Entre-Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 3
Almoço em Família - Bia


Notas iniciais do capítulo

Bia:

Oi pessoas! Alguém aí pediu treta? Pois hoje terão xD
Boa leitura!

Ester:

Hello hello peps! Alguém aí com fome? Por essa hora já devem ter almoçado, mas Bia e Nath não. Então vamos com ele, nessa aventura (-q) com a família do Nathaniel e esse almoço aí! Sim, infelizmente vamos encontrar o (sabonete -q) Francis hoje.
Boa leitura ;)

Stelfs:

Olá amoras lindonas! :3
Como estão vossas senhorias?
Então... esse capítulo tá do jeito que eu gosto: recheado de tretaaaas e muita tensão! Então, segurem seus cintos que a decolagem é pra já! Buona lettura ♥



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— Vai fazer o quê amanhã? — Nathaniel me perguntou, enquanto estávamos comendo pizza no chão da sala dele vendo um filme.

— Hm, nada planejado. Por quê? — O olhei.

Ele olhava para a TV, não necessariamente prestando atenção. Parecia incomodado com algo.

Esperei, enquanto eu dava a última mordida na minha pizza de brócolis.

— É que... amanhã vai rolar um almoço na casa dos meus pais... — Olhou para suas mãos, no colo.

— E você quer ou não quer ir? Não tá com cara de quem quer ir.

— Eu não sei bem. Acontece que minha mãe... — Me olhou. — Pediu para eu levar você.

Paralisei.

Eu, na casa dos pais dele que queriam que ele casasse com a Melody? Isso não daria certo.

— Mas por que ela quer me conhecer? Aliás, o seu pai quer me conhecer? Acho que essa é o problema principal, não? Já que eu sou a causa do filho dele não querer casar — ressaltei, com um leve tom de brincadeira.

Nathaniel deu um sorrisinho. — Bom, não sei. Minha mãe não disse nada sobre ele, mas já que ela pediu para te levar, imagino que eles tenham conversado.

Dei uma coçada na cabeça, pesando. — E o que você acha sobre isso? Acha que ia dar ruim? — Ri de leve.

— Eu realmente não sei. — Riu, segurando minha mão direita. — Minha família toda vai estar lá, e se eu ir sozinho, com certeza vão me encher de perguntas.

— Todo mundo sabe do que aconteceu?

— Sim. Acho que não era a intenção, mas... alguém acabou falando e a notícia se espalhou.

— E o que falaram disso?

— Eu não quis saber sobre isso, mas meus avós paternos ficaram felizes por mim. Eles me ligaram só para falar que estavam orgulhosos por eu “finalmente ter escutado minha consciência”. — Sorriu, me olhando. — Minha consciência se chama Bianca, sabia?

Comecei a rir. — Ah é? Bonito nome, gostei... Olha, se eu falasse que quero muito ir, estaria mentindo. Mas se você quiser que eu vá, eu vou. Podemos causar juntos no almoço em família. — Sorri.

Ele riu. — Realmente, podemos causar... Não quero que você se sinta obrigada a ir.

— Não me sinto obrigada a ir. Eu acho que uma hora ou outra vou ter que conhecer sua família, né? E acho que é melhor assim com a família toda de uma vez do que um almoço só com seus pais.

— Isso é. Então... vamos?

— Vamos.

— Tudo bem. — Riu e deu um beijo na minha bochecha.

***

Na manhã seguinte, voltei para casa e fui direto para o quarto. Escancarei as portas do guarda roupa, procurando um vestido bonito.

Pelo que o Nathaniel fala da família dele, percebi que eles são muito bem de vida. Ou seja, meio ricos (ou bem ricos). Então eu não poderia vestir qualquer coisa, né?

Fiquei em dúvida entre dois vestidos rodados. Um azul marinho com decote em coração e alças largas, e outro bordô com mangas ¾ e decote arredondado.

Com certeza Nathaniel escolheria o azul. Sem dúvidas.

Separei os sapatos anabela, com o salto em um tom de creme e as fitas também azuis.

Peguei uma bolsa pequena preta e coloquei minha carteira e documento.

Tomei um banho rápido, fiz babyliss  — não que precisasse muito, meu cabelo já era enrolado, mas só fiz nas partes que estavam mais lisas —, que estava na altura dos ombros, com um tom de azul bebê.

Meu Deus, é muito azul.

Fiz uma maquiagem leve como eu sempre fazia. Delineado gatinho, um pouco de sombra marrom claro no côncavo, rímel e um batom coral.

Eu não estava querendo pensar, ou ia ficar com dor de barriga de nervoso.

— Bia? Onde vai? — Ester apareceu na porta, com cara de quem tinha acabado de acordar.

— Vou num almoço da família do Nath. — Fiz uma careta e ela riu. — Tô nervosa!

— Eles já esqueceram aquela treta lá?

— Não sei, espero que sim, apesar de já fazer muito tempo... Mas mesmo que não tivesse tido treta, eu estaria nervosa do mesmo jeito. — Ri.

— Imagino. Boa sorte. — Riu, saindo.

— Obrigada.

Coloquei o batom da bolsa, para caso precisar retocar e sentei na cama, esperando.

Onze horas, Nathaniel mandou uma mensagem dizendo que estava descendo.

Passei creme nos braços e pernas e me banhei em perfume. Guardei o celular na bolsa e sai do quarto.

Ester estava tomando café na mesa.

— Até mais tarde — falei, pegando minhas chaves e abrindo a porta.

— Até!

Sai, fechei a porta e fui para a frente do elevador. Apertei o botão e logo ele chegou.

A porta de segurança foi aberta e vi que era Nathaniel ali.

— Uau. — Ele me olhou dos pés à cabeça, impressionado.

Sorri, ficando corada e entrei no elevador. — Uau pra você também. — O admirei.

Ele vestia calça jeans escura, uma camiseta azul marinho — bem parecida com o meu vestido —, um blazer preto e sapatos sociais também pretos.

— Você está linda. — Segurou minha cintura e deu um beijo na minha bochecha.

— Você também está lindo. — Sorri, sentindo o perfume dele. — Temos que tirar uma foto!

Peguei meu celular, posamos para o espelho, e tirei algumas — várias — fotos no tempo curto do elevador descer.

Cumprimentamos John, que deu um “joinha” para a gente e saímos. Nath tinha pedido um uber, que já estava nos esperando.

Entramos no carro, e Nathaniel deu o endereço.

Quinze minutos depois, chegamos.

Já fiquei impressionada pelas casas do bairro e mais quando paramos na frente do portão branco enorme.

Nathaniel apertou a campainha.

Quem é? — Uma voz eletrônica disse.

— Sou eu, Ambre.

Nath! Mãe, o Nath chegou! Já estou indo!

Ele sorriu, balançando a cabeça. — Minha irmã.

— A gêmea do mal — brinquei.

— É. — Ele gargalhou. — Mas acho que ela não está mais tão do mal assim.

Ouvimos barulho de chaves no portão, e logo ele foi aberto. Uma garota loira apareceu, já saindo e abraçando Nathaniel. Eles não eram super parecidos, mas haviam muitas semelhanças.

A garota se afastou, olhando ele de cima para baixo. — Tá bonitão, hein.

Os cabelos louros dela iam até a cintura, com ondas maravilhosas. Vestia um vestido rosa escuro comprido, que ia até os pés, e parecia ter uma espécie de faixa da cintura para cima, deixando o vestido tomara que caia.

— Ambre, essa é a Bianca, minha namorada. — Apontou para mim, enquanto segurava um ombro da irmã.

Ela se virou, me olhando, feliz — mais provavelmente por causa do irmão — e veio me abraçar.

— Oi — ela disse.

— Olá. — Devolvi o abraço e ela se afastou.

— A mamãe está louca para te ver, Nath. — Se virou para ele. — Vai, entrem.

Nathaniel segurou minha mão e foi na frente. Passamos por um pequeno hall coberto e entramos na casa.

A princípio, achei que ninguém tinha chego, mas comecei a ouvir barulho de gente conversando em outro lugar ali perto.

Passamos perto de uma escada, atravessamos uma sala de jantar e fomos para uma porta dupla enorme, que levava para fora.

Era tipo uma varanda grande e coberta. Tinha muita gente. Ela pegava toda a extensão da casa e também seguia o muro da direita, ainda coberta.

No meio do quintal gramado, havia um piso um pouco mais alto, com uma piscina enorme.

— Nathaniel! — Alguém gritou, e todo mundo parou de conversar para olhar em nossa direção.

Apertei a mão dele, sentindo o rosto quente, e ele apertou de volta, me dando uma rápida olhada.

Logo, um homem alto veio abraçar ele, depois uma mulher, em seguida alguns senhores, crianças... E ele me apresentava sempre como namorada dele, e eu tentava sorrir, apesar da vergonha.

Depois, uma mulher alta e loura se aproximou, abraçando ele com força.

— Mãe... essa é a Bianca.

Ela se afastou dele para me olhar, com uma cara não muito convidativa, mas sorriu e me abraçou também.

— Seja bem-vinda, Bianca. Fique à vontade.

Fiquei surpresa, mas sorri. — Obrigada.

— Ela é linda — cochichou para o filho, alto o bastante para eu ouvir.

Vi as bochechas dele corarem e eu ri. Acho que aquela não foi a pior parte.

De longe, vi a mãe de Nathaniel se afastando e ficando perto de um homem de cabelos escuros e barba, que olhava em nossa direção com um copo na mão, meio sério.

Com certeza aquele era o carrasco.

— Aquele ali é seu pai? — sussurrei perto do ouvido dele.

— Sim. Francis. Não parece de bom humor, como sempre.

— Não vamos lá cumprimentar ele?

— Não. Vou esperar ele vir até a gente. — Se virou, ficando de frente para mim. — Minha mãe diz que ele está arrependido pelo comportamento infantil dele, então vamos ver se é verdade.

Uau.

— Nath! — Ouvimos uma voz feminina exclamar.

Nos viramos, dando de cara com um casal de senhores de meia idade.

Nathaniel sorriu e se abaixou, para abraçar os senhores de cabelos grisalhos. Ele me apresentou logo em seguida e eu os cumprimentei com um abraço.

A senhora me abraçou apertado, sorrindo. — Então é essa mocinha bonita que te fez encarar seu pai? — perguntou, segurando minhas mãos e olhando para ele.

— Vó — retrucou baixinho, rindo e ficando vermelho.

— Ora, que isso, Nath. — Sorriu e me olhou. — Seja bem-vinda à família. Fico muito feliz que meu neto tenha encontrado alguém.

Minhas bochechas queimavam. — Obrigada. — Sorri, sem jeito.

Ela deu um tapinha no braço do neto e os dois foram cumprimentar outras pessoas.

Nath voltou a segurar minha mão. — Tudo bem?

— Sim. Está sendo menos pior do que pensei — Brinquei. — E você?

— Estou bem. Com você aqui, nada vai conseguir me irritar.

Sorri, o incentivando. Então percebi que alguém estava se aproximando.

Meu estômago deu uma apertada ao ver que era o pai do Nathaniel.

— Pai. — Nathaniel disse, cortês.

— Filho.

— Minha namorada, Bianca. — Fez um gesto para mim.

Por um momento, achei que ele fosse me ignorar. Mas ele estendeu a mão, apesar de continuar sério.

A segurei e a balancei de leve. — Muito prazer. — Dei um sorrisinho.

— Igualmente — comentou, educado, recolhendo a mão e se afastou.

Soltei o ar e olhei para Nathaniel, que parecia tão tenso quanto eu. Sorrimos, achando graça, e ele me puxou pela varanda.

Estávamos distraídos, conversando sobre as vezes que Nathaniel se jogou junto de Ambre na piscina, quando ouvimos conversas mais altas.

Olhamos para a varanda e vi que mais gente tinha chego.

— Mas que... — sussurrou Nathaniel, parecendo contrariado.

Então vi que quem tinha chego era Melody, com sua família.

— Não acredito que meu pai os convidou... Achei que era apenas família.

No mesmo instante, vi os olhos de Melody parando em nós. Mas rapidamente ela desviou, fechando a cara.

— Você... chegou a saber como os pais dela reagiram? — perguntei, baixinho.

— Apenas soube que o pai dela ficou um pouco irritado, já que ele sabia que a Melody gostava de mim.

Voltei a ficar tensa. Isso ia dar ruim, não ia?

— Não se preocupe. — Apertou minha mão, me olhando. — Se eles tiverem algo para falar, vai ser comigo e não com você.

— Eu não quero que saia briga, Nath...

— Esquece isso. Não vai sair briga. Eu não estou aqui para discutir com alguém... Acho que já vamos comer, vem. — Segurou minha cintura e me puxou de leve para o lado da varanda onde uma mesa muito comprida estava posta e começando a ser ocupada pelos convidados.

Nathaniel puxou a cadeira ao lado de sua avó para mim, eu me sentei, e ele do meu lado. Pouco depois, Ambre veio sentar-se do lado dele e eles começaram a conversar.

— Onde vocês se conheceram? — A senhora do meu lado questionou.

— Na faculdade. — Sorri, a olhando.

Ela era muito fofa.

— Ah, que lindo. Lembro do meu tempo de jovem, quando conheci meu marido. Estudávamos na mesma escola e sempre ficávamos nos olhando nos intervalos. Um dia, ele me esperou no fim das aulas e me pediu em namoro.

— Que fofo... E a senhora aceitou na hora?

— Mas é claro! Não podia perder tempo, né? — Deu uma piscadinha.

Eu ri e uma voz grave pigarreou, chamando a atenção de todos. O pai do Nathaniel estava sentado na ponta da mesa e levantou.

— Agradeço a presença de todos aqui hoje, como de costume. Apesar de não termos apenas família de sangue aqui, todos presentes são considerados da nossa família e eu espero que se sintam assim também. Alguém gostaria de falar algo? — Seus olhos varreram pela mesa, mas percebi que se demoraram uns segundos a mais no filho.

— Eu gostaria. — Um homem que chegou junto de Melody levantou. — Se me permite, meu amigo. — O outro deu um aceno de cabeça, e se sentou. — Sei que não somos da família, mas nós fazemos esses almoços há tanto tempo, que já nos consideramos integrantes e familiares... E, na minha opinião, devido aos acontecimentos recentes, acho desrespeitosa a presença de algumas pessoas.

— Desculpe. — Nathaniel se pronunciou, imponente. — Se já tocou no assunto, por que não expõe sua opinião de forma mais clara? Se está querendo dizer que eu não posso trazer minha namorada na minha própria casa...

— Acredito que desrespeitoso é alguém de fora da família falar desse jeito. — Ambre disse, encarando o homem. — Onde já se viu falar dessa forma em um momento de alegria?

— Meu neto tem o direito de trazer quem ele quiser. — A avó de Nath comentou. — Graças a Deus ele saiu das garras de vocês para viver uma vida decente, e não cheia de regras ditadas...

— Já chega! — Francis levantou novamente. — Acredito que esse tipo de assunto não deva ser discutido à mesa. Se tiver algo para comentar a respeito de alguém, Henri, que seja entre nós, o que vale igualmente para qualquer um.

Todos ficaram em silêncio. Olhei para Nathaniel, que parecia irritado.

Segurando minha mão, ele levantou. — Agradeço pela consideração, mãe. Mas acho que está na nossa hora. — E me puxou para fora da mesa.

— Nathaniel! — Ouvi Ambre chamando.

Enquanto andávamos para dentro da casa, senti todos olharem para nós. Assim que entramos, Ambre nos alcançou.

— Nath, por favor. Não dê esse gostinho para o Henri. — Parou na frente dele. — Você não precisa ir embora.

— Preciso, Ambre. Eu não vou tolerar um intruso dizer o que acha ou não desrespeitoso dentro da casa da minha família. Pra mim, isso que é desrespeito. Podemos voltar em outro almoço, desde que ele não esteja aqui — disse, em um tom mais calmo, segurando o braço da irmã.

Ela suspirou. — Você está certo. Estava na hora de alguém confrontar aquele barrigudo. Mas é para voltar mesmo, viu? — Me olhou também.

Acabei sorrindo. Não esperava que ela fosse desse jeito.

— Eu sei. — Ele sorriu. — Nós vamos voltar. Abre o portão lá.

Então Ambre abriu o portão para nós. A cumprimentamos com um abraço e andamos para a direita.

— Nath... você está bem?

— Estou. Não se preocupe. Foi até bom falar aquilo. — Sorriu, me olhando.

— E vamos pra casa agora?

— Não. Vamos fazer algo que eu estou louco para fazer — falou, parecendo animado.

— O quê?

— Comer.

Sorri. — Então bora porque eu também quero comer.

Nathaniel levantou a minha mão que estava segurando e deu um beijo nas costas dela.

Acabamos indo para um restaurante ali perto e nos empanturramos de macarronada.

E não é que acabamos causando mesmo?

Sabe o que eu achei? Foi muito melhor.


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Notas finais do capítulo

Bia:

Aaaahhh que família unida essa, hein? Gostaram do jeito da Ambre? Imaginei que depois de mais velha, ela ia tomar um jeito e ser uma pessoa melhor kkk
Nath e Bia causando no almoço, ai ♥
Espero que tenham se divertido e nos vemos no próximo capítulo o/

Ester:

Me identifico com o Nath, que tá doido pra comer alguma coisa xD E aí, perderam a fome depois dessa treta com a família da Melody? Pelo menos os dois não :D
Por hoje é só, pessoal! Até sexta o/

Stelfs:

And the Oscar de melhor Barraco em Família goes to... kkkkk.
Paiaçadas à parte, AMEEEEEEEI essa treta aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Melhor treta ever! E ainda treta cheia de classe. Nem precisou ninguém arrumar gritaiada -q.
Bem, é isso, minha genteney! Até a seixta -feira com nosso casal sedução CastNight e Stelfilda! (what?), HAHAAHAHAH



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