Entre-Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 15
Lua de mel - Stelfs


Notas iniciais do capítulo

Stelfs:
Oi. Tudo bom? xD
Entãããããão… acho que vocês nem vão ler minha nota direito porque o título dessa one tá ali piscando e te seduzindo, não é mesmo? kkkkk Antes que me perguntem: Não, amoras, não teremos hentai por motivos de: I don’t escrevo, HAHAHAHAAHA. Maaaaassss… eu confesso que essa é uma das ones que eu mais gosto ♥ E acho que vocês vão descobrir um lado na Stelfs que vocês nunca viram :3 Boa leitura!
Ester:
Acho que tem gente que nem vai ler as notas direito, com um título desses xD Stelfs emprestou o lança chamas dos caras do Rammstein e tá pronta pra botar fogo nisso aqui! Então... Feuer frei! Bang Bang! -q
Boa leitura ;)

Ps: o aesthetic de hoje é da Stelfs e do Castiel.



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 Aesthetic

Contexto da one: Dispensa explicações, HAHAHAHA. Mentira, dispensa não. Então... eu pensei no casamento da Stelfs e do Castiel ser mais ou menos um ano depois da formatura dele. Provavelmente Castiel já estaria trabalhando e Stelfs teria um ano de Mestrado já (^^). Hãn... os dois pretendem continuar morando em LA e aí eles vieram pro Brasil pra se casar na cidade natal dela (que não é ainda a cidade da fic, HAHAHA) e passaram a lua de mel em um sítio (que existe :3) do padrinho da Stelfs.

É isso, kkk. Boa leitura.

***

Acordei no meio da noite com frio.

Soltei um murmúrio baixo, sentindo um vento dos infernos vindo não sei de onde quase me matar de hipotermia. Me encolhi na cama, me enrolando ainda mais na colcha que me tampava e escutei alguns pingos de chuva caírem no telhado da casa.

Nossa, isso lembrava muito minha infância.

Continuei ali, de olhos fechados, escutando aquele barulho.

E comecei a me lembrar do dia de ontem. Do almoço em família que tivemos aqui no sítio. Meus pais, meus padrinhos, Valérie, Jean, Bia, Nath, Ester, Lys, meus tios e mais alguns poucos amigos.

Meu pai brincando com Castiel, minha mãe fazendo mil e uma recomendações e me detonando pra ele, contando meus podres. Bia e Tia Simone se emocionando. Meus padrinhos me perguntando trilhões de vezes se eu queria mesmo morar nos EUA e achando tudo aquilo uma doideira. Ester, como sempre, zuando com Castiel e comigo e Lys, bom, esse me desejou que eu fosse muito feliz e fizesse seu amigo também muito feliz.

Um sorriso gostoso saiu da minha boca sem querer.

Abri meus olhos, encontrando o outro ser que dormia comigo.

Castiel estava deitado de bruços com o rosto parcialmente apoiado no travesseiro, meio largado nele e a boca semi aberta. Um dos braços enfiados debaixo do travesseiro e o outro jogado sobre ele.

Estendi minha mão com cuidado em sua mão esquerda, que estava tão perto da minha,  fazendo carinho em seus dedos, enquanto via ele dormir. Toquei em algo gelado e olhei pra lá no mesmo instante, vendo aquela aliança dourada em seu dedo.

Eu não conseguia acreditar.

Era estranho pensar que eu havia me casado com ele. Na verdade, era tão estranho pensar que ele havia me proposto isso. Logo Castiel, que nem é dessas coisas. Logo ele, que preza a liberdade mais que tudo. Logo ele que nem liga pra religião. Logo o carinha insensível e durão.

Continuei olhando pra aquela aliança, rindo feito uma palhaça. E levei minha outra mão onde estavam as nossas, olhando também pra minha.

E me lembrei de ontem, quando o padre me perguntou se eu estava disposta a amar Castiel na saúde, na doença,  na pobreza e aquele monte de coisa que a gente já sabe. Eu  tive medo. Na verdade, ali eu me dei conta de que eu estava escolhendo ele pra sempre. Com todas as suas ironias, seu mau humor constante, seu sarcasmo e deboche, sua falta de sensibilidade e de romantismo. Bateu aquele medinho. Não que eu não quisesse me casar com ele, mas eu não sabia se eu conseguiria fazer ele feliz como eu tanto queria. Eu também não sabia se eu saberia ser feliz do lado dele.

Mas, a gente era a gente. E havíamos dado certo por 5 longos anos.

Então, por que não?

E eu disse sim.

Continuei fazendo carinho na sua mão, agora com minha mão esquerda, vendo as alianças reluzirem com a pouca luz que vinha do banheiro.

Eu não sei o que Castiel sentiu quando a colocou em meu dedo, mas eu tremi muito. Eu não sei se ele entendia o que acontecia naquela hora e naquele rito, mas eu sabia que estava dando um passo maior que eu. Eu estava nervosa, ansiosa, agitada. Mas estava feliz. Enfiei a aliança no seu dedo, me decidindo ficar com ele haja o que houver, aconteça o que acontecer, venha o que vier.

Ele se remexeu na cama e soltei sua mão devagar, vendo Castiel se virar com uma tosse baixa. Seus cabelos se espalharam pelo travesseiro e encarei aquelas costas nuas na minha frente.

Meu Deus, como ela era linda.

Mais um sorriso imbecil na cara e uma pilha de memórias da noite passada.

Depois que a cerimônia terminou, começava a segunda parte da minha ansiedade: a lua de mel. A gente tinha combinado de vir pra roça do meu padrinho depois do casamento,  já que a casa da minha mãe,  do meu pai e dos meus próprios padrinhos estavam cheias dos convidados.

E eu não queria ir pra qualquer lugar, eu queria estar em casa, mesmo que minha casa tivesse ficado algumas milhas de distância.

A verdade era que eu tava muito ansiosa. E com medo.

Olhei pros cabelos revirados de Castiel. Ele fez um barulho engraçado como um murmúrio e apoiou o braço na cintura.

Era a primeira vez que eu ia... fazer isso.

Sorri, mexendo nos fios espalhados dele. Penteei seus cabelos com calma, tomando todo o cuidado pra que ele não acordasse.

Eu nem sei como conseguimos sobreviver todo esse tempo assim. Eu sabia que Castiel já havia tido outras experiências antes e entendia que um namoro sem essas intimidades estaria fora de cogitação pra ele. Eu estava convencida de que eu ia voltar sem namorado pra casa no dia em que ele tentou algo mais comigo e tive que entrar nesse assunto.

Apesar de ter tanta vergonha de falar sobre minhas escolhas, principalmente porque elas nascem das minhas crenças, foi estranho, EXTREMAMENTE ESTRANHO, quando Castiel soltou um “Vamos ver até onde isso vai.”

E eu não pude acreditar.

Olhei pra aquelas costas de novo, mordendo meus lábios inferiores e dando um risinho ridículo.

Isso havia chegado até aqui.

Levei meus dedos até o braço dele com toda a calma do mundo e o toquei, começando a fazer carinho nele, quando senti como ele estava gelado.

Mas também,  nesse frio do cão,  quem não estaria?

Me virei na cama com cuidado pra não acordar Castiel e me  sentei nela, puxando a colcha que me tampava, colocando ela sobre os ombros e apoiei meus pés descalços no chão de madeira bruta da casa. Fiquei de pé, começando a andar na direção do móvel que mais parecia um guarda - roupa pequeno.

Mas tinha um vestido de noiva no meio do caminho.

Eu olhei pra aquela peça ali no chão, junto com mais outras espalhadas e balancei a cabeça, rindo e corando ao mesmo tempo.

Passei por cima do que teria sido a camisa social de Castiel e alcancei (finalmente irmãos!) aquele móvel. Abri a porta dele e tirei algumas cobertas lá de dentro, tentando me mover com elas sem cair ou tropeçar. E deixei elas em cima da cama, abrindo uma de cada vez e cobrindo Castiel.

Estava muito frio, cruzes.

Suspirei, dando meia volta e me preparando pra sair do quarto, quando...

— A noite foi tão boa assim pra você nem conseguir dormir?

Me virei no mesmo instante, encontrando Castiel ainda deitado no travesseiro e me olhando.

— Hein, mocinha? — me provocou, abrindo seu sorriso de lado e escorando a cabeça com a mão.

Senti minhas bochechas esquentarem na mesma hora e desviei o rosto. Ele deu uma gargalhada boa.

— Idiota. — Foi o máximo que eu consegui dizer.

Droga, tô vermelha, tô vermelha, tô ver-

Escutei um barulho na cama e levantei meu rosto, vendo Castiel terminar de se enrolar na coberta. Ele veio me olhando de cima a baixo, com seu sorriso de gente treteira. E se aproximou de mim.

— Tá querendo morrer nesse frio? — perguntou com seu tom sem educação.

Eu olhei pro meu corpo desprotegido e só aí que eu vi que tava embrulhada naquela colcha fina.

— Nem tinha reparado nisso — disse engraçada e ao mesmo tempo envergonhada, dando uma risadinha sem graça.

Castiel riu de lado, meio felino.

— Tsc, tsc, tsc, achei que esse seu pudor acabaria hoje — comentou abusado.

E abriu os braços de repente, me fazendo tampar o rosto na mesma hora.

— Castiel! — disse num susto.

Que saco, rosto, para de ficar quente.

Ele riu ainda mais, me envolvendo com seu corpo e a coberta.

— Você vai ter que se acostumar com isso. — Escutei ele falar baixo perto do meu rosto e suspirei.

— Eu sei... — eu disse, tirando as mãos dos olhos e levantando meu rosto pra Castiel que me olhava com seu risinho. — Mas acho que isso vai levar um tempo... — disse com um fiapo de voz, abraçando ele também pela cintura.

Então ele levou seus dedos pelo meu pescoço, arrastando meus cabelos pra trás junto com sua mão e me deu um beijo ali.

— Essa sua cara é maravilhosa. — Senti o sussurro bem perto da minha bochecha e foi inevitável não corar mais. Praga, Castiel, qual a necessidade disso? — Ainda mais quando...

Eu me  desviei dele, fazendo ele me encarar confuso.

— Quer parar? — Eu tava mais coradinha que camarão frito na praia. — Você tá me deixando sem jeito, caramba — soltei tudo logo de uma vez, morta de vergonha.

Castiel abriu seu sorriso sacana e me trouxe pra perto dele, tomando meus lábios de supetão e nos entrelaçando naquele beijo terno e estranho justamente porque era terno. Correspondi aos seus movimentos, nos juntando sob o calor das cobertas. Nos beijamos por tempos, aproveitando aquele momento só nosso e feito mesmo pra gente. Que horas seriam: duas, três da manhã? Eu não saberia dizer.

Ele encerrou aquele beijo, mas continuou juntinho comigo. Abri meus olhos quase junto com ele e percebi que ainda continuava corada.

Eita, coisa chata.

Castiel movimentou seus dedos entre meus fios, naquela massagem gostosa. Eu o imitei, fazendo o mesmo com os cabelos dele. E ele riu de lado, vendo que minha vergonha ainda não havia passado.

Eu suspirei e escorei minha testa em seu ombro.

— Dá um desconto, hoje foi a primeira vez. — Agora sim minhas bochechas estavam fervendo.

Castiel gargalhou horrores e me envolveu com seu outro braço.

— Eu tô ligado — disse baixo, me aconchegando entre eles. — Até que você mandou bem pra uma inexperiente. — Não perdeu a chance de me zuar.

Eu levantei meu rosto na mesma hora e dei um soquinho no seu ombro.

— Idiota — o xinguei, vendo que um novo riso de deboche surgia nos lábios dele. — Mas, se você quiser, — comecei a falar, fazendo ele me olhar. — Podemos continuar até eu me habituar — disse engraçadinha e com um sorrisinho no rosto.

Ele me olhou na mesma hora, com uma risada boa.

— Então é assim, é? — perguntou em um tom engraçado, voltando com seus dedos pro meu pescoço.

Abri um riso divertido, mesmo entre as vermelhidões da minha cara.

— É, é assim — brinquei, rindo ainda mais e tentando acabar com a minha vergonha.

Ele sorriu e me olhou nos olhos, me fazendo encarar aqueles cinzas mais uma vez.

— Você me surpreende, garota.

E tomou meus lábios mais uma vez, me erguendo do chão pela cintura e me fazendo agarrar o pescoço dele em um susto. Paramos o beijo pelas risadas e abrimos os olhos, nos encarando por uns segundos. Castiel me carregou pela cintura até à cama e subiu nela com o joelho, me sentando em cima dela. Eu acompanhava aqueles movimentos todos ainda olhando pros olhos dele que não saíram dos meus um segundo se quer. Ele tirou a mão da minha cintura e levou em meus cabelos, colocando eles atrás da minha orelha. E riu daquele jeito dele.

— É por isso que eu te amo, mocinha — se declarou, me fazendo abrir um sorriso ridículo e me beijou, me deitando na cama.









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Notas finais do capítulo

Stelfs:
UIIIIIIIIIII ~le sai correndo de vergonha.
Um pouquinho de ecchi (se é que posso chamar isso disso -q) pra vocês não morrerem tanto -q². Bom, que dizer mais? Eu e as meninas conversamos a respeito desse assunto e chegamos à conclusão de que Castiel é uma pessoa teimosa e persistente quando quer alguma coisa, então, esse é nosso álibi que justifica eles estarem há tanto tempo juntos e não ter rolado nada :3
Bom, se a emossaum foi muita e quiserem conversa, aqui está: stelfvieira@gmail.com.
Beijos :}

Ester:
Acharam mesmo que ia ter cenas +18 por aqui? Pegadinha do malandro, ié ié ié -q Caso queiram nos xingar, não tenho culpa de nada, só alimento a zueira -q
Sexta voltamos com nossa garota dos bolinhos e Nathaniel gatinho (mas que? Só pra rimar xD). Até lá, meu povo o/
Ps: Minha cara leitora Bird, como prometido.... Feliz aniversário! Dedico esse cap (especial) para você :D



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