Disintegration escrita por Mozart


Capítulo 9
The Same Deep Water as You


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo é dedicado a honora, que fez uma recomendação incrível! ♥
desculpem a demora, faculdade voltou e eu não consigo mais postar com a frequência que gostaria, infelizmente. anyway, espero que não tenham desistido da história por isso, haha. nos vemos nas notas finais!



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THE SAME DEEP WATER AS YOU

Harry era um instante de calmaria em meio a tempestade, silencioso e quieto como Remus jamais pensou que uma criança tão pequena pudesse ser. Chorava apenas o necessário – quando sentia fome ou dor. No início, Remus teve medo de segurá-lo e acabar quebrando algum osso em meio aquele pequeno corpo, mas com o tempo as mãos tornaram-se hábeis e ele já era capaz de segurar o bebê com tranquilidade enquanto Lily preparava o jantar e James e Sirius contavam velhas histórias rindo morosamente.

— E você lembra quando Peter se engasgou com a rolha do whisky de fogo?! – gargalhou Sirius com sua risada escandalosa.

James acompanhou-o no riso rolando no carpete vermelho.

— Peter, definitivamente, é o que tem as melhooores histórias!

Sirius recuperou-se da crise de riso respirando fundo algumas vezes e soltou um suspiro.

— Ele não tem aparecido muito ultimamente, não é?

James concordou com a cabeça.

— Parece que a mãe dele está com problemas de saúde, eu me ofereci para fazer uma visita, mas ele disse que não era nada grave.

— A gente pode aparecer de surpresa um dia desses – sugeriu Remus falando em um volume baixo para não acordar o bebê adormecido.

Sirius aproximou-se nesse instante, sentou-se ao lado de Remus no sofá de dois lugares e passou o braço pelos ombros do companheiro, a outra mão pousava gentilmente sobre a cabeça do bebê Harry acarinhando-lhe a fronte com cuidado.

— Ele é tão fofo, nem parece que saiu do saco do Pontas – murmurou o Black em um tom estranhamente dócil.

James girou os olhos e Lily apareceu na porta da sala trajando um avental alaranjado como seus próprios cabelos.

— Pare de dizer vulgaridades no ouvido do meu filho – censurou-o com uma expressão sinistra, mas Remus podia ver que ela ria internamente.

Aquela era uma sensação estranha, ter Sirius ao seu lado enquanto segurava um bebê, e todo aquele ambiente aconchegante que encontrava-se apenas nos lares mais felizes. Era como estar em sua própria casa, com seu próprio filho e aqueles dois jovens atrapalhados que geraram aquela criança eram como seus próprios irmãos.

Remus sentia que, apesar da guerra, ali havia um momento de paz.


[...]


I will kiss you, I will kiss you
I will kiss you forever on nights like this
I will kiss you, I will kiss you
And we shall be together

— Você fica pensando em como James e Lily transam agora que Harry existe?

Remus encarou o rapaz deitado a sua frente por alguns segundos, perplexo.

— Por que eu pensaria nisso, Sirius Black?

Sirius riu, e depositou um beijo casto na bochecha de Remus, voltando logo em seguida a alojar a cabeça no travesseiro compartilhado.

— Eu não sei, às vezes eu fico pensando como seria nossa vida com a adição de uma pessoa para cuidar – devaneou, deitado de barriga para cima e com os olhos vidrados no teto.

— Você está mesmo falando sobre ter filhos?

Sirius riu sem jeito, voltou-se na direção de Remus e acariciou seu rosto com gentileza.

— Já imaginou um pirralho sendo uma mistura de mim e você? O quão incrível isso seria?! – murmurou empolgado.

Remus não pôde evitar de sorrir também, dando ouvidos aos loucos devaneios do outro.

— Você sabe que isso é biologicamente impossível, não é?

Sirius deu de ombros fingindo não se importar.

— Podem inventar uma poção que resolva isso, imagina que legal deve ser ficar grávido!

— Meu Deus, Harry comeu seu cérebro enquanto tentava comer seu cabelo!

Sirius sorriu, um sorriso maroto que combinava perfeitamente com seus olhos cinzentos.

— Quando a guerra acabar muitas crianças vão estão órfãs – Sirius proferiu simplesmente, deixando as palavras pousarem no ar.

Remus entendia o que ele estava dizendo, e mal podia acreditar em sua própria audição. Naquele instante sentiu que ele e Sirius nadavam juntos em águas profundas, por um lado parecia aterrorizante, mas por outro… talvez aquilo fosse o que sempre desejou. Talvez o verdadeiro significado daquilo fosse que Sirius estava o inserindo em sua vida, e dessa vez de verdade, e que talvez aquela relação fosse feita para durar muito tempo – e o mais louco de tudo, um tempo tão longo que poderia chegar ao ponto de durar mais que o amor.

Remus não queria pensar no fim do seu amor naquele momento, então aproximou-se de Sirius e o beijou lentamente, envolvendo todo o seu corpo e sentimentos no ato. Sirius retribuiu o beijo por algum tempo, suas mãos passeavam pelas costas de Remus deixando-o sempre o mais próximo possível. De repente ele separou-se do abraço e colocou-se por cima de Remus, sentou-se em sua barriga, prendeu as mãos do outro contra o colchão e o encarou firmemente. Remus sentiu os arrepios descendo por sua espinha e sorriu nervosamente.

— Que tal a gente tentar fazer nossas próprias crianças? – perguntou Sirius com uma ironia típica.

Remus foi obrigado a gargalhar, embora sua mente não parasse de pensar no quanto desejava os lábios de Sirius passeando por todo o seu corpo.

— É uma ótima ideia...

Sirius sorriu, aquele sorriso que fazia o coração de Remus pular ruidosamente em seu peito, e beijou seu pescoço, seu queixo e seus lábios, puxou a camisa azul pela cabeça de Remus e beijou seu peito e seu abdômen lentamente, provocando pequenos espasmos. Arrancou a calça do pijama e a cueca, e distribuiu beijos pelas coxas torneadas e pela virilha, em uma lentidão que não era própria de si, voltou os olhos em chamas na direção de Remus e apenas aquela imagem já era capaz de queimar os neurônios de Moony todos de uma vez.

Por um momento, Remus achou que teria seus desejos saciados facilmente, mas Sirius afastou-se e beijou-lhe os lábios em uma provocação silenciosa. Remus mordeu seu lábio inferior propositalmente e Sirius apenas riu, as mãos percorriam as coxas desnudas e seus órgãos tocavam-se entre um beijo e outro. Remus sentia seu órgão latejar e sabia que Sirius não se esforçaria para aliviá-lo tão cedo, aplicando uma força repentina empurrou-o contra a cama posicionando-se, agora, sobre o namorado, virou-o de costas sem muita dificuldade, Sirius mostrava-se estranhamente dócil naquelas situações.

— Minha vez, né? – indagou com sarcasmo.

Beijou-lhe os ombros e as costas, lentamente, provocando-o da mesma forma que este fizera segundos antes, buscou o lubrificador e aplicou-o na região anal, em seguida inseriu seu membro na cavidade e permaneceu ali, quieto por um instante, o peito colado nas costas de Sirius e as mãos entrelaçadas nas mãos do namorado, ouvindo sua respiração descompassada e permitindo que se acostumasse a tê-lo ali dentro antes de iniciar a movimentação no interior daquele conhecido corpo.

— Quando estiver pronto…

— Pronto.

Remus o beijou, lentamente movimentou o quadril, sincronizando com precisão todos os toques àquele corpo que, de certa forma, submetia-se ao seu espontaneamente. Não conseguia expressar em pensamentos lógicos aquela sensação, mas sabia que era maior e mais forte do que qualquer coisa que tivesse sentido antes. O atrito de sua pele contra a do outro o excitava não só física, mas também mental e emocionalmente. Todo o seu corpo esquentava, seu coração bombeava mais rápido e uma onda de êxtase tomava conta de sua existência. De repente, haviam apenas Remus e Sirius em todo o universo.


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Notas finais do capítulo

eu acho que esse capítulo ficou meio bipolar em alguns pontos, né, mas não consegui ver uma forma de encaixar as coisas melhor, então.............
ah, eu escrevi um lemon no final (uau), achei que não chegaria a escrever algo assim na história, embora tenha mostrado em vários pontos que ambos os personagens são bem pervertidos, porém não consegui pensar em uma forma mais simbólica pra representar que eles 'vivem na mesma água profunda' do que uma cena de sexo. o intuito não era que fosse uma cena excitante, mas que mostrasse o nível de intimidade entre os dois personagens, e espero que tenha dado certo, socorro.
enfim, sintam-se a vontade para deixar suas opiniões aqui embaixo. bjs!



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