Medellín escrita por Sorvete Ed Sheerano


Capítulo 3
Ato 3


Notas iniciais do capítulo

Aaaah desculpa a demora gente, eu fui viajar para o litoral e mal consegui escrever esse capítulo direito porque eu tava meio hipponga demais para escrever cenas tensas e fodas. Enfim, tá aí meu amores... Espero que gostem ♥
Ps: tem os looks da Mari e do Adrien na Polyvore, o meu user é Nekatato, beijos e mais beijos.
Ps 2: Essa da capa é a Phoebe Tonkin, a Marinette dessa fic ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/752174/chapter/3

Se esse sentimento é recíproco?

(Triste por te ver partir)

Eu meio que esperava que você ficasse

(Querida, nós dois sabemos)

Que as noites foram feitas principalmente

Para dizer coisas que não se pode dizer no dia seguinte

Me arrastando de volta para você

Já pensou em ligar quando você tomou umas?

Porque eu sempre penso

Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu para me apaixonar por outra pessoa

Agora pensei bem sobre isso

Me arrastando de volta para você

Então você tem culhões?

Estive pensando se seu coração ainda está aberto

E se estiver, quero saber que horas ele fecha

Se acalme e prepare seus lábios

Sinto muito interromper, é que apenas estou constantemente à beira

De tentar te beijar

Mas não sei se você sente o mesmo que eu sinto

Mas poderíamos ficar juntos se você quisesse

Do I Wanna Know – Arctic Monkeys

 

Quinta feira, 16 de Fevereiro de 2014

5:30 A.M.

Washignton D.C., Estados Unidos

Adrien é o primeiro a despertar.

Todo seu corpo dói pelos esforços de ontem. O rosto está amassado e inchado, os cabelos uma bagunça sem começo, meio ou fim. Na verdade, há um fim: Marinette continua ali.

É como se tivesse sido levado para aquele Natal de 2011 novamente, embolados nos lençóis e os corpos entrelaçados, mas dessa vez ela não fugiu de madrugada.

Sorri sozinho, ela o atacou pedindo socorro, estava à beira de uma crise e ela queria apenas ele.

Levanta-se procurando suas peças de roupa e logo se põe em frente ao computador, lembrando-se da informação que Marinette o deu. Mesmo que ela não mereça sua ajuda ele não se controla, deveria estar tomando seu banho e ir se arrumar, ou dormir até um pouco mais tarde já que os dois foram dormir perto das três da manhã. Procura uma garrafa de água na mochila e um analgésico, os deposita ao lado da cama e retira a cortina que cobre o rosto da menina.

Ela está tão serena. É como se tivesse uma placa de “Não perturbe”, ele sempre gostou de observá-la dormindo, parecia que a velha Mari estava ali ainda e só aparecia na presença dele.

Volta a atenção para o computador já ligado. Veste seus óculos, bagunça mais o cabelo, parece um garoto de sete anos que acabou de acordar e espera ansioso para assistir seus desenhos matutinos. Seus desenhos atingem o teclado com precisão e rapidez, gosta do barulho das teclas e muito mais de tentar achar criminosos por uma mísera digital deixada em um copo de bar.

Está amando o novo emprego. Claro, sente falta dos almoços com os amigos, ir para o barzinho da frente, e, principalmente, de Marinette e sua presença autoritária. Deus, como ele amava essa menina.

— Acordado essa hora? – ele sorri com a voz rouca e sonolenta, se levanta da cadeira e cobre o corpo dela com o seu, escutando sua risada leve.

— Você que dormiu demais, preguiçosa. – beija a ponta de seu nariz e invade sua boca com sua língua.

Marinette passa seus braços pelo pescoço do moço e o abraça. Sentia saudades disso, de estar nos braços dele sem uma expectativa, era como se ele fosse o seu estepe.

“- Eu não acredito que não veio passar o Natal comigo e com o papai! Preferiu ficar aí. Olha Adrien, a minha vontade é de enfiar você nesse forno e te usar como peru! Que não me venha chorando de novo sobre essa vaca que vai te usar e depois te dar um pé na bunda, você está mais iludido do que eu. E que você não ouse me ligar, não ouse aparecer aqui no papai porque eu estou com muita raiva de você, deixa que eu te ligo depois. Tchau!”

— Adrien, para. – move seus braços para os seus ombros tentando sair dali.

— Você não quer que eu pare. – suga sua pele do pescoço e aperta a cintura fina da menina, mas ela está agitada demais para ficar sob seu comando.

— Adrien, me larga! – levanta seu joelho e empurra o peito dele para trás, o jogando ao seu lado. As lágrimas estão vindo junto com uma crise, e é orgulhosa demais para pular novamente na cama e pedir um dia de folga.

— Mari? – ela se senta de costas para ele e procura por suas roupas, o loiro abraça o corpo pequeno dela e a puxa novamente para a cama, não quer machuca-la e muito menos deixa-la ir embora, não nesse estado.

— Eu não quero mais, Adrien. Eu não aguento mais. – fala chorando e ainda se debatendo tentando sair de seu aperto.

— Marinette! – engrossa a voz já desesperado em vê-la desse jeito, é como se fosse o grande urso de pelúcia. – Se você não me falar eu não posso te ajudar! – segura dos dois lados do seu rosto e encontra seus olhos fechados, mas ainda molhados.

Não é como se esse fosse o momento perfeito, já que está além de gostoso com o tempo frio, a chuva calma do lado de fora e o céu ainda escuro. Mas há uma tempestade dentro dela, ainda não houve nenhuma previsão de Sol e os dias serão nublados.

— Eu sou uma vadia, Adrien... – diz se aconchegando novamente na cama e nos braços do loiro, e são maduros o suficiente para excluir a malícia de seu nudismo nesse momento.

— Não fala assim, Ma...

— Eu praticamente exploro todos daquele escritório. Me faço de superior não valorizando o trabalho de vocês sendo que, eu não existo se vocês não estiverem lá me dando as coordenadas. Eu te trato tão mal, nunca perguntei como tinha sido seu dia mesmo sabendo que havia sido uma porra! – fala sem rodeios, ele gosta dela assim: sendo ela. – Renasci com um caso que poderia muito bem ter ficado quieto e liguei a outro com fatos sem muita importância, estou desconfiando do meu próprio chefe e minha família está quebrada! É como se eu ainda vivesse aquela merda daquele dia em que... – ela volta a soluçar se agarrando aos cabelos.

— Tá tudo bem, princesa... Você não é uma vadia, você não desistiu em um só momento, é um mulherão da porra!

—______________________________________________________________________

Quinta feira, 16 de Fevereiro de 2014

5:45 P.M.

Washington D.C., Estados Unidos

— Dupain? Minha sala, agora. – Fu a aborda no bebedouro.

Todos no escritório viram suas cabeças como abutres para a garota que está com roupas simples, sem a extravagância de sempre, vestiu jeans pretas e uma regata de alça grossa da mesma cor, botas timberland e o casaco do uniforme do FBI. Queria passar despercebida, tanto que, assim que chegou, foi direto para sua sala e continuou com suas pesquisas. Agora acompanhou um chá de limão e hortelã com gelo extra.

Jogou o copo descartável no lixo e engoliu a água gelada com um pouco de dificuldade. Não queria ficar ali naquela sala sem monitoramento com o chefe, já desconfiava que isso fosse acontecer depois de ontem e quando ele debochou de seu quadro de suspeitos. Seguiu o velho passos atrás dele, alcançou o celular no bolso do casaco e o desbloqueou com sua digital, há uma mulher de costas fazendo tiro ao alvo como tela de fundo, a mulher é ela.

“Fu me intimou. Estou a caminho da sala dele. Alguma novidade?”

Adrien começou a ajuda-la. Depois da crise que teve ele e levou ao banheiro e tomaram uma ducha quente juntos, ele nunca tirando as mãos de sua cintura e ela se instalou em seu peito, as mãos espalmadas nas costas duras e largas, o cabelo dela grudando no pescoço e, consequentemente, no rosto dele. Conversaram baixinho no banho, como se o chuveiro e os espelhos fossem capazes de ouvirem, mas nunca dá para duvidar da tecnologia americana. Ele passou a ajuda-la conseguindo descobrir se lidavam com uma gangue ou não, e ela estava certa de novo.

“Aproveitando minha folga para trabalhar exclusivamente para você, purrcesa. Acho que mereço um pagamento especial, ;)”

Revirou os olhos, Pra que caralho eu fui inventar dele me ajudar?, pensou.

“Sério?”

“Desculpa...”

Ela sabe que ele não sente não.

“Consegui a localização do núcleo deles. A maioria dos membros ou estão na cadeia ou mortos, e aquela joia que você me falou ontem é tipo que o símbolo deles.”

“Obrigada, Adrien...”

“Vou te buscar hoje.”

Fica indignada com a última mensagem, poderia muito bem manda ele ir à merda e ir para sua casa ficar sozinha, de novo. Mas está cansada de chegar todos os dias e ver a mesma decoração triste de sempre.

— Sente-se, Dupain. – Fu se põe em sua frente e enche dois copos. Absinto. – Servida? – seus olhos puxados e irônicos a fazem querer vomitar, é como se ele soubesse de todos seus pensamentos.

— Não, muito obrigada. – diz levantando a mão direita e arruma a postura na poltrona de couro falso e macia.

— Engraçado. Mas respeito. Sei como é difícil largar essa vida... – levanta o copo e o canto do lábio.

— Mas eu... – ela não é alcóolatra como seu chefe sugere, e isso faz um comichão nascer em suas panturrilhas agitadas querendo ter o poder da palavra, mas não quando se há Fu na sua frente. O tipo de homem robusto e grisalho que muitas mulheres iriam a loucura só por uma noite, é um chinês bonito – o que, em sua opinião, é raridade – de estatura mediana e olhos tão escuros que não se enxerga a pupila.

— Não precisa se explicar, querida. – sorri para ela de modo provocador, os dentes brancos levemente amarelados se alinham perfeitamente e se escondem novamente em seus lábios finos como se nunca tivessem aparecido.

Marinette cruza suas pernas e fecha levemente o zíper do casaco, a sensação é que a sala esfriou e uma ventania a expulsará do escritório impecável em mogno.

— Mas, me diga Marinette: o que era aquilo ontem em sua sala? – se senta na poltrona giratória com quase o dobro do seu tamanho, com o copo ainda em mãos.

— Estava apena recriando alguns casos, senhor. Eu faço sempre que volto de férias já que atualizo as pastas, então refaço todos aqueles casos importantes para ver se não há nenhum erro. – parece que a mentira funciona pelo jeito que ele arruma sua postura e volta a forma rígida de antes, sem mais sorrisos maliciosos e olhares cínicos.

— Ah, bom... Então acho bom, não queria ter que mandar embora a minha melhor agente por meter o nariz onde não é chamada. – diz terminando o seu copo, um último gole. – Dispensada, Dupain.

Ela se levanta o mais rápido possível e sai da sala.

Parece que sufocou lá dentro.

Prende os cabelos em um coque alto e segue para sua sala, está tudo descontraído e alegre na sala de sua equipe na qual ela até prefere ignorar.

— Mon Amour! – o chão se abriu nos seus pés. Se vira lentamente para sua direita e o vê ali, sentado na mesa arrancando risadas de todos.

Plagg?

—___________________________________________________________________

— Mas que porra! – grita jogando as garrafas de Absinto vazias na parede.

— Ela é sempre assim? – sussurra o italiano com um leve sotaque ao loiro, que cruza seus braços e suspira.

— Mari... Marinette, para. – avança e tenta segurar os braços da garota, mas ela o empurra e volta a quebrar suas garrafas e seus vasos de cerâmica.

— Parar? Adrien, todo mundo tá mentindo! Essa merda toda é falsa! O Fu... Deus, como não percebi antes...— as mãos macias agarram seus cabelos e a raiva é estampada em seus olhos.

Poderia ter uma crise se não se controlasse, e esse é o medo dele. Sua sorte é que Plagg está ali para o ajudar a segurá-la caso algo aconteça, é um animal silvestre que está tentando ser sedado e levado de volta ao habitat.

— Fu é um otário. – fala Plagg voltando da cozinha com um pacote de snacks de queijo, isso chama a atenção dos dois mais novos. – O que? Eu não gosto dele.

— Tem algum motivo pelo menos? – Adrien o conhece, trabalhou anos no FBI como detetive e desenvolveram algum tipo de amizade estranha. Plagg foi mandado embora meses depois da chegada de Marinette, Fu não deu uma justificativa plausível depois que ele voltou de uma missão praticamente suicida contra os narcóticos.

— Ele me demitiu. – fala, se senta no sofá e estica as pernas na mesinha de centro.

— Isso não é um argumento plausível! – Mari cutuca as pernas dele, as encolhe e inclina o corpo para frente, o salgadinho fedorento ainda em mãos. Ele olha dentro de seus olhos, azul no azul, e sorri.

— É plausível para mim, lindinha.

A resposta da garota foi cortada pela porta da frente se abrindo e revelando um pequeno grupo. Alya, Myléne, Max, Ivan e Nathalie, essa trabalhava na parte jurídica da organização.

— O que está acontecendo? – Mari se afastou do italiano, os olhos azuis avaliando o lugar como se estivesse em perigo, analisa a área como se estivesse pensando em alguma fuga. A fuga que Adrien já imaginava que faria.

Ele se aproximou dela por trás e pôs suas mãos em seus ombros, receoso.

— Plagg foi mandado embora meses depois da sua chegada. – fala a virando para ele.

— Não sou idiota, disso eu sei! – o interrompe, os braços cruzados e o cenho enrugado.

— Ele foi mandado embora depois de uma missão contra os narcóticos. – continua, ignorando-a. – A mesma missão que você deixou em aberto, depois do ocorrido com os seus amigos. – diminui o tom, para que apenas ela ouvisse.

Ele se afasta dela e se aproxima do italiano ainda largado no sofá, ao lado dele está Alya com um pequeno sorriso ao ver que sua prima terá que ser maleável uma vez na vida.

— Plagg foi parar no hospital um tempo depois de ser demitido, foi espancado e se um guarda local não tivesse aparecido teria sido pior. Mas ele guardou o rosto de um dos bandidos e na fuga, um deles deixou uma joia cair, algo como um anel que o parceiro também usava, e esse anel é o mesmo do roubo que seu pai estava lidando. – diz colocando as mãos na jaqueta da corporação que trabalha.

— E o que isso tem a ver com o fato de vocês estarem aqui? – aponta com o queixo para o grupo em sua frente.

Alya imitou Plagg, jogou suas botas pretas de cano curto na mesinha de centro e passou os braços para trás da cadeira. – Depois que o tio foi morto, a joia nunca mais foi vista, até o dia que ele foi mandado embora. – aponto com a cabeça para o moço do seu lado. – E ele conseguiu pegar a joia que caiu e começou algumas pesquisas que não deram em lugar algum.

— Mas – ele se levanta e deixa o pacote de salgadinhos de queijo fedorento no sofá. – Quando fui receber o pagamento eu reparei em uma pulseira que Fu usava, e ela não era daquelas feitas na praia para o pessoal de Humanas, não! Ao chegar em casa eu consegui desenhar o símbolo, pois, se eu havia visto aquele de uma borboleta aleatória que me levou para o hospital, o de uma tartaruga, que era bem feito e detalhado por sinal, poderia ter alguma coisa a ver.

— No início eu disse para ele desencanar e que estava com tanta raiva de Fu que o achava membro de uma gangue. – disse Adrien encostado no braço do sofá ao lado de Alya. – Mas aí eu vi aquela pulseira de perto e quando eu perguntei para ele onde havia comprado ele desconversou e não saiu do escritório durante o dia inteiro.

— Então eu continuei pesquisando, pesquisando, pesquisando – ele se levanta e gesticula com as mãos, já deixando a menina irritada. – até que, eu não descobri merda nenhuma.

— Paramos de insistir nisso durante um tempo, até que quando eu fui te entregar o relatório do Babysitter eu vi o seu quadro todo montado, e vi também a foto de uma mulher coberta com um anel de borboleta nos dedos e avisei a Alya. – diz Myléne com as mãos segurando o encosto do sofá e os dreds caídos por suas costas.

— Quando você saiu para falar com Fu eu invadi seu escritório e tirei foto daquela sua foto. – fala comendo o que restou daquele salgadinho, sacudindo-o para saber a quantidade. – Mandei para Plagg todo o seu esquema ligando o Babysitter com morte do seu pai, ele avaliou algumas fotos das fichas criminosas e concordou que havia sentido.

— Então se estamos lidando com uma gangue de Narcóticos teremos que transferir, minha área são os assassinos e...

— Aí que você se engana, pequena joaninha. – Plagg aperta seu queixo e ela o afasta com um tapa. – Os Narcóticos são os assassinos.

—________________________________________________________________________

Sexta feira, 17 de Fevereiro de 2014

9:45 P.M.

Washington D.C., Estados Unidos

Marinette se encontrava com roupas que jamais imaginou que vestiria. Vestido vermelho colado em seu corpo que mal cobria suas coxas, saltos pretos altíssimos, os cabelos lisos e negros caíam pelas costas em cascatas se destacando com a maquiagem exageradamente escura. Alya estava ao seu lado não muito diferente, shorts jeans expondo a polpa da bunda, botas brancas cano curto e o salto agulha, cropped em cetim laranja, os cabelos presos em um rabo de cavalo alto e as ondas caíam pelos ombros de pele escura da menina.

Adrien parou o carro ao lado delas, na porta da casa de Marinette.

Marinette abriu a porta do passageiro com certa raiva, tentando puxar suas roupas para baixo, o que, obviamente, não funcionou.

O loiro sorriu de lado, achando graça vê-la desse jeito e não impecável como sempre, pousou a mão em sua coxa e a apertou levemente chamando sua atenção. – Calma, é apenas uma noite... E a propósito você tá linda, vocês duas estão lindas de qualquer jeito. – inclinou sua cabeça para trás e Alya riu, sabendo que ele queria era apenas que fosse ele e Mari no carro.

— Estou me sentindo uma prostituta! – disse sentindo falta do álcool como sua companhia nas sextas de noite. Uma garrafa de Absinto e alguns filmes proibidos faziam sua noite, estava pouco se fodendo, ou muito.

— Exagerada. – disse seguindo caminho até a boate La Papillón.

Plagg estaria os esperando lá com o resto do equipamento, e pelas roupas que as garotas estariam vestidas, cada uma teria que ficar com um rapaz que estaria no cós das calças. Myléne e Ivan ficariam de pronto na van que os esperaria na porta dos fundos da balada, Plagg se juntaria com Alya e cuidariam da ala VIP enquanto Marinette e Adrien estariam juntos no andar debaixo.

O caminho foi ao som de Alex Turner embalando a Audi A7, Yellow Bricks fez o carro chegar na velocidade máxima.

— Chegamos. – ele desce do carro junto com Marinette e Alya. As duas procuram o italiano com o olhar tentando ignorar os nojentos que fazem questão de se esbarrar nelas ou imaginar o corpo nu descaradamente.

Adrien passa a mão pela sua Colt Co2, sabe que está a salvo no cós de sua calça e, por mais maníaco que pareça, sente sua mão coçando de saudade em segurar, mirar, e atirar em algum desgraçado. Guia as duas meninas até Plagg, escuta piadas nojentas, por um momento sente vergonha de sua raça masculina agindo como animais famintos.

— Prontos? – Plagg sorri ao ver o grupo se aproximando, dá dois socos na lateral da van e o casal na frente destrava as duas portas. – Marinette. – joga uma 9mm para ela que passa para Adrien colocar no cós da calça. – Alya. – mostra a Tokarev TT e a guarda junto com M1911. – Daqui a vinte minutos vai ter uma batalha de rap na pista principal, nos encontramos lá. É bem capaz de haver brigas, mas não quero que se distraiam e nem nada, um desses grupos é o dono desse lugar e não mora aqui por questões óbvias. Se desconfiarem de algo não hesitem em seguir, até mesmo atirar. Não desgrudem do celular.

Ele sai em disparada com Alya em seu encalço, os dois parecem um casal de caçadores. Alya anda sensualmente conseguindo chamar a atenção para a armadilha, as pernas se colocando uma na frente da outra, o queixo levantado e um sorriso malicioso nos lábios, ela é como uma raposa.

— Ei... – Adrien segura em seu braço antes de entrarem na boate fedorenta com cheiro de maconha, mijo e sêmen.

Ele abraça sua cintura e encosta sua testa na dela. – Tá tudo bem, Agreste?

Ele não diz nada. Não precisa. Aproxima sua boca da dela e mata a vontade de ter o gosto dela na ponta da sua língua, a encosta na porta da van assim Myléne e nem Ivan conseguiriam fofocar sobre os dois, ainda eram um segredo. Nunca tinham acabado.

Suas mãos apertam seu quadril suavemente, subindo lentamente até o pescoço, ele sempre foi calmo como os dentes de leão da primavera*, a brisa pós-chuva em um campo aberto. Já ela é tempestade, é a ventania que desnuda o dente de leão, é a chuva que destrói o campo aberto.

Eles entram na festa. O cheiro forte de maconha faz a boca dela salivar pelos baseados de sua vida suja e bem aproveitada, já Adrien se sente levemente enjoado e tono pelo cheiro extremamente doce.

— Vamos nos separar! – avisa o italiano apoiando sua mão na costela de Alya, a levando escadas acima. Camarote.

Marinette, já conhecendo aquele lugar como a palma da mão, agarra o punho do loiro o levando para o canto da boate onde vários casais exploram os corpos um do outro em busca de algum tesouro. Ela já esteve ali vários vezes, espremida contra a parede dura e grudenta de sujeira, não são memórias que gostaria de ter, a maior parte das vezes que foi jogada contra a parede era contra sua vontade, mas parecia que o destino brincava em lançar o bruto em sua direção.

— Prefiro ficar aqui. – diz se se encostando à pilastra de madeira.

— Esperar a presa vir até o caçador?

— Vou na filosofia da Viúva Negra. – diz deixando um beijo molhado no canto da boca do loiro.

Se dirige até a pista rebolando em cima dos saltos Louboutin do solado vermelho como o sangue, rebola o traseiro ao som dos Reggaeton. O loiro poderia se perder nos movimentos que ela faz com o quadril, poderia jogá-la no banco de trás do seu carro e rasgar seu vestido curto e colado, poderia fazê-la dele lá mesmo. Coça a nuca e continua com os olhos presos na menina de olhos azuis destacados pela maquiagem escura, sabe que o objetivo está quase sendo alcançado quando um homem se aproxima dela, seu sangue ferve ao ver os dois corpos se esfregando com sensualidade e tesão.

 Um corpo robusto se atreve a chapar as mãos grossas e grandes na cintura de Marinette, os dedos ásperos pelos calos aperta a pele coberta pelo fino pano do vestido. A vontade que ela tem de cotovelar seu estômago e furar o meio da sua testa com sua arma é enorme. Rebola a contra gosto na virilha do homem e põe suas mãos em cima das dele, alisa-as procurando o anel volumoso em forma de uma borboleta, vira seu corpo e esfrega os seios no peito daquele cara, já sentindo nojo de si. 

— Eres nova aqui, bebé? - o espanhol misturado com inglês de última qualidade é como um check em sua lista, procura pelo anel ao alisar suas mãos que se apossam de sua bunda. 

Ela se vira e o sorriso do homem morre, lembra muito bem dela. Uma ninfeta de uma madrugada qualquer que terminou em drogas, sexo, gritos e sangue.

Marinette engole o choro, engole a raiva e o nojo. Ergue uma perna até a cintura do homem e lambe seu pescoço onde há uma tatuagem, agora brilhante com sua saliva.

— Llevame a tu escritorio... — pisca um olho para Adrien, que não muito tardava em acabar com a cena que estava presenciando. 

O homem sorri malicioso e roça seu corpo no dela com violência, afasta com brutalidade as pessoas em sua frente e sobe as escadas de ferro de última qualidade. Os saltos se embolam no carpete, o cara chapa sua boca na dela e invade com sua língua esponjosa e segura as laterais do rosto dela com uma mão formando um biquinho com os lábios cheios projetados para fora. 

— Venga para la fiesta! - sussurra ela, o chamando com o indicador e se jogando no sofá com as pernas abertas. 

— A ella le gusta la gasolina! – Marinette levanta o copo de Vodka e limão acima de sua cabeça e rebola até o chão ao lado da agente Bustier.

Se conheceram em uma missão contra um atirador em um hospital*, Bustier era da Swat e a Cia também havia sido acionada, mandando Marinette para ganhar a experiência essencial.

As duas logo ganharam a confiança uma da outra, a amizade forte virou consequência. Mari perde o equilíbrio e cai de bunda no chão, pagando a calcinha de renda vermelha e o braço pra cima protegendo a bebida de sua queda, Bustier gargalha tentando a ajudar. Os corpos bêbados das duas tombam uma em cima da outra e o cheiro de maconha e heróina está impregnado nas duas. Em suas roupas, suas pernas, seus braços, seus cabelos, suas mãos e suas bocas que se ocupam em explorar uma a outra.

Bustier aperta seu corpo em cima do da menina e deixa seu copo de Absinto cair no chão molhando o cabelo negro da garota de olhos azuis, a ruiva leva suas mãos até os seios médios e esfrega seu corpo no dela.

— Que delícia isso aqui, mi gente. – uma mão bruta e áspera puxa o corpo da ruiva de cima da menina e aperta as curvas do seu corpo. – Ainda mais em dose dupla. – Levanta Marinette com brutalidade.

Bustier se chacoalha, quer se livrar do péssimo pressentimento que está por vir, mas está bêbada demais em Absinto para conseguir se livrar do homem e sair correndo dali com a amiga em seus braços, quer terminar o que começou.

— Venga para la fiesta!”

Antes que ele possa entender ela o prende com suas pernas e rola o corpo por cima do dele, o baque no tapete é surdo e dolorido para as costas do homem que beirava os quarenta quase cinquenta anos. A garota sorri enquanto prende os pés em sua virilha e os punhos acima da cabeça, aumentando a pressão de seus joelhos ao lado de suas coxas. 

— Venga, venga... - cantarola pegando uma fita isolante de sua mesa não muito distante dali, amarra os braços do homem e deixa uma joelhada em seu estômago impedindo que ele vá atrás dela. 

Se levanta calmante, arruma os seios no decote do vestido e os fios escuros do cabelo caído no rosto. 

Caminha até a porta e a abre antes que o grupo chegue até ela. 

— Mas... Você...? - Plagg, que estava em posição de ataque, guarda novamente sua arma no cós da calça e o grupo entra na sala.

— Não foi difícil, têm caras tão carentes que procuram a primeira puta que veem - fecha a porta com um sorriso no rosto - E dessa vez ele não olhou a carteirinha de vacinas dessa puta. - aponta para si mesma e caminha até o homem agonizando no chão pela dor em seu estômago e, provavelmente, suas costas. - Mas então, estão a fim de se juntarem à nossa fiesta? - se abaixa novamente e aperta as bochechas do cara como ele fez com ela, deixando-o com os lábios roxos saltados e o bigode preto, quade branco, pinicando a ponta de seus dedos. 

— Como sabe que é ele? - Alya se pronuncia, sempre fora competitiva e saber que não havia achado o cara a decepciona. 

— Monsieur, Mademoiselle! — empurra o rosto dele para o lado sem nenhuma delicadeza, deixando a borboleta tatuada em seu pescoço a mostra e quase viva. Irá bater as asas logo mais e espalhará seu mal. 

— Cadela! - grita recuperado do colégio e acertando um chute na barriga da menina, a derrubando com facilidade por estar agachada. 

— Olha como fala seu verme - Adrien se monta em cima da barriga dura do homem e tampa sua boca com a mesma fita de seus punhos. - Melhor assim, acha não? - pergunta irônico e ajuda a menina a se levantar. 

— Tá, achamos o nosso Don Juan, — as primas reviram os olhos. - mas como o levaremos para a van? 

— Fechando essa boate, ué. - Marinette sorri e abaixa o vestido em sua altura correta. - Vamos deixá-los no escuro. 

—_____________________________________________

— Ai, inferno! - grita a menina empurrando Ivan pela terceira vez. 

Ele era o único dali com mãe enfermeira e noção de primeiros socorros melhor que os outros. 

— Deixa que eu faço isso. - Adrien liberou o homem com um sorriso leve, se senta na poltrona retalhada e pressiona o algodão com álcool na ferida ainda aberta, a fazendo urrar. 

— Caralho Adrien! Vai pra porra, se se aproximar de mim com essa merda de novo eu arranco a merda do seu olho na merda da pinça! - entorna mais um gole de seu Absinto e se deita novamente da mesa, agora agarrada a barriga. 

— Vai pra porra você, teimosa do caralho! Quantas vezes temos que falar que em briga de gangue a gente não se mete?! - retruca irritado, agarrando a bebida de sua mão. 

Estão agora só os dois no quarto dela, o resto espera ansioso no porão pelo homem tatuado acordar do soco na garganta recebido por Alya. 

— Eles tinham visto o Ramón "não sei o quê", um ainda veio tirar satisfação. Foi apenas um tiro no ombro para ele ficar quieto, não sabia que tinha mais gente. - diz rindo e deixando Adrien cuidar do ferimento em sua barriga.

— Mesmo assim, sua burra! - ela sabia que não adiantava retrucar, ele estava certo. Sempre estivera. 

O silêncio que cobre os dois não é confortante e muito menos incômodo, é estranho como os dois.  O "tic" do relógio escuro encontra o "tac" assim que Adrien termina a última sutura perto do osso do quadril dela, a cicatriz não seria feia e nem bonita, o conjunto de contrastes dos dois os abraça quando ele coloca o último esparadrapo em cima da gaze. São Yin Yang. 

— Desculpa... - ela sussurra retomando consciência do perigo de hoje, é como se tivesse um filme em sua cabeça. 

— Você podia ter morrido. Poderia estar fodidamente morta agora, como eu ficaria? Como ficaria Alya? Tikki? Como ficaria o seu sobrinho, sua louca? Tá na hora de pensar um pouco mais nos outros, desmiolada*

Ele se senta na cama em sua frente, se recusa a olhar para ela. Está cheio de medo, quase perdeu a mulher da sua vida hoje e não saberia como ficaria sem a marrenta, bêbada e drogada viciada em sexo, em sua vida.

— Adrien... – ela procura sua mão e ele a aperta, as unhas compridas machucam a sua mão.

— Eu achei que iria te perder, sua louca! – ele encosta sua testa na dela e suspira com o cheiro do Absinto e sangue em sua boca.

— Você não terá o prazer de se livrar de mim tão cedo, Agreste.

—_______________________________________________________________________

Sábado, 4 de Novembro de 2010

3:50 A.M

Washington D.C., Estados Unidos

— Para, para, por favor!

— Você é gostosa demais! – o homem aperta a bunda da ruiva com força e morde o seu pescoço com força.

A escorpiana com ascendente em peixes está desacordada. O canto da parede é o seu alento e o filete de saliva saindo de sua boca a sua canção. Os saltos quebrados descansam ao lado de sua cabeça e o vestido circula sua cintura extremamente fina pelas longas tardes abraçada ao vaso sanitário e um cabo de escova de cabelo em mãos.

— Delicia... – rasga o vestido tomara que caia azul claro e afasta a calcinha bege de elástico.

A ruiva está chapada demais para lutar, o rosto do homem já tem marcas avermelhadas pelas unhas compridas de Marinette antes de ser jogada na parede cheia de quadros, deixará uma bela cicatriz.

O peito peludo do homem roça dos seios desnudos da menina, os bicos rosados se contorcem em dor pela invasão. Os portugueses sentiriam inveja por não serem os primeiros.

Éres muy hermosa... — ele sussurra.

Retira o membro duro da cueca. A agente quer berrar, quer espernear e enfiar uma bala na boca do homem, agora ocupada em seu pescoço.

— Gostosa demais. – aperta o seu corpo, ela remexe embaixo do seu corpo, as lágrimas despencam silenciosas pelo seu rosto vermelho. As pernas são erguidas. Ele já está dentro.

Geme alto, estoca freneticamente e despenca na boca da ruiva. A boca molhada dela solta soluços sôfregos, a sensação de que um homem está a invadindo é dramático. É viscoso e corre em seu corpo como ouro derretido.

As mãos calejadas chegam em seu pescoço e o aperta. Precisa acabar com as evidências.

Bustier grita mudo, as mãos ganham vida e alisam os braços peludos até reforçar as feridas feitas pela sua amada. O sentimento de não poder sair inteira daquela boate e continuar a história de amor das duas é horrível, amou a mestiça assim que a viu com o uniforme social da Cia, se equilibrando nos saltos finos e empunhando a calibre 38. Se deliciou com a cena da garota de olhos azuis sensuais e cabelo esvoaçante ondulado mirar, armar o cão* e atirar. Ela ama sua melhor amiga.

Sente seu rosto ficando roxo e o ar faltando, o seu interior lateja pelo atrito, o sangue escorre por suas coxas.

— Mari...

—____________________________________________________________________

Sexta feira, 17 de Fevereiro de 2014

1:25 A.M.

Washington D.C., Estados Unidos

— Mari? - escuta uma voz me chamando de longe.

Parece que voltou no dia do seu aniversário há quatro anos, seu corpo se anestesiou como se estivesse naquela parede ainda escutando o choro dela. Reviver o estupro da mulher que amou e depois ser violada conseguiu fugir depois que ganhou força e o jogou do chão, socando sua cabeça no chão e correndo para fora daquele lugar. Parece que sabendo que aquele cara, que é da tal gangue Le Papillon, está em seu porão a dá o sentimento de falsa prepotência, ao mesmo tempo que tem o poder de afundar uma faca no seu pescoço ela têm grandes chances de travar e se trancar no quarto com duas garrafas de Absinto e algum filme pornô para sair dessa realidade de merda.

— Marinette? – seu corpo é chacoalhado

— Oi... – olha para cima e vê duas esmeraldas a encarando, suas mãos estão em seus ombros.

— Você desligou, tá tudo bem? – desce as escadas e, de costas para ele, seca as lágrimas.

— Aham, tá tudo certo!

Em cima dos saltos com os pés latejando vai até a porta de madeira branca, consigue escutar dali a risada de Plagg, desce os pequenos degraus e vê o corpo de Ramón amarrado em uma cadeira de cozinha.

— Ora, que cena mais linda isso aqui! – diz ao para na frente do homem, o rosto sem expressão e um sorriso estranho no rosto.

A sala para. Adrien se encontra perto da porta, atento a qualquer fraqueza dela.

— Está se divertindo? – pergunta com a voz rouca pelo cigarro.

Ela abre o sorriso. Apoia a mão atrás de seu ombro e aproxima o rosto do dele.

 – Você não imagina o quanto... — sem desviar os olhos ela agarra uma chave inglesa na mesa de madeira surrada ao lado da cadeira. – Venga para la fiesta! – sussurra, relembrando a frase daquela fatídica noite. Ele arregala os olhos ao vê-la se afastando, joga o braço para trás e bate em seu rosto ao fazer um meio círculo cortando o ar.

— Dupain! – Plagg avança e é impedido por Alya, ela sabe que foi aquele cara que destruiu com a vida fodida da prima. Ele merece.

— Sua vaca! – ele berra, cuspindo o sangue e metade de um dente quebrado.

— Venga! – grita afundando o objeto no outro lado do seu rosto, socando perto do nariz e detonando o homem, igual ele fez com sua vida.

— Adrien! – Plagg chama a atenção do amigo e aponta para a garota descontrolada.

— Mari... My Lady, para! – segura em sua cintura a afastando do corpo ensanguentado no homem.

— Me solta! Sai! – ela esperneia e bate com a chave inglesa no supercílio do loiro.

Ele a larga e geme, agarrando o rosto. Recua alguns passos e firma a visão embaçada na mestiça cega pela raiva, ela se firma nos saltos arrumando o objeto de ferro, agora vermelho, em mãos tentando avançar em Ramón já desacordado. O loiro corre e arranca o objeto da mão dela, a imobiliza passando os braços fortes sobre o pescoço dela e a arrastando para fora do porão.

— Me larga... Me larga... – as lágrimas caem junto com os soluços, ainda se debate. Não com tanta força, se curva para frente e os braços dele se afrouxam, descem até a cintura dela e a abraça.

Tá tudo bem... Eu tô aqui com você, sempre.— Adrien vira o corpo dela, encosta sua testa na dela.

— Foi ele, Adrien. É ele! – prende seus dedos molhados do sangue na blusa verde clara dele.

O loiro franze o cenho. – Ele?

Antes que ela abra a boca Plagg aparece ofegante e um filete de sangue desce pela boca carnuda do moço. A menina se põe em frente ao loiro, passa o punho embaixo do nariz escorrendo e funga, Plagg parece fora de órbita e tem medo de avisar o casal depois de ter acompanhado de camarote a crise da garota.

 - Fala logo, porra! – Marinette se afasta para procurar algum cigarro na sua bolsa jogada perto da escada, já está preparando alguma resposta caso Adrien decida dar uma de certinho demais.

— Ramón... – diz se encostando nas costas da poltrona de tecido marrom da sala de tons pastéis e mogno.

— O que tem esse merda? – retira o primeiro cigarro saborizado de menta e acende o isqueiro. Coloca o cilindro nos lábios secos e dá a primeira tragada, a nicotina invadindo seus pulmões e o frescor da planta nos lábios.

— Ele... Ele fugiu. – disse atraindo o olhar azul da garota, o loiro dá as costas e abre a primeira garrafa de Whiskey que vê jogado na sala, desce queimando sua garganta.

— Co-como assim? – Marinette solta uma risada irônica e segura o cigarro entre os dedos, encarando o italiano com uma cara nada boa.

— Ele me socou e fugiu pela janela do porão...

— Eu sei idiota! Eu quero saber como ele passou por quatro pessoas, seu porra! – ela dá uma longa tragada e grita soltando a fumaça na cara dele.

— Ivan está desacordado no porão. – ele abaixa a cabeça, segura a respiração evitando aspirar aquele cheiro horrível.

— Como, Plagg? – Adrien grita, pela primeira vez, fazendo a garota se encolher por um minuto. Nunca ouviu o loiro aumentar um decibel em sua voz.

— Myléne e Alya.

 

—______________________________________________________

Desmiolada* - referência aos Jogos Vorazes, apelido dado por Johanna à Katniss depois que a mesma foi intitulada como "mentalmente desequilibrada"

Armar o cão* - preparo anterior a puxar o gatilho de certos revólveres


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

♥ Comentem, Favoritem, Recomendem ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Medellín" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.