A obra de Deus está se desenvolvendo na cidade, e neste novo ano ela ainda se intensificará mais. Minhas férias do trabalho não passarei dormindo, e sim na guerra. Se o mal está a cada ano mais persistente, não aceito ficar para trás. O trabalho nos presídios vai começar, e já nesse primeiro dia a FJ foi convidada para ir com os obreiros. Vamos na Casa de Recolhimento, ao norte da cidade. Heloísa, minha discípula, vem comigo. Ah, e aquele menino que veio de Marazul também vem. Espero que não me arrependa de convencer o pastor a deixá-lo ir conosco, entre os oito jovens firmes que tiveram disposição para ajudar nesse trabalho.

Dentro da Casa há quatro pavilhões e um pátio no meio. Enquanto os pastores e líderes dos obreiros estão num deles passando a palavra da salvação, estou com os jovens em outro apresentando um miniteatro, e em outro estão os evangelistas com um lanchinho. Circulamos até que todos os três grupos passem pelos quatro pavilhões. A maioria dos presos são jovens! Poxa, que revolta! Faço o papel principal no teatro com toda a força, é meu jeito de levar a estes jovens o que eu conheci desde aquele evento no começo do ano passado que mudou minha visão e minha vida. Uns poucos jovens nem se levantam para nos ver, mas a maioria até conversa um pouco conosco, até onde o pessoal da Casa permite.

Voltamos cansados mas muito contentes. A Heloísa vem comigo bem entusiasmada. Reclama um pouco de dor de cabeça, mas, olhando para ela, nem se nota. Menina guerreira, está vencendo os próprios sentimentos. É isso aí, primeiro cuide de você, e depois você poderá cuidar de outra pessoa. Já aquele jovem de Marazul parece mais entusiasmado com a Heloísa do que com o ganho de almas.

De qualquer forma, hoje arrebentou! Agora é colocar toda a força para o Conexão de amanhã, com toda a cidade reunida na sede.