Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá lindas, estou voltando com as atualizações de minhas fics começando por controvérsias. Quero agradecer pela leitura e me desculpar pelo tempo sem atualizações! E dizer também, que ainda amo essa fanfic de paixão, eu amo de paixão as personagens femininas dela que por isso a história toda será girada em torno delas, algo que nunca foquei entre outras fics minhas estarei focando aqui, sem tabu e sem frescuras. Por isso peço que lêem a sinopse, eu dei uma mudada e deixei um aviso lá. Controvérsias é uma fanfic que fiz pra gerar controvérsias mesmo e percebi isso a pouco tempo. Então agora fiquem com os capítulos que estarei atualizando depois de agora, que por sinal estarão bem agitados. Obrigada ❤️



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Três meses haviam passado.



Três meses, em que Cristina não voltava pra cidade do México. E que entre aqueles dias, ela tinha dado sinal de vida apenas duas vezes pra suas irmãs, mas sem dizer aonde estava e  não querendo dar detalhes do que tinha feito com sua gestação indesejada.

E dentro desses 3 meses também,  Estevão seguia a linha das investigações que sem descanso ele queria chegar ao autor do atentado  contra ele e sua família. E enquanto Estevão seguia empenhado no seu trabalho, Maria exausta daquela situação, não deu o braço a torcer que  depois de ter “ relaxado” na questão das terapias que iam fazer, quando ela viu as coisas se acalmarem, sem mais tardar, eles já tinham a primeira  consulta marcada com um terapeuta que daria solução para o dilema que viviam ou daria um ponto final nele. Enquanto, Victória e Heriberto, seguiam seu casamento ainda tranquilo, porém estavam em dias corridos com seus trabalhos e buscando tempo pra estarem juntos. E como mãe, Victória seguia estando mais atenta a suas duas filhas, mesmo estando de olho em Max que o observava com atenção no trabalho se dedicando mais, enquanto Heriberto, analisava atento também seus três filhos e sua mulher. E Frederico, estava de casamento marcado com Raquela.  Que cheio de rancor por, Cristina, firmando que a odiava com toda sua alma, ele buscava em Raquela o que não teve nela ainda que ele sabia que não chegaria ama-la.

E assim no centro do México.

Federais, bem armados, vestidos de preto, botas e coletes. Invadiam uma casa com, Estevão no comando daquela operação. 

A casa não tinha muro e era bonita, com um gramado enorme aberto na frente com a fachada de madeira e janelas de vidros. 

E assim em fila, 5 homens estava na frente da porta da frente, enquanto mais 5 deles davam a volta na casa para entrar pela porta dos fundos. 

E no comando daqueles homens, Estevão armado com um fuzil, atirou no trinco da porta e chutou ela com força.  Sabiam que tinham  delinquentes dentro da residência, e então aos berros anunciando quem eram, Estevão entrou junto com seus homens pela porta da frente. Enquanto os demais, fizeram o mesmo  entrando pelo fundo, já dando ordem de prisão a todos que viam.

E cinco minutos depois...

Em uma sala da casa, tinha 6 homens, pegos todos desprevenidos. Eles estavam algemados de joelhos e braços pra trás na frente do sofá.

E na frente dos marginais, em uma mesa de madeira com vidro ao meio dela, tinha algumas barras de cocaína e que estavam juntos com dinheiro, celulares e três armas que depois da revista a equipe de federais haviam encontrado ali.

Mas Estevão, sentia que tinha mais. Estavam pisando em um terreno de mafiosos de armas e drogas, e o delegado tinha certeza que não podia ter só aquilo que ele via na mesa. 

E assim, Estevão olhou seus homens e disse bravo .

— Estevão : Revistaram tudo com cuidado?

E o dado como superior, depois de Estevão, respondeu se apresentando de cabeça erguida. 

— X : Sim, Senhor delegado!

E Estevão ainda desconfiado como que se farejasse algo, mandou.

— Estevão: Sinto que estamos deixando passar algo. Revistem tudo de novo!

Estevão então andou olhando de cara feia para os homens que estavam ali de rosto baixado pra ele  . Enquanto os homens dele, voltavam revistar a casa.

E assim, Estevão ouviu chama-lo em outra parte da casa.

E quando ele chegou dentro de um quarto imundo demais. Ele viu uma jovem pálida de olhos fundos e vermelhos, de cabelos claros e que chorava sentada em uma cama.
Estevão se aproximou dela, a jovem usava uma blusa clara de alcinha e shorts jeans.  E ele olhou marcas de agulha no braço dela, sem dúvidas ela estava ali pelas drogas e os homens usava o corpo dela como pagamento. E Estevão logo pensou na sua sobrinha, pois a jovem lembrava ela mas que felizmente estava longe daquele mundo . E assim ele disse olhando pra ela, mas falando com um de seus homens que estavam no quarto.

— Estevão  : Onde ela estava?

—X : Dentro do guarda roupa, senhor.

Estevão então olhou um guarda- roupa embutido que tinha portas de correr que facilmente a jovem conseguiria se esconder.  E assim ele disse irritado . 

—Estevão : Disseram que tinham revistado tudo! Chamem, Ana Rosa, para que cuide dela!

Estevão então depois de olhar mais uma vez o quarto e a jovem, saiu e o federal que ele passou ordem chamou Ana Rosa, pelo ponto no seu ouvido que se comunicavam com a equipe.  Estevão sabia que podiam tirar algo da jovem antes de saberem que ela só era uma usuária de drogas ou fazia parte daquele máfia, o  que ele apostava mais na primeira opção.  E Ana Rosa que estava ao lado de fora da casa com as viaturas, entrou nela.

E assim, Estevão ainda desconfiado, voltava seu caminho para a sala batendo na parede. Ele tocava ela com as costas dos dedos fazendo barulho na madeira, até que ele chegou na sala e ao lado de uma televisão plana na parede, ouviu a parede por trás dela, oca. Ele então deu mais dois toques e não precisou ele falar nada,  pra que dois de seus federais fosse até ele .  E segundos depois descobriram que na parede que a TV estava presa, tinha um fundo falso e que ela era a porta para abrir.

E assim que abriram, Estevão viu mais armas, fuzis como o dele, metralhadoras, mais tablete de cocaínas e o mais importante, ele viu duas bombas que segundo a perícia, era as mesmas que haviam colocado no carro dele.

Estevão então olhou com ódio para os homens. Ele esteve todos aqueles três meses seguindo a mesma linha de investigação pra chegar no autor do atentado que ele já imaginava que fazia parte da máfia que ele seguia afrontando como naquela manhã.  E finalmente ele tinha encontrado algo.

E assim ele disse, de voz grossa e corpo todo tenso.

—Estevão : Algum de vocês tem algo a me dizer. E eu quero saber! E vou saber por bem ou por mal! 

E longe dali.

Maria, trabalhava com a cabeça quente por saber que as 3 da tarde ela teria hora marcada com o terapeuta, doutor e psicanalista, Pablo Monteiro, que seria a primeira terapia dela e Estevão. E ela temia que ele faltasse.

E assim ela suspirou, olhando seu relógio no pulso sentada por trás de sua mesa. E disse tensa.

—Maria : Você tem que ir, Estevão.  Tem que ir...

Nervosa, Maria tentou voltar ao trabalho, desejando que Estevão fosse realmente naquela consulta deles, porque senão ela sabia que já podia decretar os últimos dias do casamento deles.

Enquanto na casa de moda.  Victória estava atarefada  com suas obrigações, enquanto ainda que fosse cedo ela morria de dor de cabeça.

E tocando as têmporas, ela viu sua assistente chegar com um copo de água e um comprimido . Victoria pegou, tomou e depois dispensou a moça com as mãos sem agradecer por algo que ela sabia que era apenas a obrigação dela.

E assim, ela encostou a cabeça na cadeira e se permitiu fechar os olhos. O dia parecia que ia ser longo. 

Mas sem paciência, Victoria olhou pra seu relógio no pulso. Estava perto do horário do almoço e do horário que Bella saia da escola,  e ela se levantou pegou sua bolsa e saiu decidida em buscar sua menina, ao invés de deixar que seu motorista fizesse isso. Então ela decidiu, que depois da aula dela almoçaria com sua filha menor.

E assim de passos largos ela deixou o prédio da sua casa de moda, trombando com Max no caminho, mas que negou a sair para o almoço com a mãe assim como Elisa, que Victoria mandou mensagens, a convidando fez.  E de óculos escuros, Victoria caminhou até seu carro e deu partida.

Enquanto nos Estados Unidos.

Cristina estava na frente de uma loja olhando. Ela levava duas sacolas de compras na mão enquanto olhava a vitrine dela.

— X :  A senhorita precisa de algo? Não quer entrar e ver o que temos?

Cristina então piscou, vendo uma moça que trabalhava na loja falar com ela.  E assim tocando os cabelos, ela negou entrar e saiu de passos largos da frente daquela loja de bebês.

E atravessando a rua apressada, ela ouviu uma buzina em cima dela e olhou para o carro que buzinou e que da janela saiu uma cabeça de um cara.

— X : Olha a rua, sua louca!

Cristina então mostrou o dedo do meio para o motorista, e seguiu seu caminho até seus pés tocar a calçada do outro lado. E quando tocou, ela parou e levou a mão na barriga.

O filho dela e de Frederico seguia ali. E crescendo como ela podia ver o volume ainda que pequeno mostrar no seu ventre. 

E na cidade do México.

Heriberto estava no hospital, havia entrado de madrugada para atender uma emergência e não sabia que horas voltaria pra casa aquele dia. Estava sendo assim, dias tensos e corridos no hospital pois estavam sobre uma nova direção.

E assim ele com o tempo livre, se trancou no seu consultório tirou seu celular do bolso e discou pra Victoria.

Ele tinha deixado a cama deles ainda sem sair o sol e não havia se despedido dela . E aquela seria a segunda vez que ele falaria com ela no dia, depois de uma breve ligação.   Heriberto sentia falta de Victoria, falta dos beijos e de seus momentos de amor. Falta da mulher dele, mas também ele sabia que tanto como ele estava cheio de trabalho, Victoria também estava, por estar lançando uma nova linha de outono/inverno de roupas femininas.  E logo ele sabia que teria um grande desfile para apresenta -las, e seria mais dias com ela chegando tarde e saindo cedo de casa pra trabalhar, assim como ele que não sabia o que viria no hospital com essa nova direção que estavam tendo.

Mas então o celular tocou e tocou, e Victoria não atendeu. E assim Heriberto o desligou e outra chamada entrou e ele viu o nome de Frederico na tela, e ele se lembrou que logo teria que estar na Bananal para prestigiar o casamento de seu primo, um casamento que Heriberto sabia que Frederico ia ter por apenas despeito.

E em um restaurante.

Victoria entrava de mãos dadas a sua filha mais nova. Bella usava ainda o uniforme da escola, com seus cabelos castanhos jogados no ombro,  ela puxou eles do lado e olhou para mãe, com seus olhos verdes como do pai e nariz empinado como o dela.

— Bella: Mamãe, parece cheio . Aonde vamos sentar?

Victoria sorriu olhou um mesário aparecer e a respondeu.

— Victoria: Olhe, o mesário vai nos levar em uma mesa.

Bella olhou do lado e viu um espaço para crianças, cercado com brinquedos e algumas crianças brincando ali. E assim ela disse.

— Bella : Eu quero ir ali, mamãe.

Victoria olhou para onde ela olhava, mas seus olhos cruzou com alguém reconhecido outra vez.

E nada ela disse quando viu que ele tinha visto ela.

Mas então o mesário chegou perto delas e as conduziu para uma mesa vazia.

E assim, Victoria passou pelas pessoas sentindo que era observada enquanto andava . E nervosa sem entender realmente o porque, ela abriu o menu já acomodada na mesa e disse, com sua filha sentada na sua frente .

— Victoria : Então, o que vai querer meu anjo?

E animada, Bella respondeu sorrindo.

— Bella : Batatas fritas.

Victoria sorriu com o pedido dela, mas disse .

— Victoria : Não pode só almoçar batatas fritas, Isabela.

Victoria então baixou o menu, e quem ela não queria que se aproximasse com a filha dela presente chegou . E Osvaldo lhe sorriu dizendo.

— Osvaldo:  Um terceiro encontro por acaso. Como vai, Victoria?

Victoria forçou um sorriso, na sua mente ela só lembrava de como Heriberto tinha ficado quando no shopping eles haviam encontrado Osvaldo, e ela só pensava que se ele soubesse desse mais um encontro poderia ser motivo de uma discussão sem importância.

Mas ainda assim educada, e sentindo livre pra cumprimentar quem fosse, assim como já tinha exposto aquilo a Heriberto.   Ela se levantou e disse.

— Victoria : Quanta coincidência, Osvaldo.

Ela pegou na mão dele e Osvaldo, além de pegar a puxou e beijou no rosto em um cumprimento.

— Osvaldo : Muita . E quem é essa princesa?

Victoria sorriu depois que Osvaldo se afastou e olhou pra Isabela, depois de suas palavras passando as mãos na saia dela em um gesto nervoso que ela não entendia o porque.  Mas que talvez fosse o receio que ainda passava na sua mente de Heriberto saber também daquele encontro.  E que logo ela pensou, do porque estava temendo tanto aquilo, já que não foi programado, e ela não fazia nada de mais cumprimentando um ex educadamente. A Sandoval, que estava ali gritava por dentro dela, revendo quem era e que por ser quem era, ela nunca foi de deixar receber ordens de ninguém, ainda mais de um homem. E amava apenas um e fazia dele seu rei, mas ainda assim não permitia que ele fosse seu dono, apenas seu amor que ela havia escolhido passar os dias de sua vida casando com ele. Então depois de um suspiro, ao pensar em tudo que pensava, ela disse.

— Victoria: Essa é minha filha mais nova, Osvaldo. Isabela Sandoval, minha Bella.

Osvaldo sorriu. Ele via que a menina parecia muito com Victoria, e então ele disse.

— Osvaldo: Ela é linda, parece muito com você, Victoria.

Victoria soltou um sorriso de mãe coruja e o respondeu.

— Victoria: Obrigada, Osvaldo.

E Isabela sorriu olhando, Osvaldo,  disse.

— Bella : Almoça com a gente, Osvaldo? Assim a mamãe não fica sozinha quando eu ir brincar.

Victoria então sorriu nervosa pra filha. Dividir a mesa com Osvaldo, aí já era demais, aquilo pelo menos era demais, e se Bella resolvesse contar que almoçaram na companhia de um homem, Heriberto ia querer saber quem era. E de novo Victoria se viu pensando em Heriberto daquela forma. E ela se sentiu como Maria, que passava aquilo com Estevão onde sabia que qualquer homem que se aproximasse dela demais, seu cunhado possessivo fazia um escândalo. E ela não tinha casado com um Estevão.  Mas ainda assim ela queria evitar problemas futuros.

E assim ela disse, torcendo que Osvaldo não sentasse junto com elas.

— Victoria: Quando chegamos, Osvaldo já estava, filha. Ele já deve ter almoçado.

E Osvaldo levando as mãos no bolso, gostando do convite, falou .

— Osvaldo : Na verdade não, Victoria, eu esperava uma mesa. No momento que nos vimos, estava cumprimentando um amigo.

Victoria soltou um suspiro, sem saber por onde escapar em ter Osvaldo na mesa com ela. E com um sorriso fingido nos lábios, ela o respondeu.

— Victoria: Bom, então parece que hoje está sendo um dia de encontrar amigos, Osvaldo.

Osvaldo analisou as palavras de Victoria, tinha encontrado sim um amigo, e até duas fãs mas que com certeza, ela não fazia parte do pacote de amigos dele.  E assim ele disse.

— Osvaldo : Alguns não tão amigos, assim. Mas eu aceito o convite se não for nenhum incomodo.

E Victoria se rendendo aquela jogada do destino, disse com elegância e educação enquanto voltava a sentar na mesa.

— Victoria : Claro que não é. Sente- se conosco.

Mais tarde.

Dentro de um prédio grande. Maria, entrava em um elevador.  Faltava 20 minutos para três horas e ela já estava subindo para o andar cheio de consultórios, onde o Dr. Pablo Monteiro, atendia seus pacientes. E que logo ela e Estevão seriam os próximos. E por falar nele, Maria não tinha conseguido entrar em contato com ele. Estevão parecia ter sumido do mapa, e por isso ela deixou recado com o estagiário dele, que ela já estava a caminho da consulta deles sem revelar ao jovem rapaz que consulta era .

E assim que o elevador abriu no 15° andar. Maria caminhou batendo seus saltos finos no chão, deixando o elevador. E momentos depois a assistente do médico, mostrou aonde ela devia esperar enquanto ele atendia um casal.

Maria então sentou em uma cadeira macia, cruzou as pernas que estavam de saia preta e meia da mesma cor e esperou, torcendo para que Estevão aparecesse antes das três.

Enquanto de volta ao restaurante que Victoria estava.

Bella puxava conversa como se fosse íntima de Osvaldo, como que ele não fizesse parte de um passado da mãe dela que seu pai não gostava nada.

— Bella : Tem alguma filha para brincar comigo, senhor Osvaldo?

Victoria soltou o garfo da mão e repreendeu a filha, sem saber realmente se Osvaldo era pai, mas achando que aquela pergunta dela era invasiva.

— Victoria: Filha, acho que está sendo muito invasiva, meu amor. Acaba de conhecer, Osvaldo.

E Bella, como era esperta retrucou.

— Bella : Mas mamãe, ele é seu amigo. O que tem perguntar?

Victoria suspirou, pois não eram e não foram o tipo de amigos que a filha imaginava. E Osvaldo, simpático respondeu.

— Osvaldo: Sua filha além de linda é uma graça, Victoria. Deixe ela. E não, não tenho filhos pequena. Mas pretendo ter.

Victoria então analisou as palavras de Osvaldo, e admirou ele ainda não ter filhos com a idade que já tinha e ainda ser casado.

— Bella : Acabei mamãe, posso ir brincar agora?

E depois de piscar ao sair da questão que teve em sua mente, Victoria limpou os lábios e respondeu a filha. 

— Victoria : Não tenho certeza se será uma boa ideia. Acaba de comer.

E Osvaldo desejando conversar com Victoria, sem a menina, disse.

— Osvaldo: Victoria, olha para carinha dela. Como pode dizer, não?

Victoria olhou Isabela, na expectativa de brincar. Só que ela além de saber que sua filha estava cheia pra brincar isso deixaria ela só com Osvaldo, o que ela não desejava, o que estava desejando mesmo já era deixar o restaurante. Mas tendo a ideia, de fazer aquilo logo, ela respondeu sua caçula.

— Victoria:  Está bem meu amor. Mas assim que eu terminar, iremos embora. Tenho que trabalhar ainda.

E Isabela deixou a mesa animada. E logo depois, ficou um silêncio entre Osvaldo e Victoria. Eles se olharam, ambos lembrando do passado. Victoria sentia um tanto culpada, sempre se sentiria assim. Ela tinha traído Osvaldo, para ela, ela tinha brincado com os sentimentos dele . Enquanto Osvaldo se sentia nostálgico, em pensar que naquele momento podiam ser marido e mulher e Isabela filha deles.

E não podendo com aquele silêncio, Victoria tentou puxar assunto.

— Victoria: Por que não teve filhos, Osvaldo?

E Osvaldo pensando naquela questão, que junto a Leonela, tinha chegado a um acordo, ele disse.

— Osvaldo: Esperei minha esposa Leonela estar preparada para ser mãe, Victoria. Além de esperar minha carreira encaminhar aonde está agora. E só agora achamos que chegou nosso momento de sermos pais. E por isso estamos tentando.

Victoria então pegou sua taça de suco e levou na boca. E o respondeu, o entendendo.

— Victoria: Entendo, filhos tem que ser planejado.

Osvaldo então riu de lado, lembrando como Victoria tinha sido mãe jovem.  E assim ele disse.

— Osvaldo: Lembro que foi mãe bem jovem. Não tinha nem terminado a faculdade. Então imagino que não planejou isso.

Victoria então retirou as mãos de seus talheres, pensando no seu primogênito e que Osvaldo sabia muito bem, aquela história pois assim que o largou já estava grávida sem saber.

— Victoria: Com meu filho mais velho foi diferente, confesso.

E assim, Osvaldo bebendo um pouco do vinho que tinha pedido, depois de beber ele disse em um tom de brincadeira.

— Osvaldo: Disse que Isabela é sua caçula, quantos filhos realmente tem, Victoria? Vou chutar que são 5.

Victoria riu, passando as mãos no cabelo e o respondeu.

— Victoria: Oh, não, céus. Cinco filhos é muita coisa, Osvaldo. Tive três, Maximiliano o mais velho, Elisa do meio que já é uma mulher e que está na faculdade e Isabela, minha caçula.

E Osvaldo deixando de sorrir, expôs algo que guardou por tanto tempo pra Victoria .

— Osvaldo : Confesso que cheguei a pensar que, Maximiliano era meu filho.

Victoria riu de nervoso.  Nunca tinha pensado no que Osvaldo acabava de dizer. Era tão ilógico pra ela. E então rápido, ela rebateu as palavras dele.

— Victoria: Não, não Osvaldo. Não tinha nem lógica . Eu e você, bom nós quando tivemos nosso relacionamento, eu estava na faculdade por isso sempre nos prevenia... E não, não acredito que estamos falando disso.

Victoria então levou a mão no rosto, de repente aquela conversa passou a ser do passado dela com Osvaldo.

E Osvaldo, ainda não querendo sair daquele assunto que ele tanto guardou, voltou a dizer.

— Osvaldo: Quando me deixou não tivemos muito tempo pra falar disso. E o que tem de mal? Somos casados e já maduros . Não estamos fazendo nada de mais.

E Victoria tirou as mãos do rosto dela, e voltando a olhar Osvaldo, ela o respondeu calma.

— Victoria : Tem razão, Osvaldo, tem toda a razão. É que isso é um pouco estranho. Você devia me odiar.

Victoria pois a mão na mesa. E Osvaldo pegou, tocando em umas delas.

— Osvaldo: Mas eu não odeio. Nunca te odiei.

Victoria então olhou para mão de Osvaldo na dela. E nervosa, ela retirou. E ele logo voltou a dizer.

— Osvaldo : E se engana. Não se preveniu uma vez comigo.

Victoria arregalou os olhos. E desacreditada, ela disse.

— Victoria : Como? Não diga besteiras, Osvaldo. Como pode lembrar de algo assim?

E Osvaldo a olhando com intensidade nos olhos, disse.

— Osvaldo :  A verdade é. Como posso esquecer de algo assim, Victoria. Esteve pouco tempo ao meu lado e ainda que fossemos muito jovens, guardo na memória todos nossos momentos.

E no consultório que Maria estava.

Dos vintes minutos que faltava para dar a hora da consulta se tornaram nos vintes minutos que faltava para acaba-la. E por isso ela andava de um lado ao outro sem ter entrado na sala, por Estevão ter finalmente atendido as ligações dela e dito que estava no caminho a mais de meia hora.

Maria passava as mãos nos cabelos nervosa. Estevão chegaria e ainda assim, não teriam aquela primeira sessão deles completa e que ela se negou entrar sem ele.  Até que Estevão apareceu e foi direto a ela.

— Estevão:  Já cheguei meu amor. Já cheguei.

Ele procurou os lábios dela pra beijar, mas Maria de cara feia virou o rosto. E depois disse brava, se afastando dele.

— Maria: Hoje é a nossa primeira terapia, Estevão. E trata ela dessa forma, trata nosso casamento dessa forma. Porque é ele que está em jogo!

E Estevão nervoso, tentou se defender.

— Estevão: Ma, Maria eu estava em outro lugar, estava trabalhando! Me atrasei um pouco mas estou aqui.

Maria soltou um riso irônico de rosto virado e o respondeu.

— Maria : Sempre seu trabalho. E nosso casamento e eu, seguimos em segundo plano, Estevão.

E Estevão depois de ouvir as queixas de Maria, passando um mão na cabeça, ele rebateu as palavras dela.

— Estevão : Não. Não, Maria, você e nosso casamento sempre é minha prioridade!

Maria então nada mais disse, quando viu a assistente que viu Estevão chegar e reparou nos ânimos exaltados que eles estavam, os avisou que podiam entrar no consultório.

E assim, Maria batendo os saltos no chão nervosa caminhou para o consultório e Estevão foi atrás dela.

Assim que entraram, ambos olharam o consultório na sala ampla, que ele se encontrava.  Ele era grande, tinha uma janela com uma cortina ao fundo, uma mesa na frente dele, com uma plaquinha com o nome do terapeuta e também psicanalista, em ums parede tinha uma grande estante e alta de livros, e ao lado da outra parede tinha um sofá grande de couro preto, com uma poltrona na frente dela. Onde o doutor, Pablo Monteiro, estava sentado elegantemente de pernas cruzadas com um bloco na mão e uma caneta dourada na outra.  O médico, usava óculos, era magro de cabelos pretos, nariz cumprido mas acentuado no seu rosto fino. Ele era bonito e aparentava não ter mais de 45 anos.

O terapeuta, logo sentiu na atmosfera de seu consultório a tensão que o novo casal que estava entrando tinha.

E quando Maria e Estevão, chegaram perto dele. Ele se levantou e disse.

— Dr. Pablo: Achei que iam adiar a consulta. Boa tarde, casal San Roman.

Ele deu a mão para Estevão e apertou. E Estevão ainda nervoso, disse, direto pegando na mão dele.

— Estevão : Estamos pagando uma fortuna por uma hora com isso aqui. Não adiaríamos . 

Estevão largou a mão do terapeuta e afrouxou impaciente sua gravata indo até o sofá que via.

Enquanto Maria, pegando agora a mão do terapeuta, ela disse mais educada, ainda que ia soltar uma leve provocação ao seu marido.

— Maria : Desculpe a grosseria do meu marido, doutor, porque quem está pagando isso aqui como ele disse, sou eu e sei que valerá a pena . Boa tarde.

O terapeuta sorriu, e logo depois indicou para que Maria sentasse no sofá na frente dele onde Estevão já estava sentado.

E ela foi, se sentando longe de Estevão, bem na ponta do sofá. E o terapeuta observou a atitude dela, e no seu bloco sentado de volta na poltrona que estava na frente do casal San Roman, ele anotou algo.

E depois de pigarrear, ele sorriu e disse.

— Dr: Pablo: Essa primeira sessão é para nos conhecermos melhor, eu como terapeuta conhecerei vocês e vocês a mim.  Mas como chegaram atrasados. Temos pouco tempo até que eu receba outro paciente.

Estevão bufou com as palavras do terapeuta. Sabia que o atraso era culpa dele. E assim, ele disse querendo consertar do jeito dele o que fez.

— Estevão : Posso fazer um cheque agora para que fiquemos o necessário aqui, doutor.

O terapeuta, Pablo, soltou um riso. Tinha um paciente durão na sua frente. O que não era novidade pra ele, a maioria dos maridos chegavam assim nas terapias, mas que ao longo delas ele presenciava alguns como ele chorando como bebês. E assim ele disse, rebatendo a oferta de Estevão.

— Dr. Pablo: Não é assim que funciona as coisas senhor San Roman. Estou aqui ajudando pessoas, ajudando casais . Não estou ganhando dinheiro, fácil, tenho vários doutorado que me fazem capaz. Seu dinheiro, e de todos é aceito pelo meus serviços para as consultas, sem extras, nem mais e nem menos. Como acredito que receba onde trabalha, pelo que faz profissionalmente.

E Estevão tentando não perder a pose com a resposta do seu agora terapeuta, apenas o respondeu não dando o braço a torcer .

—Estevão: Rum . Só espero que ao invés de nos ajudar doutor, acabe com o nosso casamento.

E dando outra resposta rápida, o terapeuta respondeu.

— Dr. Paplo: Eu não tenho esse poder, só vocês tem, San Roman.  E você, senhora San Roman, não irá falar nada?

Maria olhou de lado Estevão, e ele olhou pra ela sentindo o peso do olhar dela de raiva pelas atitudes dele até aquele momento.  E quando ela voltou a olhar para o terapeuta, balançando uma perna nervosamente que estava cruzada sobre a outra, ela disse.

— Maria: Maria, pode me chamar só de Maria, doutor.

O terapeuta sorriu, prestando atenção na inquietação de Maria, com seus movimentos da perna.  E ele, por fim disse, para dar realmente início para mais aquela terapia do dia.

— Dr: Pablo: Está bem, Maria, como quiser. E então comece falando, para mim, se trabalha e com que, quantos anos vocês têm de casados, se os dois tem filhos. Vamos nos conhecer.

E assim, Maria começou se apresentar para o terapeuta, que logo ele descobriu que ela era uma mulher de negócios e que dirigia uma empresa sozinha, comandando tudo.

E longe dali.

Nervosa e segurando lágrimas nos olhos.

Victoria, colocava, Isabela no carro da família com o motorista que ela ligou passando o endereço para que buscasse a menina e leva-se ela pra casa, porque a mesma não tinha condição nenhuma para fazer aquilo.

Isabela estava assustada, olhava Victoria na frente da porta de trás do carro nervosa. Enquanto ela só ouvia as ordens dela.

— Victoria: Quando chegar em casa, não diga com quem almoçamos. Fique quieta, me entendeu filha? Não me decepcione contando com quem tivemos.

E Isabela confusa, disse olhando sua mãe.

— Bella: Mas mamãe. Não estou entendendo, por que não posso contar? Porque está assim?

Victoria passou as mãos nos cabelos, o vento que dava na rua bagunçava eles. E depois que ouviu mais perguntas da sua filha, ela a respondeu.

— Victoria: Não precisa entender, Isabela. Apenas me obedeça!

Victoria bateu a porta voltando para calçada do restaurante, onde estava Osvaldo.  E pela janela do carro, Bella via  a mãe apontar o dedo na cara de Osvaldo, e ele passar a mão na cabeça e ela parecendo discutir com ele. Então o carro começou andar e ela deixou de olhar a mãe de repente agir como agia . E nada ela entendeu o que acontecia. Nada ela entendia, que Victoria sentia que seu mundo estava desabando.

E onde Victoria e Osvaldo estavam. Victoria dizia, sem gritar e sem chamar atenção de quem estava dentro do restaurante, ainda que estivesse uma pilha de nervos.

— Victoria : Tudo que disse é uma loucura, uma loucura, Osvaldo!

Osvaldo levou as mãos nos braços de Victoria. Ele queria acalma-la, nunca havia pensado que deixaria ela daquela forma com a conversa do passado deles.

— Osvaldo: Se acalme, Victoria. Eu só disse o que pensei. Eu confio em você. Sei que não esconderia essa verdade de mim.

Victoria se esquivou do toque de Osvaldo, se afastando dele.  A verdade que ele dizia, só podia ser uma mentira, um engano ou até uma piada.  E assim, ela passou as mãos nos cabelos nervorsamente, querendo deixar ele e toda maldita dúvida que ele tinha levantado revivendo um passado morto e esquecido, para trás .

— Victoria: Eu vou embora. E por favor deixe de atravessar meu caminho e por coisas em minha cabeça, Osvaldo!

E Osvaldo preocupado com ela, passou a frente quando ela quis atravessar a rua pra ir até o carro dela.  E assim, ele disse.

— Osvaldo: Vai dirigir dessa forma? Entremos no restaurante outra vez para se acalmar, Victoria.

Osvaldo segurou no braço dela, levemente. Mas Victoria querendo esquecer que Osvaldo existia, arisca se esquivou do toque dele outra vez, puxando o braço. E agora sim, aos berros ela disse.

— Victoria : Me largue, me solte! Você está desgraçando minha vida, Osvaldo!

Osvaldo então passou a mão no rosto, crendo que pela forma que Victoria estava aquela conversa não acabava ali. Mas se rendendo, ele disse.

— Osvaldo: Não dá pra conversar contigo dessa forma, Victoria. Só tome cuidado quando dirigir.

Victoria não ouviu mais Osvaldo, atravessou a rua apressada e entrou no carro com ela batendo a porta.  E dentro dele, ela se permitiu chorar, se permitiu odiar a vida, odiar as circunstâncias que estava levando ela naquele buraco que se abriu, debaixo dos pés dela e que nele podia cair sua vida perfeita, sua família mais perfeita ainda junto com seu casamento de dar inveja a qualquer casal.

Então depois de esmurrar o volante ela ligou o carro e saiu cantando pneu enquanto sua mente divagava a mais de 20 anos atrás.

Flashback

Victoria chegava mais de meia-noite no seu apartamento, depois de Heriberto ter pego ela na saída da faculdade e terem ficado todo o tempo dentro do carro dele, transando, aos agarro e beijos com ele insistindo em uma volta. E que ela na dúvida de ceder novamente o seu coração e deixa- lo vulnerável ao seu primeiro amor, não sabia o que fazia. Se voltava para seu ex ou seguia com seu namoro tranquilo com seu atual.

E assim, Victoria subia até seu andar de um luxuoso edifício, de elevador. Aquele apartamento que ela havia ganhado dos pais, era a liberdade dela, era a vida adulta dela.

E como a vida adulta não era fácil, mesmo ainda se encontrando com seus 18 anos e recente entregada na faculdade. Victoria se deparou com Osvaldo sentado na porta dela. Ele estava com a cabeça encostada na porta, pernas estiradas a frente do seu corpo e ao lado dele, tinha um buquê de rosas vermelhas.

Osvaldo sabia que Victoria estava traindo ele e sabia com quem. Pois desde que Heriberto havia voltado, que era o ex dela, ela começou a sumir frequentemente começando ficar fria com ele. Osvaldo, sabia que não tinha muitas chances pra lutar contra seu rival, mas ainda assim ele queria lutar por Victoria, e que por isso não confrontava abertamente aquela traição, pois ele temia que quando ela resolvesse confessar, terminariam.

E assim, que ele viu Victoria chegar ele se levantou. Pegou o buquê e disse.

— Osvaldo: Onde esteve?

Victoria tentou falar mas sua voz não saiu, estava sentida pela cena que viu. E Osvaldo pegando no rosto dela, disse .

— Osvaldo : Não precisa dizer meu amor. Não precisa dizer.

Ele beijou ela e rapidamente ela cortou o beijo, com vontade de chorar. A volta de Heriberto e aquele dilema dela, começava afeta-la.

— Victoria: Eu não te mereço . Eu não ...

Osvaldo não deixou Victoria falar e a beijou novamente, e então ela entrou logo em seguida no apartamento dela com Osvaldo .

E juntos caminharam até o quarto.  E nele, Victoria se entregou a quem estava com ela ainda que ela achasse que não merecesse, ela se entregou ao seu namorado como era certo como estava fazendo antes de Heriberto reaparecer e coloca-la, louca, sem juízo, tão sem juízo que naquela mesma noite ela mantinha relações sexuais sem se prevenir, antes com seu ex e agora com o namorado.

Fim de flashback

E a cena que passava na mente de Victoria, que Osvaldo descreveu com detalhes, esquecido por ela e que de fato ela sentia que pôde ter cometido um erro muito grave, uma mentira inocente sem saber. Uma mentira inocente, de uma jovem que estava conhecendo seu corpo, conhecendo a vida . Mas que agora, anos depois, aquele erro e até a falta de juízo dela, vinha pra cobrar o pago de sua falta de responsabilidade com a dúvida de quem era o pai de seu primogênito.

E dirigindo abalada, enquanto chorava, sentindo que sua vida junto com seu casamento perfeito estava em perigo, Victoria em alta velocidade ultrapassou o sinal vermelho. E nada mais ela viu .


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