Interlúdio escrita por darling violetta


Capítulo 13
Depois da Batalha


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não tem muita ação, mas os próximos terão.



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Pouco a pouco, os heróis voltavam para a torre de vigia. Aqueles que ficaram se reuniam em torno do teletransporte, esperando os outros. J’onn, Honey e Kira levaram Luthor para a baía médica, enquanto Superman foi ao encontro de Jason. Ele abraçou Jason, verificando se o filho não tinha ferimentos. Alguns arranhões no rosto e braços, apenas superficiais.

─O que houve em Metrópolis, pai?

─Não tenho certeza, Jason. Foi tudo muito confuso.

─Em Central City também foi estranho.

─Isso tá muito esquisito. ─Flash disse.

Jason e Superman se voltaram para o Flash. O velocista tinha metade da fantasia rasgada e parecia tão perdido quanto eles. Mais atrás, estavam Shayera, John e Lily.

─Foi um corte feio, querido. ─Shayera segurava John.

─Tudo bem, mamãe. Eu mesmo cuido disso.

─E eu deixo você fazer seus curativos? ─Ela soou preocupada, ao que John riu. ─De jeito algum! Eu mesma vou cuidar disso.

Lily resmungou.

─Sempre soube que a mamãe gostava mais de você, John!

Shayera não tinha certeza se a menina falava sério, mas ela tinha os braços cruzados e fazia biquinho. Com um sorriso, ela largou John. Então, abraçou e beijou a testa da menina. Lily sorriu com o carinho e desamarrou a cara.

─Ciumenta!

─Fico feliz que tenha acabado por hoje. ─Jason suspirou. ─No momento só quero ir pra casa.

─Ah, eu tenho que passar na casa do papai antes, Jason. ─Lily saiu do abraço de Shayera. ─Minhas roupas estão lá.

─Aonde você vai, pirralha?

─O Jason me chamou pra dormir na casa dele.

Lily e Jason ganharam olhares interessantes. Flash e Superman ficando vermelhos.

─Você não vai, de jeito nenhum! ─Flash se apressou em dizer. ─Sei que vocês são namoradinhos, mas meu coração não agüenta. O papai não agüenta tanta emoção.

Superman agradeceu Flash mentalmente, pois queria dizer o mesmo. Talvez no futuro ele seja um homem um pouco mais liberal, no entanto, naquele momento, não estava preparado para lidar com tais questões.

─O papai do futuro deixa! ─Ela reclamou. ─Eu durmo quase todo fim de semana em Metrópolis.

─Só porque ele sabe que vocês nunca fizeram nada, Kiwi. ─John interviu. ─E a mamãe sempre o convence.

─Ninguém sairá da torre esta noite. ─Batman apareceu, muito sério. ─Ainda precisamos daquela reunião.

─Antes vou cuidar do meu filho.

─Seja breve.

─Vamos nos reunir em trinta minutos. ─Superman deu a palavra final. ─Usem este tempo para se recompor.

*****

─Ai! ─John gemeu. ─Isso dói, mamãe!

Shayera parou e olhou para cima.

─Pensei que meu filho fosse mais forte que isso. ─Retrucou.

─Não é você que foi fatiado há poucos minutos. ─Fez uma pausa. ─Então aquele era o famoso comandante Hro Talak? Não que eu queira me intrometer em suas escolhas pessoais, mas fico feliz que tenha escolhido o papai no fim.

Shayera riu um pouco antes de voltar a trabalhar na ferida dele.

─Eu não considero o Wally uma grande escolha, mas estou surpresa que saibam sobre o Hro.

─Está nos livros de história. ─Disse. ─Toda a coisa da invasão tanagariana, inclusive você.

Ela suspirou e balançou a cabeça.

─Sinto muito. Vocês devem me odiar por isso.

John sabia o quanto aquilo ainda mexia com ela. Quando ele soube da verdade, no início a odiou. Porém seu pai o fez entender o lado de Shayera, e era muito grato por isso. Prometera a si mesmo cuidar de sua mãe, e vinha cumprindo a promessa. Colocou a mão sobre o ombro dela, obrigando-a a olhar para cima.

─Você é a melhor mãe que a gente poderia querer.

─Obrigada. ─Ela sorriu. ─Você é um ótimo filho, John. Você e a Lily. Quase compensa eu ter me casado com o Wally.

John riu. Naquela parte, sua mãe continuava a mesma. Seus pais implicavam um com o outro, e era normal vê-los discutindo, porém havia aquela troca de olhares, os toques propositais e os sorrisos. Comparando sua mãe com a versão mais nova dela, ele pode perceber que os anos ao lado de Wally tornaram-na uma mulher menos séria e mais feliz. Eles se completavam.

─Você diz a mesma coisa todos os dias.

─Ah, eu imagino que sim. ─Ela riu. ─Já acabamos aqui. Você vai ficar bem.

Deu um beijo em seu rosto e saiu logo depois. Martha passou por Shayera quando ela saía da baía médica.

─Oi, tia Shay. ─Ela sorriu.

─Oi, fofa. Se está procurando o John, ele...

─Não, não estou procurando o John.

─Ah, eu pensei que... não importa. Estou indo para a sala de reuniões.

─Também estou indo. ─Disse. ─Eu só tenho que fazer uma coisa antes.

Shayera deu de ombros e deixou a menina. Martha ficou um segundo parada, mas decidiu seguir seu caminho. Ela parou outra vez quando viu John. O ruivo saía da baía médica e deu um meio sorriso sem jeito para ela. Ela retribuiu, porém seus olhos aumentaram quando percebeu o enorme curativo no braço de John. Talvez levou alguns pontos, ela pensou.

─O que houve com você?

Ele deu de ombros.

─Não foi tão ruim quanto parece. A mamãe mesmo verificou.

─Eu sei. A tia Shay não confia nos médicos tanto quanto confia nela mesma.

─A mamãe é super protetora. ─Fez uma pausa. ─Como você está?

Martha deu de ombros. Ela estava tão quebrada quanto ele ou os outros.

─Estou viva. É o que importa.

Os dois se encararam por um instante. Ainda era estranho ter que conversar e fingir que nada aconteceu.

─Me desculpe pelo outro dia. ─John começou. ─Eu sei que...

─Eu entendo, John. Não queria que fosse assim, mas entendo seus motivos. E como você mesmo diz, se for pra ser, algum dia será.

─Não quero que passe a vida toda esperando por mim.

Mas ela balançou a cabeça.

─Acredite, não estou esperando você. ─Sorriu, diante do olhar surpreso do rapaz. ─Digamos que talvez esteja em minha própria caminhada solitária. Amigos?

─Sempre. ─Ele riu. ─Somos piores que nossos pais.

─Muito.

Os dois se abraçaram, sorrindo. Martha fechou os olhos, aspirando o perfume de John, tentando se lembrar do momento. Ela sabia que não se repetiria tão cedo. Aos poucos, eles se afastaram. John deu um meio sorriso, pensando em falar algo mais, porém desistindo. Uma pena. Ele então saiu.

Martha ficou lá, olhando na direção que John seguiu, mas pulou quando uma mão pousou em seu ombro. Ela olhou para trás e sorriu. Batman.

─Estamos atrasados para a reunião que eu mesmo exigi.

─Ah, claro. Eu já ia procurá-lo, pai. Tio J’onn não queria começar a reunião sem o senhor.

─Entendo, eu sou o homem com as respostas.

*****

Quando Batman e Martha chegaram na sala de reuniões, os outros fundadores e seus filhos estavam reunidos. Todos menos Honey. A menina de cabelos azuis preferiu permanecer na baía médica, ao lado de Luthor. Apesar de tudo, ele ainda era seu pai.

Batman ocupou a cadeira que lhe era destinada, e Martha ficou ao seu lado. J’onn trocou um leve aceno com Batman e decidiu iniciar a reunião tão necessária.

─Então, enfrentamos diferentes inimigos passados, vindos de diferentes épocas. ─J’onn começou.

─Sim, mas aquelas coisas não eram reais. ─Kira disse. ─Eram ilusões, como um holograma, ou algo do tipo.

Mas Batman balançou a cabeça.

─Eu não estava na batalha, contudo, tenho quase certeza que aqueles vilões não passavam de marionetes nas mãos do inimigo maior. E, temo, que, tenha alguma culpa no fato.

Todos os presentes se voltaram para Batman.

─Como pode ser sua culpa? ─Era Diana.

─Naquele ataque, ele se comunicou comigo. Para minha sorte, talvez, minha mente não era forte o bastante para suportá-lo. Por isso, desmaiei. No entanto, ele ainda leu minha mente, e conhece nossos inimigos, nosso passado, e todas as informações da minha mente. Eu não entendia no começo, mas quando ficou claro, não tive tempo de avisá-los do que viria. É tudo que eu lembro, embora.

─Isso tudo tá muito confuso. ─Flash resmungou.

─É o que ele quer. Um mundo de confusão e desespero é sua meta. Chegará ao ponto de não diferenciarmos mais o passado do presente e do futuro.

─Então você esteve em sua mente. ─Superman falou, tentando chegar ao ponto principal da conversa. ─O que era aquilo?

─Uma entidade, mais antiga que o próprio tempo.

─O que é mais antigo que o tempo?

─O Caos. ─Ele respondeu.

Diana estremeceu. Ela conhecia as lendas. Caos não era uma simples entidade cósmica. Caos era a entidade primordial. Ele existia muito antes do universo.

─Um deus. ─Todos se voltaram para Diana. ─Caos é um deus...


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Notas finais do capítulo

Caralho, Caos é um deus! Sim, existe um deus chamado Caos na mitologia grega. Ele é um dos deuses primordiais, e eu vou fazer ele aqui como uma entidade cósmica, mas que também pode ficar corpórea. Claro que eu usei de meu livre entender poético para criar um vilão baseado no mito.
Ele vai aparecer logo, logo.
Gratidão!!!



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