Inesperado escrita por Clementine Patricha


Capítulo 6
Capítulo 5 – II part.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAA
ME DESCULPEM E PODEM ME BATER, EU DEIXO
FALO COM VOCÊS NO FINAL DO CAP.



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— Sarada! Sharingan! 

A katana estava afiada e por pouco não atingiu a lateral do corpo da pequena Uchiha. 

O tempo estava fechado, iria começar a chover em poucos minutos, e as folhas faziam um barulho estranhos e assustadores naquele dia. Era como um presságio ruim para Sarada. 

Estavam treinando e Sasuke tinha acabado de materializar-se em uma árvore, ou seja, estava há poucos metros de sua filha. 

De cima da árvore Sasuke podia observar bem como estava indo á luta de sua filha com um de seus clones das sombras. A menina tinha seu chakra agitado em alguns pontos, especificamente nos lugares que usava para se proteger dos ataques, como os braços e as pernas.  

Ela estava indo bem, mas não era isso que Sasuke queria.  

— Ative o Sharingan!  

Sarada crispou os lábios e negou com a cabeça. Avançou com rapidez para cima do clone e usou uma de suas shurikens que apenas fez um corte superficial na roupa do oponente que sumiu por uma fumaça. 

Pingos finos de chuva começaram a cair, logo se tornaram grossos e a sua visão naquela floresta começou a prejudicar. 

— Sharingan! 

Sarada caiu e sabia que tinha sido por um golpe. Sua cabeça bateu no chão e ficou e olhos fechados por um tempo, até abrir e encarar um céu vermelho.  

Um céu vermelho e uma chuva vermelha. A intenção dela não era sentir o gosto, mas sentiu por estar com a boca aberta e era gosto de sangue. 

Gritou, arrastou seu corpo para trás na esperança de sair dali, mas sentiu algo pesado quando se mexeu. Assustada, levantou apressada e olhou para para aonde tinha batido.  

Foi instantâneo, seus olhos se arregalarem sem querer isto. Foi seus pais. Seus pais que impediram seu movimento. 

Sakura e Sasuke. Seus pais. Mortos e sem olhos. 

Caiu de joelhos e gritou.  

******  

— Eu chamei vocês aqui porquê, como todos já sabem, o festival se iniciará daqui uma semana. Já estamos recebendo um número volumoso de pessoas e eu não quero que nada fuja de controle e atrapalhe a vila. Kinshiki invadiu Konoha em uma época bastante movimentada e acho que não foi por acaso, além de que estamos recebendo pessoas mais do que o previsto. Preciso de vocês para este trabalho! – Naruto os olhos e todos concordaram com a cabeça pedindo para o prosseguir – Vocês estarão responsáveis por vigiar a vila, não serão os únicos, alguns shinobis já foram designados há um mês, e a Anbu está a postos para qualquer problema. Eu quero que fiquem cientes que o turno iniciara amanhã, não temos muito tempo a perder e eu preciso que vocês sejam os olhos dessa vila. Também vou deixar claro que alguns clones meus estarão pela vila, então qualquer suspeitas podem contatar eles diretamente. Shikamaru! 

O homem se aproximou e entregou alguns papéis para Naruto, que deu uma olhada rápida e voltou a observar seus colegas. 

— Tenten e Shino, vocês começarão o turno ao lado leste. Lee, você ficará ao sul e Sakura, quero você na entrada da vila.  

Os quatro concordaram com um aceno de cabeça. 

— KakashiKurenai e Gai eu deixo vocês na ala norte e ficarão lá até o fim do festival. Me desculpem, mas como uma parte dos shinobis estão designados para outras tarefas, não haverá ninguém para substituir vocês, então eu estimo que... 

— Não se preocupe Naruto, somos fortes como pedra. Somos velhos, mas aguentamos uma semana parados. Eu sou o Gai! – e para confirmar a sua fala. Gai deu um rodopio com sua cadeira de rodas. 

— Creio que sim, Gai. Mas só iria informar para fazerem uma bagagem boa de suprimentos  

— Nada disso! Conseguimos sobreviver com o que a natureza nos dá, como nos velhos tempos... 

— Aishi! Fale por você... – Kurenai esbravejou de raiva. 

— Ora, não está mais aguentando, Kurenai? Eu ouvi uns rumores, mas não achava que isso iria atrapalhar... 

— Que rumores e isso o que? – aproximou com os punhos fechados 

— A sua estrutu... 

— Hai hai, acalme o ânimo vocês dois — Kakashi disse interrompendo Gai ao empurrar sua cadeira com força.  

— Ora essa — Naruto sussurrou, tentando não rir – OK. Ino, ShinoShikamaru e Chouji! Vocês farão ronda e depois tomarão o lugar dos que estão fazendo o turno de agora. Logo, o turno de vocês serão á noite. 

— Hai! – concordaram e saíram da sala ao receber o sinal do Hokage. Apenas sobrando um.  

— Sasuke! 

— Naruto! 

— Eu sinto muito, mas – suspirou – você terá que fazer a ronda da noite sozinho, então não... 

— Não se preocupe, Naruto. Estou acostumado. 

— Eu sei... 

Sasuke acenou com a cabeça e dirigiu-se a porta. 

— Esta tudo bem entre você e a...Sakura? 

— Sim. 

— Certeza?  

— Sim, Naruto. E você e Hinata? 

O Hokage abaixou a cabeça e Sasuke ouviu quando seu suspirou foi profundo ou quando seu corpo se chocou contra o estofado da cadeira macia.  

— Sim. Estamos bem, por hora, estamos... 

O Uchiha crispou os lábios e abriu a porta. 

— Por hora, também estamos sussurrou. 

E saiu. 

******** 

— Sarada? Esta tudo bem? — Mitsuski perguntou ao ver a menina errar pela quinta vez o alvo das shurikens.  

— Eu sabia que Uchihas erravam às vezes. – Boruto aproximou deles. 

A menina nada respondeu, seus olhos estavam vidrados.  

— Sarada?  

Ela olhou pra eles e concordou com a cabeça. 

— Esta tudo bem. – respondeu ao garoto, e voltou a tentar acertar os alvos da shurinkens.  

—– Sarada? – foi a vez de Boruto perguntar preocupado. 

— Eu treinei com meu pai hoje,— disse parando o treino para olha-los – e em um momento ele não estava la, ele e nem minha mãe. 

— Como assim? – o de cabelo azul perguntou. 

— Vocês já pensaram como seria suas vidas se estivéssemos em guerra. Se nossos pais estivessem mortos?  

Os dois não responderam, apenas observaram Sarada acertar pela primeira vez, naquele dia, a shuriken no alvo.  

****** 

— Sakura? Não era para estar ajudando nas pesquisas?   

— Eu sei porca, mas eu preciso fazer algo antes.  

— O que? Você deveria estar há 30 minutos no laboratório experimentaldando mais um grande passo em sua carreiramas está aqui, revirando as gavetas dos biótico medicinais — suspirou e entrou dentro da sala – É o Sasuke? 

— Sasuke? – A olhou – Por que tudo tem a ver com o Sasuke? Eu não giro ao redor dele— pegou algumas capsulas de plantas e jogou em cima da mesa que ficava no local. 

— Eu sei que não, mas você estar olhando remédios de insônia quando há um mês reclamou pra mim que seu marido não dorme, me faz acreditar que sim. – Deu de ombros prepotente. Aproximou da rosada com um olhar superior. 

— Não me olha assim! 

— Não estou olhando de nenhum jeito. – Ino abriu um sorriso irônico enquanto encostou na mesa de Preparativos (o móvel aonde transformava a maioria das plantas ou supostos em pílulas). – Não era você que me dizia que as coisas iriam melhorar? Que conversaram e... 

— Nós não conversamos. Eu disse que sim, mas ele...ele fugiu e teve o negócio com Sarada e agora eu não consigo olhar pra ele e não pensar nos remédios. Que, talvez, a insônia pode ser culpa de tudo... 

— Sakura... 

— Porque como você sabe, ficar tanto tempo sem sono pode prejudicar o desenvolvimento do chakra, além de o nível de estresse elevar, ansiedade aparece e você conhece o Sasuke. Ele não fala. Ele não fala nada. 

— Mas... 

— Ele não conversa, ele acorda, treina com Sarada e depois treina sozinho. Você acredita que ele deixou o casaco na casa da Hinata? Eu estranhei, ele não esquece nada. Mas pensei que pode ser culpa da insônia, pode estar atrapalhando a memorização dele e estar afetando... 

— Sakura! – Ino disse rude, na intenção de atrair a atenção de sua amiga – O que aconteceu? 

As primeiras lágrimas começaram a se formar nos olhos esverdeados de Sakura. Instintivamente Ino deu um passo para frente, mas respeitou o espaço entre elas.  

— Ele mostrou eu e ele mortos para Sarada – as lágrimas começaram a cair — eu sei que ela é ninja, que vai se deparar com coisas piores na vida. Mas, eu estou aqui e ele mostrou...— soluçou.  

— Ela é forte e foi apenas um genjutsu... 

— Ino. Nós não estamos em guerra e esta tudo tão estranho. Então eu sei que tem que ser a insônia. Ela causa isso. Lembra da Sra. Okariho? Ela tinha insônia e ficava nervosa, ameaçando seu marido com lendas urbanas e facas afiadas... 

— Sakura... 

— Eu sei que isso não é do Sasuke Uchiha. 

— Sakura, calma, você está muito nervosa... 

— Nervosa? Não! Não, Ino. — Passou as mãos no cabelo o bagunçando – Sabe quem faz esses tipos de coisa? Itachi UchihaItachi Uchiha mata os pais e mostra para uma criança... ele. — soluçou. 

Ino a puxou para um abraço, em partes para acalmar sua amiga, em outra para tentar esconder a cara de espanto que fez ao ouvir Sakura.  

— Você não esta comparando Sasuke com Itachi? 

— Eu não to..eueu..eu sei toda a história.  

 Sim, eu sei que você sabe e eu também, mas...? 

— Mas por quê mostrar os pais mortos? Para que? – o choro aumentou e Ino decidiu não questionar sua amiga naquele momento, apenas a abraçou mais forte e passou a mão em sua cabeça como um cafuné.  

— Eu disse que um casamento com Uchiha Sasuke não iria ser fácil. – sussurrou quando os soluços diminuíram e os ombros da rosada pararam de tremer. 

Riram, o que alivou, por hora, o peso das acusações. 

*****

Sakura estava sentada a mesa da cozinha quando Sasuke chegou. Seus ombros tensos, a pequena capsula em cima da mesa e seu olhar perdido era indício que iriam conversar.  

Tinha demorado para voltar para casa por questões burocráticas. Além da reunião com todos, Shikamaru pediu ajuda com algumas papeladas, não era sua especialidade, mas a papelada em si era: o caso Shinkiki. Shikamaru queria sua ajuda para convencer os burocráticos e parte do conselho para arquivamento do caso Shinkiki. O tempo e dinheiro gasto estava sendo mais do que Naruto e outros da equipe pudessem suportar, então queriam uma resposta de arquivamento para já.  

O conselho estava irredutível e com medo. Em suas questões tinham receios de outro adorador de Kaguya mais forte e louco ainda existir e aparecer por Konoha, porém Shikamaru, junto com Sasuke, deixaram garantido que o arquivamento não seria um caso encerrado e que poderiam revisar a cada 6 meses. 

Levar o Sasuke para aquela reunião foi uma grane estratégia, como alguém que viajou por bastante tempo e que nos últimos meses dedicou a trajetória de suas viagens para o caso Kaguya, o conselho aceitou as opiniões e os pontos abordado pelo Uchiha. Ele era o que mais estava famirializado na busca de Kaguya.  Mas Sasuke também estava cansado de viajar tanto e tinha motivos para isto, um deles era a mulher de cabelos rosas. 

Fechou a porta, colocou sua espada e seu casaco ao lado de um pequeno móvel e sentou em uma cadeira em frente a sua esposa.  

— Fiz esse remédio pra você.— empurrou o frasco, que era mais uma ampola, para perto do Uchiha — Pode beber direto ou misturar com algum líquido. Vai diminuir seus pesadelos. 

— Eu acho que lembro de dizer que não queria isto. 

— Eu sei, — suspirou, sentindo uma tensão formar-se em seus ombros — mas eu quero que você tome. 

— Por que? 

— Porque você machucou, Sarada. E não apenas fisicamente, Sasuke.  

— Eu estava treinando-a. 

— Não. – ela o olhou pela primeira vez e Sasuke pode ver os vislumbres de raiva em suas iris  Você sabe que não foi apenas isto. Você mostrou eu e você mortos.  

— Estamos vivos. 

— Sasuke... 

— Estou vivo, Sakura. Você também. Era um genjutsu, apenas isto! Ela verá coisas piores em suas missões. 

— Ver os pais mortos são a pior coisa da vida, e eu deixo o trabalho de ela ver atrocidades em suas missões, não com seus pais. NÃO com os próprios pais, Sasuke. 

 — Somos ninjas, Sakura. 

Ela negou com a cabeça, parecendo realmente cansada para discutir, e relaxou suas costas na cadeira.  

“Somos ninjas” ela sabia que era uma afirmação verídica, mas algo a incomodava e muito. Estava transtornada, sabia que era demais, sabia que Sarada veria atrocidades, sabiam que eram ninjas e que eram pais e que tinham o dever de mostrar para Sarada o mundo (apesar de não concordar como Sasuke fez isto).  

Estava irritada com o que ele tinha feito, muito irritada, mas não era apenas isto... 

— Você quer um motivo plausível? — espalmou as mãos na mesa – eu te digo: toma esses remédios porque não aguento ver você machucar sua família e porquê não aguento mais ver você carregando os pesos do passado como se sua viagem de redenção não tivesse servido para nada. 

— Sakura... 

— Foram doze anos. Doze anos e eu pensei que você tivesse voltado diferente, que tivesse valido algo ter te esperado, ter aguentado os olhares de pena e questionamentos de Sarada, mas... 

— São coisas que nunca irão se apagar, eu cometi atrocidades que mesmo viajando vinte anos, minha mente não irá apagar. 

As primeiras lágrimas caíram do rosto de Sakura, ela levantou apressada e foi para perto da pia, ficando de costas para Sasuke. 

— Você tem uma filha e uma esposa agora, você não tinha isso a doze anos, mas tem agora e eu quero que você tome as responsabilidades disto, Sasuke. Você não pode apagar, mas tem que tentar por Sarada e por este casamento — ela virou de frente e encarou as íris de Sasuke. O desesperou assolava seus olhos — você tem que provar pra mim que isso — apontou para os dois – não foi um fracasso que só durou doze anos por estarmos longe suficientemente para nos suportar.  

Um soluço sofrido saiu de Sakura. Na hora Sasuke lembrou-se da noite que fugiu da vila, do encontro dos dois, da conversa.  

Olhou para o frasco e depois para Sakura. Ele não gostava de remédios, desde criança tinha uma ideia ou um preceito de que podia aguentar qualquer dor sem ajuda de algo ou alguém. Pensando nisto naquele momento a imagem de sua mãe e seu pai apareceram em seu campo de memória. Nunca os viu discutindo e nunca viu sua mãe chorando pelo seu pai ou algo do que ele tenha feito. 

Abriu a ampola e tomou em dois grandes goles olhando diretamente para a mulher a sua frente. Quando terminou ficou segurou o frasco na mão apenas pra ver pequenas bolhas de ar verdes ficarem no fundo. Tinha um gosto estranho que permaneceu em sua boca durante um tempo, mas não era ruim. 

Olhou para Sakura e levantou pronto para sair da cozinha.  

— Um dos motivos por ter viajado doze anos era também para essa família dar certo, Sakura. Não é só você que tentou e suportou diversidades. 

******* 

O monte Hokage era ainda mais bonito a noite. As poucas luzes acesas da vila e o silêncio denotava o ar melancólico e saudoso que Hinata curtia naquele horário. E a solitude era um bônus ou algo que gostava apenas naquele momento, e naquele lugar.  

Por isto ficou surpresa, e talvez incomodada, ao encontrar uma silhueta ali. O chakra não era sentido, por isto ficou em alerta.  

Mas parou ao ouvir uma voz reconhecida. 

— Hinata. 

— Sasuke. 

E viu quando Sasuke ergueu a espécie de um copo para si, como uma saudação. 


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Notas finais do capítulo

Eu sei que ta muito tarde, porém eu terminei o capítulo agora e só tenho algo a dizer: PORRAAAAAN FAZER O ENCONTRO DA HINA COM O SASUKE FOI O QUE MAIS ME ATRASOU.
ELE NÃO ESTÁ ENTREGUE, MAS EU NÃO DISSE NADA DE UM DIÁLOGO INTERIR AHSHAHSHAHSH
Olha esse cap era para ter saído a dois meses atrás, mas aconteceu muitas coisas que não dá uma desculpa para minha demora, porém a principal causa foi boqueio na parte do Sasuke e Hinata (o final), eu queria que fosse natural, mas mano. O Sasuke é um bixo difícil e eu não consigo as vezes desenvolver ele como personalidade estilo anime, as vezes eu acho que exagero e estou saindo da personalidade dele e para isto preciso da ajuda de vocês.
E QUAL FOI A PARTE PREFERIDA DE VOCÊS?
A minha foi o diálogo do Sasuke e da Hinata. Eu quis deixar a Sakura a mais adulta possível e acho que consegui isto, neste diálogo eu dou total razão pra Sakura, porém vemos os dois lados, não?
E AÍ GOSTARAM? PONTOS A MELHORAR? SUGESTÕES? ALGO A MAIS?
AAAAAH não esperem para o próximo cap, eu to uma confusão e minha criatividade não colabora muito, vou tentar não demorar mais 6 meses pra sair outro, eu TENTO sim e isso vai ser uma promessa.
E segundo a psicologia e medicina os comentários em histórias salva a vida dos escritores agsagsgaggsgags
OBS: QUALQUE ERRO DE DIGITAÇÃO OU COXTETUALIZAÇÃO, ME FALEM...