Entre-Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 4
Alerta vermelho - Stelfs


Notas iniciais do capítulo

Stelfs:
Olá pessoas do meu Brasil Varonil. Como vai vocês? (Eu preciso saber da sua vidaaaa ~chega). Então, sexta chegou e, como prometido, mais um capítulo da Entre-Laços e do nosso casal Stelfs e Castiel. Antes de deixar vocês lerem em paz, queria dizer que, antes da one em si, vou deixar uma espécie de nota explicando o contexto e o "ano" em que essa one se passa para vocês não ficarem muito perdidas. Lembrando que todas as ones seguem uma linha temporal, então, qualquer dúvida, pode nos perguntar nas reviews. Beijão pro cêis e bora pra coisa boa!

Bia:
Oeee gente! Estavam com saudades do casal treteiro/sedução? -qq Agora é a vez de morrer um pouquinho com eles :3
Boa leitura!

Ester:
Hello hello peps! Uma boa tardeeee com alegria pra vocês!
Tinha alguém aí sentindo falta desse menino, que muitas amam e outras muitas amam odiar (q?)? Entãooo, vamos nos divertir um pouco junto do casal mais causante dessa fic!
Boa leitura ;)



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Oi, gente :}

Então, como eu prometi, vou escrever o CONTEXTO em que cada one da Stelfs se passa, pra vocês não ficarem tão perdidas. Como eu não deixo muitos indícios no meio do texto, achei legal deixar um “material” a parte para vocês. Então, antes de cada one, eu vou explicitar em que tempo ocorre a hisória, okay?

Se ainda assim, vocês ficarem curiosas com alguma coiwa, podem perguntar nos reviews ;3

Obrigada pela paciência ^^

Contexto da one: essa one se passa no penúltimo ano de faculdade da Stelfs, então... Provavelmente tem 3 anos que eles estão juntos. A gente ficou pensando que nesse penúltimo ano de curso, ela tentaria um intercâmbio pra Los Angeles e iria pra lá. Então, nessa one, a Stelfs mora em LA, em um alojamento da faculdae. É isso :3

Boa leitura

***

Eu joguei minha bolsa no sofá, olhando essa bagunça que Castiel chama de casa. Suspirei, encostando a porta da sala e trancando ela. Pus a mão na cabeça, massageando a testa e fui pra cozinha, beber o remédio que comprei no caminho da faculdade pra cá.

Eu estava indo pro meu alojamento, quando me dei conta de que Alícia poderia estar estudando com música alta ou falando no telefone com o namorado alemão dela ou ainda treinando as coreografias do time de torcida.

Era melhor não arriscar.

Peguei um copo de água e tirei a embalagem do bolso, destacando logo dois comprimidos e tomando. Senti meu corpo arrepiar e tremer, quando a água entrou em contato com meu estômago e respirei fundo, indo pro quarto.

Eu havia matado as últimas duas aulas porque não tinha condições de participar de nada nas circunstâncias que eu tô: meus neurônios parecem que tão fazendo rave na minha cabeça de tanto que dói e, pra ajudar, a dor me dava um enjoo horroroso.

Entrei no quarto de Castiel, vendo a cama ainda desarrumada e a pilha de roupas jogadas pelo chão junto com os livros e o material da faculdade. Soltei um suspiro cansado com aquela cena e resolvi ignorar aquilo pelo bem da minha sanidade. Fui até a janela e fechei a cortina, deixando o quarto um breu e me deitei na cama, me cobrindo com as cobertas dele.

Eu sabia que Castiel não estaria em casa. As aulas de Engenharia só terminam de tarde e hoje era dia do treino de basquete dele.

Resumindo, eu poderia me acabar em silêncio, solidão e escuridão. Bem vampiresca.

Respirei fundo, afundando a testa no travesseiro e sentindo o cheiro dele.

Fiquei ali alguns segundos tentando dormir, mas a dor bombando na minha cabeça não tava ajudando. Virei de um lado, depois do outro, igual um bife grelhado e só sosseguei quando me deitei de bruços, respirando fundo, enquanto ainda tremia e arrepiava de dor. Cochilei. E acordei com…

Yeah… All right. — Escutei aquele inglês barato misturado com um sotaque estranho.

Era a voz de Castiel.

Okay, man. Bye. — Ouvi os passos dele pela casa e murmurei baixo, tampando minha cabeça com a coberta.

Então os passos pararam. E uma risada foi solta.

— Eu já tava me perguntando quem estaria stalkeando minha casa. — Escutei sua provocação junto com sua voz se aproximando de mim. — Mas é só você fazendo cosplay de Drácula na minha cama — me zuou, me destampando de repente.

Então ele se deparou com a minha cara de poucos amores e destruída.

— Ei — falei baixo, tentando me forçar a ser simpática. E sorrir. Falhei.

Castiel ficou sério ao ver meu estado.

— Que foi? — rebateu na mesma hora, sentando na beirada da cama.

Eu ia responder, mas senti uma coisa entalar minha garganta. Ah, não, agora não…

— Pera — respondi séria, respirando fundo.

Sai de debaixo das cobertas e sentei rápido na cama. Castiel me olhou e percebeu que meu corpo todo tava arrepiado. Me levantei com dificuldade e andei até o banheiro, fechando a porta atrás de mim. Ele acompanhou todo o trajeto com os olhos, mas ficou em silêncio. Me abaixei perto do sanitário e toda a água que eu havia tomado mais cedo se foi. Fiz todo esforço do mundo pra sair mais alguma coisa, mas não saia nada. Tossi algumas vezes e fiz um barulho disgramado.

Gente, alguém me diz que ele não tá escutando isso.

Respirei fundo, sentindo que o enjoo sumiu um pouco, mas ainda assim eu tremia. Passei uma água na boca, olhando minha cara detonada e abri a porta do banheiro morta de vergonha.

E lá estava ele. Me olhando.

— Desculpa por te fazer presenciar isso — pedi, tampando o rosto e suspirando.

Ele soltou uma risada soprada.

— O bom de não fazer nada com você, é saber que nessas horas você não tá grávida. — Ele deu um riso espalhafatoso.

— Vai que é do Ricardão? — zuei com ele só pra não perder o costume e Castiel fechou a cara na mesma hora.

Vim caminhando pro lado dele na cama.

— Você nem brinque com uma palhaçada dessa. — Ficou nervoso, fechando o punho.

E eu comecei a rir, fazendo minha cabeça doer ainda mais.

— Ai — reclamei, pondo a mão na testa e dei a volta atrás dele.

— Bem feito — ele me desejou.

— Para, — Dei um tapa no ombro dele e me deitei de bruços de novo, me cobrindo. – Eu to passando mal — soltei manhosa.

— Isso já deu pra perceber. – Lançou meio sem educação. – O que você não disse até agora foi o que você tem.

— Então, — Me aconcheguei nas cobertas de Castiel, colocando meus braços debaixo do travesseiro dele e o olhei. — Justamente porque eu não tô grávida, eu tô assim. — Dei uma explicação engraçada.

Ele me olhou um tanto confuso com aquela declaração e eu abri ainda mais o riso que tinha na boca da lerdeza dele.

— Minha menstruação chegou hoje, Castiel — falei tudo na lata.

Ele abriu um riso escrachado.

— Você tá me dizendo que você tá passando todo esse mal pra sangrar por mais 4 dias? — Me veio com essa e eu só consegui rir.

— Basicamente, sim. — Fiquei com o rosto virado, olhando pra ele. — Parabéns, você aprendeu mais uma lição sobre "Como funciona o ciclo de uma garota" — brinquei com ele, fazendo uma voz de telemarketing e ele me encarou, fechando a cara.

— Como se eu precisasse saber disso — disse meio rabugento, cruzando os braços. — Ainda bem que nasci homem — soltou essa frase clássica.

Revirei os olhos e fiz uma cara de "Ai, querido, me poupe".

— Então, que você tá fazendo aqui? — Descruzou os braços.

Respirei fundo, mexendo minha testa no travesseiro dele e voltei a olhá-lo.

— Como eu sabia que Alícia não ia tá quieta no nosso alojamento, vim pra cá pra descansar um pouco. — Castiel continuava me olhando. — Achei que você fosse chegar mais tarde — confessei. — Não queria que você me visse assim. — Fui sincera, sentindo meu rosto queimar por conta disso.

Ele riu e bagunçou meus cabelos, fazendo um carinho na minha cabeça como se eu fosse um cachorro.

— Eu matei aula pra estudar pra prova amanhã — confidenciou e eu concordei com a cabeça. — E trouxe comida — soltou. — Quer comer alguma coisa? — me ofereceu, olhando pra minha cara, enquanto ainda fazia carinho nos meus cabelos. — Já que você colocou tudo que tinha aí dentro pra fora? — disse debochado com uma risada.

Eu discordei com a cabeça.

— Eu não gosto de comer quando tô assim — falei com uma voz desanimada.

— E vai ficar sem nada no estômago? — rebateu indignado.

— Hum Hum — murmurei, balançando a cabeça.

— Tá — respondeu monossilábico, mas não parecia totalmente convencido. — Se você não quer, eu vou dar um jeito de almoçar. — Se levantou da cama, ainda me olhando.

— Tá bom, querido — falei, já me afundando no travesseiro de novo. — Fecha a porta quando sair? — pedi, fechando os olhos e escutei o barulho de porta batendo.

Delicaaado.

Me arrumei de novo e puxei as cobertas, suspirando bem demorado. Peguei no sono sem ver e dormi pesado, até sentir um movimento na cama. Fiquei naquele acorda e não acorda, percebendo um ser futucando no meu cabelo. Soltei um murmúrio e Castiel mexeu na minha cintura e cutucou ela. Continuei na minha pra ver o que ele faria.

— Puta merda — xingou ao ver que  eu não me mexia. — Mas dorme pior que pedra— reclamou, me fazendo segurar o riso e quase acabar com meu disfarce.

Então senti um peso atrás de mim junto com um movimento. A mão de Castiel foi até minhas costas.

— Stefany? — chamou, balançando ela devagar. — Tá morta? — falou isso e eu não me aguentei, começando a rir. — Tomar banho — ele xingou. — Você tava acordada?

Me virei pra ele com uma cara engraçada e Castiel me encarou sério.

— Tava. — Ri mais um pouco. — Queria ver o  que você ia fazer. — Olhei pra ele com cara de criança travessa.

— Humpf. — Ele bufou, se sentando na cama. — Então você já tá bem. — Me olhou com uma cara de quem queria rir, mas tava se segurando. — Pra tá fazendo gracinha desse jeito.

Fiz um bico meigo, olhando aquela falsa cara brava dele.

— Minha cabeça ainda tá doendo um pouco. — Me arrastei pela cama chegando até as pernas dele e ele olhou pra mim curioso. — Mas já dá pra eu ser uma pessoa social agora. — Assustei Castiel quando me deitei em seu colo de repente parecendo um cachorro sem dono.

Ele ficou me olhando sem saber muito bem o que fazer e  eu sorri, me deitando atravessada na cama e olhando ele de baixo pra cima.

— Que você quer?  — perguntou, olhando minha cara.

— Carinho e atenção — respondi cheia de meiguice.

— Que brega. — Ele lançou essa na minha cara com seu sorriso de desdém e comecei a rir.

— Demais. — Fiz uma careta e ele gargalhou.  — Que horas são aí, Cass? — perguntei, olhando pros lados, procurando um relógio.

Castiel olhou por cima do ombro pra escrivaninha dele.

— Seis horas — respondeu, voltando a olhar pra mim.

— Isso tudo?! — rebati na mesma hora, assustada. — Nosso Deus, eu preciso ir embora. — E me levantei rápido, me sentando de uma vez na cama. — Tá ficando tarde já — Eu me coloquei de pé e me espreguicei, ainda sentindo a cabeça um pouco "pesada".

— Por que você não dorme aqui? — Me virei, encontrando Castiel apoiado com as mãos na cama e o corpo meio deitado.

— Ah... — Me desconcertei um pouco, com mil e um conselhos da minha mãe viajando na minha mente, até que a risada debochada de Castiel encerrou meus pensamentos.

— Você e seu famoso pudor. — Jogou essa na minha cara com seu sorriso sacana. — Mesmo depois desse tempo todo comigo, ainda tá assim? — provocou.

— Droga, para com isso — falei, sentindo meu rosto queimar. Eu tô vermelha, certeza.

Ele soltou uma gargalhada maravilhosa, aumentando ainda mais minha vergonha.

— Só tô te oferecendo, — Deu um impulso no corpo, se sentando direito na cama. — Porque se você resolver desmaiar na rua, eu não vou te socorrer não — lançou essa, fingindo indiferença.

Eu abri um sorrisinho. Castiel preocupado comigo = Oun.

— Okay, você venceu — eu disse de repente e ele me olhou rápido. — Eu fico.

Ele abriu seu sorriso meia boca.

— Ah, é? — perguntou daquele jeito “tô jogando charme pra cima de você” e sorriu. — Deixou de ter medo do perigo? — falou vaidoso, me encarando.

Revirei os olhos, soltando um suspiro fingido de cansaço. E Castiel gargalhou à vontade.

— Deixa de besteira, vai. — Dei um tapinha no ombro dele. — Me empresta uma toalha aí pra eu tomar banho. — pedi, voltando a me sentar na cama.

— Quer companhia? — perguntou debochado, se levantando da cama e indo até o guarda-roupas.

— Ai, Castiel... — Fiz um bico junto com uma expressão de tédio e ele só riu, aquele idiota. — Nem vou te responder.

Aí que ele gargalhou mesmo, achando essa idiotice o máximo.

— Aqui. — Escutei ele falar e logo depois uma peça veio voando na minha cara.

Tirei a toalha do meu rosto, jogando ela de volta nele e Castiel revidou, jogando em mim mais uma vez, mas eu segurei ela no ar.

— Quer parar, seu ridículo? — briguei, mas eu também tava rindo que só. — Palhaço — repeti, enquanto ele gargalhava até não poder mais. — Idiota. — Terminei minha sucessão de xingamentos.

— Arisca — disse com resquícios da gargalhada num sorriso de lado.

— Besta — eu falei de novo, me levantando da cama também rindo.

— Toma. — Castiel continuou, me estendendo umas peças de roupa, me parando na porta do banheiro.

Encarei aquelas peças na mão dele, me perguntando se não era alguma gracinha. De novo.

— Que isso? — perguntei desconfiada, olhando pra ele.

— Roupas, não tá vendo? — soltou essa pergunta com sarcasmo e seu sorriso meia boca debochado.

— Affe... — Fiz, fazendo ele rir. — Não é isso não, ridículo. Pra quê você tá me dando isso? — perguntei, pegando as peças da mão dele.

Ele riu.

— Vai dormir de calça jeans, por acaso, com esses negócios aí que você tá tendo? — rebateu meio grosso e abusado, ainda com aquele sorriso.

Eu balancei a cabeça, soltando um sorriso engraçado.

Não era mais fácil dizer que quer me deixar confortável?

Me aproximei dele e fiquei na ponta dos pés, pegando ele de surpresa e dando um beijinho nele.

— Obrigada por cuidar de mim — agradeci com um sorriso.

— Vai sonhando. — E caminhei pro banheiro, rindo feito uma boba, deixando um Castiel coradinho pra trás.

Tomei um banho restaurador de alma, aproveitando para lavar meu cabelo e escovar os dentes. Me enxuguei, vestindo as roupas íntimas e olhei pras peças que Castiel tinha me entregado. Puxei uma delas, encarando. Mas que diacho...?

Passei a blusa pelos meus braços e a cabeça, vestindo ela e vendo que era um minivestido. Ri com isso e me olhei no espelho vendo como eu parecia uma menininha dentro da camisa dele. Peguei a outra com as duas mãos, analisando aquele short de basquete dele. Só então fui ver o quanto Castiel tinha uma cinturinha fina.

Será que isso me serve?

Enfiei uma perna dentro dele, vendo que ele ficava justo, mas dava certo.

Olha só... parece que alguém aumentou o tamanho das coxas.

Terminei de vesti-lo, vendo que ele me cabia, mas era a medida da medida, ainda mais nos quadris. E me virei de costas, analisando aquela situação no espelho. Estendi a toalha no box e penteei os cabelos, lançando um último olhar pra mim mesma naquele espelho e concluindo que agora sim, eu parecia uma pessoa.

Abri a porta do banheiro e escutei o barulho da televisão.

Saí do quarto de Castiel, vendo que ele tava deitado em um colchão de casal assistindo a um canal de clipes. Eu sorri ao perceber que ele tinha arrumado aquele troço todo enquanto eu tomava banho. Caminhei pelo corredor, passando pela bancada da cozinha e vi que tinha duas embalagens em cima dela.

Ai, que lindo, ele comprou comida pra mim.

Então começou a tocar Heaven, do Bryan Adams.

— Mas que inferno é esse? — Escutei Castiel reclamando, se preparando pra mudar de canal.

— Não! — intervi. — Deixa, eu amo essa música.

Ele se sentou de repente no colchão.

— Eu não acredito que você v-

Começou a dizer, se virando pra mim, mas não terminou, quando me viu ali de pé no corredor vestida na sua camisa larga e grande e o short meio curto e justo. Ele se desconcertou de repente, corando as bochechas em um tapa e ficando meio bobado. Sorri, achando isso muito fofo.

— Que foi? — perguntei engraçada, quando percebi que ele estava me olhando há segundos sem dizer nada.

— Nada. — Ele passou a mãos pelos cabelos, claramente incomodado e se virou de novo, se encostando no sofá dessa vez.

Ri sem graça, mordendo os lábios de baixo, pensando que eu tinha conseguido intimidá-lo. Pelo menos dessa vez. Ponto pra mim.

— Você ainda não jantou, né? — perguntei, encarando as duas caixinhas em cima da bancada mais uma vez.

— Hum Hum — negou com um murmúrio.

— Okay — falei, dando a volta na bancada e indo até a cozinha em si.

Então aquela bateriazinha mara junto com a guitarra deu entrada no refrão da música e eu não aguentei:

And, baby, you're all that I want, — Comecei a cantar junto com o Bryan (meu íntimo, só que não), abrindo as gavetas. — When you're lying here in my arms, I'm finding it hard to believe — Procurei dois garfos, vasculhando aquela bagunça e os peguei. — We're in heaven.

Castiel me lançou um olhar lá da sala, enquanto eu fazia cover. E eu ri engraçada, não me deixando intimidar, mesmo que tivesse com vergonha dele.

And love is all that I need, — Coloquei os talheres em cima da bancada, quando vi que Castiel tinha se levantado do colchão. — And I found it there in your heart. — Eu fiz um coração com a mão pro lado dele enquanto ele vinha na minha direção.

Castiel fez cara de tédio, revirando os olhos. E eu ri.

Isn't too hard to see, — Continuei cantando, olhando pra ele e ele balançou a cabeça negativo, vendo a minha situação. — We're in heaven. — Encerrei o refrão, acompanhando Castiel passar por mim pra ir na geladeira.

— E tá se achando a cantora — soltou essa, abrindo ela e ficando de costas pra mim.

I've been waiting for so long, for something to arrive, — Eu continuei com a minha gracinha, abraçando Castiel pela cintura de repente.

— Quê?! — Ele se assustou.

E comecei a me balançar com ele naqueles “dois pra lá, dois prá cá”. Bem bregamente.

— Mas que diab...?

O ignorei.

For love to come along. Now, our dreams are coming true…

— Me solta, s-sua maluca! — Ele insistiu, enquanto eu ainda “dançava” abraçada com ele.

— Through the good times and the bad, — Continuei cantando, mesmo que minha voz fosse atrapalhada pelos risos que eu tava dando. — Yeah, — Ainda fiz a ênfase linda que o Bryan faz, mas falhei miseravelmente, fazendo Castiel me olhar esquisito. — I'll be standing there by you...

Terminei aquela estrofe, ainda rindo feito uma doida e encostei a cabeça nas costas dele, fingindo que a gente tava dançando.

— Terminou, Jéssica? — Castiel me lançou esse meme, me olhando com uma cara fechada e eu ri ainda mais.

— Me deixa ser romântica! — “Briguei” com ele, morrendo de rir e parei de me balançar, soltando a cintura dele.

— Romântica... — ele repetiu com desgosto, voltando a vasculhar a geladeira.

E eu abri um sorriso gostoso, pegando impulso em um dos bancos e me sentando na bancada, enquanto via ele procurar sei lá o quê lá dentro. Ele tirou uma garrafa pela metade de Coca-Cola, deixando em cima da pia e depois se levantou, trazendo uma coisa na mão que eu não consegui ver. Fechou a geladeira em um tapa e deixou o pote em cima da bancada, me fazendo olhá-lo.

— Não acredito! — exclamei, emocionada ao ver aquela Nutella do meu lado, “piscando” maravilhosamente.

Castiel fechou a gaveta com o joelho e me encarou com uma expressão do tipo: “tá doida, pode internar”. E eu ri da minha própria espontaneidade/bubiça.

— Pra você acalmar os ânimos — debochou, se aproximando de mim e colocando as duas colheres ali do meu lado também.

Abri um sorriso bonitinho, pensando no quanto Castiel tava meigo hoje. E coloquei meu cabelo atrás da orelha.

Eita, por que eu tô com vergonha mesmo?

— Você é uma gracinha, sabia? — agradeci de uma maneira informal, surpreendendo Castiel com aquelas palavras.

E enlacei a cintura dele com as minhas pernas, aproximando ele de mim, gerando duas reações nele: susto e satisfação.

— Tá assim agora, é? — Esboçou aquele sorriso charmoso dele. — Nem parece a garotinha cheia de pudor e tímida de agora a pouco.

Eu ri sem graça, balançando e abaixando a cabeça.

— Para, Castiel — o repreendi. — Você me deixa com vergonha desse jeito. — Fui sincera e aí que ele riu mesmo.

— Olha só como ela é uma mocinha — ironizou comigo, apoiando as mãos em cima da bancada e alcançou meus lábios, começando a me beijar ali mesmo.

Continuei com minhas mãos escoradas na bancada e Castiel as procurou, segurando elas com força. Abri um sorriso discreto no meio daquele beijo e entrelacei nossos dedos delicada, suspirando com aquele gesto tão carinhoso dele. Senti um gosto de menta, provavelmente do chiclete que ele tava mascando mais cedo pra estudar.

Nos beijamos, nos beijamos mais, nos beijamos muito (tá bom, já chega, né?) e trocamos carinhos, até Castiel interromper os selinhos que ele tava dando no meu pescoço e tirar o nariz dali, levantando o rosto. Abri os olhos de repente, amuada por ele ter parado com aquilo e o olhando de volta.

— Que foi? — perguntei, meio lerda com todo aquele momento e ele me encarou preocupado.

— Você não comeu nada desde de manhã. — Me relembrou, com o semblante sério. — Até agora. — Terminou e colocou as mãos sobre minha cintura.

Abri um sorriso, achando aquilo fofo.

— É mesmo — admiti engraçada, começando a rir. — Depois desse fogo todo aqui, nem me lembrei disso. — Ri ainda mais e Castiel aliviou as expressões, me encarando com um riso satisfeito.

— A gente continua mais tarde — soltou essa, todo galanteador e revirei os olhos com aquela sedução fingida dele, cruzando os braços.

Ele riu de lado, ostentando todo o seu charme de galã de novela mexicana e me deu um selinho.

— Bora, comer. — Deu um tapinha na minha cintura e eu afrouxei minhas pernas da cintura dele.

Ele começou querer sair dali, mas eu o puxei de volta, fazendo ele me olhar meio confuso.

— Só uma coisa antes — falei toda meiga e Castiel cruzou os braços.

— O quê? — perguntou, olhando pra mim.

Abri um sorriso delicado e fofinho, abraçando ele de repente pelo pescoço.

— Obrigada por cuidar de mim hoje — agradeci de novo e ele pareceu se assustar, levando um sobressalto.

Mas depois devolveu o abraço, fazendo carinho nos meus cabelos parcialmente molhados e extremamente revirados.

— Deixa de ser brega — soltou essa, mas eu sabia que ele estava sorrindo.

E feliz.

  








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Notas finais do capítulo

A música que aparece na one é Heaven do Bryan Adams: https://youtu.be/s6TtwR2Dbjg
Sfelfs:
Ouvi uns suspiros fortes por aí? Kkkkkk quem diria não é mesmo? Que Castiel pode ser gracinha? Kkkk Pois então ♥ Para aquelas que esperavam tretas, não tivemos dessa vez, Pardon. Mas espero que tenham gostado desse amorzinho entre eles. Bacio e arriverderci o/

Bia:

Aaaaaa Castiel sendo fofo, hente! Pode isso, produção? É nesses momentos que eu mais gosto dele xD
Nos vemos quarta o/

Ester:
Obrigada, Stelfs, porque depois dessa nunca mais consegui ouvir Heaven da mesma forma xD Quem aí quer Nutella levanta a mão o/ Então erguei as mãos e... Vamos ficar querendo, porque não tem um Castiel pra dar Nutella pra gente também #cry
Por hoje é só, pessoal! Até quarta o/



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