Interlúdio escrita por darling violetta


Capítulo 3
Parque de Diversões


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é meio rápido, apenas para fechar o primeiro dia deles em uma outra realidade. Acho que é meio bobo, mas precisava estar aqui. Eu acho...



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Os adolescentes se reuniram no teletransporte daquele dia estranho. Eles usavam roupas normais, suas roupas do dia da viagem temporal e John parecia menor sem suas asas. Ao contrário de sua mãe, ele conseguia disfarçá-las.

Passava um pouco das onze da noite, e, para uma torre de vigia cheia de heróis, estava bastante deserta.

            ─O que me dizem? ─Martha indagou, digitando alguns comandos no monitor.

            ─Eu adoro você, Martha, e adoro você, Lily, mas acho que vou passar a noite conversando com meu pai. ─Era Kira. A menina era realmente apegada a J’onn, tanto no futuro quanto agora.

            ─Ok, e você, Rex?

            Rex e John trocaram um olhar estranho, beirando a raiva. Rex deu a ele um riso de deboche. Em seguida, deu as costas ao grupo.

            ─Prefiro ter uma noite entediante na torre a ir para algum lugar com esse otário.

            Se Jason não segurasse o amigo, ele teria voado para cima de Rex, que se afastava com uma gargalhada.

            ─Não vale a pena, John. Relaxa e vamos nos divertir, cara.

            John assentiu.

            ─Certo, não quero estragar a noite.

            ─Isso ai. Ainda quero saber o porquê de tanta discussão entre vocês.

            Lily meio que riu.

            ─E isso não tem nada a ver com o fato do meu irmão ter esfaqueado ele quando mais novo.

            ─Não era uma faca, era uma caneta.

            Martha tossiu, tentando se lembrar do que fazia. Ah é, Central City.

            ─Eu não quero sobrar no meio dos casais. O que me diz, Honey?

            ─Se você fosse uma garota, eu pensaria no seu caso, Terry. Além do mais, quero revisar as imagens dos nossos trajes e ver se descubro o que nos trouxe para cá. Mas divirtam-se por mim.

            ─Então acho que somos nós cinco. ─Disse Martha. ─Transporte para cinco a caminho.

            Martha digitou alguns comandos. Eles iriam para Central City, para o parque. Estavam prestes a ir quando ouviram alguém tossir. Eles se viraram, apenas para ver o Flash parado lá. Cruzou os braços.

            ─Onde vocês pensam que vão?

            ─Ah, papai. ─Era Lily. ─Nós estamos entediados, e queríamos nos divertir um pouco.

─Soube que tem um parque em Central City hoje. ─Disse Martha. ─Vamos, tio Flash. Eu me entendo com meu pai depois.

            Flash pensou um pouco. Ele também estava entediado, e havia planejado se divertir no parque. Poderia se divertir e tomar conta dos garotos. Tão fácil. E todos ficariam felizes.

            ─Por que não? ─Deu de ombros.

            ─Ninguém pode sair da torre, esqueceram?

            Eles se voltaram para ver Shayera os encarando.

            ─A gente sabe, mas...

            ─Sem mas!

            Flash segurou Shayera pelo braço e a levou ao teletransporte.

            ─Você pode vir junto, Shay.

            ─Para a responsabilidade cair sobre mim? Não!!!

*****

            Os cinco adolescentes e os dois leaguers se amontoaram nas cadeiras do brinquedo. Alguém prendeu a trava de segurança, e as asas de Shayera estavam presas atrás dela e no rosto daqueles que estavam a seu lado, mas ninguém se importava na emoção do momento. Eles ouviram o som dos motores e o brinquedo começou a rodar em grande velocidade.

            A noite foi divertida, e as horas voaram. Quando se deram conta, estavam há mais de duas horas rodando pelo parque. Shayera era a menos animada do grupo, mas todos davam um jeito de arrastar a ‘tia Shay’ com eles.

            Estavam na fila da roda gigante. Seriam os próximos, só precisavam esperar mais alguns minutos.

            ─Cara, que demora. ─Lily batia o pé no chão.

            ─Ser paciente não é uma qualidade da família West.

            Os adolescente riram, mas Shayera notou que a menina não parava de se mexer.

            ─Você está inquieta demais, pirralha. Qual o problema?

            Lily encarou Shayera. Desde que chegou, era a primeira vez que a versão mais jovem de sua mãe falava soando como a Shayera que ela conhecia.

            ─Ah, nada. É só... algum problema com a hiper velocidade que herdei do papai. Os médicos disseram que eu vou estabilizar quando for mais velha. Minha outra irmã tem o mesmo problema.

            ─Verdade, você ficava louca com nós três quando éramos pequenos. Só o papai para acalmar a gente.

            Shayera olhou de relance para o Flash, que estava atrás dela. Talvez pelo amontoado de pessoas, ele parecia próximo demais. Ele apenas sorriu quando percebeu o olhar. A ruiva voltou a olhar para frente, esperando que a fila andasse.

            As vozes e gritos começaram pouco depois do estrondo. Eles olharam para cima, a roda gigante havia parado. As pessoas lá em cima ficavam desesperadas. Jason abriu passagem pela multidão, e correu para os controles, onde dois funcionários tentavam colocar o brinquedo para funcionar.

            ─O que houve?

            Os outros chegaram pouco depois. Um dos funcionários encarou o grupo, enquanto o outro mexia no painel.

            ─Por que não voltam para a fila, crianças? Deixe que os adultos resolvam.

            O homem os enxotava.

            ─Mas nós queremos ajudar.

            ─Ajudariam se não atrapalhem os adultos.

            ─Não está vendo o Flash ali?

            O homem olhou para a figura escarlate, que acenou para ele.

            ─Hm, deve ser uma fantasia. Essas crianças de hoje...

            ─Mamãe... ─Alguém gritou.

            Todos seguiram o som da voz, e olharam para cima. Um garoto em torno de oito anos balançava frenético a barra de segurança de sua cadeira. Ele balançava demais.

            ─Ah, droga!

            ─Vamos tirar ele. ─Martha se voltou para o grupo. Ela olhou ao redor. ─Cadê o John?

            O menino escorregou da cadeira, mas sentiu uma mão agarrá-lo. Piscou algumas vezes, e viu um rapaz ruivo segurando-o com uma mão, enquanto se agarrava na estrutura com a outra. O corpo dele estava metade para fora, mas não dava mostras de precisar de muito esforço para se segurar. John puxou o menino para perto. Ele não pode evitar, e olhou para baixo. Tremia.

            ─Tente não olhar para baixo. Ajuda, às vezes. Agora vamos descer...

            Os funcionários desviaram os olhos da cena apenas para pousar nos garotos à sua frente. Eles não pareciam abalados, e realmente vieram em auxílio. Quem eram eles?

            ─Talvez eu devesse aceitar sua ajuda...

*****

            Kira estava sentada na frente de J’onn. Os dois estavam em posição de lótus, de olhos fechados meditando. De repente, a voz veio em sua cabeça. Era Martha, falando sobre rodas gigantes e que precisavam urgente da ajuda de Honey. A menina marciana abriu os olhos assustada, e percebeu que J’onn a fitava, curioso.

            ─Algum problema, Kira?

            ─Não, pai. Mas eu não posso ficar. Acabei de me lembrar que preciso falar com a Honey.          

           ─São quase uma da manhã. O que é tão importante que não pode esperar o dia amanhecer?

            ─Eu, ah, me desculpa, pai.

            Num ímpeto, ela se levantou e correu para fora.

*****

            Honey estava deitada em sua cama, analisando as imagens dos trajes dela, de Terry e John. Num instante eles lutavam contra um robô, no instante seguinte, estavam no passado. Não fazia sentido algum. A não ser...

            Ela ouviu batidas na porta, antes de Kira se materializar em seu quarto. Honey sentou na cama, fechando seu computador.

            ─Você precisa ir a Central City.

            ─Pensei que fosse meditar com o tio J’onn. Mudou de idéia.

            ─Martha me mandou uma mensagem telepática. Acho que precisam da sua ajuda.

            A menina de cabelo azul soltou um suspiro pesado e assentiu.

            ─Diga a ela que estou indo.

*****

Honey viu seus amigos no meio de um aglomerado de pessoas. Atravessou a multidão e correu até els.

            ─Soube que precisam de mim.

            ─É, a roda gigante parou e não conseguimos consertar.

            Ela suspirou.

            ─E pensar que vou usar meu intelecto nível 12 para isso...

            Honey tocou na estrutura do brinquedo. Fechou os olhos um instante, como se o ouvisse. Quando reabriu seus olhos, sabia o que fazer. Ela abriu um painel abaixo dos controles. Mexeu, mexeu.

            ─Tentem agora.

            Os funcionários obedeceram. O ruído dos motores foi ouvido e o brinquedo voltou a funcionar. As meninas abraçaram Honey.

            ─Isso foi legal, gente. Mas está na hora de voltar.

            ─Ah, mas eu queria...

            ─Ela está certa. Estamos aqui há horas.

*****

            Todos os adolescentes, menos Kira e Rex, que ficaram na torre, chegaram juntos. Ainda falavam da bem sucedida aventura da noite.  Quando eles voltaram, os outros membros da liga os aguardava. Batman tomou a palavra.          

─Se me lembro bem, vocês deveriam estar na torre. Não confio em vocês para saírem sem a companhia de um adulto.

            ─Tudo bem, estávamos com o papai.

            ─Um adulto responsável.

       ─Não seja por isso. ─Lily disse. ─Mamãe estava com a gente também.

            Flash e Shayera apareceram pouco depois, rindo de alguma coisa. Os risos se calaram quando notaram a presença dos outros cinco leaguers.

            ─A culpa é do Flash... ─Shayera disse, e ainda sorrindo, se afastou.


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Notas finais do capítulo

É isso.
Gratidão!!!



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