Império escrita por Miranda Homer, Melissa Homer


Capítulo 22
Encontros & Beijos


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui é as irmãs Homer!
Boa Leitura!



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Leo conversava tranquilamente com os gêmeos Stolls e com o Jackson, sobre o que fariam na noite, combinando de saírem todos os meninos juntos, mas isso acabou ao ver Reyna chegar marrenta e com a cara fechada, vindo em sua direção.

— É com você mesmo, Valdez...- Percy murmurou se afastando de leve, dando espaço para menina passar.

Reyna passou ao lado deles, parando de frente para o latino com os braços cruzados.

— Eu, você, hoje, no restaurante que a gente se encontrou na última vez, as oito...- ela rolou os olhos, se obrigando a dar um sorriso fofo – e se você não for, eu acabo com sua vida!

A Arellano se virou e não o deixou falar nada, apenas saiu marchando pelo mesmo lugar que entrou, fazendo Leo ficar totalmente confuso e atordoado com o que havia acabado de acontecer.

— Então eu tenho um encontro, é isso mesmo? – ele murmurou.

— Reyna está maluca? Ou foi impressão minha de ter ouvido ela chamar o Leo para um encontro? – Annabeth apoiou os braços no balcão atrás do latino, que se virou lentamente.

— Eu não faço ideia – o Valdez negou – eu só sei que se não for sinto que vou morrer, então se eu não chegar aqui amanhã, já sabem o porquê, ok?

— Restaurante que vocês se encontraram da última vez? Leo o que é isso? Está com a dona bravinha ali e nem falou para os amigos? – Connor negou em reprovação.

— Ah tá, vai nessa! – retrucou o referido, rolando os olhos – a gente se esbarrou em um restaurante e eu descobri que moro perto dela, o que pode ser bem perigoso. Já pensaram se dá a louca naquela menina e ela joga uma bomba no meu prédio e sai correndo para não ser pega?

— É claro que ela faria isso, quem nunca? – Travis negou em reprovação, imaginando aquela coisinha fofa jogando uma bomba no amigo.

— Eu não duvido! – o latino suspirou – enfim, agora eu vou ter que cancelar o compromisso que nós estávamos marcando, o que acham de deixar para outro dia?

— É né, eu não imagino você levando ela para a bebedeira dos garotos, seria uma tragédia – Percy murmurou, ignorando a presença de sua noiva.

— Ah, ela aguenta bem! Melhor que a Rachel, aquela menina é um desastre com bebida – Annabeth negou em reprovação, lembrando-se da garota bêbada depois de alguns copos.

— Eu não acho que ela vá gostar de ver strippers dançando...- Travis comentou com a naturalidade de alguém que pergunta que horas são em um almoço de domingo.

— Nem o Percy – a loira retrucou, cruzando os braços embaixo dos seios e fechando a cara, olhando para seu noivo acusatória.

— Em minha defesa, para mim era só um jogo de futebol e um barzinho, não tinha strippers nenhuma! – o moreno de olhos verde-mar levantou os braços em sinal de rendição.

Uhum, sei, Perseu! – Annabeth desencostou do balcão, saindo dali.

— Annabeth! – Percy a chamou, negando em reprovação enquanto ia atrás da noiva, torcendo que não passasse de uma brincadeira da sua parte.

***

— Você tem noção do quanto estou sofrendo aqui? – Reyna resmungou no telefone, vendo sua chefe rir do outro lado da linha.

— Bom, eu falei para você conversar com ele, você que foi maluca e chamou ele para um encontro, era só encurralar no banheiro e pronto, obtinha a resposta.

— Por que eu entraria no banheiro masculino? – a menina franziu o cenho confusa.

— A pergunta aqui é por que você não entraria?

— Thalia! – Reyna repreendeu, negando em reprovação.

— O que? Estou falando a verdade!

— Eu vou desligar, acho que ele chegou, me deseje boa sorte!

— Boa sorte e que vocês não se empolguem demais, porque sabe como é né, vai saber se você não deixa de ser pura?

— Eu vou fingir que você não insinuou que eu e ele vamos...bom, tchau Thalia! – a garota deu fim a ligação, colocando na mesa assim que viu o latino se aproximar e sorrir minimamente, se sentando a sua frente.

— Olá? – ele murmurou meio constrangido.

— Oi, o que quer comer? – Reyna questionou, apoiando o cotovelo na mesa e o observando.

— Estou bem também, e você? – Leo retrucou, arqueando a sobrancelha.

— Estou bem e com fome, anda, o que vai querer?

— Sua chatice me impressiona, não vou negar – ele rolou os olhos, pegando o cardápio e comprimindo os lábios, até que sentiu sua canela arder e arregalou os olhos, olhando para a menina acusador.

— Opa, meu pé escorregou – ela sorriu fofa, porém sabia que era culpada pelo chute que havia dado nele.

— Por que isso? – o latino questionou, encarando-a.

— Isso o que? O chute que eu não dei por querer?

— Isso tudo – ele mostrou a mesa, fazendo-a entender que era sobre o encontro que ela havia planejado para os dois.

— Ah, sim, é que nós trabalhamos juntos e o fato de não nos darmos bem pode ser que tenha começado a me incomodar – Reyna abaixou a cabeça, sentindo suas bochechas queimarem quase de imediato.

— Começou bem com um belo chute.

— Eu sei, meu salto é bem bonito mesmo!

— Olha, ela sabe fazer os outros darem risada – Leo riu, vendo-a assentir de leve e enrubescer mais ainda.

— Enfim, o que vai pedir? Eu realmente estou com fome, não comi nada o dia inteiro!

— Por que você já não pediu para você, garota? Vai morrer aí!

— Por que eu estava esperando você? – ela retrucou, rolando os olhos.

— Tá, o que acha do prato quatro? – ele colocou o cardápio na mesa.

— Eu não gosto dos números pares.

— Eu não gosto dos impares.

Os dois se encararam durante um tempo, com os olhos semicerrados.

— O que você acha de você pedir o quatro e eu o cinco? – Reyna arqueou a sobrancelha, sugerindo, vendo-o assentir e sorrindo de leve com a vitória de não ter saído nos tapas com ele.

— O que quer tomar? Prefere algo normal ou um vinho?

— O que acha do Viña Ventisquero? – a Arellano sugeriu e ele assentiu com um mínimo sorriso, pedindo para que o garçom trouxesse.

— Então, agora poderia me dizer o que você quer? – ele apoiou os braços na mesa, endireitando sua postura.

— Eu já disse.

— Você não sabe mentir muito bem, sabia?

Eu não acredito que vou fazer isso, Reyna pensou consigo mesma, sentindo suas bochechas voltarem a queimar, sabendo que estava vermelha.

— Digamos que o beijo que você me deu outro dia tenha chamado a minha atenção.

Leo analisou sua reação, sabendo que agora não era mentira, sentindo como se um tapa houvesse atingindo sua bochecha.

— Ah..., ta.

A morena comprimiu os lábios e assentiu consigo mesma, ficando quieta até que o vinho fosse colocado a sua frente, fazendo-a voltar para terra e mirar a garrafa, que o garçom começou a despejar em sua taça.

— Obrigada – agradeceu com um sorriso, pegando a taça e erguendo de leve, como um brinde, assim como ele, molhando os lábios.

Só para avisar, Thalia, você vai me dar um aumento! – Reyna.

Eu fui obrigada a falar que gostei do beijo dele e ele cagou para mim, uhuul! – Reyna.

Thalia pegou o celular, começando a rir da menina, tendo que segurar no balcão para não ir ao chão.

Você falou isso, menina? – Thalia.

LOL – Thalia.

Pois é, culpa sua! – Reyna.

— Então, você vai ficar no celular ou...? – Leo murmurou incomodado. Ela arregalou os olhos e bloqueou o celular, colocando de lado e sorrindo minimamente.

— Desculpa! – ela pediu – mas então, a empresa está meio agitada esses últimos meses, né?

— Sim, desde que a Thalia assumiu as coisas estão bem mais divertidas de fazer e tem mais treta – Leo assentiu em concordância, tomando mais um pouco do vinho.

— E sobre aquele dia que a D’Fienne chegou lá toda louca? – Reyna ativou seu sensor analisador, começando a prestar atenção em tudo que ele fazia, qualquer reação suspeita geraria a conclusão que ele era sim o espião.

— Aquela menina é louca, além de ser ridícula também em arrumar treta onde está calmo! – o Valdez negou em reprovação, notando que o garçom trazia os pratos dos dois.

— Vocês se conhecem? – Reyna questionou depois do garçom se retirar, começando a comer devagar.

— Não – o latino franziu o cenho, estranhando a pergunta – não mais do que você, eu só sei das notícias. Isso tem a ver com ela ter me cantando?

— Não – a garota respondeu depois de hesitar por alguns segundos, dando de ombros e voltando a tomar o vinho – só puxando assunto, para não ficarmos naquele silêncio constrangedor.

— Você gosta de animais? – ele questionou.

— Sim, tenho dois cachorros e um cavalo, também alguns porcos e patos...

Leo arregalou os olhos.

— Mas você não mora em um apartamento?

— Ah sim, eu tenho uma fazenda, você deveria ir lá um dia desses – ela convidou, porém se xingou mentalmente depois de perceber o que fez.

— Pode ser – ele deu de ombros levemente, mantendo um sorriso – eu tenho um gato.

— Fofo – concluiu, pegando a garrafa de vinho e colocando mais um pouco para si.

— O nome dele é Festus e tipo, ele tem uma pelagem maravilhosa, parece um pequeno tigre – o Valdez lembrou-se das trapalhadas de seu pequeno quando era filhote.

— Então, eu tenho dois Dobermanns, um é o Aurum, que tem uma pelagem mel e o outro Argentum, que é tão branco que se bate o sol a gente fica cego!

— Algum dia quero conhecer eles – Leo sorriu de canto, pegando mais um pouco de vinho.

— Acho que você não vai querer...- a morena negou em reprovação, rindo.

— Por que não iria?

— Digamos que se eu saio para passear com os dois, todo mundo passa do outro lado da calçada porque tem medo dos meus bebês!

— Eu gosto de me arriscar!

— Então tá, se eles atacarem você eu não vou ligar.

Até o final do jantar, várias taças de vinho foram tomadas, tanto que Reyna não conseguia andar reto na rua, então sempre esbarrava em Leo, que havia se oferecido para leva-la para casa, já que a garota morava perto e tinha vindo a pé.

A Arellano ria de qualquer coisa a sua frente, mas estava estável o suficiente para raciocinar muitas coisas, então ela sabia que não deveria ter bebido tanto, também sabia que estava levemente bêbada, mas não ligava.

Enquanto isso, Leo estava um pouco menos alterado que ela, portanto não sabia como agir com a menina totalmente alheia a realidade.

Assim que pararam em frente ao prédio dela, Reyna agradeceu por ele ter ido com ela até ali, mas quando foi dar um beijo em sua bochecha, ele virou o rosto a tempo de selar seus lábios em um selinho, assustando tanto ele quanto ela, que se afastaram meio constrangidos.

Porém Leo comprimiu os lábios, levando uma das mãos para sua nuca a puxou levemente para um beijo mesmo, que foi correspondido sem nem hesitar.

Reyna separou o beijo quando sentiu que precisava respirar, totalmente corada, se afastando dele.

— Boa noite! – ela murmurou, se virando para entrar no prédio.

Leo pegou o celular, notando que estava sem sinal e xingou mentalmente.

— Rey? – chamou, vendo-a se virar cautelosa.

— Sim?

— Eu meio que to sem sinal...

— Sobe, aí você pega o Wi-Fi...- murmurou, chamando-o com a cabeça e entrando, chamando o elevador.

O caminho foi silencioso até o andar da garota, que assim que abriu a porta apontou para o outro lado do cômodo:

— Cozinha, agora.

Leo entrou atrás dela, fechando a porta atrás de si, vendo seus dois cachorros sentados na porta da cozinha o observarem intensamente, quase como se sentisse o cheiro da carne que havia dentro de seu corpo.

O latino encostou a mão no ombro dela, ouvindo um dos cachorros rosnar alto para ele, que tirou a mão devagar enquanto ela ria.

— Aurum! Que falta de educação é essa? – Reyna negou em reprovação, se virando para o Valdez e pegando seu celular, colocando a senha – você quer um copo d’água? Algo assim?

— Pode ser – ele sorriu constrangido, observando-a passar no meio dos dois cachorros, que nem se mexeram.

— Parem de encarar ele! – Reyna pediu, vendo os cachorros desviarem o olhar para qualquer coisa que não fosse Leo.

Ela levou o copo para o latino, que pegou e agradeceu.

— Senta aí.

Reyna se sentou no sofá, mas antes que o Valdez sentasse também, os dois cachorros foram mais rápidos e correram para cima do sofá, não deixando ele sentar.

— Ok, eu sento na poltrona...eu posso? – ele questionou para os cães, que não se mexeram, então ele caminhou até lá.

— Eles são um pouco protetores, como pode ver.

— Sentir também, vi um deles mordendo minha canela na hora que passou para ir aí!

— Eu avisei que essas coisinhas são meio assassinas – a Arellano agarrou a cabeça do Argentum, apertando contra si em um abraço, enquanto Aurum começou a pular loucamente no sofá, querendo atenção, abanando o cotoco que era seu rabo.

Ela passou o braço pelo pescoço do de pelos de mel, começando a apertar os dois de uma vez enquanto falava coisas desconexas em uma voz estranha.

Leo esticou a mão para por o copo em cima da mesa, porém Aurum pulou para o chão pronto para morder o braço do latino, que arregalou os olhos.

— AURUM NÃO! – Reyna gritou a tempo de parar ele, que ficou com a boca aberta perto da mão do moreno, que sentiu seu coração parar.

O cachorro fechou a boca lentamente, olhando para a dona que tinha a mão no coração, colocando a língua para fora e lambendo a mão de Leo, parecendo gostar dele e disparando a lamber, até que alguns segundos depois o Dobermann estava em cima do garoto, abanando o rabo.

— Eu me vi indo para o seu funeral! – Reyna murmurou atordoada, ofegante pelo susto.

— Imagina eu!

— Aurum não pode fazer isso com sua mãe não! Não tenho mais idade para isso! – a morena negou em reprovação, sentindo Argentum deitar a cabeça em seu colo, pedindo por carinho – agora eles já se acostumaram com você, espero que não haja mais uma tentativa de assassinato.

— Eu também espero! – Leo retrucou, fazendo carinho em Aurum, que não parecia o mesmo que havia tentado arrancar sua a mão a poucos segundos.

O táxi buzinou lá embaixo, fazendo o garoto se levantar pronto para ir embora.

Ele foi dar um abraço em Reyna, só que não conseguiu faze-lo, já que Aurum entrou no meio dos dois e ficou ali, não deixando eles se abraçarem, arrancando risadas dos dois adultos.

— Para lá! Vamos – a Arellano mandou, caminhando até a porta e vendo os dois sentarem na porta da cozinha.

Ela abraçou Leo, sentindo que ele ainda estava hesitante, sorrindo e olhando por cima do ombro, notando que os dois cachorros estavam observando-os atentamente.

— Olhem para o outro lado, agora! – mandou, fazendo-os abaixarem o olhar para suas patas.

Reyna abriu a porta e ele saiu, porém antes que ele saísse por completo, ela segurou seu braço e o puxou para um beijo rápido, corando assim que eles se separaram.

— Boa noite, Leo!

— Boa noite, Rey – ele respondeu com um sorriso de canto, entrando no elevador e saindo do prédio.


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Notas finais do capítulo

Hey cambadinhas!
Kisses com Trovoadas das Gêmeas ♥



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