50 Tons de Fanfiction escrita por Nymeria


Capítulo 17
[YU YU HAKUSHO] Amor


Notas iniciais do capítulo

Tema 33: Sobre esperança.

Fandom: Yu Yu Hakusho
Ship: Yusuke/Keiko.
Avisos: Spoilers do final do manga.

Oie! Dei uma sumida novamente por conta da facul, mas estou de volta. Espero que gostem da fic de hoje. Boa leitura!



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Havia aproximadamente um ano e meio desde que Yusuke se fora para o Mundo das Trevas. Keiko sentia falta do moreno, contudo decidira que seguiria sua vida normalmente, dedicando-se aos estudos no internato feminino no qual matriculara-se. Aquela era umas das melhores escolas da região e certamente a manteria ocupada tempo o suficiente para não pensar tanto no namorado quanto naquela promessa que ele fizera-lhe antes de partir.

A jovem comentara com ele que quando ele retornasse, ela já estaria namorando algum  rapaz da escola para garotos que ficava em frente a instituição na qual estudaria, no entanto, ela nunca pensou em fazer isso de fato. Urameshi provavelmente sabia disso, pois não parecia ter acreditado nela nem por um segundo sequer. A verdade é que Keiko só tinha olhos para Yusuke e, apesar de suas amigas terem dúvidas acerca da seriedade do moreno quanto ao relacionamento de ambos, a garota sabia que só havia ela na vida dele também.

A medida que os meses iam passando-se, a saudade aumentava e Keiko quase já não sabia o que fazer com o sentimento que apertava-lhe o peito todos os dias. A vontade que tinha era de ir para o Mundo das Trevas atrás do moreno, mas ele prometeu que voltaria, então ela esperaria. Faltava apenas um ano e meio agora, afinal. E depois desse tempo, eles se casariam.

Todavia, Yusuke voltara naquele mesmo ano, antes do período prometido. Yukimura estava parte feliz, parte preocupada. Perguntava-se se o detetive espiritual repensara sobre casar-se com ela e por isso voltara antes do tempo combinado, pois seu retorno naquele momento acabava por tornar um tanto sem sentido a promessa que fizeram, visto que não havia mais os três anos que faziam parte dela. Keiko comentou isso com ele.

Yusuke nada respondera, o que fez Keiko perguntar-se novamente se os sentimentos de Yusuke sobre o casamento mudaram ou se, de repente, ele pretendia tocar no assunto novamente apenas quando os três anos se completassem, ainda que tenha regressado antes disso.

Atualmente, o portal que separa o Mundo das Trevas do Mundo dos Humanos havia sido reaberto e vários demônios e seres espirituais conviviam entre eles abertamente, arranjavam empregos, davam entrevistas, dentre outras coisas que humanos também faziam. Yusuke adquiriu um restaurante, no qual vendia ramen e que servia de fachada para o seu segundo negócio: o de detetive espiritual. Demônios frequentemente iam lá a procura de “menu especial”.

Um belo dia, Yukimura fora lá também e encontrou o namorado cozinhando. Ela pediu o ramen tradicional, o que ele recusou-se a fazer, de birra, mas ela disse que talvez o perdoasse se ele o fizesse e esse foi o truque que o fez por as mãos na massa. A comida ficou pronta em poucos minutos. Keiko elogiou o preparado, pois estava realmente delicioso.

"No futuro, eu cozinharei pra você todos os dias." disse o moreno. Keiko surpreendeu-se com o comentário, pois era a primeira vez que Yusuke fazia referência à promessa deles, ainda que de forma indireta, desde que voltara do Mundo das Trevas.

Apesar da falta de atitude do moreno, no que se referia ao noivado deles, a colegial não podia dizer que o detetive não a amava porque quando ela precisou da ajuda dele para resolver um caso que estava acontecendo em sua escola, Yusuke prontamente a ajudou, mesmo tendo de se vestir de menina para adentrar na instituição. E ele ficou com ciúmes quando, no final de tudo, ela agradeceu à Kurama, a quem o moreno tinha chamado para ajudar e quem brilhantemente deduziu o que estava acontecendo na escola. Keiko sorriu com o pensamento.

Pouco tempo depois, houve um motim no Mundo Espiritual, envolvendo vários reféns, incluindo Botan e Koenma. Yusuke, como era de se esperar, foi ajudar, junto com Kuwabara, Kurama e Hiei - o time inseparável. Eles conseguiram derrotar os inimigos um a um e salvar todos os reféns, mas descobriram ao mesmo tempo que havia uma bomba com a mira travada na direção de Sarayashiki, poderosa o suficiente para destruir toda a cidade, e a única forma de desarmá-la era apertando um dos três botões disponíveis no painel: vermelho, amarelo ou azul. O problema era que apenas um deles desarmava a bomba. Dentre os outros dois, um detonava a bomba e o outro não fazia nada.

Yusuke se viu num dilema, enquanto evacuavam o recinto e o deixavam sozinho com o dispositivo. Keiko estava no Mundo dos Humanos, junto aos demais e ao corpo de Yusuke. Eles saíram da cidade por motivos de segurança, embora não tivessem feito nenhum comunicado sobre o assunto, visto que não daria tempo da cidade ser evacuada e a informação só traria pânico aos moradores. O corpo de Yusuke fora levado com eles, porém Keiko percebeu apreensiva que se Yusuke morresse lá em cima, jamais retornaria à ele. No final, contudo, dera tudo certo. Yusuke escolhera o botão correto e a bomba fora desarmada.

Algum tempo depois, quando Genkai falecera, a turma toda resolveu visitar o túmulo dela e ler seu testamento juntos. A mestra deixara sua propriedade para eles, então eles viajaram para o local, afim de ver o presente de perto. A mestre desejara que eles deixassem o local do jeito que estava, se possível, e que ele servisse de abrigo para demônios, como sempre fora. Eles surpreenderam-se com o fato de que a propriedade era maior do que pensaram inicialmente, pois eles achavam que era apenas a antiga casa dela.

"Até onde vai a propriedade da professora?" perguntou Kuwabara.

"Ela disse: 'até onde os olhos podem ver.’" respondeu Yusuke, enquanto eles contemplavam um terreno gigante, que abrangia montanhas e florestas. Havia também uma praia ali perto, então o grupo rumou para lá. Haviam decidido passar a noite ali naquele belo lugar, vendo o mar enorme e lindo à frente deles e, mais tarde, o pôr do sol.

Keiko pensara acerca do fato de que nenhum deles estaria ali para ver aquilo, se Yusuke tivesse apertado o botão errado. Ela perguntou-lhe que botão ele apertara e o que o fizera decidir-se por ele, mas para seu desapontamento, Yusuke disse que não lembrava e que apertara qualquer botão. Ou seja, eles estarem ali era pura sorte mesmo.

O detetive espiritual seguiu em direção ao oceano e molhou os pés na água, enquanto Keiko o observava. Ela esperava não tê-lo magoado. Sorte ou não, ele salvara a cidade e ela era grata por isso. E grata também porque ele estava são e salvo.

Quando Urameshi afastou-se, porém, Kurama contou-lhe a verdade.

"Yusuke estava morrendo de medo e paralisou." explicou-lhe o youko. "Então Genkai lhe disse para escolher um motivo e apertar o botão. Ele escolheu o botão azul, porque é a sua cor favorita." Keiko estava surpresa em ouvir aquilo.

"Ele disse: 'Se eles têm um deus, eu também tenho uma deusa' e sorriu." Kuwabara completou, enquanto Hiei fazia cara de tédio.

Keiko olhou para os meninos, surpresa, depois olhou para Yusuke, que agora estava com a água nos joelhos. Ele ficara com vergonha de contar-lhe sobre o botão. Logo ele, que não envergonhava-se de coisas piores, como apalpar-lhe a qualquer hora. Ele ia ver só...

"Yusuke, seu idiota!" resmungou consigo mesma, enquanto seguia em direção ao moreno e dava uma rasteira no mesmo, fazendo-o cair na água e molhar-se completamente.

"Sua bruxa!" berrou Urameshi, sendo pego de surpresa pelo ato, mas não havia raiva na sua voz e, quando virou-se para a estudante, estava sorrindo. Yusuke ficava ainda mais lindo quando sorria. Ela sorriu de volta e ambos ficaram encarando-se por alguns segundos, até que o moreno chutou água na direção dela. Brincaram na água por vários minutos, ora jogando água um no outro, ora tentando afundar o outro na água por alguns segundos. Em um dado momento, ela acabou nos braços do moreno, com as mãos dele em volta de sua cintura. Olharam nos olhos um do outro e Keiko ainda sorria levemente enquanto o fazia.

"Você fica linda quando sorri assim." comentou Yusuke, pegando-a desprevenida com o elogio repentino. Seu sorriso, entretanto, alargou-se ainda mais, enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha. A outra mão pousava no ombro do detetive. Ele não costumava ser galante, mas se achava que ela era uma deusa, então é claro que devia achá-la linda. Ela também o achava lindo e pensou que seria um bom momento para explicitar isso.

"Você também fica." respondeu ela. "Assim como também fica lindo quando está lutando, com aquela expressão de determinação no rosto." Uma mecha novamente escapou-lhe para o rosto, mas antes que ela conseguisse tirá-la da frente, Yusuke o fez. Sua mão passara pelo rosto da garota como uma leve carícia e pousara em sua bochecha. Ele olhou-a nos olhos, descendo o olhar para sua boca e Keiko, sem perceber, fazia mesma coisa. Olharam novamente nos olhos um do outro e era como se tivessem pedindo permissão para darem o próximo passo.

Yukimura não saberia dizer se fora ela quem se aproximara do jovem, ele quem se aproximara dela ou se fora um acordo mútuo silencioso, mas no instante seguinte não havia mais espaço entre eles e os lábios de ambos encontraram-se com doçura e suavidade, massageando os do outro. Era impressionante como os movimentos do moreno eram leves e reverentes, apesar da força enorme que ele possuía, comprovada pela vitória contra inimigos fortíssimos. Naquele momento, Keiko sentiu-se o ser mais importante do universo, embora nunca tivesse imaginado que um beijo era capaz de fazer essas coisas.

Ficaram daquele jeito por algum tempo, até que a mão boba de Yusuke passara pelas suas nádegas. Ao mesmo tempo, a mão direita de Keiko voara na face do moreno com força. Urameshi caiu na água novamente.

"Sua bruxa! Por que você fez isso?" berrou o detetive, alisando o rosto.

"Porque você é um pervertido!" bradou Keiko. "Onde já se viu passar a mão na bunda das pessoas desse jeito?"

“Eu não passei a mão na bunda das pessoas, passei a mão na bunda da minha noiva, tem diferença!” replicou Yusuke.

“Então quer dizer que você ainda quer se casar comigo?” perguntou a estudante, notando imediatamente o substantivo com o qual ele referiu-se à ela.

“Claro que sim! Por que não iria querer?”

“Eu sei lá, é que você não tocou mais no assunto desde que voltou do Mundo das Trevas, então eu pensei... Eu pensei...”

“Keiko, deixa de ser boba. Você sabe que sempre foi você.” respondeu o detetive, sincero. “Quando eu penso em casamento e essas coisas todas, eu só me vejo fazendo isso com você.”

“Eu também só me vejo fazendo isso com você, Yusuke.”

“Você quer marcar a data?” perguntou o moreno. “Acho que agora que as coisas se acalmaram, pode ser um bom momento.”

“Sério?”

“Claro que sim!” Yusuke olhou para Keiko como quem pergunta como que ela pode duvidar tanto da palavra dele. “Foram aquelas suas amigas que ficaram falando mal de mim pra você pelas minhas costas, não foi? Confesse!”

“Elas não te levam muito a sério.” retrucou a estudante. “Mas eu esperei por você.”

O moreno entrelaçou os dedos nos dela.

“Yusuke…”

“Hm?” perguntou ele, distraído com as mãos de ambos, que já estavam começando a ficar enrugadas por causa da água.

“Eu te amo.” disse a moça num sussurro, o rosto levemente avermelhado.

Keiko foi pega de supetão quando Yusuke a beijou novamente, de forma apaixonada. Ela correspondeu da melhor forma que podia, assim que processou o que estava acontecendo. Quando seus lábios separaram-se, ambos estavam ligeiramente ofegantes e continuavam envolvidos no abraço um do outro, testas coladas, muito próximos.

Yusuke estava de olhos fechados ainda, como que apenas sentindo e aspirando a presença dela ali, inebriado. Keiko ficou apenas observando o semblante tranquilo do moreno, entretanto foi surpreendida novamente quando viu as duas pálpebras abrirem-se de repente  Ele sorriu para ela e lhe disse as palavras que soaram como música aos seus ouvidos.

“Eu também te amo.” E sorriu largamente.

Keiko sorriu de volta, ponderando que seria difícil segurar a ansiedade pelo casamento, se seu noivo continuasse empenhando-se para ser romântico, como naquele momento. Mal sabia ela que Yusuke já estava achando difícil segurar a ansiedade pelo casamento desde que ela sorriu para ele pela primeira vez naquele dia ou em basicamente todos os dias que eles se viram desde que ele voltara do torneio no Mundo das Trevas...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentários, como sempre são muito bem vindos. Ainda estou trabalhando próxima fic do desafio, mas se conseguir terminar até amanhã, eu posto amanhã mesmo. Até o próximo capítulo! o/



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