Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 36
Capítulo 36




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Na delegacia. Já era mais de 23:00h da noite e Estevão estava ainda na sua função de delegado. E da sua sala, ele estava sentado por trás da mesa e assim, ligou para Maria. Morria de saudade dela e de sua menina, e por isso ansiava tê-las logo de volta a capital do México. E então o celular chamou até que depois, ele ouviu Maria respondê-lo sussurrando.

— Maria: Oi, Estevão.

Ela já vestida para dormir, caminhou descalça no quarto do hotel para sair de perto da cama que Estrela dormia . E Estevão depois de ouvi-la, disse.

— Estevão : Olá meu amor, porque sussurra?

Maria então se sentou de pernas juntas sobre o sofá . Ela vestia uma camisola leve e branca, estava de cara limpa e cabelos soltos. E então ela já comoda, ela o respondeu.

— Maria: Estrela já dorme e divido o quarto com ela, meu amor. Por isso sussurro.

Estevão suspirou dando um pequeno sorriso que dificilmente dava quando estava na delegacia. E então ele disse depois.

— Estevão: Estou morrendo de saudades das duas. Amanhã estarei bem cedo no aeroporto para pegá-las.

E Maria sabendo que iria deixar nova York mais tarde pelo passeio que ela e Victoria deviam as meninas, disse.

— Maria : Victoria e eu ficamos de sair com nossas filhas pela manhã, meu amor. Vamos também fazer umas compras e levar presentes, eu para Heitor, e ela para meus sobrinhos. Então vamos chegar depois do horário do almoço .

Estevão mexeu na gravata impaciente e se moveu na cadeira. Sua postura relaxada tinha ido embora. Estava praticamente contando as horas para ter Maria e Estrela em casa novamente, e agora ouvia que elas iam tardar mais. E assim ele disse, não muito feliz.

— Estevão: Não foi isso que ficou combinado, Maria. Só passaria uma noite aí, e pela manhã do dia de amanhã, estaria de volta com nossa filha. Deixe Victoria e vem com nossa Estrela, hum.

Maria tocou a testa respirando fundo e fechando os olhos. Não estava pedindo permissão a Estevão de sair mais tarde do país que estava á trabalho e ainda assim parecia que ele tinha entendido aquilo. E então ela disse.

— Maria : Me dá essa opção como que se eu estivesse pedindo permissão de ficar mais tarde aqui, Estevão. Estou te informando que não estarei na primeira hora aí na capital. Mas sim depois. E não vou mudar meus planos só porque quer.

Estevão bufou e esfregou os olhos. Maria fazia sempre o que queria . Ele permitia isso. E por isso pensava que sofria injustas acusações, principalmente de Victoria, que o acusava de ser um marido controlador. Que consciente, sabia que era ciumento mas cria que nunca controlou Maria. Porque se realmente fizesse, teria de fato impedido que ela fizesse aquela viagem. E então bravo ele disse.

— Estevão: Não sei porque Victoria e todos fazem tanto escândalos comigo, se só faz o que quer Maria. Está me informando mas só agora, como fez quando disse que ia viajar em cima da hora. Somos casados! Deve satisfação a mim, primeiramente!

Maria riu em um tom de sarcasmo. Estevão tinha a mesma atitude que a fez agir como agiu na noite anterior antes que viajasse. Odiava quando ele ainda que disfarçando o que realmente queria, tentava impor suas vontades em nome de ser o marido dela. Não viviam mais nas décadas passadas, onde uma mulher só por ser casada teria que ser submissas a seus maridos como fossem seus senhores. O mundo seguia em constante mudança e com elas, os direitos por igualdade entre as mulheres. E então ela disse.

— Maria : Voltamos para o ano de 1953, Estevão? Somos casados mas não é meu dono!

Estevão ficou em silêncio. Sabia que com mais um pouco poderia provocar uma forte discussão entre eles. E então ele respirou fundo e disse.

— Estevão : Te liguei para dar boa noite e não para brigarmos, Maria.

Maria então passou a mão entre os cabelos. Tão pouco queria brigar e então ela o respondeu.

— Maria : Também não quero Estevão. Então boa noite. Vou desligar.

E rápido, não querendo que a ligação terminasse, Estevão disse, com a voz mansa.

— Estevão: Não desligue Maria. Não desligue, meu amor.

Maria suspirou do outro lado da linha depois de ouvir Estevão falar. E então ela disse exausta de tê-lo como uma bomba relógio quase sempre.

— Maria : Por que, Estevão? Porque essa mudança constante de humor?

Estevão suspirou e esfregou a mão no rosto outra vez. Reconhecia que podia ir da mansidão há uma atitude totalmente explosiva em questão de segundos. Sabia que estava errando e estavam naquela situação por sua falta de controle, pois não tinha esquecido de quando viu Maria desmoronar diante de um desconhecido entre as penosas sessões de terapias que começaram fazer. E então ele disse, se lamentando.

— Estevão: Sua ausência, sua distância, seu não a mim quando me rejeita como na noite passada me faz ficar assim Maria. De mal humor, inseguro, descontrolado!

Maria suspirou e tocou a pele do seu pescoço em uma carícia de olhos fechados. Estevão sempre deixava claro o que a rejeição dela causava nele. Mas muitas das vezes ele saia da linha sem ter acontecido nada e por isso que estavam em terapia. E assim ela disse.

— Maria : Te diria menos não as sua vontades se deixasse de agir assim. Sua mudança de humor me deixa louca Estevão, e ainda tenho que lidar com suas crises de ciúmes!

Estevão ficou em silêncio. Contra os fatos ele sabia que não tinha argumentos de defesa. E então ele apenas disse, depois que bufou baixo .

— Estevão : Mas para isso estamos fazendo aquelas benditas terapias não? Não tem que seguir me rejeitando.

Maria passou a mão entre seus cabelos morenos enquanto a outra seguia segurando seu aparelho celular e depois ela disse preocupada, quando pensou nas palavras que Estevão acabava de dizer e que ele mostrava outra vez que o não dela na noite anterior tinha afetado ele.

— Maria : Só fiz isso noite passada, e depois de uma reconciliação sem brigas nossa, Estevão. Devia ter ido no nosso terapeuta em minha ausência, se isso te afetou tanto.

Estevão mexeu na sua gravata outra vez. Ele da sala dele ouvia vozes da sua equipe ainda que já tarde da noite trabalhando, enquanto ele só queria ouvir um pouco mais Maria. E então ele disse, sofrido depois de ouvi-la.

— Estevão: Estive muito ocupado para ir. E não só fez isso noite passada, Maria. Se realmente entendesse como fico quando me rejeita. Não é só sexo Maria, é você toda meu amor. Te necessito de todas as formas e quando me rejeita, sinto que cada vez mais parte sua deixa de me amar.

Maria suspirou ouvindo agora só o silêncio de Estevão depois da exposição do seus sentimentos. Não queria que ele pensasse o que pensava, que sentisse o que sentia. Era tais pensamentos e sentimentos, que o deixava daquele jeito. Então, Maria depois de uma respirada profunda ela declarou.

— Maria : Isso não acontece Estevão. Eu te amo tanto. Não sabe, o quanto eu te amo.

Estevão fechou os olhos e tocou eles com os dedos de uma de suas mãos, respirou fundo e pensou que as palavras de Maria não eram suficiente, não para sua alma inquieta e cheia de medo de perde-la por conta de seus próprios erros. E então, ele a respondeu.

— Estevão: E eu a você, meu amor. Não chego a hora de te ver e toma-la em meus braços, te encher de beijos, de carícias até que eu te sinta vibrar por completo em meus braços . Porque é só dessa maneira que me sinto em paz, quando te tenho neles, Maria.

Maria fechou os olhos, soltou um suspiro e depois sorriu de lado quando os abriu. Desejava também estar nos braços de Estevão. Queria fazer amor com ele, aonde também nos braços dele, encontrava a paz com o amor deles que estava cada vez mais conturbado. E assim, ela disse o repreendendo, quando pensou que poderiam estar falando do quanto se necessitavam desde que ela o ouviu na linha.

— Maria : Devia ter começado a ligação assim, e não querendo impor suas vontades sobre mim Estevão. As vezes parece com meu pai. Não aceita que a última palavra não seja a sua em relação a mim.

Maria suspirou e pensou no passado, quando ainda era muito jovem e seus pais ainda casados e via muitas das vezes o pai delas ditar ordens em casa e no casamento deles. Que ainda assim, Octávio Sandoval, parecia que nunca tinha se adequado desde então as novas gerações de mulheres empreendedoras, donas de si e de suas vontades e que suas três filhas já maduras também faziam parte. Mas Estevão não era totalmente como ele, porém como homem tinha mais forte em seu interior a necessidade de impor sua masculinidade contra Maria, mas que ela lutava para não deixar se intimidar. E ele depois de ouvi-la rápido se defendeu, pois pensava que nunca faria o que mais ele criticou no sogro, que era abandonar Maria em algum momento de necessidade, como ele fez com a mãe dela.

— Estevão: Não sou ele, Maria! Nunca te abandonaria como ele fez com a mãe de vocês. Nunca!

Aquele erro que havia cometido o pai de Maria, ela tinha certeza que Estevão não seria capaz de cometer . Tanto que ele não havia entendido a comparação dela. E então ela suspirou. Com Estevão, pelo amor deles, ela sabia que teria que ter paciência para que voltassem como eram, para que ele deixassem de cometer os mesmos erros que o levaram aonde estavam. E assim ela disse.

— Maria : Eu acredito em você Estevão. Mas, mas continue.

Maria deitou no sofá depois de seu pedido a Estevão. Mas ele não entendeu o que ela queria dizer, com o continue. E então perguntou disse.

— Estevão : Continuar?

Maria soltou o ar pela boca e como estava deitada, com as pernas dobradas ela levou uma mão entre elas, e respondeu Estevão.

— Maria : Continue falando o que quer fazer comigo quando chegarmos. Fale como fez em nossa conversa no avião. Eu preciso, preciso...

Maria encontrou o que buscava entre as pernas e soltou um gemido baixo, e Estevão imaginando o que ela fazia disse, se desesperando.

— Estevão: Eu estou na delegacia. Por Deus, Maria não faça isso comigo .

Maria já tocava seu sexo desnudo que esteve apenas coberto com sua camisola. E de olhos fechados ela com sua voz já fraquejando, mas com o que ele havia dito, o respondeu.

— Maria : Era para já estar em casa.

Depois de ouvir Maria, Estevão ouviu outro suspiro dela que ele sabia que se ela não tivesse entregue ao prazer que ele sabia que ela buscava, o que ela havia dito geraria uma discussão. Já que de fato, o horário que estava ainda na delegacia, já era para estar na casa deles. E então, para não entrar no tema do seu trabalho, ele apenas disse baixo, e levando a mão sobre o meio de sua calça como estava sentado.

— Estevão : Onde está sua mão? Fale pra mim, Maria. Sei que se acaricia. Está molhada, hum?

Estevão fechou os olhos e apertou sua mão na ereção que já se formava entre as pernas dele. E Maria depois de ouvi-lo, o respondeu.

— Maria : Toco a minha, oh me ajude com isso, Estevão. Ainda não estou como preciso.

Estevão sabia que tipo de ajuda Maria pedia, e então ele respirou pesadamente e com mais tesão que apressadamente com uma mão, começou abrir a frente da calça dele. E assim ele disse, com sua voz já carregada de desejo querendo vê-la como ele.


— Estevão : Eu já estou pronto pra você , Maria . Estou como precisa no momento que eu esteja. Que se estivesse contigo, sem deixar de olha-la, entraria em você enquanto via nos seus olhos puro prazer.


Maria mordeu os lábios com desejo, e se penetrou com dois dedos dentro dela. Estevão novamente ouviu ela gemer e ele gemeu junto já tendo na mão sua ereção livre .

— Maria: Oh, Estevão. Meus, meus dedos já estão dentro de mim. Continue. Por favor...

Estevão gemeu e amaldiçoou a distância que naquele momento tinha de Maria. Em só imaginar ela com os próprios dedos se dando prazer, o enlouquecia, mas o enlouquecia mais, não poder contemplar o mover dos dedos dela entre suas pernas. E assim, ele fechou os olhos tendo a imagem perfeita do que ela fazia na mente, que sem deixar de usar sua mão em sua ereção para também obter o mesmo prazer que ela, disse.

—Estevão: Mova eles . Mova eles e finja que é eu dentro de você, meu amor. Mas quero que seja rápida. Assim como eu seria, assim como gosta que eu seja ñ.

Maria procurou sua mão entre suas pernas, e estavam seus dedos já empapados dentro de sua vagina, e depois que os viu, ela deitou a cabeça como antes estava e disse, já obedecendo Estevão.

— Maria : Já estou fazendo como quer Estevão. Ah, céus, eu te necessito Estevão. Ah.

Maria fechou os olhos e começou gemer enquanto seguia movendo seus dedos rapidamente dentro e fora dela. E Estevão, não suportou que mais desesperado que antes, colocou o celular sobre a mesa, para ter as mãos livres, segurou com uma na madeira dela e a outra ainda em sua ereção, ele começou mais rápido fazer os movimentos que subia e descia por toda a extensão de seu membro. Enquanto na linha ele conseguia ouviu Maria gemer mais alto. E então ele voltou pegar o celular para falar com ela.

— Estevão : Não, não vai gozar agora, Maria! Quero gozar contigo. Não... Não goze!

Maria não respondeu, tinha tirado os dedos de seu canal e levado até seu clitóris que pedia atenção, aonde ela se estimulava apressadamente. Estava com tesão desde da primeira conversa deles no avião e aquele fogo era o resultado de não ter saciado ele. E então os dois ficaram na linha se tocando por mais alguns minutos quando o orgasmo veio para ambos e a razão voltou toma-los.

E no dia seguinte.

Em uma manhã de nova York, Maria e Victoria estavam com bolsas de compras. Estavam no central park, depois de passar em algumas lojas, caminhavam naquele lugar lindo. Tinha bancos, muitas árvores e com algumas delas com folhas secas caídas ao chão e nelas também, folhas coloridas na troca da estação que o país estava. Mas também, havia bonitas e elegantes pessoas que andavam pra lá pra cá no parque, umas corriam, outras apenas passeavam sozinhas ou com seus cachorros, e até na companhia de alguém como elas, que apenas ‘turistavam’ naquele ponto turístico de nova York.

E como estavam, Bella apontou para um pássaro branco no meio da grama do lado direito delas. No grande verde, tinha mais pessoas que não estavam na passarela que elas passavam. Era um lugar tão bonito e tranquilo para estar, que podiam ver pessoas lendo livros sentados na grama ou em bando estando ali apenas para conversarem.

E Maria sorriu, olhando o pássaro que sua sobrinha mostrava, e pôs suas bolsas de compras em um banco e olhou para trás vendo a babá que levava Estrela nos braços e buscou a menina para ir nos braços dela e disse, mimando ela.

— Maria : Está gostando daqui, meu amor? Já esteve aqui, mas na barriga da mamãe.

Maria beijou as bochechas de Estrela que olhava tudo com curiosidade. E Victoria procurou Isabela que estava segundos atrás olhando o pássaro ao chão, mas que correu dali sem elas verem, então Victoria disse, já com o coração vindo a boca enquanto seus olhos varriam aquele parque cheio de gente.

— Victoria: Onde minha filha foi? Isabela!

Victoria gritou por Bella, e Maria olhou pra ela vendo o que acontecia e levou três segundos para as duas saírem para buscar a menina, enquanto a babá ficou no banco junto as bolsas caso Isabela retornasse ao ponto que tinham parado. E assim, Maria que não quis largar Estrela com medo que passasse o mesmo, seguia Victoria que entrava em desespero, usando seu inglês para perguntar de sua menina para as pessoas que via ali.

Até que Maria ficou para trás e ela passou o lado da grama. Havia visto uma menina parecida com sua sobrinha com um homem que ela só podia ver as costas, e então ela se apressou.

— Maria: Isabela!

Maria alarmada quando chegou mais perto e viu que era realmente sua sobrinha, gritou o nome dela e então o homem se virou para ela. Isabela tinha visto mais pássaros e viu aquele homem alimentar eles com algo, e então ela inocentemente se aproximou. E quando Maria viu com quem Isabela estava, ficou paralisada.

E Isabela com medo da bronca que podia levar disse, rápido.

— Bella: Tia, Maria!

Maria, por fim piscou nervosamente mas sem conseguir conciliar uma palavra, enquanto via o homem sorrir de lado e dizer.

— X : Olá Maria. Que mundo pequeno esse.

Maria abriu a boca, queria ter voz mas ouviu Victoria dizer nervosa ao chegar ao lado deles e impedindo que ela falasse.

— Victoria: Meu Deus, Isabela! Não suma mais assim filha!

Victoria agarrou a filha com força entre os braços. Dava graças Deus que não tinha perdido ela em outro país e dessa forma, Victoria não tinha notado o que acontecia. Maria via ali na sua frente, Geraldo Salgado que já não o via há exatamente 5 anos, depois que cortaram qualquer tipo de contato que tinham no mundo dos negócios e principalmente fora deles.

E então depois que seu alívio passou, Victoria largou Isabela pondo por trás dela em um gesto protetor e disse brava.

— Victoria: Quem é você? O que fazia com minha filha seu tarado! Guardas!

Victoria girou o corpo, sabia que aonde estavam tinha seguranças e ela só precisava achar um perto deles para acusar o homem que viu próximo demais de sua menina. E então com a atitude dela, Maria e Geraldo saíram daquele choque que foi de se verem 5 anos depois e ali, o que não podiam esperar que isso acontecesse, principalmente Maria .

E então Geraldo primeiro disse.

— Geraldo : Diga pra sua irmã que não sou o que ela está pensando, Maria.

Geraldo nunca tinha visto Victoria, mas sabia que Maria tinha três irmãs. Ele sabia o que o tempo deixado para trás que tiveram a oportunidade de estarem juntos, o suficiente para ter chamado Maria de amiga. E claramente, a mulher que ele via ao lado dela, ainda que tinham traços parecidos o olhar endiabrado e os cabelos castanhos a diferenciava de Maria.

E assim que o ouviu, Maria piscou várias vezes, abriu e fechou a boca, puxou o ar do peito nervosa, virou-se de lado e enfim, disse para Victoria.

— Maria : Victoria, eu o conheço. Ele é Geraldo. Geraldo Salgado. E acredito que ele tenha uma boa explicação. Não tem?

Maria buscou com o olhar firme os olhos de Geraldo e ele apressadamente a respondeu, mostrando o saco que tinha de ração para pássaros em uma de suas mãos.

— Geraldo: Claro que tenho! Me deixaram com isso aqui e eu estava alimentando os pássaros quando a menina apareceu. Estava exatamente perguntando com quem ela estava aqui.

Victoria então se virou e buscou os olhos de Isabela, e disse brava a repreendendo.

— Victoria: Não sabe que não deve falar e nem se aproximar de estranhos, filha! Não faça isso mais!

Bella abaixou a cabeça e abraçou ela pela cintura. Sabia que tinha errado. E então, ela disse baixinho.

— Bella : Me desculpe mamãe. Eu só queria alimentar os pássaros também.

Victoria abraçou sua menina também e acariciou os cabelos dela, mas quando buscou os olhos de Maria, que se fixava apenas em Estrela nos braços dela, enquanto Geraldo a olhava abobalhado sorrindo demais, ela logo sentiu um clima estranho acontecendo. Um clima que a rainha da moda não gostaria de ficar fora do que estava notando acontecer, que por isso já se fazia inúmeras perguntas de onde Maria conhecia aquele tal Geraldo. Mas sabia que se fizesse ali, elas não iam ser respondidas então ela disse, de mão dada com Isabela .

— Victoria : Vou espera-la aonde deixamos nossas coisas Maria, não demore.

Desconfiada que naquele clima todo tinha uma história desconhecida, Victoria saiu puxando Isabela . E depois que se viram só, Geraldo rápido disse.

— Geraldo: Segue parecendo que não passou os anos Maria. Quem é essa menina? É sua filha? Posso pegá-la? Ela linda.

Geraldo fez que ia pegar Estrela, mas a menina nos braços de Maria deu as costas para ele dando entender que não queria ir para os braços daquele desconhecido e então ele riu e disse.

— Geraldo : Está bem princesinha, não vou pegá-la. O que faz em nova York, Maria?

Maria entendeu logo que Geraldo buscava intimidade, uma que ela cortou e estava decidida seguir fazendo isso. E então, já que estavam sozinhos, ela disse, rápido decidindo ir logo dali.

— Maria : Estou aqui a trabalho . E adeus Geraldo, foi bom revê-lo.

Maria depois de suas palavras rápidas começou andar . E Geraldo largando o saco de rações dos pássaros ali no chão mesmo disse, indo atrás dela enquanto ria .

— Geraldo : Ei espera Maria. Não precisa correr de mim como o diabo corre da cruz.

Ele segurou no braço dela e ela parou. Maria respirava agitadamente. O último encontro que teve com Geraldo ele tinha beijado ela e depois disso, se desligou de qualquer contato com ele, começando em assinando um documento de quebra de contrato com advogados dela que o enviou pessoalmente a ele. Geraldo era um grande empresário que tinha redes de joalherias em alguns lugares do mundo, que por isso, comprou peças de jóias e em prata de Maria fazendo exportações dela para toda suas redes. E que por isso, ele era um empresário milionário conhecido e cobiçado por ainda ser solteiro.

Geraldo foi um perigo no passado dela para o casamento dela com Estevão. Um que Maria não queria voltar cruzar com ele no seu caminho. E então ela disse séria.

— Maria : Me recordo do que aconteceu há 5 anos Geraldo e deixei claro que não se aproximasse de mim, e concordou com isso! E para mim ainda está valendo essa regra. Solte-me!

Geraldo suspirou, frustrado. Havia ido embora sem questionar desfazendo o contrato que tinham por ver que Maria pedia aquela distância para ele respeitar o casamento dela. Que ele tomou a culpa do erro quando a beijou sabendo que ela era casada. O que ele viu o tamanho do amor que ela tinha pelo marido ao rejeita-lo, despertando nele, inveja do amor que viu nos olhos dela há 5 anos que sentia por Estevão. Que com certeza com esse fiel amor, sabendo que não teria nem uma aventura com ela, foi embora respeitando a decisão dela, mas ao revê-la ali, como que se fosse o destino, fazia Geraldo repensar na sua decisão de acatar a dela no passado. Talvez tinha se equivocado em desistir antes de lutar.

E assim ele disse manso, mas certo do que ia dizer com toda seriedade.

— Geraldo : Também me recordo, e penso que pode ter sido muito radical no passado, Maria. Está sendo, só de agir agora como que se tivesse medo de falar comigo em público. O que teme? O que passou durante esses cinco anos?

Como que tivesse passado um clarão na mente de Maria os olhos ela umedeceram. Há 5 anos Geraldo depois de beija-la, tinha deixado a capital pelo menos com os assuntos que faziam terem contatos e depois tudo se fez diferente. Os 5 anos que seguiu, Estevão mudou, seu casamento mudou e agora, Maria enxergava o porquê. Era culpa de Geraldo. O beijo que ela confessou ocasionou a mudança que Estevão tinha passado de um marido manso e amoroso, para um possessivo ciumento.


E então ela disse, lamentando profundamente sua confissão.

— Maria : Como fui tola.

E Geraldo disse, sem entender a fala dela.

— Geraldo : Como?

Ele tinha levado uma mão no bolso de sua calça social, estava ali a espera de uma amiga de negócio que tinha deixado com os cuidados dos pássaros prometendo voltar e então ele tirou um cartão dele e colocou na brecha que viu do macacão vermelho que Estrela usava. E Maria que não viu o que ele tinha feito, disse convicta ainda que se sentisse emocionalmente abalada.

— Maria: Não me siga Geraldo! Fique bem aí. No meu passado!

Ela então se foi e Geraldo não a seguiu e ouviu por trás dele a moça que estava antes com ele dizer, ao chegar ao lado dele.

— X : Quem era aquela?

E que Geraldo logo teve a resposta.

— Geraldo : A mulher da minha vida.

A loira de cabelos cacheados, riu e disse.

— X: A mulher da sua vida é todas.

— Geraldo: Não. É ela. É Maria.

Maria passou como um raio perto de Victoria, sua sobrinha e a babá. E Victoria jogou uma maldição, por ver que ela fazia ela quase correr com saltos nos pés atrás dela e com bolsas de lojas. E assim ela disse quase se aproximando dela.

— Victoria: Espere, Maria!

E Maria pegando algumas bolsas da loja, da mão da babá, com uma mão enquanto no lado direito dela ela tinha Estrela enganchada na cintura, disse.

— Maria : Vamos embora daqui!

Victoria viu no olhar de Maria algumas lágrimas, os lábios torcidos de lado dela, não dizia que ela estava triste e sim nervosa. E então, ela disse preocupada por ver Maria alterada em público, o que raramente ela via, a não ser quando Estevão estava presente.

— Victoria : Está bem nós vamos. Mas se acalma!

E mais tarde as duas dentro de um avião com as filhas voltavam pra casa. Agora com cadeiras separadas, Victoria estava do lado de Isabela, atrás da poltrona que Maria estava com Estrela, enquanto a babá, se separaram no aeroporto. Victoria queria ter dividido o lugar com Maria, mas viu ela abatida pedir para que sentasse só ela e Estrela que ela levava no colo. E Victoria entendeu que a irmã queria ficar sozinha pelo menos com seus pensamentos. E ela respeitaria aquilo até que tivessem em solo mexicano . Porque se Maria poderia ouvi-la, Victoria sabia que também poderia fazer aquilo com a irmã e queria que ela tivesse segura disso.

E na Bananal .

Cristina e Frederico estavam na cama. Frederico estava acordado enquanto achava que Cristina ainda dormia. Abraçado a ela, ele cheirava os cabelos bem cheirosos dela. Já era hora de levantar, mas ele pensava que não podia. Cristina o recebeu cheia de amor, ele sentiu esse amor enquanto faziam amor, porque era o que estavam fazendo todos aqueles dias. Ainda que não falasse, o corpo de Cristina não podia mentir e Frederico mais que ninguém conhecia aquele corpo dela, sabia quando ela se entregava por pura luxúria, por puro prazer e naqueles dias ela não se entregava mais só por necessidade carnal, tinha mais, tinha amor.

E assim ele sussurrou perto do ouvido dela.

— Frederico : Te amo, Cristina.

Frederico tocou de leve nos cabelos de Cristina. Fazia uma carícia neles sem querer acorda-la. Mas Cristina já estava acordada e então ela se virou o surpreendendo e o respondeu.

— Cristina : Eu também te amo, Frederico.

Quando ouviu Cristina, as palavras da boca de Frederico não saíram. Ele olhava em choque e fixamente para o rosto dela sem esboçar reação alguma. E ela levou a mão no rosto dele, tocou de leve e voltou a dizer por ver o silêncio dele.

— Cristina: Amo estar com você. Amo tê-lo comigo. E assim, cheguei a conclusão que te amo Frederico de todas as formas. Só não sei se esse amor nasceu agora ou se já estava enraizado em mim e só eu não percebi.

Os olhos de Cristina bem verdes, tinham lágrimas, os lábios dela tremiam levemente, mas os olhos dela, aonde se viam a verdade que via a alma dela, estavam fixo ao de Frederico que ele teve que fazer esforço para sair do choque que as palavras ditas antes por ela, o trouxesse para o mundo real.

E assim, Frederico pegou na mão dela e tirou do rosto dele. Sem ser rude, apenas a segurando. E então ele disse com o olhar preso nos dela.

— Frederico: Não brinque comigo, Cristina. Não me ilusione.

Cristina suspirou. Ela que tinha o medo de estar se ilusionando. Resolvia confessar pela primeira vez que amava um homem. E agora que fazia temia o quanto esse amor poderia durar, por quanto tempo ele poderia ser correspondido. E então ela se sentou, deixando sua nudez mostrar. Estava nua no corpo mas sentia nua na alma, uma nudez que essa sim lhe causava incomodo . E assim ela o respondeu aflita com todo amor que sentia com a confusão que todo aquele tal sentimento estava causando dentro dela.

— Cristina: Eu que tenho medo de estar me ilusionando, Frederico. Eu nunca tive isso com alguém, nunca quis nem mesmo com você . E agora quero. Quero ser sua mulher e quero que seja meu . Me assusta mas não posso mais negar que isso pode ser amor. Que é amor.

Cristina virou o rosto. Seu peito subia e descia entre sua respiração acelerada. Se Frederico não fizesse nada, se novamente mesmo pedindo ela em casamento não acreditasse no que ela sentia, pensava que ia morrer e teria certeza que o amor só servia para ferir. Mas entre sua agonia e medos, Frederico tomou o rosto dela nas mãos e em seguida os lábios dela e beijou eles. E quando o beijo se desfez, Frederico olhando nos olhos de Cristina, disse.

— Frederico : Eu compreendo os receios que tem Cristina. Eu os tive e ainda tenho quando penso que pode me deixar outra vez. Mas o que agora sente por mim, é o mesmo que sinto por você, Cristina. Foi assim que acordei em um dia desejando que fosse a mulher que passaria o resto da minha vida ao meu lado.

Quando Frederico deixou de falar, Cristina de coração aos saltos, foi agora que tomou os lábios dele em um beijo enquanto as mãos dela estava uma de cada lado do rosto dele. O beijo foi com apenas os lábios se tocando com ambos com a respiração pesada, que quando Cristina afastou seus lábios dos de Frederico, sem tirar a mão do rosto dele, ela disse, totalmente arrependida por não ter entendido que o amava também.

— Cristina : Me perdoe. Me perdoe, Frederico, perdoe-me, meu querido por zombar do seu amor. Eu precisava tanto dele. Eu preciso, preciso do seu amor. Agora entendo isso. Me perdoe, meu amor.

Cristina subiu no colo de Frederico, deixando o lençol que estava enroscado no corpo dela para trás. Estava tão arrependida por não ter aceitado o amor deles antes, e tão necessitada dele como o ar que ela respirava. E Frederico sentindo que o corpo dela tremia, abraçou ela forte. Ele tinha uma mistura de sentimentos, se sentia ali o homem mais feliz do mundo. Finalmente parecia ter seu amor por Cristina correspondido. O corpo dela nos braços dele novamente dizia isso, mas que isso, agora ela mesma assumia. Ouvir o te amo, e agora a troca de palavras de amor, como ele gostaria de fazer com ela mais vezes, o tinha no céu. Talvez amar aquela linda mulher, não fosse totalmente um castigo ou o inferno como ele chegou a titular. Era o céu. Cristina era sua menina, era a sua mulher.

E assim ele buscou o rosto dela, que ela escondeu entre o pescoço dele. E ele viu que tinha lágrimas nos bonitos olhos dela e ele limpou elas com a ponta de seus dedos e disse.

— Frederico : Não, não chore Cristina, não quando está me fazendo o homem mais feliz da terra que já há tanto tempo eu não era. Eu era vazio. Vazio quando me conheceu e ama-la me deu sentido a vida vazia que eu levava. E agora me corresponde. Então não tem que chorar, minha vida.

Cristina riu. Não sabia o que tinha feito além de muito sexo com Frederico, que não soube ver o homem apaixonado que ele poderia ser fora de uma cama. Queria, queria ter aquele amor todo que ele demonstrava para ela. Queria ser a única digna do amor de Frederico. Entre todas ele amou ela, e agora ela queria aquele amor mais que tudo no mundo.

— Cristina : Eu quero que siga me amando assim Frederico. Eu necessito desse amor. E agora não quero mais falhar com você quero que sejamos uma família. Eu realmente não quero falhar com você Frederico e nem com esse bebê. Não quero. Não quero fazer como meu pai.

Cristina baixou a cabeça depois de suas palavras. Tinha tanto medo de errar e de fazer do amor que sentia por Frederico uma maldição pra ambos. Das três irmãs, entre ela, Victória e Maria, foi ela que viu o amor do pai delas acabar mais cedo pela mãe delas. Foi Cristina ainda menina que viu a mãe adoecer e logo em seguida ver o pai dela e suas irmãs deixa -lá. Então como crer totalmente no amor? Como acreditar nele? Viveu melhor sem ele e mesmo assim agora estava amando! E se seria uma benção ou não, o amor dela por Frederico, Cristina não sabia. Mas sabia que amava o amava. Ter enfim colocado pra fora o que sentia por Frederico fez ela ter mais certeza disso.

E ele com todo amor em seus olhos e gestos, tocou nos cabelos de Cristina que caiu entre seus olhos quando ela baixou a cabeça ao terminar de falar. Queria olha-la. A conhecia como ninguém, poderia dizer que ele conhecia todas as facetas de Cristina sem mascarás alguma e mais do que os próprios pais dela um dia pensou terem a conhecido e tão pouco as irmãs dela. E por ouvi-la, citar o pai dela, Frederico sabia que o senhor tinha um pouco de culpa da falta de interesse de Cristina no amor. E então ele a respondeu.


—Frederico: Não é como seu pai Cristina, tão pouco sou ele. Vamos tentar com esse amor que sentimos sermos felizes junto ao nosso filho. Não te prometo uma vida de contos de fadas, uma mulher como você não quer isso e não acredita. Sei do que ama, do que não ama, como você sabe todos meus gostos. Cristina, escute, temos mais chances de dar certo do que não. Mas sei que seremos felizes se isso depender de mim.

Cristina sorriu. O que Frederico dizia era verdade. Tinham dez anos de intimidade, sabiam muitas coisas um do outro, começando pelos gostos e terminando com os segredos que já compartilharam. E assim ela tocou com as mãos o peito nu dele, e ela sentiu nas palmas das mãos que ele estava quente e o coração batia forte, assim como o dela. E o olhando nos olhos ela disse, depois de ouvi-lo e sentir ridiculamente mais apaixonada, mais entregue aos seus sentimentos.

— Cristina: Como fui tola ter fugido do seu amor. Não te tinha assim Frederico, e agora que te tenho me pergunto porque não busquei seu amor antes. Por que fugi dele quando o tive?

Cristina na posição que estava, abraçou Frederico, abraçou ele forte e ele riu, beijando o pescoço dela e aspirando todo seu cheiro . Na vida tudo tem seu tempo . E o tempo deles recomeçarem agora uma história de amor, parecia que havia chegado.

 


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