome do que ela começava sentir apenas em ler aquela mensagem de Estevão. Que despertou nela todas as imagens da noite anterior que ele deu tanto prazer a ela . E de pernas juntas uma na outra ela digitou rapidamente uma resposta para ele, sem perceber que Victoria levantou um lado da máscara dela e lia os e-mails novamente.


E depois da resposta de Maria ser enviada, chocada com que leu, Victoria voltou tampar os olhos com a certeza que Maria não era uma flor. Não era a mulher que gostava de mostrar  ser na sua pose constante, de uma mulher séria.  Maria, escondia debaixo de sua delicadeza e seriedade uma mulher quente que sem dúvida sabia enlouquecer Estevão. E Victoria sorriu orgulhosa.


E assim mais tarde. No centro da cidade do México.


Estevão na hora do almoço estava em um restaurante. Ele tomava café de óculos escuros, sentado em uma mesa das mais discreta mas que podia ver todo o movimento do estabelecimento. Enquanto esperava Heriberto que ficou de almoçar com ele. 

Se pudesse escolher, Estevão não teria aquela pausa para o almoço tão cedo, mas tinha recebido uma ligação de Heriberto que parecia aflito na linha.  E então ele deixou a delegacia naquele horário para estar com o irmão algumas horas.

Mas enquanto esperava, Estevão sentia que algo o incomodava. De óculos que facilitava ele olhar muitos sentado aonde pediu a mesa sem ser flagrado. Ele tinha a sensação que era vigiado. Estava com essa sensação desde que havia deixado a delegacia, que pensou ser seguido por um carro.  Que o fez entrar no restaurante com a mão na posição certa, segurando o cabo da arma dele. E passou mais alguns minutos de espera até que ele viu Heriberto chegar, trajando branco por assim que sair dali voltar para o hospital como ele faria, regressando a delegacia.

E então Estevão disse, tirando o óculos escuros que usava para cumprimentar Heriberto.


— Estevão : Já estava pensando que não veria mais.


E Heriberto puxando a cadeira para sentar, disse.


— Heriberto : Peguei um pequeno trânsito no caminho, Estevão.

Estevão chamou com a mão um garçom e respondeu, Heriberto logo depois.


— Estevão : Hum. E o que queria me dizer que não podia ser por telefone? Pareceu aflito Heriberto. Não estou sendo o mais correto dos homens ultimamente, mas acho que posso ouvir uma irmão meu.


Estevão deu um sorriso de lábios fechados e seus olhos verdes buscou os olhos sérios de Heriberto, que pareceu respirar fundo antes de dizer.



— Heriberto : Recorda que me disse uma vez que se algum dia me sentisse inseguro em relação ao meu casamento com Victoria, eu o entenderia? Acho que começo entender agora Estevão.


Estevão estranhou o falar de Heriberto mas nada disse até que o garçom que se aproximou anotou os pedidos deles. E depois o que começou ouvir da boca de Heriberto, o teve de corpo todo tenso em pensar se fosse ele no lugar do irmão mas com Maria.


E separadas por uma fronteira . Em um hotel localizado no centro de nova York.


Bella brincava em uma piscina toda azul com poucas pessoas, tendo a tia a olhando, enquanto sua priminha recebia protetor solar na sua pele rosada de bebê. Maria protegia a pele de sua menininha que vestia um maiô pequenino, rosa com bolinhas azuis. Conforme ia crescendo, Estrela era ensinada deixar a frauda e Maria torcia que ela não resolvesse fazer suas necessidades quando estivesse na água. E enquanto, Maria estava sendo apenas mãe com as preocupações que tinha, Victoria chegava vestida em um traje de banho de um maiô vermelho e decotado, e com uma canga preta enrolada na cintura dela.

Victoria caminhava ignorando os olhares masculinos que levava. A beleza dela chamava atenção e ela sabia e sorria por dentro. Porque por fora torcia os lábios e olhava por cima de seus óculos de sol, dando um olhar nada convidativo mas sim ameaçador. Era como que passasse o recado aos homens que levariam na cara se aproximassem demais dela. E ela tornava assim mais uma mulher, que eles viam com os olhos e lambiam com a testa.


E quando chegou perto de Maria e sua sobrinha, a cara feia de Victoria se fez em um sorriso alegre e ela buscou sua menina na água e a viu de bóia dentro da piscina de adultos, e acenou para ela ainda sorrindo para mostrar que tinha chegado. E depois, deixou a bolsa transparente e de plástico que carregava na mão em cima de uma espreguiçadeira ao lado da que Maria estava. E depois a rainha da moda que abria mão daquele título naquele momento de descanso, suspirou e disse. 



— Victoria : Temos até às 17h  pra ficarmos aqui e depois outra reunião. Que com certeza será a última.


Maria pensou na manhã corrida que tiveram e que seus corpos estavam necessitados daquele relaxado momento ao lado das filhas. E então já com Estrela bem protegida, ela se levantou com ela nos braços e procurou a babá para levá-la até a piscina de crianças para depois ela ir aonde estavam . E respondeu Victoria.


— Maria : Bom, pelo menos temos algumas horas de lazer com nossas filhas. 

Victoria então tirou a canga da cintura, deitou na espreguiçadeira, tirou os óculos e ficou olhando para o corpo de Maria que estava em pé na frente dela. Maria vestia um biquíni preto, a parte debaixo amarrava dos lados e a de cima não tinha alça.  De bumbum liso amostra, barriga e pernas também, enquanto os cabelos estavam presos em uma presilha de cabelo, Victoria sorriu e mordeu um canto da perninha dos óculos dela. Tinha certeza que Estevão não fazia ideia do biquíni que Maria havia posto na mala. E então ela disse com um riso nos lábios. 


— Victoria : Aposto que Estevão não viu que trazia essa peça indecente na mala Maria. Gosto assim.


Depois de falar, Victoria levou os óculos nos olhos novamente. Já tinha passado protetor solar ainda no quarto do hotel . Então pegou uma revista de moda ao lado na bolsa dela, a abriu e começou folheá-la. E Maria riu pronta para respondê-la, mas viu a babá morena de cabelos com cachos belos e volumosos aparecer . E entregou a bebê dela e disse.


— Maria : Daqui 20 minutos vou aonde estão.


— X : Sim senhora, Maria.


Maria então agora buscou Victoria ali deitada na espreguiçadeira, pegou outro protetor solar sentou na espreguiçadeira dela e disse.


— Maria : Viajamos com as crianças, pensei que íamos usar em algum momento a área de lazer do hotel e vi que estava certa em colocá-lo na mala.


Maria então começou deslizar protetor nos braços, barriga, até que desceu para uma perna e teve que ficar de costa para Victoria e se empinar um pouco e então, ela desceu os óculos para observar melhor o que via. E disse rápido.
 


— Victoria : Me diga que essas marcas que vejo não é o que estou pensando, Maria.


Maria se virou para Victoria, ouviu ela falar sério e lembrou que na noite passada Estevão aonde suas mãos tocou, nas cochas e bumbum dela poderia ter ficado hematomas de vergões quando se aperta alguém naquelas regiões.


E assim rápido ela disse se sentando.


— Maria : Depende do que está pensando Victoria. Eu nem lembrei que poderia ter marcas.

Victoria então revelou o que desejava ser o motivo das marcas que via em Maria e não outra coisa que ela temia até em falar. 

— Victoria: Espero que isso seja resultado de muito sexo.

Maria então deitou na espreguiçadeira e depois confessou rápido, olhando de lado para Victoria.


— Maria : Eu fui muito má ontem com Estevão. Ele me fez um oral perfeito mas não retribui de nenhuma maneira e agora estou me sentindo péssima.


Depois que falou, Maria pegou seu óculos preto que deixou em uma mesinha que tinha no meio delas e colocou nos olhos ficando calada e depois voltou a dizer arrependida.


— Maria: Esqueça o que te falei, Victoria. Borre da sua mente.


Victoria apenas riu aliviada e então disse.


— Victoria : Eu sei o que você fez.  Li as demais mensagens que trocou com Estevão enquanto achava que não estava vendo. Mas tenho certeza que ele mereceu o que fez!

Victoria  gargalhou e Maria não se conteve em não rir também. Mas quando iam voltar a conversa, ficaram caladas quando viram um garçom do restaurante da área da piscina trazer uma bandeja de coquetéis sem álcool pra elas.


E depois que ele saiu. Victoria disse se sentando aonde estava deitada.


— Victoria : Foi eu que pedi no caminho pra cá.


Ela então buscou os olhos de Bella, a chamando com um aceno pra buscar a bebida.  E Maria, vendo a sobrinha ir em direção a escada da piscina, disse rápido.

— Maria : Você e Heriberto pareciam bem essa manhã no aeroporto.

Maria pegou o coquetel de morango, chupou pelo canudo o líquido gelado e Victoria, segurando um copo de um outro coquetel de frutas para dar pra Isabela, ela disse, sentindo que pisava em ovos na situação que se encontrava com Heriberto.


— Victoria : Ele não me deixou dormir direito pela noite. Fizemos amor mais do que eu consegui contar. Não estou me queixando, mas eu ia viajar e tinha que dormir. Mas em troca, ele fez tudo para me agradar. Me presenteou e me deu múltiplos orgasmos. Então acho que estamos bem, Maria. Mas sinto que seguiremos assim a curto prazo. Um prazo de 30 dias pra ser exata.


Maria suspirou preocupada com o casamento da irmã. Sabia o quanto ela sofreria se aquele exame que esperavam decretasse o fim do casamento dela.  Mas também ela pensava no amor que sentia, na sensatez do cunhado. Heriberto não fazia nada impulsivo. Era um homem tão culto e paciente e ela sabia que ele amava Victoria acima de tudo e mais, que o amor dele por Maximiliano não poderia ser mudado independente de qualquer resultado. O amor. O amor seria a fortaleza deles. E então Maria disse.


— Maria : Maximiliano pode ser filho dele. E ainda que não fosse. O amor de vocês e o amor que ele sente por Max, pode falar mais alto. Não pense negativamente antes da hora, Victoria. Tudo vai dar certo.



Victoria suspirou pesadamente. Não queria mesmo ser negativa. Nunca era. Mas tinha medo. Medo de perder sua família feliz e o marido que amava por uma irresponsabilidade cometida por ambos ainda jovens demais.  Então ela respondeu Maria, vendo Bella já fora da piscina se livrando da bóia para ir até elas.


— Victoria : Max pode ser filho dele mas também não pode. E ainda que ele tenha me pedido perdão, eu não consigo esquecer nada que ele me disse, Maria. Se Max não for o filho de Heriberto, eu sei que ele terá dificuldades para lidar com isso. 

Maria então pensou. Victoria tinha compartilhado tudo sobre a discussão dele. E ainda que tinha outra imagem do cunhado ele tinha se revelado totalmente machista e egoísta em relação aquele assunto. E então torcendo que o fim do dilema que Victoria passava ainda fosse o que queria, aonde o amor falasse mais alto, Maria disse .

— Maria : Ainda acho que o amor de vocês pode ser mais forte que essa fase ruim, Victoria. Confesso que fiquei decepcionada quando soube como Heriberto reagiu. Mas sei que ele te ama. Você sabe disso mais que eu.


Victoria pensou naquele amor que passaria por uma prova de fogo que nunca tiveram durante tantos anos de casados. E seriam aprovados? Ela queria realmente saber para ver qual era o tamanho daquele amor que sentiam. Ela queria saber mais qual era o tamanho do amor de Heriberto. E então baixo ela respondeu Maria, enquanto se levantava. 


— Victoria : Quero ver o quanto. Quanto é o tamanho desse amor.

Victoria então sorriu para Bella que chegou, pingando água  e com uma bóia rosa nas mãos dela . E Victoria disse deixando aquela conversa que tinha com Maria para outro momento.


— Victoria : Meu amor, que tal não entrar mais nessa piscina de adultos até a mamãe entrar com você?

Isabela largou a bóia ao chão e  pegou o coquetel de frutas que a mãe dela dava pra ela. E depois disse se queixando.


—Bella : Mas mamãe essa piscina é mais legal.

E Victoria não querendo deixar ela voltar a piscina, disse.

— Victoria : Mas é perigosa. Vai na outra que a mamãe vai logo depois com a tia Maria .


Ela pegou a bóia do chão e pôs perto das coisas dela com Maria e voltou a dizer.


— Victoria: Não vai precisar dela. Agora vai, meu amor. Que logo vou também.


Victoria sorriu e alisou o rosto de sua caçula que se animou mais com a ideia de ficar na piscina menor em saber que a mãe também iria e então ela foi. E Maria que observava a cena calada de Victoria que sabia como ninguém que ela pudesse conhecer, esconder as emoções que sentia, disse.



— Maria : Consegue tão bem esse feito de esconder o que realmente está sentindo, Victoria. Pelo menos sabe disfarçar melhor o que passa contigo do que eu. Sempre foi assim. De nós três, sempre foi a irmã mais durona em tudo. Só não sei se isso te faz bem.


Victoria voltou para espreguiçadeira. Ela tinha àquele lado dela que era herdado pelo pai delas, porque Leonor, a mãe delas era um poço de sentimentos nobres e transparentes demais, assim como Maria era. E então depois de pensar naquele seu defeito ou qualidade que ela não sabia muito bem definir se era bom ou ruim ser como era, ela respondeu Maria.



— Victoria: Me conhece tão bem Maria que sabe que isso só é uma máscara. Heriberto me magoou . Se eu pensar nas palavras dele volto a temer de perde-lo e chorarei por todos os lados . Mas chorando não se resolve nada. Não sou a irmã tão durona assim entre nós . Só a que evita mostrar mais o que sente. E se me faz bem? As vezes acho que sim, outras acho que não.

Maria então pensou nas palavras de Victoria e depois disse.

— Maria : Sei que Heriberto te magoou por isso digo, que é a mais durona por não estar deixando transparecer isso nem na frente de seus filhos, Victoria. Você e Cristina, são assim, eu sou a mais sentimental. Sempre fui.


Maria revirou os olhos pensando em como era. Podia ser uma manteiga derretida e mostrar que era assim, mas também não era uma tonta. E Victoria que sorriu, por amar Maria exatamente como era, disse.

— Victoria : Tem mais da nossa mãe esse lado seu, e só agradeça Maria. E eu te amo como é. É perfeita assim. Tem o coração nobre que consegue quebrar um coração como meu, que é algumas vezes duro e orgulhoso.

Victoria então esticou o braço para o lado de Maria e pegou na mão dela e ambas sorriram uma pra outra. E depois que puxou o ar do peito espantando aquele clima melancólico que se encontraram, Victoria lembrou que tinham duas meninas a espera delas e foram brincar com as filhas na piscina infantil.

E as horas do dia seguiu correndo. 

E na Bananal.

Cristina depois de ter deitado para descansar quando almoçou com Frederico civilizadamente na mesa, acabou adormecendo e acordou ao final da tarde. Estava tão dorminhoca que as tardes dela estavam sendo as mais preguiçosas em anos. E assim depois do seu sono ela descia as escadas a procura de alguma viva alma naquele casarão.



E então ela se dirigiu até o escritório de Frederico. Pensava que já naquele horário da tarde ele já podia estar em casa. E estava. Mas ela não sabia que ele não estava sozinho. E então ela abriu mais a porta que estava entreaberta e viu ele com um homem.

Os dois homens naquele escritório que estavam em pé olharam pra ela e ela constrangida por ter parecido ter interrompido uma aparente reunião de negócio, disse .


— Cristina : Me desculpe Frederico. Achei que estava sozinho. Com licença.

Cristina então fechou a porta e o homem, um pouco mais velho que Frederico deu um sorriso para ele e disse.


— X : Quem era aquela graça de morena?


Frederico assim que ouviu tais palavras teve o semblante sério enquanto o verde de seus olhos escureciam.  A interrupção de Cristina não teria sido nada se ela não tivesse aparecido como havia aparecido na porta com ele acompanhado. De vestidinho e descalça, com a cara lisa que dizia que acabava de acordar e com cabelos um poucos revoltos. Ou seja, ela estava desgraçadamente linda e a vontade na casa dela. Porque sim, aquela casa que passou todos aqueles anos morando sozinho seria também dela.  Havia decidido isso há  meses quando pediu ela em casamento e o que houve no meio disso, só antecipou o momento de estarem debaixo do mesmo teto a ponto de serem pais.


Mas agora tinha um homem de passagem na casa deles que estava tendo a audácia de cobiça-la como tinha feito. Não tinham ainda um papel que dizia que eram marido e mulher mas eram. E Frederico não ia permitir que outro homem o afrontasse daquela maneira e debaixo do teto dele. Cristina já era agora sua mulher e ele gostaria que isso começasse a ficar claro a todos. 

E então de corpo todo rígido ele respondeu o homem a sua frente.



— Frederico : Ela é minha mulher, minha noiva, Xavier!


Xavier pigarreou nervoso. Não sabia que Frederico estava com alguém, os rumores do casamento dele com Raquela chegou ao ouvido dele que tinha sido cancelado e ele sabia que a morena que tinha visto não era ela.  E então ele disse, com uma mãos no bolso da calça e outra segurando um copo de bebida.

— Xavier : Me desculpe Frederico, eu não sabia que já estava com alguém e nem que ia casar de novo depois do que houve com Raquela, homem. Está cheio de surpresas.

Frederico então tirou o copo que seu amigo de negócio bebia.  Não queria ter ele mais ali. Ninguém que usasse calças e que não tinha seios ele iria querer dentro da casa dele.  Fora entre suas terras era outra questão, trabalhava com trabalho braçais mas só nas terras dele aonde precisava de bastante braços fortes, porque dentro da casa dele era outra história. A partir daquele momento, seria outra. E então nada amigável ele disse sério.

— Frederico : Agora já sabe. Cristina é minha noiva! Vamos nos casar e teremos um filho. E já que terminamos nossa conversa, se retire da minha casa, Xavier. Ou teremos problemas!

Xavier sorriu nervoso. Queria pensar que Frederico brincava mas sabia pelo olhar dele que não. E então ele disse.

— Xavier : Que isso, Frederico. Que grosseria homem.  Já pedi desculpa!

Frederico caminhou até a porta abriu ela e disse certo do que estava fazendo .


— Frederico : Aprendi cedo que quem tem mulher bonita em casa temos que manter homens como você longe, Xavier. Nossa amizade se limita nos negócios que temos  e agora longe de minha casa!


Xavier então olhou o olhar ameaçador que Frederico dava que o convidava a se retirar logo de sua casa e sem mais questionamentos, ele ergueu as mãos em forma de redenção. Pois no lugar de Frederico ele faria o mesmo. E então ele disse de sorriso no rosto.


— Xavier :  Está bem já entendi Frederico. Já vou e esquecemos desse episódio.


Xavier então que era outro fazendeiro rico da região  pegou seu chapéu da mesa botou na cabeça e saiu do escritório.


E mais tarde Frederico inquieto, deixou a fazenda sem ir atrás de Cristina para ver o que ela queria.


E de volta a nova York.


Maria e Victoria estavam em uma reunião mas agora em um restaurante. Estavam em um jantar de negócio e que Victoria no meio dele, teve uma maravilhosa ideia depois do desafio que foi lançado a casa de moda dela. Que quando o assunto era desafios no ramo da moda que ela dava sua alma e sangue, Victoria Sandoval, não fugia e não aceitava mais que o êxito e a perfeição deles depois de cumpridos.



E assim elas duas, uma assistente e dois empresário da moda, um dono de uma empresa como a de Victoria, em Los Angeles e outro dono de uma revista de moda aonde estavam. Subiram suas taças para brindar o êxito de mais uma reunião.

— X : Que façamos muito dinheiro juntos, madames!

O dono da revista de moda, que tinha um pouco mais de 40 anos, levou seu vinho branco na boca depois de tintilar as taças. Os olhos azuis que ele tinha olhavam Maria fixamente. Havia proposto as duas depois que participassem daquele evento importante da moda, que para isso que estavam em mais aquela reunião, que fizessem uma matéria voltado as mulheres mães que eram profissionais também. Sua empresa queria mostrar que as mulheres já mães, acima de tudo ainda podiam, trabalhar, ter bons gostos de moda, serem chefes de família e entre tudo isso, ainda podiam ser mulheres sexys e hermosas. E para estampar esse modelo de mulher, o empresário queria  uma mulher madura para ser capa de sua revista sendo também o que iria tratar a matéria. Pois ele não queria uma modelo fake que pousaria pras fotos e prontos. Queria uma real. Uma mulher que sabia muito bem o que se trataria a matéria para ser a protagonista dela e a capa da revista. E ele via a imagem de uma mulher assim em Maria. Que por sorte dele assim ele pensava, a matéria ficaria nas mãos de Victória. A titulada rainha da moda se encargaria de fazer a matéria acontecer.  Seria mais uma obra prima nas mãos de Victoria e sua equipe, que assim naquele desafio,  venderia a imagem de sua casa de moda vestida na modelo que ele estava escolhendo enquanto olhava para ela. E o homem não aceitaria não como resposta.

E mais tarde. No quarto que estava hospedada, Maria entrava seguida por Victoria. Ela estava nervosa enquanto ainda no táxi de volta ao hotel, Victoria havia revelado quando ela não estava na mesa, que o empresário queria ela como modelo da matéria deles. O que Maria estava se negando a fazer aquilo desde que ouviu aquele absurdo.

E assim ela jogou a bolsa que tinha na mão no sofá da sala da suíte. E ouviu Victoria dizer de novo.


— Victoria : Por favor Maria, não seja estraga prazeres, dê o que aquele homem quer e nos faça feliz!


Maria suspirou, sentou no sofá e levou uma mão ao lado do seu tornozelo para abrir sua sandália.  Estava tão exausta. Haviam estado em duas reuniões e foram também mães para suas meninas que mostraram cheia de energias tirando mais as delas .  Então, depois que soltou um salto no chão ela disse olhando pra Victoria.


— Maria: Não sou modelo. Se vim até aqui foi para tratarmos dos negócios que temos em comum para trabalharmos mais uma vez juntas Victoria! Mas não nesse! Além do mais...


Maria parou pra tirar outra sandália, e Victoria impaciente disse.


— Victoria : Além do mais o que Maria? Siga dando os vários motivos para deixar sua irmã na mão! Anda!

Maria revirou os olhos com o drama de Victoria e já descalça ela ficou de pé e voltou a dizer.


— Maria: Aquele homem me comia com os olhos! Vou ser um capricho dele se aceito!

Victoria bufou . Maria estava certa. Viu o interesse do dono da revista famosa nela. Mas aquilo já era tratado como normal . Infelizmente para elas como mulheres trabalharem diretamente com homens poderosos, corriam o risco de serem como Maria dizia, um capricho. Mas Victoria queria usar aquilo ao favor delas. Pois sempre que estavam em um momento como aqueles tinham que usar. Tinham que se mostrar mais inteligentes e capazes que eles. Victoria era ciente que não foi brincando de empresária que ela tinha chegado aonde queria, tão pouco ela sabia que Maria tinha feito aquilo. Era dinheiro que queriam e cada vez mais reconhecimentos. Já que com todo o dinheiro que já tinham se o capricho dos empresários fosse ofensivo e desrespeitoso, seria muito simples acabar com eles. Um processo seguido de uma indenização milionária era o que  poderiam fazer com o conhecimento que tinham com toda sua história naquele ramo. Então pra Victoria Sandoval, deixarem se intimidar por homens que as viam mais do que reapresentavam nos seus postos profissionais só porque usavam saias e eles gravatas, não estavam para ser discutido.

Então ela parou Maria segurando ela pelos braços e disse.

— Victoria: Essa última questão podemos resolver se ela for ultrapassada, você sabe, Maria. Um processo de assédio colocaríamos o nojento no lugar dele. Mas isso não vai acontecer. Porque irá trabalhar comigo! Pense irmã. Meu nome, o seu, sua marca de jóias, a da minha coleção! Pense no dinheiro e não finja que não quer! Porque não chegou até aqui tricotando!


Maria suspirou depois que ouviu Victoria. Estava ela de novo com verdades que ela já conhecia e entrando na mente dela como só uma irmã mais velha poderia fácil fazer. E então ela disse ainda meio relutante.


— Maria: Tem razão em tudo que disse.  Mas vai ser meu rosto estampado por aí, Victoria. Não sei se quero isso.


Maria cruzou os braços e virou o rosto. Estava pensando nos males de aceitar e nos benefícios que Victoria já tinha feito aquilo fácil.  E assim decidida jogar a última carta que tinha, Victoria disse verdadeira mas querendo ganhar aquela questão.


— Victoria: Sua beleza herdada das mulheres da família tem que ser vista, Maria! E também se isso é alguma forma de timidez, sei que você não tem! Com o que me confessou essa tarde e as mensagens que li suas. Não coloco mais a mão no fogo por você com essa sua carinha, nem morta.

Maria não se aguentou e riu, vendo Victoria sentar no sofá e ela fez o mesmo e depois disse.


— Maria : Enxerida.

Victoria a olhou de lado e disse rindo como ela tinha feito ao chama-la daquela forma pelas mensagens que ela leu.

— Victoria: Santa do pau oco.


Maria ia dizer algo, mas viu ao lado dela seu celular tocar. E Victoria se levantou, falando baixo que ia buscar Estrela no quarto com a babá que estava com Bella também enquanto elas ficaram todo aquele tempo ocupadas.


E na Bananal .


Cristina estava na cama mais cedo. Indisposta, antes de se deitar, procurou Frederico para fazer aquilo com ela mas soube que ele tinha saído de caminhonete sem ela saber aonde. E entre muito rolar na cama, Cristina, saiu dela foi até a janela e observou do andar de cima que estava daquele casarão se Frederico vinha.


E depois que cansou de ficar olhando, de braços cruzados ela andou no quarto. Se sentia como uma esposa abandonada pela noite pelo marido que saia para meter um par de chifres nela e depois deixá-la falada como a maior corna da região. O que não seria difícil, se o fim do mundo que Frederico vivia era do tamanho de um ovo.

E agora a pergunta que ela fazia era com quem ele estava. Raquela? Débora? Outra?


Cristina passou a mão entre os cabelos nervosa. Cada dia que passava ela sentia que era como que uma praga tivesse realmente sido jogada nela, e que agora ela pagava assim vivendo na prática, o que sempre criticou e crucificou entre muitas mulheres. Pois estava ela ali, sentindo uma estúpida esperando Frederico voltar.  E era aquilo que as mulheres casadas faziam? Ficavam em casa enquanto seus maridos sumiam? E o que tinha de excitante naquilo?

A hipótese que Cristina tinha na mente de enquanto esperava Frederico ele estivesse com outra, era frustrante pra ela, mexia com a autoestima dela como mulher e com algo mais profundo... O coração. O que ela guardou longe daquele jogo e com cuidado para não entregar a ninguém. E agora Cristina só queria chorar e gritar para que o mundo parasse e voltasse a ser do jeito dela.



Enquanto isso. Frederico dirigia de volta para Bananal. Tinha saído perturbado dela. Via Xavier na mente e ouvia suas palavras e se sentia de novo inseguro. Tinha Cristina agora só pra ele. Mas não sabia ainda até quando. A amava e não estava disposto a perde-la outra vez. O comentário de Xavier só havia reforçado isso a ele. E ele queria mostrar a todos que Cristina era dele, que iam ter um filho e que sim, também iam se casar. Para assim não ter homens exibindo seus interesses debaixo do nariz dele para ela.

Cristina era bela, era jovem mas era dele!E agora ele iria mostrar a todos aonde iria passar mais parte de suas vidas juntos que ela pertencia somente a ele.

E assim ele desceu já em frente do casarão de sua caminhonete. E de passos largos ele foi até o escritório pegar algo.


Cristina tinha escutado a chegada da caminhonete de Frederico. E as poucas lágrimas que deixou descer do rosto, ela limpou rapidamente e ansiosa esperou ele aparecer.


E ele subiu as escadas e logo estava escancarando a porta aonde Cristina estava. E eles se olharam e Cristina não aguentou e questionou rápido.


— Cristina : Posso saber aonde estava, Frederico?

Frederico não disse nada. Tinha Cristina ali de traje de dormir esperando por ele. E o que ele queria mais da vida? Agora tinha ela e ia fazer ela ficar. A amava e cria que ela começava ama-lo também que para ela assumir aquilo teria que ser cuidadoso e isso contava em vigiar o terreno dele. E então ele a puxou pela cintura com uma mão na nuca dela e a beijou. A boca de Cristina por alguns segundos foi teimosa mas depois deu espaço para Frederico tomar ela com desejo.

Se beijaram até o fôlego faltar. E Frederico depois que se afastou de Cristina, tirou algo do bolso e disse sem rodeios.


— Frederico : Prove pra mim que dessa vez quer fazer diferente, Cristina. Prove o usando que realmente quer ser minha mulher.


Cristina abriu a boca e emotiva demais sentiu seus olhos se encherem de lágrimas. Frederico tinha o anel na mão que tinha pedido ela em casamento e que ela tinha deixado ele para trás quando o deixou. E o coração dela disparou. Não tinha Frederico como antes fez, em meio de uma linda declaração pedindo para se casar com ela enquanto segurava aquele mesmo anel. Mas tinha ele assim mesmo dando entender que de fato se casariam. E era o que ela queria. E se a prova era ela usar aquele anel, ela usaria sem medo.


E assim ela disse.

— Cristina: Se quer que eu use esse anel, eu usarei . Talvez assim confie em mim Frederico.


Cristina tirou o anel de noivado da mão de Frederico. Mas quando ela foi colocar, ele disse.


— Frederico : Espera, Cristina.


Cristina o olhou . Não parecia ela. Os olhos brilhavam e sorria demais. Enquanto ele tinha o corpo tenso em pensar no que estava fazendo. Estava impulsionado pelo ciúme, levado pelo sentimento de posse sobre Cristina e que ela não conseguia ver. Mas ele via. Sentia e incomodava o ego dele. E porque não a evidente masculinidade frágil? Um anel não impediria de Cristina abandona-lo outra vez, não tinha feito isso antes tão pouco faria dessa vez. E também não impediria se um homem como Xavier mostrasse interesse nela e ela não aceitar. Frederico queria mesmo marcar Cristina como sua com aquele anel. Marca-la como faziam com o gado da fazenda dele que pela marca, sabiam que eram de sua propriedade. E ele pensou que estava louco . Não precisava daquilo com Cristina. E que se ela entendesse suas reais intenções não gostaria nada.

Mas ele não conseguiu dizer nada, o que fez Cristina descer o anel no seu anelar e o puxar pela camisa pra beija-lo.

Ele tinha só o cheiro dele na roupa, não cheirava bebida e tão pouco a mulheres e isso Cristina tinha notado assim que ele havia beijado ela ao chegar. Então ela não queria discutir, queria ele junto a ela na cama depois de terem feito amor.

E de volta em nova York.


Victoria da cama dela . Tinha um notebook na mão enquanto estava na cama já de camisola. Bella ao lado dela já dormia na cama. E enquanto verificava seus e-mails, o celular dela vibrou e ela saiu da cama devagar para não acordar ela. 


E assim vendo que era Heriberto na linha, ela disse questionando ele.


— Victoria: Disse que morreria de saudades mas me ligou só duas vezes Heriberto! Duas malditas vezes!


Victoria passou a mão nos cabelos. Estava nervosa e cheia de paranoias que estavam perturbando ela. Ela havia passado o dia todo, demostrando enquanto mascarava todo tempo o que sentia e as preocupações que tinha, para apenas ser a mulher de negócio segura que sempre era naquele lugar. Mas que agora trancada no quarto voltava ser a mulher insegura, que era uma mãe e uma esposa que tinha um casamento que estava em uma corda bamba dependente de um resultado. 


E era esse dilema que rodou na mente da rainha da moda, não tão segura mais aquele tempo todo que não tinha contato com Heriberto mas teve com os filhos toda vez que ligou para eles, menos com o pai deles como queria.  Que assim  e suas paranoias se questionou por várias vezes do porque estava viajando depois de uma bomba ter caído no seu casamento perfeito .


E ele que tinha ocupado sua mente com o trabalho o dia todo, parando naquele intervalo para falar melhor com ela disse, dentro do seu consultório para se justificar.


— Heriberto : Que histeria é essa Victoria? Eu estava trabalhando como imagino que está aí. O que está acontecendo com você, hum?


E Victoria quase chorando disse, sentando no sofá da suíte.


— Victoria: E estou Heriberto! Estou trabalhando! Mas te liguei 5 vezes e nelas não me atendeu nenhuma!

Heriberto respirou fundo e dentro do seu consultório ele esfregou o rosto . Tinha que acalmar Victoria. Porque diferente que via vindo dela. Ele não queria brigar. Não queria com ela longe e tão pouco com a situação que começaram a enfrentar. Que ele também pensou nela em algumas horas de deu dia. E chegou a conclusão que brigas bobas não os ajudariam em nada. E então ele disse.


— Heriberto :Me perdoe, mas não pude meu amor. Nos falamos mais cedo e você me disse que estava bem e nossa filha também, mandei notícias de nossos filhos também e tudo estava bem! Então segui trabalhando.


Victoria então fechou os olhos  e suspirou. Estava com tanto medo de perder Heriberto que havia realmente surtado . Já que a vida deles corrida como eram, não ficavam de ligações toda hora e que sempre entendiam aquele fato. Viviam se entendendo. Mas parecia que tudo poderia mudar.

E ela tentou falar mais calma depois que recobrou a razão.


— Victoria: Me perdoe, me perdoe minha vida. É que com tudo que está acontecendo eu perdi a cabeça.


Ela se levantou levando as mãos nos cabelos e Heriberto foi sentar atrás de sua mesa no seu consultório. E depois que fez ele disse, paciente.

— Heriberto : Deixamos nossos problemas para resolver aqui, hum. Não é bom que leve eles ao seu trabalho. Não faço . Então não faça o mesmo.

Victoria deu um leve sorriso. A regrinha básica para ser bem sucedido profissionalmente, era fazer o que Heriberto falava. Problemas de casa levado ao trabalho poderiam atrapalhar o desempenho de um profissional de qualquer área e sexo, assim como levar os problemas do trabalho pra casa.


E assim ela apenas disse pra dormir tranquila.


— Victoria: Pode me dizer se ainda segue me amando como antes?


Heriberto então suspirou com pesar. Ao que parecia o pedido de desculpas e o que fez para tentar concertar sua atitude com Victoria não tinha válido muito.  Então ele disse.

— Heriberto : Claro que te amo, querida. Achei que nossa conversa e a noite que passamos fazendo amor, tinha resultado em algo. Eu te amo hum. Não pense mais bobagens.

Victoria toda inquieta voltou sentar com um sorriso mais leve no rosto. Sabia que tinha que manter o controle de suas emoções e não entrega-las. E então ela disse.

— Victoria: Eu sou uma tola Heriberto. Esqueça tudo que disse.


Heriberto puxou o ar do peito. Via a aflição que Victoria estava e entendia pois ele tinha a mesma mas estava sabendo lidar com ela da melhor forma que podia, que era trabalhando. O que parecia que Victoria não conseguis tal feito. Mas querendo mudar de assunto para um que ele sabia que os agradaria muito, ele disse já com um riso no rosto.


— Heriberto : Aonde está agora? Levou nosso brinquedo?


Victoria sorriu e um brilho tomou seus olhos.  Sempre que viaja e passava mais que um dia fora de casa, ela levava um consolo sempre no meio de suas malas para que no meio da saudade ela “brincar” com  Heriberto mesmo ele longe dela .


E então ela disse um pouco mais baixo o lembrando de algo que ele parecia ter esquecido.

— Victoria : Trouxe nossa filha comigo, meu amor. Achei que não teria espaço para isso.


Heriberto então riu e tocou a cabeça. Tinha esquecido que dessa vez Victoria não viajava só.  E assim ele disse rindo.


— Heriberto : É claro que cabeça a minha. Amanhã pego as duas no aeroporto. Me avise que horas sairá daí, hum.

Victoria então seguiu conversando com Heriberto, até que ele fosse chamado no hospital e depois foi dormir. Já que no dia seguinte ainda que ela e Maria não tivessem mais deveres, tinham  a manhã na agenda delas um passeio no central park com as filhas que fariam também compras no centro de nova York, antes de voltarem pra casa com presentes para os filhos delas que ficaram em casa.


















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