Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 19
Capítulo 19




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Victoria abria os olhos. E viu paramédicos ao seu lado, enquanto ouvia sirenes, burburinhos de pessoas falando e o céu bem azul acima da cabeça dela.

E logo ela sentiu como se seu corpo flutuasse. Mas ela só estava sendo carregada por uma maca pelos paramédicos que ela viu ao seu lado. Eles tinham tirado ela do carro, desacordada, sem ferimentos aparente, mas desacordada.


E minutos depois, uma ambulância seguia seu caminho com ela dentro. Enquanto seu carro ficou a espera de ser guinchado junto com o outro que se envolveu na batida, batendo em um lado do carro dela, mas com o motorista saindo ileso, caminhando depois do choque, diferente de Victoria.

Enquanto na frente de um  prédio. Maria saia da porta larga dele e de vidro, deixando Estevão para trás.


E assim ele dizia, por saber que ela tinha chegado no consultório do terapeuta com o motorista deles, pra voltar com ele.


— Estevão : Maria espere, eu vou te levar de volta ao seu trabalho.


E Maria sem se virar, quase gritando o respondeu.


— Maria : Eu não vou voltar para o trabalho, Estevão. Vou pegar um táxi e ir pra casa.


E assim que ela parou, Estevão olhando ela de costa, querendo visar algum táxi, disse.


— Estevão : Então eu te levo pra casa. E no caminho conversamos.


E Maria se virou para Estevão ficando de frente para ele no meio da calçada. Ela estava aborrecida, ele tinha se atrasado para primeira terapia de casal deles, e esteve o tempo todo na defensiva com o doutor. Ela sabia que ia ser difícil, pois Estevão sempre se negou buscar aquela ajuda, mas se ele seguisse todas as consultas como a primeira, seria mais difícil ainda ou melhor, quase impossível.  E assim ela suspirou cansada. E depois disse.

— Maria : Na próxima semana tente chegar mais cedo na terapia, Estevão, levando ela a sério.

E também aborrecido, Estevão a respondeu.


— Estevão : Eu estou aqui. Estou levando a sério. Agora podemos ir , com você em meu carro. Ou vai insistir ir em um táxi, ao invés de aceitar humildemente uma carona do seu marido?


Maria ficou quieta e Estevão passou por ela, e abriu a porta do passageiro do carro dele que estava estacionado em frente ao prédio, para ela entrar. E Maria entrou calada. Ele a observou, depois bateu a porta e deu a volta no carro para entrar também.


E com eles no caminho, Estevão resolveu falar.


— Estevão: Nem me deu um beijo até agora, Maria. Por que tão dura comigo? Me atrasei mas foi por um bom motivo.

Maria olhava a janela calada. E depois de ouvir Estevão falar, ela o olhou de lado, para respondê-lo.

— Maria : Imagino que esse bom motivo, seja seu trabalho como sempre . Então não quero saber.

Estevão então bufou com as mãos no volante. E impaciente, ele respondeu Maria, já que ele tinha suas causas também importantes no trabalho e ele gostaria que ela entendesse.

— Estevão : As vezes é egoísta e injusta, comigo, Maria. Eu estive na linha de uma investigação todo esses três meses e sabe o porquê. Colocaram uma maldita bomba em meu carro. E hoje essa linha me levou a um lugar e prendemos suspeitos, além de termos achado a mesma bomba que deixaram no meu carro. Então me desculpe se estou trabalhando mais e por isso me atrasei, para trazer a segurança de nossa família de volta.

Maria observou, Estevão depois de suas palavras, vendo ele todo tenso, dirigindo. Ela sabia dos meses que ele ficou obcecado para saber quem havia colocado a bomba no carro dele, ameaçando a segurança deles todos. Mas ainda assim, ainda antes de tudo aquilo existia o casamento deles, que merecia atenção de ambos, e Maria sabia que sozinha não salvaria ele. E então ela disse, o respondendo.

— Maria : Já sabia a tempo de nossa consulta, sabia o horário. Poderia ter feito o impossível para ter chegado no horário, Estevão! E não trabalha sozinho! Então não, não sou egoísta e nem injusta por estar pensando em nosso casamento, por estar querendo salvar ele. Estaria sendo injusta, se resolvêssemos nossos problemas da maneira que seria muito mais prático.  Como o nosso divórcio!

Estevão então todo vermelho, virou a rua rápido demais, fazendo Maria segurar no painel do carro, depois que ouviu as últimas palavras dela. E assim, ele a respondeu com ironia.


— Estevão: Adora falar em divórcio, Maria . Adora tanto que suas palavras chega até me comover em pensar no amor que sente por mim, quando fala em nosso divórcio. 

Maria riu sem vontade, tocando a testa e fechando os olhos. E dessa forma, ela o respondeu .

— Maria : Não seja irônico Estevão, que não estou pra suas ironias e nem brincadeiras.


E  ele bravo também a respondeu .


— Estevão: Nem eu, Maria! Nem eu! E realmente sinto muito por ter me atrasado. Mas prometo que semana que vem será diferente.


E virando o rosto para olha-lo, ela disse, torcendo mesmo para que Estevão não fizesse mais o que fez na primeira terapia deles.

— Maria : Assim eu espero. E espero também que seja mais gentil com o nosso terapeuta.

Estevão então riu, antes de dizer.

— Estevão : Isso não garanto. Conhece meu pensar. Pra mim esses profissionais, só querem nosso dinheiro. Quanto mais consultas mais dinheiro tiram de casais como nós.


— Maria: As vezes você é tão teimoso e tão difícil, Estevão.


— Estevão :Digo o mesmo em relação a você, meu amor. Digo o mesmo.


E assim, chegaram na mansão.


Estevão desceu do carro outra vez e foi abrir a porta pra Maria, ela foi sair sem se despedir dele. Mas dessa vez, Estevão não deixou. Pegou ela pelo braço e a puxou para um beijo.


Maria suspirou nervosa com a boca dele na dela, e Estevão nada paciente também, com as mãos na cabeça dela fazia ela ceder o beijo dele. E quando ela cedeu, ele puxou ela pela cintura. E depois cortando o beijo pra descer para o pescoço dela, ele disse.

— Estevão : Me enlouquece mais ainda quando tento te beijar e nega, e depois cede Maria. Conheço esse seu truque... Só faz para me deixar caído aos seus pés. E sempre consegue meu amor... Sempre.

Maria não respondeu porque Estevão tomou a boca dela outra vez, e puxou ela mais pela cintura e ela sentiu o membro dele dar sinal de vida.


E assim ela cortou o beijo se sentindo excitada também.


—Maria : Pare Estevão... Pare.

Estevão então a soltou, a soltou porque estava a ponto de tirar a roupa de Maria e fazer ela dele sobre o carro, em qualquer lugar por já estar excitado, pois não importava o que acontecia, não importava se Maria o rejeitava ou não ele estava sempre a querendo. E assim, ele disse, olhando os lábios dela rosados dos beijos dele com seu olhar dilatado que ele sabia que era de desejo.

— Estevão: Tentarei voltar para o jantar. Eu te amo, Maria.


Maria assentiu com a cabeça e viu Estevão voltando para o carro. E tocando os lábios que ainda tinha as sensações dos beijos dele, ela disse.


— Maria : Eu também te amo, Estevão.

E assim, ela entrou na mansão.


E quando abriu a porta, ela viu Estrela.


A menina estava em pé, próximo da escada olhando para porta. E Maria sorriu, olhando ela tão pequena já andando, com quase 12 meses, preste a completar 1 aninho.


Estrela segurava um pano de fralda e arrastava ele. De cabelinhos loiros, já caídos depois da orelha e com dois brinquinhos de maçãzinha neles, ela sorria já jogando os braços pra cima chamando pela mamãe dela.


E Maria não demorou mais e pegou a filha nos braços, dela. E logo viu a babá aparecer com uma mamadeira.

Agora, ela terminaria o dia com a filha, ligaria para seu escritório e desmarcaria qualquer compromisso que tinha nele.


E mais tarde.

Enquanto no hospital que Heriberto trabalhava, a mais de uma hora Victoria acordada, passava por exames.


No momento, ela entrava com o corpo em uma máquina de ressonância magnética.  Enquanto ela sozinha, deitada entrava nessa máquina. Por um vidro, Heriberto e um neurologista jovem, com um interno, olhava ela pelo vidro que dividia as salas que eles e Victoria estavam e olhavam também as telas do computador na frente deles, que mostrava imagens do corpo dela com seus órgãos internos mostrando.

Heriberto estava tenso, mas havia ficado mais nervoso quando soube que a mulher dele estava dando entrada na emergência depois de uma batida de carro. Mas depois que a viu, e consciente havia se tranquilizado. Até Victoria se queixar de fortes dores de cabeça.


E assim, ele queria ver se alguma batida havia lesionado algo no cérebro dela.  E então, o doutor neurologista, viu uma mancha em um lado do cérebro dela.   E com uma caneta apontando, ele disse.

— Neurologista:  Poderia dizer que temos um pequeno aneurisma, nessa região, Heriberto.

Heriberto fixou os olhos na tela do computador, tinha a imagem  da cabeça de Victoria, e no cérebro tinha um risco como se fosse um raio desenhado em um cantinho muito pequeno para ser visto se não tivessem atentos. E preocupado, ele disse por saber aquele diagnóstico, mas por não ser da área da neurologia, ele tinha que esperar a decisão do médico ao lado dele.

— Heriberto: E o que vamos fazer? Ela precisará de uma cirurgia?

Heriberto tirou os olhos do computador, para olhar o médico e o ouviu dizer.

— Neurologista: Pelo tamanho, sinto que uma cirurgia será desnecessária, Heriberto. Porque com remédios, ele pode desaparecer.

Heriberto respirou fundo. O aneurisma podia ser pequeno mas ainda assim era um aneurisma. E assim, ele voltou a dizer.

— Heriberto : Mas e se não desaparecer? E se esse aneurisma, crescer?

E o neurologista, calmo respondeu, Heriberto.

— Neurologista: Então aí operaremos, Heriberto. Mas agora abriríamos a cabeça dela sem necessidade e poderíamos até agravar a situação dela na hora da cirurgia. Fique calmo, sua esposa está bem e ficará melhor com alguns remédios, doutor.


Heriberto levou as mãos nos cabelos, olhando Victoria, ainda dentro da máquina de ressonância. E pensou, o que teria feito ela ultrapassar o sinal vermelho.

E enquanto Victoria estava ainda sendo atendida. Maximiliano abraçava Elisa, que acabava de chegar ao saber do acidente da mãe dela.

E assim ela falava .


— Elisa : Será que ela tá bem, Max?


Maximiliano suspirou, ele adorava aquela mãe que tinha, ela era tudo, sua deusa, sua rainha. Ela era a única  mulher que ele tinha como melhor amiga, ainda que era o filho homem dela.  E assim ele disse, pra sua irmã.


— Max : Eu não sei Elisa, mas acho que ela não está tão grave. Nosso pai disse que ela chegou consciente.


Elisa se afastou, puxando os cabelos ruivos dela para trás. E voltou a dizer.


— Elisa: Eu não quis assustar nossa irmãzinha, então deixei ela em casa e pedi para que Lurdes faça um bolo para ela, se intreter.  Assim ela não perceberá muito nossa ausência.

Max suspirou pensando na irmã deles e em outra questão .  E assim, ele disse.

— Max: Bella é esperta, logo irá notar que a mãe dela não volta pra casa e vai fazer perguntas. Mas e a tia Maria, avisou ela?

Elisa então assentiu e o respondeu.

— Elisa : Sim, ela disse que já estaria a caminho. E você avisou o vovô, e tia Cristina?


— Max: Tia Cristina não atendeu, e nosso avô deixei recado com a secretária dele.


— Elisa : Bom agora o que nos resta é esperar.

Elisa suspirou e encostou a cabeça no ombro de Max. E ele acariciou o ombro dela, e ela sorriu dizendo.


— Elisa: Quando você quer, Max, você vira um irmão mais velho responsável e que serve de apoio.


— Max: É o bem estar da nossa mãe que me trás essa seriedade, Elisa. Nunca brincaria com isso. Ela é a melhor mãe do mundo.


— Elisa : Temos os melhores pais do mundo, Max. Ou melhor, nossa família é perfeita.


Enquanto em um leito de hospital.


Victoria estava sozinha em uma cama de um quarto bem cômodo. Ela estava com um roupão que tinham posto nela para fazer exames, enquanto esperava para que trouxessem roupas limpas a ela, pois ela estava ciente que passaria a noite no hospital pra esperar resultados de todos exames que tinha feito.  Ela estava viva, tinha sentido o impacto da batida de outro carro contra o carro dela, tanto que seu corpo mesmo com cinto sentiu aquele impacto batendo a cabeça ao lado no vidro blindado. E por isso, ela apagou e ocasionou o aneurisma que ela já sabia que tinha, fazendo ela só acordar desorientada, depois da batida nas mãos dos paramédicos.

E depois tudo voltou a tona, pra rainha da moda. Seu desespero. Seu mundo desmoronando, a dúvida de uma suposta mentira contada sem querer, ou podia ser uma verdade que não precisaria fazer o mundo dela virar um caos como ela sentia que poderia virar. Pois, Maximiliano, podia sim ser filho de Heriberto, ela esteve muitas vezes com ele sem proteção e só uma com Osvaldo, mas tudo foi no mesmo maldito mês. Ela tocou a testa olhando para o teto. Qual chance teria, de sua família perfeita com filhos e marido perfeito se desmoronar, se ela trouxesse a tona essa dúvida a todos? Era uma dúvida. Que valeria ela arriscar sua família e seu casamento em busca da verdade?  E se Max realmente fosse filho de Heriberto, aconteceria um caos atoa. Ela abalaria a relação de Max com o pai por uma questão, que podia não existir. E eles andavam tão bem.


Victoria gemeu . Nunca tinha tido uma bomba daquelas em sua mão. E agora tinha. E ela podia explodir e acabar com sua vida perfeita.


— Victoria : Eu não posso falar isso a ninguém. Não posso...

Ela sussurrou baixo. Decidindo carregar aquela dúvida calada.


E na recepção, Maria chegava com Estrela nos braços e Heitor. Enquanto Estevão estava na delegacia.


— Maria : Eu quero visitar, minha irmã, Victoria Sandoval.


Maria estava nervosa, assim que recebeu a notícia, pegou Estrela, e Heitor por estar em casa quis acompanha -lá, dirigindo assim o carro.


E Max e Elisa vendo eles, os chamaram. E Maria foi até eles.


— Maria : Já viram a mãe de vocês? Deus do céu, como Victoria ultrapassou um sinal vermelho?


Elisa pegou Estrela dos braços de Maria e respondeu, enquanto Heitor cumprimentava Maximiliano.

— Elisa: Tia, o que sabemos é que ela está consciente e passando por exames.

E Maria ainda tensa, pois só se acalmaria se visse, Victoria. Disse.

— Maria : E isso significa que ela vai passar a noite aqui? Que não seja nada grave .

E Elisa respondeu mais uma vez sua tia.

— Elisa: Sim. E saímos tão apressados que esquecemos de pegar roupas limpas pra ela. Mas nosso motorista, fez esse favor.


Maria passou a mão nos cabelos e disse.


— Maria : Que venham de uma vez dizer algo dela.


E assim que Maria falou, Heriberto apareceu.


E momentos depois, no quarto de Victoria . Ela sentava na cama, limpando as lágrimas que havia chorado, pois iria receber seus filhos e ela queria parecer bem.


E assim, Elisa entrou e logo Max.


E Victoria quando os viu, não se aguentou e derramou poucas lágrimas abrindo os braços para recebê-los nele.


Elisa se encaixou em um lado, e Max do outro nos braços da mãe. Estavam aliviados em vê-la bem.


— Elisa : Aí mamãe, que susto nos deu.


Elisa disse e depois beijou o rosto de Victoria. E Max tocou nos cabelos dela e também disse.


— Max : Não nos dê mais esse susto, rainha Sandoval.


Victoria riu pro lado do filho e depois tocou  no rosto dele com uma mão, e fez o mesmo tocando em um lado do rosto de Elisa e ela sorrindo com os olhos lagrimejados, disse.


— Victoria : Vocês não sabem meus filhos, que vaso ruim não quebra. Estou aqui inteira pra vocês.


Victoria tentou rir da piada dela. Mas Elisa não gostando, a abraçou e disse.


— Elisa : Credo mãe, não fala assim. Como Max, disse, é nossa rainha Sandoval. Nós a amamos.

Victoria sorriu, abraçada na filha mas com seu rosto olhando Max enquanto sua mente a torturava. E baixo ela disse.


— Victoria: Eu estava brincando, querida. Eu sei que sou amada por vocês.


Elisa então se afastou e Max percebeu que Victoria o olhava diferente. E então ele disse, pegando a mão dela.


— Max: Te amamos.


Ele beijou a mão dela. E Victoria suspirou. E depois ela perguntou por sua pequena, tinha se lembrando de como esteve exaltada com a menina antes do acidente. Até que Elisa, ainda sendo dia prometeu de ir buscá-la.

E assim como Elisa, Max deixou o quarto pra deixar Maria entrar.

E quando Maria atravessou a porta, se apressou em abraçar Victoria, com lágrimas nos olhos e voz trêmula ao falar com ela.


— Maria : Victoria, meu Deus. Não apronte mais essa com a gente . Que medo me passou de que algo grave tivesse acontecido.

Victoria nada disse, assim como Maria a abraçava sentada na beirada da cama, ela apertou sua irmã como que não quisesse soltar. E então ela começou chorar. E Maria estranhou o choro de Victoria. Ele não era de emoção ou algo parecido, era um choro angustiado. E devagar, Maria desfez o abraço. E disse.


— Maria : Porque chora dessa maneira, Victoria? Está me assustando.


Victoria baixou a cabeça e olhou as mãos . Tinha decidido guardar o que estava passando com ela, mas ao ver Maria sabia que podia confiar nela, e que teria o conforto de pelo menos ser ouvida, pois ser ajudada por Maria, ela sabia que não poderia ser. Ninguém poderia ajudá-la. Pois o que acontecia, era as voltas da vida, as muitas peças dela que ela pregava no ser humano. E que só ela podia enfrentar, buscando a verdade ou se calando.

E então a rainha da moda, suspirou e voltou a olhar Maria . E Maria se preparou pra ouvir algo nada bom da irmã, pois a conhecia tão bem e sabia que algo grave passava, pra ela desmoronar daquele modo.

E assim, Victoria disse.

— Victoria: Eu acho que não sei quem é o pai de Maximiliano, Maria.


Maria então arregalou os olhos. Esperava ouvir tudo de Victoria, menos aquilo.

Horas mais tarde, na mansão San Roman. Já a noite, Maria andava de um lado para o outro no meio do quarto dela com Estevão, mas sem ele na casa.


Ela estava só de camisola branca de panos finos e decote rendado, com um robe do mesmo jeito da camisola por cima dela mas sem amarrar.

Maria remoía, a história que Victoria tinha contado a ela. Jurando guardar o segredo daquela dúvida que havia sido plantado no coração e na mente de sua irmã.

Maria, passou a mão nos seus cabelos morenos, enquanto pensava. Tinha aconselhado de alguma forma em silêncio, Victoria buscar a verdade. Mas também tinha apoiado ela não dizer nada a ninguém, não dizer nada a Heriberto. Mesmo que omitir algo como aquilo podia ter graves consequências, mas falar teria a mesma consequências. O mesmo sofrimento. Maria sabia, que Victoria amava com toda sua alma, Heriberto. Juntos tinham um casamento duradouro, que não valia o risco de botar ele em jogo por uma dúvida que poderia não ser real. Como mulher, casada e com filhos, Maria entendeu que sua irmã mais velha tinha muito mais a perder falando das suas dúvidas do que omitindo. E por hora, seria melhor omitir para que quando Victoria tivesse preparada, buscasse a verdade.


E aflita por sua irmã, Maria não conseguiu dormir, com sua mente cheia com mais aquilo.  E ela buscou um livro pra ler, e na poltrona do quarto, ela se sentou como estava no silêncio e começou folheá-lo.

Até que as horas passou e ela dormiu ali.

E no hospital.


Heriberto, parou na frente do quarto de Victoria, vendo ela encolhida como estava, deitada de lado sem vê-lo ali.

Ela estava acordada e com sua mente ainda perturbada.

Já perto das 23:00 da noite, Heriberto iria deixar o hospital com o fim do seu turno, mas não conseguiria ir deixando Victoria .


E assim ele entrou. Ela pareceu o tempo todo que se falaram depois das visitas de seus filhos e de Maria, longe e até angustiada.  E então, como ela estava, ele subiu no leito, deitou ao lado dela se virando para caberem juntos e a abraçou por trás.


E depois de beijar os cabelos dela e passar um braço por sua cintura. Ele disse, sabendo que ela estava acordada por segurar delicadamente a mão dele .


— Heriberto: Só foi um susto meu amor. Apesar que temia demais que pudesse te perder. Mas agora tudo está bem,  tudo vai ficar bem. Você vai ficar bem.


Victoria virou devagar a cabeça para olha-lo, e respondeu desejando que realmente tudo ficasse bem como sempre estava entre eles.


— Victoria: Fica assim comigo toda noite, até que eu durma, meu amor.


Heriberto deu um leve beijo na boca dela. E abraçou mais forte, dando assim a reposta que ele ficaria com ela.


Enquanto de volta na mansão San Roman .

Estevão havia chegado em casa. Ele sabia que Maria, tinha passado o resto do dia no hospital com Victoria, e que mesmo que tinham de vez em quando seus arranca rabo, não desejava algo de ruim a ela, a não ser que sua querida cunhada deixasse de interferir nas questões do casamento dele com Maria. 


E entrando no quarto dele com Maria logo depois, ele a surpreendeu dormindo na poltrona. Ela estava de cabeça de lado, o livro havia caído ao chão e ela dormia com uma de suas mãos no colo e outra pendurada ao lado do corpo.


Estevão então, tirou o paletó e desapertou a gravata olhando ela. E então ele tirou a gravata, deixando pendurada junto com seu paletó no cabideiro no canto da parede. E logo depois, desabotoando a camisa ele foi até ela. E quando esteve de frente, ele se ajoelhou, e levou o rosto como ela estava deitada, adormecida no centro da perna dela. E ele cheirou esfregando o rosto e a chamou, com uma voz rouca.

— Estevão: Maria... Maria... Me perdoe... Me perdoe.

Estevão começou beijar o ventre de Maria, deixando beijos também na intimidade dela, aonde ele esfregava o rosto buscando o cheiro de mulher dela. Ele pedia perdão, porque sabia que tinha errado naquele dia longo, e cheio de acontecimentos, mas pedia perdão também porquê precisava naquela noite de Maria como ele precisava do ar pra respirar.

Maria então abriu os olhos e olhou para baixo, aonde Estevão tinha o rosto enfiado, ainda por cima da camisola dela. E assim, ela levou uma mão nos cabelos dele, mordendo levemente os lábios. 


E Estevão soube que ela acordou. E como ele sabia, que ela podia não estar usando calcinha, ele puxou um pouco ela pela cintura para que seu corpo descesse, e Maria se abriu passando uma perna no ombro dele enquanto ele levantava o pano fino da camisola dela e logo a cabeça dele, estava enfiada no meio das pernas dela e sua boca no centro de sua vagina.


Maria gemia sem forças de rejeita-lo, sem poder, sem querer fazer aquilo. Ela apenas cedia, deixando ele tocar ela daquela forma que ela tanto gostava e que seu corpo estava precisando. O que fez ela gozar logo com os dedos dele e sua língua nela.

E logo depois estavam sem roupas, os dois nus no meio do quarto. Maria estava nos braços de Estevão, as pernas dela cruzava com força a cintura dele, com seus pés se encontrando no bumbum dele também, enquanto ele fazia ela subir e descer sobre a ereção dele que escorregava para dentro dela e saia com facilidade do jeito que estavam em pé.


Estevão estava no limite de sua paixão, tinha cravado suas mãos nas coxas de Maria, e seus olhos buscavam os delas enquanto gemiam se olhando .  Ele precisava sempre estar com ela daquela forma, sempre estar fazendo ela sua mulher, porque o corpo de Maria era tão verdadeiro a ele, que só ele vencia toda palavra que ela pudesse dizer a ele que o deixava desesperado, como ela fez mais uma vez naquela tarde, em falar de divórcio. A Maria que fazia amor com ele, ali tão entregue, não teria forças de ameaçar deixa-lo.


E como estavam, Estevão levou Maria pra cama. Ela se deitou e ele deitou sobre ela, pegou uma perna dela e desceu a mão, até encontrar o joelho e por trás dele, ele levantou a perna dela e se afundou, se movendo mais forte, mais intenso que antes.

E Maria se agarrou nos forros da cama, olhando ele tomar ela daquela forma. Os cabelos dela esparramados sobre a cama, se moviam junto com seus seios que Estevão apertava um, sem deixar de penetra-la. E Maria tremeu na cama, gozando, vibrando de prazer.


No dia seguinte...

Já em casa, Victoria, por exigência de Heriberto, estava guardando leito naquele dia. Ao lado dela, na cama tinha uma caixa de remédios, aonde ela começaria toma-los a partir daquele dia até regressar ao médico e constatar que o aneurisma havia sumido.

E sozinha no quarto, pensativa. Ela viu Isabela entrar, ainda de pijama, calça e blusinha estampada de bichinhos. E então a menina disse.

— Isabela: Posso me deitar com a senhora?

Victoria sorriu, bateu a mão na cama e a chamou .

— Victoria: Vem, pode vim meu bebê.


A menina foi e Victoria a abraçou de lado. E assim ela disse, podendo falar aquele momento daquele assunto com ela.


— Victoria : Me desculpe por ontem, depois que saímos do restaurante, filha. A mamãe estava nervosa.

E Bella, buscando os olhos de sua mãe. Disse.

— Isabela: Foi seu amigo, Osvaldo que te deixou daquele jeito, não é?


Depois das palavras, Isabela baixou a cabeça deitando ela no peito de Victoria. E Victoria então buscou os olhos da filha, levantando a cabeça dela com seus dedos no queixo e disse.


— Victoria: Já não importa mais. Só quero que siga guardando em segredo, nosso almoço.


— Isabela: Eu guardo o que quiser.


Bella sorriu e beijou a mãe dela, e Victoria beijou a cabeça dela.


E no aeroporto internacional da cidade do México, Cristina desembarcava de novo. Tinha atendido Max bem depois, e soube do acidente de sua irmã, mas sabia também pelo jovem rapaz que ela estava bem, e que naquele horário ela já estaria de volta em casa. E assim, com passos decididos, Cristina, puxando uma pequena mala, saiu do aeroporto em busca de um táxi.


Na mansão San Roman


Maria se arrumava, ela calçava longos saltos de bico finos e depois se pôs de pé, vestindo um conjunto de social, preto de terninho e calça.

E Estevão que vinha com uma gravata listrada do closet, a olhou e disse.


— Estevão: Amo quando te vejo se transformar em uma mulher de negócios na minha frente, Maria. Ainda mais, depois de uma noite com a que tivemos, onde não se compara a mulher que está em minha frente.


Maria deu um sorriso sexy, deixando Estevão mais hipnotizado, por ela usar um batom vermelho. E logo depois pegou na gravata dele pra dar nó nela, enquanto dizia.


— Maria : Tenho minhas facetas como toda mulher tem Estevão, sou quente na cama e mais quente ainda quando sou essa mulher de negócios que está em sua frente.

Estevão suspirou olhando a boca dela, olhando os olhos e os cabelos soltos dela. Ela era linda, linda e realmente quente em tudo mesmo não querendo. E por isso, ele morria de ciúmes dela e sem esconder isso.  E incomodado com as últimas palavras dela, ele disse.


— Estevão : Não gosto de pensar que pode ser quente no trabalho meu amor, não me torture com essa idéia.

E Maria depois de ouvi-lo, parou de fazer o que fazia mas sem largar a gravata dele e o respondeu.

— Maria : Você se tortura atoa Estevão. Quando eu digo quente nos negócios, é porque preciso ser eficaz, calculista algumas vezes e pensar friamente. Mas tenho não orgasmos, vendendo peças de prata, nem joias muito menos assinando acordos e contratos. Isso, é só com você.


E com a gravata feita de Estevão,  Maria deu um beijinho nos lábios dele deixando ele sem resposta. Mas antes que ela deixasse o quarto, ele disse com um sorriso nos lábios.


— Estevão: Vamos sair essa noite, hum?


Maria parou na porta, olhando Estevão sorrir pra ela, com ela tentada aceitar aquele convite. Fazer amor por uma noite, deixava Estevão sempre de bom humor, e ela não podia negar que com ela passava o mesmo. Mas lembrando de algo, ela disse.


— Maria : Hoje a noite, Heitor trás a namorada dele pra conhecermos, Estevão. Então teremos um jantar em família, as 19:30. Não se atrase.

E Estevão sorrindo agora em surpresa com aquele acontecimento de Heitor levar uma namorada pra eles conhecerem, disse.

— Estevão : Então finalmente, Heitor vai trazer uma namorada pra casa.

Maria sorriu também com aquela novidade e o respondeu.

— Maria : Sim, vai. Talvez agora nosso filho, esteja amando.


E na mansão de Victoria e Heriberto, com só ela e os empregados e agora uma “visita” em casa.


Ela estava na cama, sentada de pernas estiradas. Mas agora quem abraçava ela, era Cristina.  E Victoria fingia que não sentia nada, apenas pra castigar sua irmã mais nova, que gostava de sumir sem se importar com a família. Mas que na verdade, estava feliz por ver sua irmã ali com ela e demonstrando preocupação.


Então como estava, com Cristina agarrada nela. Ela disse pra implicar.


— Victoria: Precisava quase morrer, pra você cruzar o oceano e vim me ver, Cristina.


Cristina resmungou mas não soltou a irmã. E disse.


— Cristina: Fica calada e aproveita a minha sensibilidade, que me faz querer não te soltar.

Victoria então sorriu sem Cristina ver. E assim ela disse, por ter reparado o volume na barriga da irmã quando ela havia chegado.


— Victoria: Então segue grávida.

Cristina ouviu a pergunta de Victoria, mas mais como uma afirmação. E depois a respondeu.


— Cristina: Sim. E seguirei. Decidi sozinha, que tentarei fazer isso.

E Victoria buscou os olhos de Cristina para dizer .

— Victoria: Suponho que fazer isso, é ser mãe, o que você quer dizer, não?

Cristina assentiu e depois de puxar o ar do peito, com tudo que pensou todos aqueles dias depois de passar as semanas que poderia tirar o bebê, optando deixar ele nascer. Ela respondeu Victoria.


— Cristina: Sim. E se eu não conseguir, Frederico cria esse bebê . Além do mais eu não podia fazer isso com ele, não podia ser covarde, pensar só em mim, e não nele e nem nesse bebê que poderá ter um pai como ele. E isso tudo só porque sou péssima como ser humano, iria tirar isso dele.

Victoria então se sentou na cama. Ela não acreditava nas palavras que ouvia de Cristina. E assim, ela disse .

— Victoria: Quem é você e o que fizeram com minha irmã?


Cristina então revirou os olhos e saiu da cama.

— Cristina : Abro meu coração a você, e você brinca, Victoria. Não foi fácil tomar essa decisão, tenho medo de não conseguir. Mas tomei.


Victoria então se levantou também. E disse, querendo alerta-la de algo.


— Victoria : Só que tem um problema nessa sua decisão que você custou tomar.

E Cristina perguntou.

— Cristina: E qual é, além de eu fracassar nesse projeto de ser mãe?

E sem rodeios, Victoria disse .

— Victoria: Frederico te odeia, não quer ouvir seu nome por achar que você tirou o filho que ele tanto queria.

Cristina então passou uma mexa de um lado do cabelo atrás de sua orelha, acreditando que o que ouvia de Victoria não era novidade. Pois ele mesmo havia dito que se ela tirasse o bebê, ele a odiaria. E assim ela disse.

— Cristina: Isso eu já imaginava. E não tirei. E posso provar Estou de 3 meses e duas semanas, logo farei 4. Fui ao médico.

Victoria então cruzou os braços arqueando uma sobrancelha, para estar bem atenta na reação de Cristina, e depois soltou.

— Victoria: Mas o que não imaginava, é que ele estaria te esperando dar essa maravilhosa notícia a ele, marcando casamento com outra. 

Quando Cristina ouviu Victoria, ela abriu a boca, junto com os olhos e piscou mais de uma vez levando para seu consciente o que acabava de ouvir. E assim, em um sussurro querendo ouvir de novo, ela perguntou.

— Cristina: O que disse?

E Victoria confirmou outra vez.

— Victoria: O que ouviu. Frederico, se casará semana que vem.


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