Interlúdio escrita por darling violetta


Capítulo 22
É Sexta!, parte II


Notas iniciais do capítulo

Atualização dupla!!! Eu queria terminar essa história ainda esse ano, não sei se vou conseguir, mas vou tentar. Amo escrever Interlúdio, mas ano que vem quero me dedicar a outros projetos.
Eu quase não consegui terminar esse capítulo essa semana. Minha gatinha (que se chama Shayera, claro né...) chegou em casa nessa última segunda muito mal. Achei que ela ia morrer, mas minha princesa está se recuperando, e está boazinha. Então eu consegui terminar de escrever. Gratidão, e divirtam-se lendo...



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Foi Alfred quem abriu a porta para Diana. O gentil mordomo guiou-a para a sala de estar. Uma música suave tocava ao fundo, e Diana pegou-se lembrando da última vez que esteve naquela casa. Bruce era incrível, e ela gostava muito de conhecê-lo como ele realmente era, sem a fantasia de milionário, ou seu a máscara de Batman. O Bruce real era educado, inteligente e muito, muito romântico. Diana esperou muito por aquele momento, e ficava feliz que aconteceu, mesmo com uma pequena ajuda do destino.

Ela sorriu quando Bruce veio em sua direção. Ele retribuiu com um sorriso de si próprio, e, para Diana, era perfeito. Não desejava muito mais que passar o resto de seus dias com Bruce. Ele era tudo que poderia desejar.

─Está maravilhosa. ─Bruce disse e era verdade. Diana estava belíssima e eles tinham a noite toda sozinhos. Martha e Terry saíram com os amigos, então tudo o que planejara para eles deveria correr conforme planejado.

Segurando a mão dela na sua, Bruce guiou Diana para a sala de jantar. Como de costume, a mesa foi ricamente preparada, mesmo sendo um jantar para dois. Bruce puxou a cadeira para ela, e sentou a seu lado. Serviu-lhe vinho, e pouco depois o jantar era trazido. Um maravilhoso salmão grelhado acompanhado com risoto.

O cheiro era incrível, assim como o sabor daquela refeição feita especialmente para ela. Diana queria saborear cada pequeno pedaço do mesmo modo que saboreava os momentos que tinha com Bruce. Ele era um homem e um herói ocupado, e ela sabia que a relação tinha que ir devagar, ao menos naquele início.

Sorriu para Bruce, quando sentiu o olhar dele sobre ela. Enigmático, sentia os olhos azuis fixos nela, como se lessem dentro de sua alma. Talvez o fizesse. Bruce retribuiu com um sorriso de sua parte, e embora não demonstrasse, estava ansioso para a sobremesa. Gostaria de ver a expressão de Diana quando fizesse o pedido.

Eles conversavam animados, e o jantar se seguia tranqüilo. Até que chegou a hora da sobremesa. Diana não comentou quando apenas ela recebeu a sobremesa. O prato era coberto por uma cloche, então ela não conseguia ver o motivo de tanto mistério. Bruce continuava a encará-la.

─Permita-me.

Diana franziu o cenho, mas concordou. Bruce ergueu a cloche. Sobre o prato, descansava uma caixinha de veludo. Com a boca aberta, ela olhou da caixa para o amado, já imaginando o que era, e sem saber o que dizer.

─Bruce, eu...

─Sei que é um pouco rápido, mas não há outro alguém com quem eu deseje dividir minha vida. ─Fez uma pausa, ajoelhando-se diante dela. ─Diana Prince, aceita ser minha esposa?

─Eu nem sei o que dizer...

─Pode dizer sim...

─Oh, Bruce, sim! Eu aceito me casar com você!

Ela ria e algumas lágrimas de felicidade escorreram por seu rosto bonito. Jogou-se nos braços dele, emocionada e beijou seu rosto.

─Isso é tudo que eu sempre quis. Você está me fazendo muito feliz!

─Com você, eu já sou.

*****

Ouvir “La vie en rose” enquanto dançavam era como reviver a primeira noite que estiveram juntos. Agora, tinham a emoção de enfim estarem engajados. Mesmo com pouco tempo juntos, ambos sabiam que era tudo que eles queriam. Em breve, Diana seria a senhora Wayne. A vida corria bem e nunca teria aquela coragem se aquelas crianças não aparecessem em seus caminhos.

Estavam abraçados, não dançando de todo, apenas se movendo, curtindo um ao outro. De repente, Diana ergueu a cabeça, antes muito confortável no ombro de Bruce, para fitá-lo.

─Me beija. ─Ela exigiu e ele apenas obedeceu.

Seus lábios se encontraram cheios de amor. Bruce a puxou para mais perto, mas uma hora tiveram que se separar em busca de ar. Segurando sua mão, guiou-a para o quarto. Ele a pegou e colocou-a na cama. Perderam todo o controle e deixaram a paixão guiar suas ações.

─Eu te amo. ─Sussurrou.

Naquela noite, ambos tinham tudo que poderiam querer. E se o caos viesse, ele sabia que fez as pazes com o mundo. Mas enquanto se beijavam, sabiam que a noite era jovem. E quando tivessem que lutar, eles lutariam juntos.

*****

Shayera tombou a cabeça para trás e riu, enquanto Wally girava com ela. O ruivo também sorriu, feliz por ter uma desculpa para passar algum tempo com ela. A verdade era que não queria mais ficar longe dela. Ele a amava demais e esperava algum dia ser correspondido.

─A tia Shay parece estar se divertindo com o tio Wally. ─Martha comentou enquanto ela e John traziam bebidas. John olhou de relance na direção dos pais e riu.

─Acho que o papai tá tentando impressionar a mamãe.

─Uma pena que meus pais não quiseram vir. Meu pai precisa se soltar um pouco mais.

─Tenho certeza que ele está bem.

Martha concordou e seguiu atrás de John, com o ruivo abrindo caminho para ela. Eles chegaram até a mesa onde John Stewart conversava com Mari. O Lanterna Verde olhou de relance para os jovens e franziu o cenho.

─Como conseguiram comprar bebidas alcoólicas?

 John deu de ombros, e depositou as bebidas na mesa. Em seguida, puxou a cadeira para Martha, e sentou ao lado dela. Depois de um tempo, Wally e Shayera se juntaram a eles. Wally sentou ao lado de John, e Shayera entre ele e Mari.

─Finalmente vocês decidiram se juntar a nós.

─Ah, meus pés estão me matando. ─Shayera reclamou. ─E estes saltos não ajudam...

─Ou você escolhe ficar bonita, ou estar confortável. ─Mari disse à ruiva. ─Não se pode ter os dois.

─Pois eu preferiria o conforto...

─Bom, ao menos descobrimos que a Shay sabe os usar os pés também, e não apenas as mãos...

Wally riu quando Shayera deu um soco em seu braço. Ele não se arrependia do que disse, jamais. John deixou as conversas dos pais e tios de lado e observou como sua irmã e Jason dançavam juntos. Terry, Honey e Kira também estavam na pista, já Rex conversava com uma garota num canto. Desviou o olhar para Martha. A menina olhava os amigos dançando, e era fácil perceber que ela também queria dançar, mas também não queria se afastar dele. Ele a conhecia como ninguém.

Ponderou alguns instantes se deveria convidá-la, ou se manter parado. Acordou de seus pensamentos quando sentiu um toque em seu braço. Ele então olhou na direção de Wally. Seu pai sempre sabia o que se passava em sua mente, e sempre o incentivou. Desta vez não seria diferente.

Buscou sua coragem há muito esquecida. Ficou de pé na frente de Martha e estendeu sua mão a ela. Martha o encarou surpresa, mas ainda grata e aceitou, entendendo rapidamente o convite. Os dois garotos saíram de mãos dadas, como um casal, e se misturaram às outras pessoas na pista.

*****

Rex conversava com uma menina num canto. Ela era bonita, de cabelos castanhos e pele bronzeada. Tinha olhos verdes e escondia suas curvas atrás de um macacão azul marinho, quase preto. De estatura mediana, alguns talvez a considerassem um pouco acima do peso, mas para Rex, ela era incrível. Não ligava tanto para aparência, ainda mais quando a garota era tão gentil e boa de papo. Estavam conversando há um bom tempo, e até então, ele gostava. Talvez a noite não fosse de todo ruim, afinal.

De onde estavam, ele conseguia ver todos os amigos no bar. Seus tios acabavam de se juntar a seus pais na mesa, Terry dançava com Honey e Kira, Jason e Lily se pegavam, e John guiava Martha para a pista. Tudo parecia bem.

Ela tinha um copo nas mãos, e, sem motivo aparente, o copo quebrou, espalhando os cacos pelo chão. A menina riu sem jeito.

─Não sabia que tinha tanta força. ─Disse, em meio aos risos.

Mas Rex sabia ter algo mais. Ele sentia. Sem imaginar como ou por que, ele apenas sentia.

*****

John sempre ficava sem jeito perto de Martha, ele sempre gostou dela, mas não se sentia merecedor. Mesmo com vontade de se aproximar mais, estar de mãos dadas com ela era tudo que teria naquele momento. Já Martha, ela teria que se contentar também. Não queria que John se afastasse dela novamente. Ao menos John tomou a iniciativa e chamou-a para dançar.

─Pensei que nunca fosse me chamar pra dançar. ─Comentou, tentando soar por cima da música.

─Eu quase não o fiz, mas então pensei que você não merecia ficar sentada à noite toda. Não quando você recusou alguns convites para ficar do lado de um cara como eu.

─Nenhum deles é você, John. ─Fez uma pausa, tentando decifrar o olhar do amigo. ─Algum problema? John?!

O rapaz não lhe deu ouvidos, e começou a se afastar. Martha ficou uns instantes parada, frustrada, tentando entender, mas logo percebeu que John não era o único a agir estranho. Ela viu Rex, parado no mesmo ponto aonde John parecia ir. Os dois trocaram algumas palavras, e ambos pareciam concordar, independente do que fosse. Pouco depois, os dois rapares abriram caminho, e Martha sabia que não era algo bom.

*****

Wally olhou o casal bem à sua frente. Era um pouco constrangedor, ele estava apaixonado pela ex de seu melhor amigo, embora este seu amigo já estivesse em outro relacionamento. Já Shayera estava sozinha desde que retornou para a liga, e talvez fosse hora dela recomeçar, de preferência com ele. Ela ria, então voltou a focar sua atenção nela.

─Eu não acredito, vocês viram aquilo?

─Chegamos a tempo de ver o Wally fazendo o moonwalk. ─John Stewart riu. ─Nunca imaginei que você faria isso, Shayera.

─Foi a noite mais vergonhosa da minha vida. ─Ela disse.

─Vocês estavam muito engraçados. ─Mari também riu.

─Ah, eu imagino.

Shayera sentia as bochechas queimarem. Wally se juntou aos amigos, rindo também da situação, e da vergonha de Shayera. Colocou o braço ao redor do ombro dela, contudo a ruiva deu um tapa em sua mão.

─Não, para. ─Ela disse.

Com um resmungo, ele a soltou. Eles mal começavam a se aproximar e Shayera dava um jeito de afastá-lo. Mari se inclinou na direção de Shayera.

─Sério, há quanto tempo vocês estão ficando? ─Shayera piscou para Mari, meio desconcertada e surpresa com a pergunta.

─Nós não...

Ela não teve tempo de responder como uma nova música começou e Wally segurou sua mão, arrastando-a para a pista.

─Eu adoro essa, Shay. Vamos dançar.

─Todas as músicas você diz que adora.

─Mas dessa vez é verdade.

Shayera ainda lançou um sorriso desconcertado para a mulher morena, mas agradecia mentalmente pela intromissão do amigo. Ela não tinha certeza se conseguiria dar uma resposta negativa e ser convincente.

Wally girou-a na pista, fazendo com que esquecesse tudo não relacionado ao ruivo. Em seguida, ele a abraçou, e os dois voltaram a dançar.

─Eu te livrei, hein?

─Você ouviu?

O ruivo assentiu.

─Acho que mereço uma recompensa.

─O que quer? ─Ele sorriu para ela, ao que Shayera balançou a cabeça. ─Não mesmo.

─Não é isso o que pensou, Shay. Eu...

Wally não teve tempo de continuar, como sentiram um leve tremor. Em seguida, ouviram as vozes alteradas de Rex e John.

─Ah, droga!

─Todo mundo saindo!


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Notas finais do capítulo

O que acontece a seguir? O que acontece?
Só no próximo capítulo.!
Gratidão!!!



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