Era mais um dia como qualquer outro. Pela enésima vez Júpiter, Mercúrio, Marte e Vênus estavam tentando encontrar a princesa Serenity. Já sabiam que ela havia fugido para Terra e iria ver Endymion novamente. A tempos desciam até lá atrás dela e recentemente aquilo vinha incomodando.

Na Terra não havia apenas o príncipe, mas também seus generais! Kunzite, Jedite, Nephrite e Zoisite. Os quatro eram de tirar o folego e assim como elas protegiam o herdeiro do astro. Uma em particular vinha se incomodando bastante com essas aventuras: Júpiter.

Sua sorte com relacionamentos em nada agradava e a sensação diferenciada que o general de uniforme contornado com vermelho lhe trazia era estranhamente e irritantemente incomoda.

Este era Nephrite! Sério e focado em suas funções, o cavaleiro era lindo em sua pele morena, cabelos longos e olhos vibrantes. Ele era o cavaleiro da inteligência e conforto e um dos primeiros que notava a chegada delas para buscar Serenity – já que desciam perto de sua área de treinos.

De todas as sailors, uma lhe chamava mais a atenção. E esta era a sailor de verde com brincos de rosa. Uma mulher forte, alta e independente que por fora parecia firme sempre. Pelo que sabia esta era a Sailor Júpiter e seu poder era de invocar raios e trovões.

Eles apenas haviam conversado algumas poucas vezes quando precisavam buscar Serenity e uma vez tiveram uma mais longa conversa quando as quatro desceram a Terra pela primeira vez – neste dia em particular não foi apenas a beleza do planeta que chamou a atenção das habitantes da Lua, mas também daqueles quatro homens que as vieram receber.

E lá estavam elas de novo. Os generais já não se surpreendiam em vê-las por ali e indicavam na mesma hora onde Serenity estava – quando juntos, Endymion negligenciava algumas obrigações e podia dar trabalho também.

Mas naquele dia os dois driblaram seus responsáveis. Entrando na brincadeira de Serenity e querendo lhe mostrar a beleza do lugar refletido sobre a luz da lua, Endymion e ela se esconderam pelo Reino Dourado. Nenhum dos oitos conseguiu acha-los pela manhã.

Divididos nas duplas: Vênus e Kunzite, Mercúrio e Zoisite, Marte e Jedite e Júpiter e Nephrite; eles tentaram encontra-los de todas as formas – chegaram até a perguntar para Helios. Sem resultados! Ou talvez não.... Os quatro generais estavam sozinhos com as sailors guardiãs! Aquilo era uma ótima oportunidade! E Nephrite a acatou!

— Júpiter, como vocês fazem para ir e vir da Lua para Terra tantas vezes? – Nephrite tentou puxar uma conversa que fez Makoto corar um pouco.

— Nós invocamos nossos cristais sailor para nos trazer geralmente; ou contamos com a ajuda da Luna e do Artemis ou da Rainha Serenity mesmo. – ela respondeu vendo que Nephrite lhe dava total atenção – É mais raro pedirmos a Rainha porque ela fica preocupada com a princesa. – ela terminou.

— Quanto trabalho! Vocês realmente têm fôlego! A Princesa Serenity vem até aqui bastante. – ele tentou continuar a conversa e viu Júpiter parar.

— Nós temos nomes certo? – ela parecia um pouco nervosa – O meu é Makoto e sou a Sailor Júpiter. E você? Já viemos aqui várias vezes e nunca nos apresentamos! – ela terminou.

— Eu sou Nephrite, o general da inteligência e conforto. – ele apresentou-se – É um prazer conhece-la Makoto. – ele terminou e viu ela ficar vermelha imediatamente.

— O prazer é todo meu Nephrite. – ela respondeu corada e desviando o olhar um pouco – Vamos! Temos que achá-los. – ela saiu puxando ele e envergonhada. Nunca alguém chamar seu nome lhe fez aquilo e, por desviar os olhos, ela não viu que Nephrite havia ficado igual.

Os dois foram buscando sem resultados e no silêncio que para ambos era preenchido pelas batidas aceleradas de seus corações por estarem próximos. Separados pelos quatro cantos do Reino, eles pararam a noite quando as Sailors viram a Lua alta e brilhante no céu. Uma magnífica visão!

— A Lua! Nossa! Que visão maravilhosa! – Makoto estava surpresa e maravilhada com aquela visão espetacular que as pessoas da Terra tinham do astro. Sua distração foi preenchida pelo suto e aconchego de um abraço por trás.

— Realmente. É uma perfeita visão. – Nephrite a abraçou e a aconchegou em si.

Aquele calor e aquele carinho estavam ótimos! Mas ambos sabiam que uma antiga tradição dizia que as pessoas da Terra e da Lua não podiam ficar juntas. O encontro de suas faces disse facilmente que ambos estavam pensando naquilo naquele momento.

Os olhos tristes e a expressão pensativa de Makoto encontrou os olhos sérios de Nephrite! O coração dela ia em turbilhão e ela agiu sem pensar! Agiu com o coração! Abraçou Nephrite pelo pescoço e lhe deu um beijo!

Aquilo estava fantástico e ele a correspondeu. Não importava aquela antiga tradição boba. Estar com aquele sentimento era a melhor coisa do mundo! Um sentimento mais forte que um trovão, o sentimento de amar.