Interlúdio escrita por darling violetta


Capítulo 23
Desmoronando


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo vai ser pequeno, e meio confuso, mas era para ficar assim mesmo, sem explicação. Vai acontecer de novo, ainda tenho alguns capítulos para escrever. Vamos ver o que acontece...



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Caos ainda não havia se recuperado totalmente do encontro com a Liga da justiça. Embora tivesse mais poder, ele não estava em sua melhor forma, e aqueles garotos conseguiram quebrar sua casca humana. Mas logo estaria com força total, e ninguém poderia derrotá-lo. Mal podia esperar por sua vingança.

Encontrava-se no limiar de dois mundos, o único lugar possível para sua recuperação. Ainda conectado com o mundo físico, podia ver e ouvir os humanos do outro lado, eles, contudo, não sabiam de sua existência. De olhos fechados, o tempo passava de modo diferente em sua meditação. Ele era mais velho que o próprio tempo, mais ainda daquele descanso.

Ouviu bater de asas, e logo sentia uma presença atrás de si, então abriu os olhos. Virando-se calmamente, viu a figura de um homem de pele muito branca, e longos e lisos cabelos negros. O homem misterioso usava uma armadura dourada, e portava um arco e flecha, também dourados, apontado para o deus primordial. Seu porte físico era bastante musculoso, e não era difícil perceber que não era humano.

─Os deuses mandaram você atrás de mim? ─Ele riu. ─Esperava alguém mais capaz.

O ser misterioso não se deixou abalar, nem abaixou a guarda diante do inimigo.

─Deixe os humanos em paz, este mundo agora é deles. Não há mais espaço para os deuses caminharem na terra.

─Este universo inteiro era meu antes de me traírem e me prenderem. Só quero o que é meu de volta.

─Vou dar-lhe o que merece.

Atirou, contudo com um movimento de sua mão, Caos fez o objeto se deter. Em seguida, jogou a flecha longe, em algum outro mundo distante. Riu ainda mais, pois suas forças voltavam. À medida que o mundo humano rachava, ele ficava mais forte.

─É tudo que tem?

─Não é nem o começo.

As belas feições do ser ganharam uma fúria repentina. Jogou o arco, e partiu para cima do vilão. Ele era um guerreiro e lutaria até o fim. Caos não ganharia, ou seria o fim de todos os mundos...

*****

A estrutura da boate tremeu por alguns segundos, mas então parou. As pessoas se entreolhavam assustadas, e murmúrios corriam pelo lugar. A música foi desligada, então as vozes de John e Rex se sobressaíam. Os dois garotos corriam na direção da família e dos amigos, ao mesmo tempo em que gritavam para as pessoas saírem.

Ninguém entendia o porquê daquilo, então ninguém se mexeu. Apenas os heróis fizeram alguma coisa, abrindo caminho entre a multidão confusa para se reunirem.

─O que foi isso?

─Não sei, só sei que a gente tem que tirar essas pessoas e sair daqui.

Todos concordavam com Rex. Tinham que sair, mas precisavam tirar os civis do lugar. Antes que pudessem planejar qualquer coisa, sentiram a terra tremer outra vez, e as paredes começarem a rachar.

*****

Como se tornava rotina, os alarmes da torre apitaram. J’onn e Superman correm para os monitores, onde o Senhor Incrível verificava a nova ocorrência. Havia algo sobre Metrópolis, Central City, Gotham e outras cidades. Até mesmo na torre eles sentiam a estranha vibração energética.

─Contate nossos filhos. ─Disse J’onn. ─Eles estão na terra e podem ajudar.

─Não acho que eles serão suficientes. ─Era Superman. ─Chame também os outros.

─É pra já.

*****

Os civis olharam assustados e confusos, como um campo de energia verde os envolveu, impedindo que parte da estrutura caísse sobre eles. John Stewart estava em seu uniforme de Lanterna Verde, assim como Rex.

─Não vou conseguir segurar por muito tempo. ─Rex disse. ─A gente tem que sair daqui.

O grupo assentiu. Unindo seus poderes, os Lanternas Verdes conseguiram tirar todas as pessoas a salvo. O prédio onde estavam não era o Nico a sofrer com o tremor. Olhando ao redor, eles viam as demais construções ruindo.

Era estranho, uma luta parecia ter ocorrido, no entanto, sem sinal de quem ou o quê, lutasse. Mesmo que aparentemente não tivessem um inimigo, ainda tinham que socorrer as pessoas ao redor. Muitas das construções ao redor pareciam vir abaixo a qualquer minuto, e eles precisavam agir.

Wally logo estava em sua fantasia de Flash, Kira voltava à sua forma marciana, e John dava um jeito de fazer suas asas aparecerem. Jason, Martha, Lily e Kira não tinham seus uniformes, mas não se importavam, pois tinham seus poderes para ajudá-los. Terry e Honey ainda eram humanos e precisavam de seus trajes especiais.

O feitiço nas asas de Shayera ainda duraria mais algumas horas, então ela ainda era “humana”, e Mari não trajava seu colar de poderes animais, então também estava na condição de humana. Ainda assim, eles ajudariam como pudessem.

Uma cratera começou a se abrir aos pés de um casal que passeava pela calçada. Ao invés de serem engolidos pelo buraco que se formava, sentiram quando foram erguidos. Olharam para cima. Para surpresa de ambos, um rapaz de cabelos vermelhos e enormes asas os segurava. John deixou o casal em um lugar que parecia seguro e voou em seguida, indo ajudar mais pessoas.

Lanterna Verde manteve Mari consigo enquanto ajudavam a resgatar um grupo preso debaixo de alguns destroços. Sentia-se mais seguro com ela ao seu lado, mesmo que a namorada pudesse se virar sozinha.

Kira e Honey ajudavam algumas pessoas a sair de um prédio prestes a ruir, e Rex tentava manter a estrutura do lugar até as vítimas serem resgatadas. Embora vez ou outra a terra ainda tremesse, e todos sentissem a estranha energia se apossando do lugar, eles ainda não tinham visto sinal do inimigo. Seria mais uma obra de Caos? Ninguém saberia dizer.

Jason ajudava Martha a retirar os destroços, por sorte, as pessoas ali embaixo estavam em um bolsão de ar, então não foram esmagadas por parte de um prédio que caiu. Quando tinham espaço suficiente, Terry ajudou as pessoas a saírem, uma a uma. Estavam cobertos por poeira e sangue, contudo os ferimentos não foram tão graves. Tiveram muita sorte.

Lily indicava um caminho para as pessoas que fugiam assustadas. Nem toda a cidade estava sob ataque, então ela ajudava as pessoas a encontrarem um local protegido, e também saírem do meio da confusão.

Shayera pulou em uma semi-cratera após ouvir um choro infantil. Encontrou uma menina de uns sete anos entre os escombros, mas ela estava bem, apesar de seu braço talvez estar quebrado. Provavelmente a criança caíra enquanto tentava fugir, e ficou presa. Ajudou a menina a sair, e não tinha a menor idéia de como encontrar sua família.

─Anne... ─Ouviu uma voz feminina gritar, e uma mulher corria na direção delas. Flash vinha logo atrás da mulher, na direção delas. A mulher abraçou a menina, sua filha, depois encarando Shayera. Sorriu para a ruiva. ─Obrigada.

Shayera assentiu, e a mulher levou a filha para uma das muitas ambulâncias e carros de polícia que acabavam de chegar. Tudo parecia sob controle naquele momento. O chão não tremia mais, e todos pareciam bem.

─Formamos uma boa dupla, hein, Shay? Eu salvei a mãe e você salvou a filha...

Ela o encarou como sempre fazia quando ele falava algo idiota. Flash pensou que Shayera fosse ficar irritada, pelo contrário, ela apenas o abraçou. Mesmo desconcertado, ele retribuiu o abraço. Apertou-a mais contra si, e ficaram lá, apenas curtindo a companhia um do outro naquele estranho momento.

John observou os pais ao longe. Eles formavam um bonito casal, mesmo que ainda não estivessem juntos. Mas então sentiu uma mão delicada em seu ombro, e não era preciso muito para saber quem era. Sorriu um pouco quando Martha deu mais alguns passos, entrando em se campo de visão.

─Acho que acabou. ─Ela disse.

─Por enquanto. ─Era Kira. ─Eu sinto isso, e acredito que não seja a única, não é, John?

John concordou, enquanto Kira se juntava a eles. A menina era uma telepata sem total controle dos poderes, e isso explicava porque ela sentia a presença de Caos, mas ele também sentia, assim como Rex. Ainda tinham muitas perguntas sem explicação.

****

─Foi uma noite difícil. Tudo que quero agora é ir pra casa. ─Shayera comentou.

Todos concordavam, só queriam suas casas. Flash encarou a ruiva, e sem palavras, envolveu o braço direito ao redor dela. Shayera aceitou, segurando a mão dele junto a ela, então começaram a andar, com Wally guiando-a. Ela não sabia aonde ele iria, apenas o seguiria sem pensar.

─Aonde vocês vão?

O ruivo parou de andar e se voltou para observar o Lanterna Verde. Shayera se virou um pouco, observando também o herói. Mas foi Wally quem respondeu pelos dois.

─Para casa...


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Notas finais do capítulo

É isso.
Gratidão!!!



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