Aquele susto foi belíssimo e Kiki instintivamente colocou as mãos sobre a barriga olhando vermelha para Mitsuhide. Ele estava muito feliz e não sabia o que fazer com aquele sentimento que lhe fervia as veias. Mas sabia o que fazer com Kiki. Ele a acolheu em um abraço e a beijou apaixonado e feliz. Os dois seriam pais!

A notícia correu o castelo e o reino inteiro de Clarines chegando ao conhecimento de Shirayuki e Ryu, a família de Kiki e de suas majestades Haruto, Izana e Hak. Mas o grande ápice foi a felicidade de Zen e Obi com a informação.

Quando ambos voltaram da parte médica estavam carregando uma dispensa de atividades para Kiki e algumas orientações de cuidado que Garak passou. A preocupação de Zen e Obi foi embora na hora em que a notícia os alcançou.

— Kiki! Então está tudo bem? – Zen sempre se preocuparia com eles tanto quanto se preocupavam com ele.

— Está mais do que bem! – Mitsuhide sorriu abraçando Kiki – Quer contar? – ele perguntou para ela e recebeu uma confirmação de que sim.

— Zen e Obi, eu e Mitsuhide vamos ser pais. – ela disse feliz e um pouco vermelha se aconchegando no abraço de Mitsuhide.

A informação foi direta e maravilhosa! A surpresa de Zen e Obi foi trocada por uma grande comemoração, vários abraços e gratificações.

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O dia estava próximo! E Mitsuhide Kiki enfrentaram aqueles quase nove meses com bravura! Ela aguentou as dores, chutes e enjoos firme; e ele as noites de insônia e a busca pelas mais variadas comidas que ela pedia com vontade. Tudo para esperar mais uma semana pelo bebê.

Apenas na hora saberiam se seria menino ou menina e arrumaram um dos quartos da área leste do castelo para a criança ficar com eles. Nesses meses os dois não abandonaram seu trabalho. Kiki apenas fazia menos tarefas e ficava fora dos treinos enquanto Mitsuhide dividia com Obi a parte de Kiki e contava com ele para ajudar a vigiar Zen quando tinha que correr até ela. Os dois haviam prometido que manteriam sua lealdade e eficiência nas funções de assistir e proteger Zen – não importasse o motivo.

Além do que, Kiki não era de vidro. Mesmo grávida e afastada de suas tarefas ela não se abatia ou descuidava e tinha toda ajuda inimaginável para si – fosse seu pai, Mitsuhide, Obi, Hisame ou o atendente daquela ala que estivesse com ela.

Ambos ansiosos para o grande dia e precisando se acalmar, o casal foi dormir cedo. E acordou o castelo inteiro cedo! Eram duas horas da manhã quando Mitsuhide levantou da cama achando que tinha suado demais pelo calor – já que sentia humidade no colchão. Kiki parecia não se incomodar e continuava dormindo. Mas Mitsuhide viu que o molhado estava vindo do lado dela da cama e imediatamente se lembrou do que Garak disse.

— Kiki acorda. – ele acendeu as luzes enquanto arrumava a bolsinha do bebê e de Kiki e a chamava – Vamos! – ele chamou de novo.

— Calma, o que foi? – ela perguntou sonolenta e sentindo um pouco de dor ao tentar levantar.

— Acho que o bebê vai nascer! Tira o cobertor. – ele disse enquanto ela na hora retirava as cobertas. E lá estava! Era ela mesmo e o filho deles vindo aí.

Ela se surpreendeu e se assustou por não ter notado. A dor que sentia ao tentar ficar de pé a incomodava e Mitsuhide ajeitou tudo! Colocou a bolsa em um braço pendurada e levantou Kiki com os dois a levando para fora e chamando o assistente a gritos.

Os gritos acordaram todos e o atendente disparou para área médica requisitar os responsáveis pelo parto de Kiki. Ela jurava que Mitsuhide não aguentaria ver aquilo mesmo querendo ele perto dela na hora; mas estava enganada. Ele segurou firme e ficou com ela.

O tempo de espera e sua concentração apenas em Kiki foram compensados quando choros preencheram o quarto. Era uma menina delicada com as feições de Kiki e os olhos de Mitsuhide. Os dois se aconchegaram com a pequena que recebeu o nome de Aria e todos os olhares e mimos dos presentes que a viam e cumprimentava o casal.

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Aria foi tudo para Mitsuhide e Kiki.

Foi as noites mau dormidas e as dores nas costas por pegarem no sono na cadeira ou sofá com ela; foi a alegria que cada sorriso, gesto ou brincadeira trazia; foi a dor de cabeça com toda energia que tinha para gastar e uma curiosidade sem limites; foi a surpresa e espanto quando descobriram que ela gostava de ler e este era o jeito mais fácil de faze-la se comportar; e foi a preocupação quando se machucava em suas perigosas aventuras ou pegava um resfriado.

Ela foi realmente tudo! Mas acima de qualquer cosa ela foi o orgulho deles. A menina eventualmente cresceu e elevou o amor da família ao máximo! Era experta como Kiki, observadora como Mitsuhide e educada, hábil para lutar e linda como ambos.

Atualmente com seus 11 anos, Aria tinha olhos escuros, pele clara, o contorno do rosto como de Kiki e um cabelo liso de um tom extremamente claro de verde – parecia até que haviam misturado as cores dos cabelos dos pais para ela.

Aria também era muito querida. Sempre educada e raramente demonstrando seus nervos – algo raro até demais – a menina se dava muito bem com Zen, Shirayuki, Ryu, Garak, Hak, Obi, seu avô.... Qualquer um!

A menina até fez Izana sorrir uma vez que se perdeu brincando na sala do trono do castelo de Wistal. Ele, Haruto, Hak e Zen estavam revendo documentos quando ela apareceu brincando. Izana realmente achava graça na criança e foi ele que a escoltou para fora onde Obi já estava a sua espera – nem eles eram páreo para ela.

No dia em que o casal comemoraria seus 13 anos de casamento, eles decidiram tirar uma foto especial de família. E lá estavam eles abraçados e felizes com uma menina feliz e meiga entre ambos curtindo cada momento.