O Retorno de Tim Drake escrita por Coelho Samurai


Capítulo 2
Novos Desafios Sempre Nos Esperam Ansiosamente




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Ele desliga o comunicador, o Bat-sinal ainda está ligado. A sirene no Banco Central de Gotham dispara, Tim está a duas quadras. “Sortudo”, pensa ele. “O meu jato não ia chegar a tempo de eu impedir”. Tim mergulha da gárgula novamente e abre as asas, ele flutua sobre a cidade iluminada mais uma vez naquela noite, agora rumando para o telhado do banco. Do alto ele vê o furgão. Tim pousa no chão de pedregulhos soltos do alto do prédio e atira um localizador no furgão. Usa seu computador de bordo para invadir o sistema de segurança do banco e apaga as luzes de dentro. Entra pela porta e desce as escadas. “Mestre Drake”. “Alfred, prossiga”. “Localizo 5 hostis armados dentro do banco”. “Certo, me dê as coordenadas.” “Certo”. Tim recebe as localizações precisas dos assaltantes pelo seu computador de bordo, “Obrigado, Alfred.”.

Tim está atrás da porta e monitora os passos dos assaltantes. “Primeiro, travar arma, depois cabecear a jugular e bloquear o chute de perna esquerda, ele é canhoto, a perna direita se fixa no chão, dando apoio, quebrar joelho direito e esmurrar o crânio.”

“Segundo, batarangue no gatilho, atirar a cadeira contra o homem armado e travar seu pescoço com as pernas, atirá-lo no chão”. “Terceiro, soco frontal na boca do estômago, chute certeiro na virilha e cabeçada no nariz.”, “Quarto, desviar da coronhada e acertar um soco cruzado no queixo, o homem irá contra a parede, as pernas estarão muito desequilibradas pra se recompor a tempo, ele irá desmaiar. “Quinto... Intimidar”. Tudo acontece em um piscar de olhos. As luzes reacendem e Tim está com o último homem de joelhos.

— Mau dia pra trabalhar, não é?

— Vai pro inferno, morceguinho.

— Gosto do seu senso de humor. - “Chute certeiro no rosto, 5 homens derrubados, 4 costelas fraturadas, sangramento interno não letal, trauma leve na parte inferior crânio e é claro, um nariz quebrado.”. – Mas o meu é melhor.

A polícia chega, o capitão Wallace surge na porta, armado.

— Vermelho, sempre nos momentos oportunos.

— Capitão, é um prazer revê-lo.

— O que temos aqui? – O capitão guarda o revolver.

— São mais homens do Cobblepot, o dinheiro pego aqui seria desviado para as ações bancárias do Pinguim no Vietnã, essa equipe é a décima nona, se não me engano. O Pinguim sabe fazer negócios com criminosos.

— Qual o diagnóstico?

— Minhas pesquisas e investigações preliminares preveem um enorme carregamento chegando á Gotham. Fiquemos de olho nos portos.

— O que irão trazer? Mais drogas?

— No mínimo. O Pinguim gosta de armas, e sabemos bem que não podemos deixar isso cair nas mãos de criminosos.

— Certo, ficaremos de olho. – Robin Vermelho desaparece na escuridão. – Será que v—Parecem até pai e filho. Eu, hein.

Tim acorda na manhã seguinte, às 5h30 antes de ir pra aula. Geometria avançada do professor Ellison. Ele dormiu pouco, cerca de duas horas. Com uma caneta grudada no suor seco da testa, e uma foto de cadáver ensanguentado presa à bochecha, ele levanta da escrivaninha onde passou a noite e analisa seu quarto. Papéis e registros criminais para todos os lados. O uniforme estava muito bem guardado na câmara acoplada ao seu quarto na base do Titãs. Ele toma uma ducha gelada e vai para a cozinha, ainda está escuro lá fora.

— Bom dia. – Diz Tim à Rose. – Dormiu bem?

— Você nem imagina o quanto. Me senti uma rainha. – Ela disse, dando um gole no cappuccino. – E você? Dormiu, pelo menos?

— Algumas horas, eu acredito que sim. – Ele coloca café preto e puro numa xícara.

— Porque diabos vocês morcegos gostam tanto de café puro?

— Eu odeio café. Mas me mantém acordado, é só disso que eu preciso.

— Entendi. Bom dia hoje na escola, Timmy. E não se esqueça do jantar de gala da Liga na semana que vem, fomos todos convidados. Mansão Wayne, festa particular.

— Eu sei, eu sei. – Tim ainda pensava em quem levaria a esse baile. Ele sempre foi um garoto chamativo e as meninas gostavam dele, e ele delas. Mas depois de se tornar um combatente do crime, seu tempo pessoal para com as meninas havia diminuído consideravelmente. E ainda por cima, não conseguia parar de pensar em Cassie.

O sinal bate.

— Recolham seus testes em cima da minha mesa. Senhor Drake, se importaria de esperar um segundo? – Pergunta o Prof. Dr. Ellison Lower, enquanto toma um gole de sua água com gás.

— Não, senhor. – Os alunos recolhem seus testes e se dirigem à saída da sala. O ar condicionado está desligado pela primeira vez no ano. O inverno chegou à Gotham. – Do que precisa de mim, senhor? Minhas notas diminuíram? – O professor entrega a nota de Tim.

— Impossível, senhor Drake. – 10 – Creio que sua ficha escolar esteja incompleta. O senhor não apresentou seus horários de tutoria. Precisa preenchê-los até o fim do mês, ou não poderá passar para o último ano.

— Eu acabei esquecendo. – Lutando contra o Espantalho na Operação das Moscas, ao menos foi assim que o Jornal de Gotham noticiou. - O que posso fazer a respeito?

— Uma aluna daqui, está com problemas na minha matéria. Dê as aulas de reforço a ela, e estamos quites.

— Quem é?

— Karoline Helen. – Tim olhou com cara de desprezo. – Eu vou chama-la aqui daqui a pouco para avisar a ela que a única esperança dela de passar para o último ano se chama Tim Drake, o atleta nerd do colégio. Ela vai adorar a ideia.

— Com certeza -“Não”, pensou Tim, que nunca agia precipitadamente ou falava algo sem conhecer o assunto, mas Karoline Helen era um caso a parte, ninguém precisava ir muito a fundo para ter certeza de que ela era fútil e reprimida. Tim se dirige para fora da sala enquanto ela entra, com suas roupas de grife e fichário dourado com ornamentos que deixaria qualquer um que o encarasse diretamente, cego.

Do lado de fora da sala, encostado à parede, ele ouve a conversa por sussurros, que são rapidamente interrompidos por um estrondoso: “O QUÊ? NEM MORTA!”. “Eee ele contou as boas notícias”. Pensou Tim, com ironia. Karoline sai da sala, furiosa, com os punhos cerrados, olha diretamente para Tim e bufa.

— Não olhe pra mim, moça. A ideia não foi minha. – Ela o encara com fúria.

— Amanhã, 15h, na biblioteca. Não se atrase, entendeu? Quanto mais cedo fizermos isso, melhor pra mim.

— Sim, senhora. – Ela sai enfurecida e batendo os pés igual uma madame com as unhas quebradas ou um fã dos Lakers que acaba de perceber que perdeu os ingressos da ala VIP. Mas Tim se diverte com a situação, ele quase consegue ver as fumaças saindo de suas orelhas. Karoline era a típica garota ultra-popular com a vida praticamente ganha, seus esforços nos estudos eram de fato irrelevantes, ela andava com suas roupas exageradamente caras, seu pai, o famoso neurocirurgião Dr. Anthony Helen, era profundo amigo de Bruce Wayne da grande high society, e suas ações de filantropia e movimentos pró-vigilantes em Gotham despertavam em Bruce um enorme respeito, e por consequência, em Tim também. O celular de Tim toca.

— Alô? – Ele responde, caminhando pelo corredor vazio da escola, com sua mochila do Gotham Gargoyles, seu time de hóquei preferido.

— Olá, Robin Vermelho. – Uma voz modificada por algum tipo de dispositivo conversava com TIm do outro lado linha, e aparentemente, sabia de sua identidade.

— Desculpe, o que disse?

— Não banque o cínico, garoto. Eu tenho uma mensagem a passar.

— Ok, amigo, acho que você errou o número. – Ele tentava despistar a voz na outra linha, mas não esconde de si mesmo que está preocupado.

— Ele está vindo pra Gotham. Ele virá atrás de você, dos seus amigos, da sua família, e vai matar todos vocês. – Tim se silencia por um instante e percebe que vai ter que entrar no jogo.

— Quem está falando?

— Não importa quem eu seja, o que importa é a mensagem, esta mensagem. Tenha cuidado, Timothy, por favor. – O telefone desliga. “Sinistro”, pensa Tim.


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