SAGA HP; Sob uma Nova Visão escrita por DarkyPhoenix


Capítulo 7
A Câmara Secreta e seu Objetivo


Notas iniciais do capítulo

Voltei pessoas não muito tempo depois.

Hoje trouxa o capítulo um pouco menor porque se eu ficar fazendo capítulos cada vez mil palavras a mais vai ficar muito cansativo para vocês lerem.

Então agradeço a todos que leram e comentaram.

Boa Leitura



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—Perdão- Arregalo os olhos- Você é o que? Não, não eu me recuso acreditar. Meu pai é Arthur Weasley, ele jamais mentiria para mim.

—Oh Por Favor Isabelle- Ele continua com um sorriso de deboche estampado no rosto- Nós dois sabemos que de Weasley você não tem nada, cabelos loiro escuro, olhos verde esmeralda, língua afiada, ofidioglota e ainda é da Sonserina.

—Eu sou da Grifinória- Me defendo apontando para o símbolo de leão no meu uniforme.

—Jura? - Tom faz uma expressão de incredulidade- Colocar a herdeira de Slytherin na Grifinória? Aquele chapéu velho deve estar tão caduco quanto o próprio Dumbledore.

Revirei os olhos para esse comentário pensando em como responder, pelo menos até ouvir um barulho estranho vindo de dentro da estátua de Salazar Slytherin.

—O que foi isso? – Pergunto olhando para os lados desconfiada e depois volto a olhar para ele que tem um olhar divertido no rosto.

—Hora de você conhecer nosso “bichinho de estimação”- Ele fala fazendo aspas no ar e depois se volta para a estátua falando algumas palavras em língua de cobra: “Venha Basilisco”

E bem rápido uma cobra enorme saiu pela boca da estátua e veio até nós, nunca tinha isto uma cobra desse tamanho sem exagero essa coisa podia esmagar um dragão se quisesse.

—Basilisco? - Pergunto e ele volta a atenção para mim, algumas ideias surgem na minha mente, todas se resumem em correr para bem longe, eu sempre gostei de cobras, Iris é a prova disso, mas uma desse tamanho seria tolice não ter medo.

—Não precisa ter medo- Tom fala pegando na minha mão e coloca em cima das escamas do Basilisco, minha mão trêmula porque só conseguia pensar em todas as maneiras que esse bicho poderia me matar- Pelo contrário, ele vai te obedecer sem mais nem menos.

—Como assim? - Pergunto começando a acariciar as escamas da criatura, estava começando a perder o medo.

—Ele é totalmente fiel, submisso as nossas vontades, pode te proteger, obedecer aos seus caprichos ou a minha parte preferida: Matar por você- Ele falou me fazendo tremer na base por causa da forma tão natural com que ele disse essas palavras, eu nunca usaria essa criatura para assustar alguém imagina então matar, nunca seria capaz de fazer uma coisa tão terrível.

Ele de alguma forma pareceu saber o que eu estava sentindo e pensando, porque bufou e

—Você tem compaixão demais para o meu gosto Isabelle- Ele reclamou enquanto olhava para o Basilisco também, que estava calado apenas observando nossa conversa.

—Como? - Pergunto confusa, segurando meu queixo para ele não cair.

—Leglimência- Responde Tom dando de ombros- Como eu sei que você não sabe, vou explicar é a habilidade mágica capaz de extrair sentimentos e lembranças de memória de outras pessoas, além da clara interpretação dos resultados obtidos com essa extração

—Incrível- Falo com sarcasmo- Só vou avisando logo, fique fora da minha mente.

—Não posso prometer nada- Diz ele com um sorriso cínico e eu reviro os olhos, ele é mesmo mais parecido comigo do que eu gostaria que fosse, talvez eu deva mesmo considerar essa opção de na verdade eu ser mesmo adotada, só não consigo engolir que Molly e Arthur mentiram para mim a minha vida toda, torço mesmo para que não seja, mas ao que tudo indica no momento...

—Eita- Me dou conta de quanto tempo passei aqui embaixo- Preciso voltar, é hora do almoço.

Me viro de costas para ir, mas depois volto.

—Você não vem? - Pergunto confuso pelo fato de ele não ter me seguido.

—Não posso- Ele responde- Sou apenas uma lembrança, ligado a esse lugar, apenas aqui consigo ficar fora desse diário.

—Acho que estará em boa companha do “nosso bichinho”- Falo com um sorriso irônico porque sabia que Tom não queria ficar aqui sozinho me virando para ir, então parei no meio do caminho esperando

1- Ele olhou para o Basilisco e notou o quanto ficaria entediado.

2- Está se esforçando para engolir o próprio orgulho estúpido.

3-...

—Isabelle espera- Sorri me virando e voltando com o diário na mão.

Tom Riddle tem a vantagem de saber leglimência, mas eu também tenho meus próprios truques.

***

—Rony é a nossa coruja- Falo apontando para Errol que voava trazendo uma carta, mas na hora da descida acabou derrubando várias coisas da mesa comunal da Grifinória- Existe psiquiatra para coruja? Porque essa aí tá precisando quase tanto aquele carro.

—Concordo, esses dois são um perigo- Rony fala e pega a carta endereçada a nós dois- Oh Não!

—Aí pessoal os Weasley receberam um berrador- Um dos garotos da nossa mesa diz e todos no salão começam a rir, inclusive eu mesmo sabendo que ia me ferrar junto com meu irmão.

—Abram logo- Intervém Neville- Eu ignorei o que a vovó mandou, e me dei mau.

Mesmo hesitante dei sinal verde para o Rony e ele abriu a carta que pulou da mão dele e começou a gritar conosco.

—RONALD E ISABELLE WEASLEY COMO SE ATREVERAM A ROUBAR AQUELE CARRO? - Gritou a carta me fazendo ficar de olhos arregalados- ESTOU TOTALMENTE DEGOSTOSA, O PAI DE VOCÊS ESTÁ ENFRENTANDO UM INQUÉRITO NO TRABALHO É A CULPA É TODA DE VOCÊS! SE ALGUM DOS DOIS SAIREM MAIS UM DEDINHO DA LINHA, SERÁ TRAZIDO DIRETO PARA CASA.

A carta doida me deu língua e depois se rasgou sozinha, não era o primeiro desses que eu recebia por isso não podia estar mais indiferente, já Rony estava com uma expressão apavorada hilária.

Resolvi olhar para o diário que estava no meu colo, e quando eu abro lá estava o comentário que já estava esperando.

“Sua mãe adotiva parece tão adorável Isabelle

 Não gostaria de estar na sua pele”

Revirei os olhos e resolvi ignora-lo, depois desse berrador não estou no humor para trocar farpas verbalmente.

***

—Deixe-me apresenta-los ao seu novo professor de defesa contra as artes das trevas: Eu- Diz o Idiota do Gilderoy Lockhart e eu resisto a vontade de bater minha cabeça na parede- Gilderoy Lockhart, ordem de Merlin terceira classe, membro honorário da liga de defesa contra as forças do mal e eleito cinco vezes pelo semanário dos bruxos como o sorriso mais atraente.

Era só o que me faltava, agora eu vou ter que olhar para o lado e ver a Hermione e as outras meninas suspirando por esse aí, já não bastava minha mãe?

—Agora eu vou ensinar vocês a se defenderem da pior criatura que se conhece no mundo da magia, vocês podem vir a enfrentar seus maiores medos nessa sala. Mas saiba que nenhum mal vai lhes acontecer enquanto eu estiver aqui- Lockhart diz.

“Até parece”

Estava com o diário aberto só para me distrair um pouco de olhar para cara do novo professor.

“Desculpe Isabelle, mas esse seu professor parece ser mais idiota que o Rabicho”

“Finalmente alguém que concorda comigo. Até duvido que ele tenha feito tudo que escreveu, eu posso escrever que enfrentei um dragão de sete cabeças, mas isso não torna essa informação verdade”

“Eu duvido até que ele consiga amarrar os próprios cadarços sem magia”

 Esse comentário me fez soltar uma risada que atraiu a atenção de todos para mim.

—Algo engraçada senhorita Weasley? - Perguntou Lockhart com uma cara de tacho.

—Além da sua cara palhaço? –Respondo com um sorriso de deboche- Nada senhor, continue.

Lockhart ergueu uma sobrancelha e voltou a sua aula, tirou o pano que cobria uma gaiola revelando vários diabretes da cordoalha.

“Isso é sério? ”

“Não é? Enfrentei coisas piores do que isso no meu primeiro ano”

—Esses bandidinhos podem ser diabolicamente astutos- Diz Lockhart- E Graças ao Comentário Impertinente da Senhorita Weasley, resolvi deixá-los mais à vontade.

Lockhart abre a gaiola e todos os diabretes azuis pequenos voam pela sala causando bagunça e até conseguiram a proeza de pendurar o pobre Neville no Candelabro. E como eu bem esperava nosso novo professor não conseguiu fazer nada para parar os monstrinhos, ao invés disso acabou foi perdendo a varinha para um deles.

—Vocês quatro podem colocar o resto de volta na gaiola- Lockhart diz e foge da sala como um rato foge de um gato.

—E esse é o nosso novo professor de defesa contra as artes das- Falo com sarcasmo e vou para debaixo da mesa pedir ajuda ao diário.

“E Além de idiota, é imprestável. Essa é a prova de que Dumbledore está mesmo ficando caduco, só por contratar esse aí”.

Reviro os olhos diante do comentário dele contra Dumbledore, parece mesmo que ele tem uma rixa com o velhinho, mais ou menos como eu tenho com o Draco ou com o Perebas, enfim vou ter que perguntar isso mais tarde pessoalmente.

“Tom que feitiço eu uso para parar essas pestes? ”

“Petrificus Totalus”

“Mas são muitos, não dá para mais de um”

“Use o medalhão, ele dá muito mais força a qualquer feitiço que você fizer”

Quando eu saí de debaixo da mesa vi que os diabretes estavam voando em câmera lenta com certeza um feitiço da Hermione, então eu resolvi terminar o serviço.

 Apontei a ponta da minha varinha para a pedra do meu medalhão e ela brilhou rapidamente, então apontei para os diabretes.

—Petrificus Totalus- Lancei o feitiço e todos caíram no chão imobilizados depois resolvi lançar outro- Wingardium Leviosa

Com o ultimo feitiço eu consegui levitar todos de volta para dentro da gaiola e logo a fechei.

—Muito bom Isabelle, só não entendi como fez isso- Diz Hermione.

—Uma boa bruxa nunca revela seus segredos- Falo sorrindo passando os dedos sobre a pedra do meu medalhão.

***

—Malfoy? - Harry pergunta ao ver Draco Malfoy no time da Sonserina, seria o novo apanhador.

E não esse dia não poderia piorar.

—Isso mesmo e não é a única novidade desse ano- Vejo as vassouras novas que o time todo usava e ligo os pontos na hora.

—Nimbus 2002- Diz Rony impressionado- Aonde vocês conseguiram?

—Presente do Lucio estou certa? - Pergunto ao Draco entrando na frente dele- E quando eu pensei que vocês Malfoy não poderiam ser mais baixos.

—Sabe Weasley- Draco diz me olhando de cima a baixo- O meu pai ao contrário do seu pode comprar o melhor.

—Mas não pode comprar talento para você entrar nesse time por mérito- Retruco o provocando, odeio quando falam da minha família- E você não fale do meu pai, ele me dá muito mais do que eu poderia querer, ele não precisa me comprar igual o seu faz Malfoy.

Draco me olhou irritado e para minha surpresa, se aproximou de mim a boca perto do meu ouvido.

—Mas ele não é seu pai de verdade Isabelle não sabe disso? - Ele sussurra no meu ouvido- Nem uma Weasley você é.

Aquilo me atingiu, então assim que Draco se afastou eu o lancei o olhar mais frio que consegui p que é bem minha especialidade.

—Pelo menos ninguém pagou para jogar- Intervém Hermione e eu suspiro aliviada porque o clima estava ficando estranho- Só entrou quem tem talento.

—Ninguém pediu sua opinião- Diz Draco se aproximando da Hermione- Sujeitinha de sangue ruim.

—Você vai pagar por isso Malfoy- Diz Rony sacando a varinha- Cara de lesma.

Assim que ele lançou a azaração o feitiço voltou contra ele mesmo por causa da maldita varinha e Draco começou a rir junto com os outros Sonserinos, ah, mas eles me pagam. Rony começou a cuspir lesmas e então Harry e Hermione a leva-lo dali e eu ia junto mas parei no caminho quando ouvi a risada do Draco, precisava fazer ele sufocar com ela.

Me aproximei furiosa e então Draco sacou sua varinha e começou a me lançar azarações e outros feitiços que eram felizmente todos absorvidos pela pedra do meu medalhão, tolo ele nem sabe que está me dando mais poder.

Quando me aproximei suficiente dei um soco no nariz dele que caiu de dor no chão.

—Sua adotada miserável- Ele diz tentando estancar o sangramento no nariz e eu rio.

—Prefiro ser adotada por uma família maravilhosa e humilde do que nascer sangue puro em uma traiçoeira e mesquinha como a sua- Falo me agachando ao lado dele que me olhava com raiva- Olhe-se bem no espelho Malfoy, vai perceber que é tão ridículo quanto o seu pai.

Após ter humilhado o Malfoy na frente dos novos colegas de time me dou por satisfeita e levanto em seguida e vou correndo até a casa do Hagrid e quando entrei vi o coitado do Rony cuspindo lesmas dentro de um balde.

—Me chamou de sangue ruim- Fala Hermione levantando e parecendo magoada.

—Aquele idiota, já dei o que ele merecia- Falo me sentando ao lado do Rony.

—Ele não fez isso! - Exclama Hagrid

—O que é sangue ruim? – Pergunta um Harry confuso.

—Significa sangue sujo, é a pior ofensa para alguém que nasceu trouxa, cujos pais não sejam bruxos- Fala Hermione com lágrimas nos olhos- Alguém como eu.

 -O Problema Harry é que há bruxos como os da Família de Malfoy, que se consideram melhores do que todos por serem o que aqueles chamam de sangue puro- Hagrid explica.

—Isso é horrível- Exclama Harry

—E ridículo - Levanto e abraço a Hermione que fica surpresa porque nunca havíamos nos abraçado antes- Não liga para isso Mione, você sendo nascida trouxa é mil vezes mais inteligente do que aquela fuinha, apenas ignore saiba que você é melhor do que isso minha amiga.

***

 -Está atrasada- Reclama Tom dentro da câmara depois que eu o tirei do diário.

Reviro os olhos

—Eu preciso da sua ajuda- Falo e ele arqueia as sobrancelhas porque sabe o quanto eu sou orgulhosa- Preciso descobrir se o que você disse é verdade ou mentira e para isso preciso entrar no escritório do Dumbledore, mas não posso ser pega, já tenho detenções demais.

—Você sabe que vai ter que cobrir os seus rastros muito bem, não é? - Tom pergunta e eu assinto com a cabeça, é obvio que sei não é a primeira vez que faço algo do tipo- Ok você vai me fazer um favor em troca eu posso te ensinar um pouco de leglimência, tenho certeza que vai saber se virar assim.

Não vai vir coisa boa daí eu tenho certeza, mas mesmo desconfiando muito eu preciso saber a verdade.

Suspiro

—O que quer que eu faça Tom? - Pergunto e ele meio que pareceu surpreso de eu ter aceitado tão rápido, ele com certeza esperava que daria mais trabalho para me convencer e normalmente seria assim mesmo se eu não estivesse desesperada por respostas igual eu estou agora.

—Dê um passeio com o Basilisco por Hogwarts- Ele fala e eu arregalo os olhos- Não se preocupe lembre-se que é tu que o controla e mais uma coisa: preciso que escreva uma mensagem na parede com sangue...

—Não, você acha que eu quero ser expulsa? - O Interrompo indignada- E Sangue? Que ideia psicopata é essa?

—Você não me deixou terminar, eu ia dizer sangue falso. Não é nada sério, nunca fez uma brincadeira assim antes? - Ele me pergunta eu nego com a cabeça.

—Por Slytherin filha você não tem vida- Tom fala se fingindo de decepcionado e eu reviro os olhos.

—Meus irmãos Fred e Jorge já fizeram várias assim, comigo inclusive- Falo- Vou conseguir nas coisas deles, então quando eu tenho que fazer essa palhaçada?

—Amanhã- Ele responde- Enquanto todos estiverem no salão comunal.

—Não dá- Falo bufando me lembrando o motivo- Tenho detenção.

—O que você fez mocinha? – Tom pergunta cruzando os braços fingindo ser um pai responsável, mas não dá muito certo então caímos na risada- Tenho certeza que vai dar um jeito.

—Eu sempre dou não dou? - Falo mais para mim mesma do que para ele.

***

—Harry, Isabelle- Diz Lockhart- Será que poderiam imaginar um jeito melhor de passarem a detenção do que me ajudando a responder as cartas dos fãs.

—Ah sim claro- respondo sinceramente- até lavar privadas seria melhor do que isso.

—Acho que não- responde Harry

—Isabelle Weasley você é a única bruxa de sua idade que eu vejo que não é minha fã- Lockhart diz deixando de olhar para as cartas para olhar para mim- E não faz a mínima questão de esconder isso, não é?

—Não sou falsa Lockhart- Falo com minha voz firme- Eu até tenho meus segredos mas gosto de falar tudo que me veem a cabeça, tipo agora estou pensando no quanto você está ridículo com esse corte de cabelo.

—Izzy não tem nenhum tipo de filtro professor- Diz Harry.

—É um desafio Senhorita Weasley? Eu vou tentar fazê-la gostar de mim tanto quanto sua mãe gosta- Diz Lockhart o que me faz revirar os olhos.

—Pode tentar, mas eu sou bastante cabeça dura- Falo voltando minha atenção as cartas, mas me arrependo assim que bato os olhos nas palavras melosas, é ruim que eu vou ser mais uma dessas aqui.

—Isso é verdade. Sei disso melhor do que ninguém- Harry diz e leva uma cotovelada minha como resposta.

—Pois bem Harry, a fama é uma amiga infiel. A Celebridade é aquilo que ela faz- Lockhart diz e Harry e eu nos encaramos tipo: até parece que você não gosta.

Venha— era a voz do Basilisco, o tempo havia passado tão insuportável aqui que eu até tinha me esquecido.

—Senhor Lockhart, não estou me sentindo bem- Falo com uma voz rouca fingindo muito bem- Posso ir até a ala médica?

—Claro Senhorita Weasley melhoras- Lockhart me dispensa sem nem tirar o olhar das cartas.

Venha para mim— A voz do Basilisco era meio estranha, apavorante na verdade era a primeira vez que eu a escutava de fato pois ele havia preferido ficar calado quando Tom me apresentou a ele.

***

A Câmara Secreta foi aberta

Inimigos do herdeiro...Cuidado

Terminei de escrever a mensagem na parede até que não me sentindo mau, afinal nada havia acontecido. Só era difícil me locomover afinal o chão estava todo molhado.

Chegou a hora— Diz o Basilisco o que eu estranho e logo em seguida vem um miado apavorado de um gato, e quando eu me viro dou de cara com a Madame Nora gata do Flich, imóvel não mexia um músculo nem piscava. De início pensei que estava morta, mas depois a senti respirar, fiquei mais aliviada em saber que ela só estava petrificada.

Me viro com raiva para o Basilisco, sabia que era o responsável por isso.

Você e Riddle me enganaram, sabia que não podia confiar. O que tem a dizer em sua defesa criatura? — Falo indignada em língua de cobra e o Basilisco se encolhe parecendo envergonhado como um gatinho...Ai não devia ter feito essa comparação.

—Esquece, não quero saber. Seu pequeno passeio acabou, volte para câmara— Digo com raiva e o Basilisco começa a se virar para ir- Mais rápido.

Quando escutei passos se aproximando, eu corri junto com o Basilisco de volta para câmara estava com raiva.

—TOM MARVOLO RIDDLE- Grito me aproximando do dono do nome- O Basilisco também te obedece, foi você que mandou ele petrificar uma gata? Por que?

—Uma gata? – Tom olha feio e com raiva para o Basilisco que se encolhe-Que seja, enfim Isabelle você ainda não está pronta para saber o motivo mas vai logo.

—Eu sabia desde sempre que você não era confiável- Murmuro cada vez mais irritada- Até a Iris me disse isso, não sei porque eu não ouvi os meus instintos.

Me virei para sair, mas Tom me segurou pelo pulso.

—Ainda tem muita coisa que você não sabe Isabelle. E também não está disposta a ouvir- Ele diz e eu me solto com raiva.

—Mesmo que seja biológico, saiba eu nunca te verei como meu pai mesmo. È só uma lembrança vazia e esquecida dentro de um diário- Falo e analiso a expressão indecifrável dele, nenhum sinal de que foi afetado.

O Basilisco tenta me impedir de sair sem tocar em mim é claro, apenas bloqueando o caminho.

Sai da frente, eu também estou brava com você— Falo irritada em língua de cobra e o Basilisco sai da minha frente em milésimos de segundos.

—Você tem razão Tom. Ainda há muita coisa que eu não sei e eu quero descobrir só que nesse momento não pela sua boca- Falo saindo.

—E ela tem um temperamento pior do que o meu- Escuto ele dizer e reviro os olhos saindo de vez da câmara com o diário na mão.

***

—Professora, será que não podia nos contar sobre a câmara secreta? - Hermione pergunta e eu me sinto novamente um arrepio correr pela minha espinha, pensar que eu sou a única na escola que vai a câmara secreta todo dia conversar com um suposto pai biológico que na verdade é uma lembrança em um diário. Pensando bem é muita loucura.

—Pois muito bem- Começa Mcgonagall- Todos sabem é claro que Hogwarts foi fundada há mais de mil anos pelos quatro maiores bruxos e bruxas da época: Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin, três dos fundadores conviviam em perfeita harmonia, mas um deles não...Salazar Slytherin queria ser mais seletivo quanto aos alunos admitidos em Hogwarts, ele achava que o ensino da magia era para ser exclusivo de família inteiramente mágicas em outras palavras sangues- puros. Incapaz de dissuadir os outros, ele decidiu abandonar a escola e de acordo com a lenda Slytherin havia construído uma câmara escondida neste castelo conhecida como a câmara secreta, logo antes de ir embora ele selou a câmara até que chegasse a hora de um de seus legítimos herdeiros chegar a escola e somente o herdeiro seria capaz de abrir a câmara e libertar o horror que lá havia e ao fazer isso espulgar aqueles que segundo Slytherin não fossem dignos de estudar magia.

—Quem nasceu trouxa- Concluiu Hermione e Mcgonagall confirmou e afirmou que a escola havia sido revistada várias vezes e nunca encontraram uma câmara- Professora o que a lenda diz exatamente que há dentro da câmara?

—Que a câmara serve como lar de uma coisa que só um herdeiro de Slytherin pode controlar- Respondeu Mcgonagall- Dizem que ela é o lar de um monstro.

Quando dei por mim estava suando frio, pensando no que havia feito ontem. Eu cumpri a droga da lenda, eu abri a câmara secreta e agora sei que o objetivo do Basilisco não era ter atacado uma simples gata e sim um aluno nascido trouxa.

Tom havia me manipulado, ele sabia que apenas eu conseguiria abrir a câmara porque ele não está realmente vivo para isso, não consegue sair de lá. Eu me recuso a ser como ele, não sinto nenhum desejo de machucar pessoas como a Hermione, preciso ser mais esperta dessa vez menos impulsiva, eu teria pensado duas vezes ontem se não tivesse me deixado levar pela emoção.

Respiro fundo, precisava ser fria e calculista de uma forma mais do que já fui alguma vez na vida, se essa lenda estiver certa tenho muitas vidas nas minhas costas principalmente a da minha melhor amiga, não posso permitir que nada aconteça com ela.

Mais uma vez entrei na câmara secreta e encontrei Tom lá, estou determinada a engana-lo preciso que ele pense que eu só a garota tola e manipulável que ele deve estar pensando que eu sou depois de ontem.

Precisava ganhar sua confiança para fazê-lo parar antes mesmo de começar.

—Olha quem voltou- Tom diz ao me ver com um sorriso cínico- Estava ficando entediado aqui, esse Basilisco só dorme quando não tem nada para fazer.

—Vim exigir minha parte do trato- Falo com uma mão na cintura tentando forçar uma expressão indiferente.

—Pois bem- Ele falou vindo até mim e começou a andar em volta de mim procurando algum vestígio de que eu estaria mentindo ou armando alguma, ele não encontraria nada- Vejo que não está mais com raiva, pegue sua varinha.

Peguei a minha varinha e comecei a girar ela entre os meus dedos, era uma mania estranha minha e Tom parecia realmente interessado nela pois não tirava os olhos, considerei que ele talvez tivesse a mesma mania.

—Existem duas formas: O método avançado: não-verbalmente, que foi o que eu usei com você naquele dia e o segundo: método comum, vamos começar por ele: Pegue sua varinha e diga: Legilimens.

***

Alguns dias haviam passado desde que Tom começou a me dar aulas de leglimência na câmara secreta, ele mesmo disse que como herdeira de Slytherin havia herdado grande talento para essa habilidade. E acho que ele está certo pois hoje eu já sinto que domino o método comum, já me sinto confiante para buscar mais respostas.

Peguei emprestado a capa do Harry para não ser vista andando pelos corredores a noite após o toque de recolher, não era a primeira vez que eu fazia isso, mas era a primeira vez que fazia sozinha por causa dos meus próprios segredos.

Cheguei até a porta do escritório do Diretor Dumbledore e peguei minha varinha.

—Alohomora- Lancei o feitiço e a porta abriu então eu entrei e fechei a porta.

Ok agora era só encontrar o meu registro no meio dos de todos os alunos. Meus olhos se arregalaram quando vi tanto papel existia na parte Weasley, obrigada família por se reproduzirem como coelhos.

Respirei fundo e comecei a procurar, demorou um bom tempo, mas finalmente conheci achar: Isabelle Weasley.

Comecei a ler parando em certos pontos importantes:

Pais adotivos: Arthur e Molly Weasley

Sangue: Mestiça

Casa: Grifinória

Virei a página, lá havia uma parte escrita pais biológicos, só que estava em branco ou melhor eu sabia que tinha um feitiço bem forte de ocultação.

—Aparecium- Tentei fazer um feitiço para revelar o que estava escrito, mas sem sucesso, suspirei até que eu me lembrei do dia dos diabretes do diabo, então apontei a ponta da varinha para a pedra do meu medalhão que deu uma pequena brilhada então voltei a apontar novamente para o papel- Aparecium

Tentei novamente e dessa vez deu certo, os nomes se revelaram rapidamente:

Pais Biológicos: Tom Riddle e Eleanor Black.

Precisei me sentar para não cair para trás, é não era mentira e agora eu teria que lidar com isso.

Fui de volta ao registro dos alunos e peguei o de Tom Riddle e Eleanor Black, eu iria saber mais sobre eles principalmente ela, minha verdadeira mãe.

—O que a senhorita está fazendo aqui? Não pode entrar no escritório do diretor quando ele está fora- Um elfo doméstico do castelo perguntou quando entrou e me viu. Não fiquei desesperada, sabia que ele viria, sabia que os elfos limpavam essa sala durante a noite para não incomodar o diretor, com base nisso formulei meu plano.

— Legilimens- Lancei o feitiço nele e implantei na mente dele uma falsa memória: De que havia sido ele que tinha pegado os três registros e jogado fora sem querer durante a limpeza. Dessa forma não teria nenhum jeito que chegassem até mim.

Voltei para o meu quarto e me debrucei na cama lendo as duas fichas, descobri coisas bastantes interessantes como o fato da minha mãe biológica ter sido da casa Lufa Lufa, uma puro sangue e o Tom era um Sabe Tudo Irritante igual a Mione e também era um mestiço, o que me faz consequentemente ser uma mestiça também.

***

—Acho bom ser importante, você está me fazendo perder o jogo de Quadribol e eu ainda levei um balaço na cabeça por sua culpa- Falo passando a mão aonde havia acertado e o Tom faz é rir.

—Do que está rindo? - Pergunto cruzando os braços.

—È Pura Estupidez- Tom diz e eu ergo uma sobrancelha- Quadribol.

—Pessoas por aí, correndo atrás de bolas voadoras- Ele diz zombando- Você levando um balaço na cabeça, já não é muito inteligente imagina agora. È ridículo.

—Tenho que admitir, devido a dor desse galo sua perspectiva passa a ser válida- Falo -Nunca tinha pensado nisso, mas talvez seja a parte trouxa em você. Achar que o Quadribol é estupido.

O Olhar divertido no rosto do Tom desapareceu por completo assim que eu insinuei sobre a parte mestiça dele sendo substituído por um olhar de raiva pura.

—Eu não sou um trouxa- Ele disse levantando o tom de voz- EU NÂO TENHO O SANGUE RUIM DELES.

 -Sim você tem- Falo o enfrentando- Não foi melhor do que qualquer nascido trouxa dessa escola.

—Você e sua compaixão por sangues ruins, acha que eu não sei Isabelle? -Ele diz se aproximando de mim e me puxando pelo braço- Da sua familiazinha adotiva traidora de sangue e pior da sua amiguinha sangue ruim.

—Me solta- Falo começando a ficar com medo- E não fale da Hermione assim.

—È bom ficar com medo mesmo, não tinha falado nada até agora esperando que você criasse juízo, mas não, é cabeça dura. Temos uma missão aqui Isabelle que você está tentando fugir, mas eu não vou deixar: Você vai me ajudar a me livrar de todos os sangues ruins dessa escola e se fizer um bom trabalho eu posso pensar me poupar a sua amiguinha.

Ele me ameaçou, sua voz embora calma era firme e seu rosto diabólico, mas eu não me intimidaria.

—Não pode me obrigar a fazer nada, eu não quero e não vou machucar os nascidos trouxas- Falo tentando esconder o medo que estava sentindo no momento, mas ele era muito melhor em leglimência do que eu, sabia que ele sabia exatamente os meus pontos fracos nesse momento.

—Foi uma pena, não é? Serem recebidos esse ano por um salgueiro descontrolado. Foi até que divertido brincar com os três um pouco- Arregalo os olhos tentando me soltar, mas ele era muito forte mesmo não estando corpóreo realmente- Fiz aquilo estando ainda dentro do diário então imagina o que posso fazer agora. Começo pelos seus irmãos, pelo Potter ou pelo sangue ruim? Eu deixo você escolher quem vai se machucar primeiro.

—Por Favor Não- Falo baixinho tentando engolir o choro que estava vindo só em pensar em perder algum deles- Não me faça fazer isso.

—Gosto de você Isabelle, é minha filha mas posso destruir todos que você ama. Como não queremos isso você vai ter que ser uma boa menina e cumprir a missão que Slytherin nos deixou. Entendeu?

Concordo com a cabeça olhando para baixo derrotada, então ele me solta e eu caio no chão com raiva de mim mesma por não ter jogado esse maldito diário no Lucio Malfoy no beco diagonal quando o vi pela primeira vez. Não teria que passar por essa situação de impotência.

—Até que vai ser útil sabe? - Tom fala e eu não olho para ele, prefiro continuar olhando para o chão- Você ser da Grifinória, ninguém procuraria o herdeiro de Slytherin no coração da Grifinória, só não podem descobrir que você é ofidioglota mas confio na sua descrição, não quer que ninguém saiba a verdade incluindo seus amigos.

Não respondi, não conseguia deixar de me sentir péssima com tudo isso. Eu precisava revidar, já passou da hora de colocar aquele meu plano em prática, precisava fazê-lo confiar em mim para encontrar uma maneira de pará-lo. Pelo bem de todos os nascidos trouxas eu precisava ser mesmo mais esperta, deixar de ser impulsiva.

Por enquanto é bom que ele me veja assim, como uma garota fácil de quebrar e manipulável, mas não tem ideia do quanto está errado.

—Isabelle suba com o Basilisco, já passou da hora de um novo ataque- Ele diz me ajudando a levantar do chão, mas eu o empurro com força para longe de mim.

Venha-Chamo o Basilisco que vem junto comigo.

Peço desculpas mentalmente a todos os nascidos trouxas.

***

Me escondi na enfermeira dentro de um armário para ver o estado do aluno que eu fui obrigada a atacar, eu já tinha ligado os pontos que se a pessoa visse os olhos do Basilisco diretamente morreria, mas se visse por um reflexo seria apenas petrificado.

Por isso escolhi um garoto que só vivia com uma câmera, e agora estava petrificado na ala médica, mas pelo menos vivo.

Dumbledore e Mcgonagall estavam com ele parecendo muitos preocupadas ainda mais depois de ver o estado da câmera.

—O que isso quer dizer Alvo? - Pergunta Mcgonagall

—Quer dizer que nossos alunos correm bastante perigo- Responde Dumbledore

—O que devo dizer a todos? - Pergunta Mcgonagall

—A Verdade- Dumbledore Responde- Que Hogwarts não é mais segura. Aconteceu o que temíamos Minerva, a câmara secreta realmente foi aberta outra vez.


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Notas finais do capítulo

Foi isso pessoas.

O de sempre nada mais a declarar.

Mereço comentários?

Brinks

Até o próximo



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