Perigosamente apaixonado escrita por Erin Noble Dracula
P.O.V. Nick.
Uma vampira? Como?
—Como? Você nasceu assim?
—Eu sou a Princesa Ariadne. O que eu vou contar agora é a crônica de como vim a existir.
Estávamos todos reunidos na sala. Eu, Monroe, Rosalie e Juliette.
—Eu sou filha da Rainha Pasifae. Minha mãe tinha problemas de infertilidade, ela rogou aos deuses por um filho, mas nenhum dos deuses a ouviu. Tomada pelo desespero ela fez um sacrifício para Hades o deus dos mortos, fez um pacto com ele. Se ele lhe desse um filho ela lhe daria sua alma, Hades aceitou a oferta. No início da primavera eu nasci e logo que eu nasci percebeu-se que eu não era o que os humanos definiriam como normal. Quando eu nasci eu chacoalhei a cidade. Eu nasci com todos os meus dentes, logo ela percebeu que Hades a havia enganado e tentou se livrar de mim, mas não deu certo. Eu matei centenas de milhares de escravos, bebi o sangue deles.
—E você admite isso?
—As coisas eram diferentes naquela época. Eu fui treinada nas artes mortais, eu era a melhor guerreira de Atlântida. Pouco antes da cidade ir pro saco, eu previ a calamidade e sai da cidade dentro de um navio cargueiro que foi para a Grécia. Tentei avisar minha mãe, meu pai o Rei Augustus, mas eles não me acreditaram. Enfiei minhas coisas num baú e fui. Eu logo descobri como eu conseguia fazer isso. Eu era filha de Hades.
—Ta dizendo que é uma semideusa?
—Isso. Eu fui parar em Pompeia. E de novo, a cidade foi pro saco. Por um tempo comecei a pensar que eu era responsável pelas calamidades, mas isso mudou quando cheguei em Atenas. Eu fui de Princesa a serva, tive que aprender muitas coisas. Com o passar do tempo fui aprendendo coisas sobre mim mesma que eu desconhecia.
—Que tipo de coisa?
—Meu sangue tem o poder de curar qualquer doença ou ferimento, eu não posso morrer, o fogo não me queima, eu sinto cheiro de várias coisas coisas que os humanos não sentem. Meus reflexos são melhores do que o de um ser humano.
—E como você se alimenta?
—Bolsas de sangue. Eu tenho que roubar, o sangue eu quero dizer.
—O sol?
—Eu mesma inventei esse mito, e o negócio do espelho. Eu tenho uma prole, não sou a única, eu transformei alguns humanos ao longo do caminho e eles foram transformando outros que transformaram outros.
—E o Drácula?
—O cara era nojento. Um asqueroso. Não tinha nada de galã. Bram Stoker o descreveu muito mal, ele floreou demais. Ele era o que hoje os médicos da cabeça chamam de psicopata. Ele se alegrava ao causar dor e sofrimento aos outros.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!