Crime das Flores escrita por LaviniaCrist


Capítulo 17
Urze Cor-de-Rosa




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Já haviam se passado horas, mas a senhora Inoichi continuava de pé nos portões do clã.

A mulher estava preocupada com a filha, queria sair e procurar por ela, mas Sai a aconselhou ficar e esperar por notícias. No fundo, ela sabia que um dos três rapazes com certeza acabaria por encontrar Ino, mesmo assim a preocupação a fez ficar ali, no portão, desde quando eles saíram.

Ao longe, ela viu duas figuras um tanto estranhas se aproximando: um rapaz com vestes em excesso apesar do dia de sol e, ao lado dele, um outro rapaz, mas esteve estava montado em um... Cachorro? Ela teve melhor certeza quando já estavam de frente a ela.

— Posso ajudar? — ela perguntou confusa, olhando para os três.

— Pode. — o Aburame endireitou os óculos — Isso porque...

— O Shino veio buscar as florezinhas dele! — o Inuzuka, impaciente, respondeu pelo amigo.

— Ah! — a mulher sorriu — Shino... — ela olhou o rapaz discreto e com a maior parte do corpo coberta — E vocês Akamaru e Kiba... — agora ela olhava para o outro, montado no cachorro.

— Isso! — o mais falante deu um sorriso largo, mostrando as presas. Akamaru também latiu, em concordância.

— Entrem. — ela deu passagem — Ino avisou que poderiam vir, eu deixei tudo nos fundos... — ela começou a caminhar, sendo seguida pelos dois — Não reparem na bagunça, as encomendas chegaram hoje e...

— AQUI É LINDO! — o Inuzuka a interrompeu, com os olhos brilhando — Ei, Akamaru! Imagine um álbum só com fotos nossas tiradas aqui, correndo no meio das flores!? — o cachorro latiu, concordando e parecendo ficar animado com a visita.

— Precisam pedir permissão antes de combinarem esse tipo de coisa... — a voz séria de Shino fez com que o amigo colocasse os pés no chão.

Ouvindo a tudo e tentando segurar as risadas, a senhora Inoichi continuava a andar.

— Não tem problema algum, apenas avise antes para que a Ino decore o lugar... — ela disse calmamente — Também precisaria avisar aos outros membros do clã, mas acredito que eles não vão negar — ela sorriu, parando ao lado de alguns vasos largos com bonsais de glicínias.

— São bem maiores do que eu imaginei — Shino endireitou os óculos — Eu vou precisar...

— Aqui também tem erva de gato? — Kiba o interrompeu, olhando aleatoriamente em volta.

— Tenho quase certeza que não. — a senhora Inoichi respondeu calmamente. Ao menos aquela visita um tanto inesperada serviria para a sua distração.

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Choji e Shikamaru já tinham desistido das buscas e estavam indo comunicar ao Rokudaime. Horas antes ele havia pedido para que os dois chamassem Ino até a sala dele e não iria gostar nada de que os “guardiões” da garota a tivessem perdido de vista outra vez.

Ambos bateram desanimadamente na porta.

— Entrem! — a voz de Kakashi pode ser ouvida e, mesmo que a vontade dos dois fosse de continuar a procurar pela Yamanaka, ambos entraram.

— Kakashi-sensei, nos atrasamos porque a Ino... — o rechonchudo parou de se explicar, notando a loira indo até os dois.

— Eu nem estava com vocês! — ela apertou a bochecha de ambos, parecendo aborrecida.

— Problemática... — Shikamaru sorriu, aliviado por ela estar lá.

— Problemáticos são vocês dois! — a Yamanaka os soltou e em seguida colocou uma mão no ombro de cada — Ficaram preocupados comigo, é? — ela sorriu.

— Aproveitando que estão aqui, quero encarrega-los de outro favorzinho... E para garantir que não vão se atrasar horas para fazê-lo, vou pôr a Ino como encarregada. — mesmo com o rosto tampado pela máscara, era possível notar um sorriso nos lábios de Kakashi.

— Encarregada? — O Nara perguntou, surpreso.

— A Ino vai ser nossa encarregada em relação à que? — Choji também estava surpreso, assim como confuso.

— Conte a eles... — o sorriso do Rokudaime pareceu aumentar mais ainda.

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Já estava anoitecendo e a senhora Inochi ainda não tinha notícias sobre a filha. Cansada de esperar no portão de casa, ela foi caminhando até a floricultura na rua principal.

Se aproximando do local, ela começou a sorrir de orelha a orelha: as luzes estavam acesas e algumas pessoas entravam e saiam da loja, mas levavam flores e saiam sem elas, totalmente o oposto da última vez.

Quando finalmente a Yamanaka mais velha chegou na porta, notou que a filha estava coordenando todas aquelas pessoas e indicando onde queria cada uma das flores. Entre os carregadores, estavam Choji e Shikamaru.

— Eu quero essas prateleiras de vidro no lugar também! Rápido, precisam acabar hoje ainda! — Ino tinha as vontades obedecidas à risca — Mãe! — ela sorriu, indo até a mais velha e a abraçando — Estão colocando minhas flores no lugar, não tinha nada de errado com elas. — a garota sorriu e abraçou a mais velha novamente.

— Isso é ótimo! — a senhora sorriu, ficando até com os olhos marejados.

Aquele momento terno só foi interrompido quando Ino precisou dar mais ordens, dessa vez sendo auxiliada pela mãe. A mais velha estava cheia de orgulho da filha, principalmente porque os olhares acusatórios que recebeu antes, quando as flores eram levadas, estavam sendo pagos.

— Ah! Eu quase me esqueci... — a senhora puxou a mão da mais nova com delicadeza, a afastando dos demais — Ino, parecia até mesmo que eu estava adivinhando tudo isso!

— Por que diz isso, mãe? — a loira perguntou um tanto confusa.

— Seus amigos foram buscar as encomendas e eu notei que haviam muitas e muitas flores sobrando, daí decidi fazer alguns arranjos daqueles que colocam em janela...

— Floreiras?

— Isso, isso! Ficaram tão mimosas que eu quero que você coloque logo na entrada — ela sorriu, encarando a filha.

— Mas eu estava pensando em colocar algumas Callas... — ao notar o olhar confuso da mãe, ela se explicou — Callas são aquelas flores iguais as Copos de Leite, mas coloridas, sabe?

— Sim... — a mulher desviou o olhar.

— Eu só queria deixar o lugar elegante, não tão tradicional como o meu pai, deixar mais parecido comigo...

— Se é assim... — a mais velha encarou a filha novamente — Você vai usar os arranjos que eu fiz, porque ficaram lindíssimos como você! Eu sei fazer coisas realmente bem-feitas quando quero...

— Tem razão, você me fez! — a voz de Ino era travessa, enquanto ela deixava algumas risadas escaparem.

— Ino!

— Mas é verdade, mãe! Ou vai falar que não é? — ela colocou as mãos na cintura, encarando a mais velha que não se aguentou e deixou o riso fugir.

— É verdade sim, linda — ela passou gentilmente os dedos pelo cabelo da filha — Vai pegar quando acabarem?

— Pode ser...

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Já era de madrugada quando o ultimo jarrinho de flor foi posto no lugar.

Shikamaru e Choji estavam sujos de terra e com algumas pétalas e folhas grudadas nas roupas. Ino estava bocejando de sono enquanto trancava a loja e a senhora Inoichi sorria vitoriosa, vendo os AMBOS se afastarem depois de cumprirem o trabalho.

— Eu vou ver se ainda consigo pegar alguma promoção de churrasco... — Choji comentou, se espreguiçando.

— Vou ir com você, estou com fome também. — Shikamaru bocejou preguiçosamente.

— Não vão nada. — a mais velha sorriu, olhando para os dois.

— Quem disse que o serviço terminou aqui? — Ino os encarou, sorrindo cruelmente. — Eu sou a supervisora de vocês ainda, e ordeno que peguem as minhas floreiras novas e tragam para cá. — ela pôs uma das mãos na cintura e a outra apontou em direção ao clã Yamanaka.

— Nem pensar — o Nara se apressou em falar.

— Até amanhã, Ino... — Choji acenou, começando a andar.

— Mas ficaria tão bonito com elas aqui e amanhã eu já queria abrir a floricultura com tudo no lugar, pelo visto vai ficar para depois, mamãe... — a loira suspirou.

— T-Tudo bem... Eu fiz com tanto carinho, mas se não podem trazer... — a mais velha parecia realmente triste com aquilo.

— Shikamaru... — o Akimichi olhou para o amigo, parando a caminhada.

— Eu sei, eu sei... — ele suspirou pesadamente. — Só vamos fazer uma viagem! — o Nara avisa, indo até as duas.

— Isso! — as duas mulheres comemoram, sorrindo.

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Depois de todas as floreiras estavam nos lugares, as duas admiravam já com o sol nascendo.

— Ficou tão lindo! — Ino sorriu com os olhos brilhando — Foi uma ótima escolha de flores, mamãe...

— Só por que são cor-de-rosa? — a mais velha olhou para a filha, contente pelo elogio.

— Não, porque urzes rosas significam boa sorte. — ela respondeu docemente — Eu vou precisar bastante delas por perto...

— Sem dúvidas... — a mãe concordou.

Alguns metros de distância de lá, os ajudantes que foram mais explorados conversavam entre si.

— Até que ficou bonitinho mesmo, né, Shikamaru?

— Tanto faz, só sei que nem tão cedo eu aceito ajudar aquela problemática de novo... — o rapaz bocejou pesadamente.

— Será que já tem churrasco de manhã? — Choji olhou em volta, vendo que a maioria dos lugares ainda estava fechada e, alguns poucos, passaram a noite abertos como bares e casas de jogos.

— Você só pensa em comer? — o Nara falou um tanto desanimado — Eu só consigo pensar em dormir um pouco!

— É porque você só pensa em dormir! — o Akimichi riu, pela primeira vez tendo uma resposta para se “defender”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
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