Candy Boy escrita por Moony Is Tired


Capítulo 9
C09. Três Doses e Meia de Felicidade


Notas iniciais do capítulo

Paramos em um ótimo ponto naquele último capítulo, não acham? Pois bem, acho que podemos prosseguir agora!
Está na hora de testar as suas teorias! O arco pode ter começado há uma semana, mas é hoje que realmente iremos começar a compreendê-lo! Não tenho muito mais a dizer sem que se torne um spoiler, entretanto, então... Deixo isso com vocês! Boa leitura!
Moony Out!



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Samuel havia voltado para casa. Havia sido realmente surpreendido quando Cédric lhe deu um abraço assim que entrara pela porta da frente.

“Ah, eu quase tinha esquecido que você voltava hoje!” Sam riu, devolvendo o abraço.

“Você parece mais feliz do que o normal hoje.” Ele comentou após se soltarem, bagunçando o seu cabelo de leve. “Aconteceu algo bom?”

“Oh, bem…” Sam corou levemente antes de realmente responder. “Eu posso ou não… Ter beijado alguém há alguns minutos.”

“Ooh! Se importa se eu perguntar quem?” Ele provocou, abrindo um sorriso largo e claramente tentando segurar um leve riso.

“Cédric, por favor, eu acabei de chegar.”

“Você sabe muito bem que curiosidade é algo que corre no sangue dessa família.” Disse, bagunçando o seu cabelo novamente. “OK, podemos deixar pra falar sobre isso mais tarde. Você quer fazer alguma coisa antes de anoitecer? Eu trouxe o meu videogame.”

“Hm… Não vejo problema com isso.” Ele deu de ombros, e então ambos subiram para o quarto que dividiam quando Cédric passava alguns dias em casa.

Depois do jantar, eles voltaram a se sentar em uma das camas do quarto, como sempre faziam quando Cédric queria ouvir sobre o dia ou a semana de Sam.

“OK, então, a maior parte da semana foi uma bagunça e eu admito que não entendi metade das coisas que estavam acontecendo.”

“Compreensível.” Cédric deu de ombros.

Descreveu, apesar de esconder alguns vários detalhes, sobre como havia oficializado sua amizade com Nathaniel no início da semana, e desde então se aproximado bastante dele com o passar dos dias, apesar de que não conseguia entender tudo o que estava acontecendo: especialmente sobre ele ter se emancipado dos pais. Havia conversado com Nathaniel sobre isso por um momento, mas ele também não tinha sido muito aberto sobre isso. Sam continuava curioso, mas preservou sua privacidade.

Chegara finalmente ao ponto em que eles haviam se beijado, — algumas poucas horas atrás. — e enfim terminara a sua pequena história de “como foi a sua semana?”.

“Hm.” Foi tudo o que ele disse de começo.

“O quê?” Samuel perguntou, levemente confuso com a reação.

“Nada, nada.” Balançou a cabeça. “Bem, estou feliz que conseguiu um amigo… Ou namorado, possivelmente.”

Sam iria falar alguma coisa, mas acabou se perdendo em alguns pensamentos diversos. Qual era o seu estado com Nathaniel agora, realmente? Não haviam oficializado nada além de “amigos”, afinal. Mas provavelmente um único beijo não significava nada além disso mesmo. Fora isso, tinha certeza de que havia possuído alguns sintomas de paixonite por Lysandre desde que o vira: claro, nem sempre paixonites dão certo, mas ele tinha alguns planos em tentar desenvolver isso para ver até onde isso iria. Também tinha o fato de que, mesmo que estivessem próximos, Samuel e Nathaniel não se conheciam tanto assim…

Provavelmente estava apenas pensando demais. Poderia falar com ele sobre isso na segunda. Não valia a pena se distrair demais por isso.

“Bem, eu não tenho certeza.” Admitiu. “Mas… Obrigado, de qualquer forma. Vou tentar não estragar tudo.”

“Ótimo! E se ele estragar tudo… Me avisa.”

Sam sentia uma leve vontade de rir sobre aquilo, mas ao mesmo tempo sabia que ele estava falando um tanto quanto sério. Cédric definitivamente faria de tudo para que Sam tivesse uma vida social melhor do que a que ele mesmo tivera anos antes. Sentia-se um tanto estranho com aquilo. Ao mesmo tempo que sabia que ele nunca iria tentar lhe atrapalhar, ao mesmo tempo… Queria ter a chance de poder lidar sozinho com algum de seus problemas?

Cédric parecia ter aprendido bastante com seus erros e os dos outros, e às vezes queria poder ter essa chance também… Por mais egoísta e estúpido que parecesse.

Preferiu não comentar nada além disso. Tentara mudar de assunto imediatamente. Algo um pouco mais leve para uma boa noite de sábado.

Cédric havia lhe oferecido carona para o colégio, e não viu motivos para negar. Lhe deu um abraço ao chegarem lá e Sam acenou de despedida para ele ao chegar no portão.

“Era seu irmão?” Ouviu uma voz perguntar atrás dele, e virou-se imediatamente para ver quem é.

“Oh, olá Nathaniel!” Sorriu. “E, sim! Eu acho que mencionei que ele iria passar duas semanas aqui?”

“Hum, acho que lembro disso, sim.” Ele hesitou por um instante. “Eu posso receber um abraço também?”

“Um único beijo e você já está se apegando, acho que estou te mimando fácil demais.” Samuel riu, mas o abraçou mesmo assim. Ao se separarem, ele notou suas roupas. “Oh! Você está usando o suéter com o gatinho! É tão adorável!”

“Bem, foi você quem escolheu. Eu devo seguir o julgamento de um aspirante a moda.” Ele riu de volta.

Os dois entraram juntos no colégio, mas dividiram seus caminhos no primeiro corredor. Nathaniel disse que tinha coisas para fazer no grêmio estudantil, então Sam decidira que iria usar essa oportunidade para… Quem sabe falar com mais algumas pessoas?

Foi primeiro ao seu armário, e guardou o livro que havia pego na biblioteca na semana passada ali. Já havia terminado de lê-lo, mas não estava com vontade de ir devolvê-lo agora. Poderia fazer isso após o horário de almoço.

Ao fechar a porta do armário, a primeira pessoa que vira foi Lysandre. Ele estava do outro lado do corredor e, algo muito raro: Sozinho. Não via Castiel em nenhum lugar, e ele também não parecia estar ocupado com nada…

‘Vamos lá!’ Pensou. ‘Você está praticamente em um relacionamento com alguém nesse momento. Certamente não há porque ficar tão nervoso em falar com ele! Você só quer a amizade dele, afinal!’ Insistiu para si mesmo.

Aproximou-se do rapaz, respirando fundo. Sam teve de juntar uma boa coragem de seu corpo para dizer sem qualquer problemas:

“Olá, Lysandre!”

“Oh, Sam.” Ele disse em seu tom calmo de sempre. Parecia ter acabado de acordar de seus devaneios. “Você parece excepcionalmente feliz hoje.”

“Ah… Pareço?” Seus olhos arregalaram levemente, surpreso. Lysandre assentiu.

“Você está mais energético do que me lembro, e seu sorriso está contagiante. É admirável.”

Sam não conseguiu evitar de corar. Era um elogio genuíno e… Bem, talvez ele realmente estivesse se sentindo um pouco mais feliz e confiante do que o normal. Decidiu sentar-se ao lado dele.

“Você, por outro lado, parecia perdido em seus pensamentos.” Disse, um tanto quanto interessado. “Se importa se eu perguntar se era algo bom ou ruim?”

“Ah… Neutro, eu diria…” Ele hesitou por um instante. “Estava pensando se sou distraído demais… Eu adotei um coelho esse final de semana, mas provavelmente agi no impulso. Eu já o deixei escapar da gaiola uma vez…”

“Oh, mas isso não é nada demais!” Tentou reconforta-lo. “Quando eu tinha um cachorro, ele fugia com uma certa frequência. Às vezes nós conseguimos trazer ele de volta logo, outras vezes ele acabava se afastando demais, mas ele sempre voltava em segurança.” Sam suspirou. “Eu sinto falta dele às vezes…”

Nenhum dos dois disse nada por alguns poucos segundos, até que finalmente Lysandre quebrara o silêncio.

“Ainda assim… Ele é tão pequeno e frágil. Talvez fosse mais seguro entregá-lo aos meus pais…”

“Lysandre, você gosta desse coelho?” Perguntou, olhando-o bem nos olhos heterocromáticos.

“Bem, sim… Eu adoro coelhos em geral.”

“Havia algo especial neste coelho?” Insistiu.

“Ah, bem… Em minha opinião, ele era o mais bonito entre todos os outros… Samuel, onde você quer levar essa conversa?”

“Ao ponto que digo que você deveria mantê-lo! Talvez seja até mesmo uma boa experiência, quem sabe você até mesmo fica mais atencioso. Vai precisar disso quando tiver seus filhos.”

“Sam, eu não tenho certeza…” Ele disse, o rosto levemente vermelho.

“Eu te ajudo!” Insistiu. Lysandre pareceu querer dizer algo, mas continuou antes que ele pudesse protestar. “Não será um problema, eu prometo! Eu… Adoraria ter a oportunidade de cuidar de um bichinho novamente…”

“Você tem certeza?” Ele perguntou, apesar de que sua expressão parecia um tanto quanto mais alegre. “Não seria te pedir demais?”

“Eu juro, não seria nada. Além disso, talvez acabemos tendo mais algumas oportunidades para conversar, considerando que isso é bem raro por aqui.”

“Ah…” Lysandre pareceu parar para pensar mais uma vez. Seu rosto parecia um tanto quanto ainda mais corado também, por algum motivo. “Bem, nesse caso… Eu irei mantê-lo. Você poderia me dar o seu número? Seria mais fácil de nos comunicarmos.”

“É claro.” Sorriu.

Não sabia de onde havia surgido tanta confiança, mas ela certamente fazia maravilhas. Havia tido uma conversa completa com Lysandre sem qualquer problemas.

De certo modo, isso o deixava ainda mais feliz.

A felicidade não durou muito.

“Samuel.”

“Uh… Olá… Melody?”

A garota havia o parado de repente. Havia acabado de almoçar com Nathaniel e havia decidido pegar o livro em seu armário para que pudessem se encontrar na biblioteca. Entretanto, Melody não parecia nem um pouco interessada em lhe deixar passar.

“Eu realmente tenho que fazer algo importante agora… Eu agradeceria se você pudesse ser rápida.”

“Oh, não se preocupe. Eu só quero te pedir uma única coisa!” Ela sorriu, apesar de que algo em sua expressão fazia com que ele sentisse que não era algo verdadeiro.

“Hm… E o que isso seria?” Perguntou, um tanto quanto desconfiado.

“Fique longe de Nathaniel.”

Houve uma pequena pausa; um silêncio mútuo. O pedido lhe confundia. Não que fosse algo difícil de se entender, era um pedido bem claro: só não tinha o menor motivo de como ela esperava que ele fosse simplesmente obedecer.

“Não.” Decidiu responder finalmente.

“Por que não?” Ela insistiu.

“Eu que deveria lhe perguntar ‘por que raios eu faria isso?’” Cruzou os braços. “Quero dizer, bem, se você for a namorada dele, eu estaria completamente de acordo em acabar com qualquer tipo de avanço romântico nele… Mas, ainda assim, eu ainda gostaria de mantê-lo como um amigo.”

“Não, eu não sou a namorada dele. Ainda.” Ela pôs uma grande intensidade nessa última palavra. “Você está no meu caminho.”

“Nesse caso, eu não me importo.” Já estava ficando impaciente. “Além disso, você está literalmente no meu caminho agora. Livros possuem um prazo de devolução na biblioteca, sabia?”

“Você vai ficar longe dele, se não…”

“Se não o quê?” A interrompeu. “Você não é a dona dele. Você não manda nele. Muito menos em mim.” Suspirou, irritado. “Como você ao menos sabe disso? Por acaso Nathaniel lhe contou? Eu sinceramente consideraria isso um fora dos grandes se fosse você.”

“Não, não foi Nathaniel. Eu não acho que ele chegaria a querer me contar.”

Mais uma vez, um silêncio os atingiu. Sam parou para pensar nas chances de qualquer outras pessoas terem a informado dos possíveis, hm… Avanços que ele e Nathaniel estavam fazendo? Se assim poderiam ser chamados? Para ser sincero, o mais próximo que conseguia chegar de uma hipótese seria “pessoas surpreendentemente boas em criar boatos.”

“Quer saber? Eu acho que não me importo o bastante.” Apertou o livro contra o peito. “Me deixe ir. Nathaniel provavelmente não gostaria de ser deixado esperando. Ele provavelmente não iria gostar de saber que você é a causa disso.”

Melody parecia querer dizer mais alguma coisa mas, com uma expressão de extrema frustração, virou-se de costas drasticamente e saiu andando na direção contrária à biblioteca. Sam respirou fundo. Parecia… Fácil demais. Provavelmente ainda teria que lidar com isso pelo menos mais algumas vezes.

Seguiu seu caminho, devolvendo o livro à bibliotecária assim que chegou lá. Encontrou Nathaniel sentado em uma das mesas logo depois, e sentou-se ao lado dele.

“Sam. Estava começando a ficar preocupado.” Ele disse. “Você parece um pouco cabisbaixo. Algo aconteceu agora?”

“Ah, um… Não, nada demais.” Samuel respondeu, tentando forçar um breve sorriso. “Só tive um pouco de dificuldade encontrando o livro. Meu armário já está uma bagunça.”

“Bem, nesse caso…” Respondeu, apesar de que algo em sua expressão dizia que ele não estava confiando completamente em sua explicação. “Acredito que tenhamos decidido que iríamos discutir o livro hoje?”

“É claro. Então… Quem começa?”


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Notas finais do capítulo

Eu sempre me senti um pouco triste que Lysandre não manteve o seu coelho no canon… O que é um dos vários motivos de eu ter decidido mudar isso aqui! Tudo é possível nas fanfics!
Pois bem, adoraria saber o que acharam. Desde o ritmo do capítulo até as exposições que recebemos dele. Primeiro de tudo, tivemos a volta de Cédric! Hooray! Duas semanas com ele! O quão importante isso realmente é?
Tivemos mais diálogos com Lysandre! Andei tendo alguns protestos de que ele não aparecia muito, mas posso prometer que, a partir desse ponto, ele se tornará muito mais frequente!
E, claro, fomos apresentados a um conflito… Melody! Algo certamente esperado, não? Afinal, se Sam esta se aproximando de Nathaniel, isso seria apenas o esperado!
Em contraposição à pergunta da semana passada ("O que poderia dar errado?"), quero que foquem nos pontos positivos deste capítulo, e respondam: Afinal, o que poderia dar certo?



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