Inesperado escrita por Clementine Patricha


Capítulo 5
Capítulo 5 – I part.


Notas iniciais do capítulo

aaaaaa me batem, me xinguem, mas não desistam de mim...
Me desculpem xuxus, esses últimos meses foram corridos pra mim: vestibular, emprego, provas e sentimentos conflituosos á respeito do capítulo.
Decidi que ele terá duas partes, mas elas não terão continuidade (Como assim?). Tipo não irei terminar em um parágrafo este capítulo e no outro continuarei o mesmo parágrafo, vai ser na mesma passagem de tempo e nos mesmos acontecimentos, porém não nas mesmas frases, entenderam? Não? Mas vão entender quando lançar a II part.
Mais conversa lá no final, beijo xuxus...



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— Eu não encontrei um de seus sobretudos... 

Iniciou Sakura tentando puxar assunto.  

Estavam tomando café no silêncio. Sarada já tinha saído para o treino matinal o que piorava um pouco a situação, já que os dois estavam desconfortáveis desde a noite passada, e uma figura infantil iria distrair o ambiente. 

Sakura havia chegado e isto era bom, não sofreu nenhum ataque inesperado em sua missão, e Sarada pararia de ficar olhando as fotos de Sakura a cada minuto (pensava que ela deveria fazer isso quando ele saia também, talvez um ritual ou um trauma que permanecia em forma de toc). Mas mesmo sabendo disso não estava nem um pouco confortável com sua mulher olhando cada movimento seu. 

— Você deve ter perdido em uma de suas missões. – finalizou o discurso. Suas mãos contornavam os detalhes da xícara de porcelanato. 

— Eu deixei com Hinata 

— Hinata 

— Quando fui a sua casa.  

Sasuke não era de mentir e bom...aquilo não era uma mentira. Uma meia verdade e não mentira. Ele achou melhor assim, Sakura não iria entender o porquê de seu marido ter saído para tomar um chá com a esposa de seu amigo e ter emprestado um casado porque a outra estava sentindo frio. Era no mínimo estranho. Sasuke Uchiha não era de fazer isso. E o ambiente pedia cautela naquele momento. 

— Ah sim, claro. Não vejo ela desde o último exame do Boruto, como ela está? 

— Bem.  

— E como você está, Sasuke? – Ela o olhou sem julgamentos ou expectativas, apenas o olhou com aqueles verdes brilhosos de sua íris, que encantavam qualquer um... 

E ponto.  

Eles chegaram na conversa onde deveriam iniciar desde quando Sakura chegou de missão e o viu daquele jeito, ou desde quando ela o viu tendo o primeiro pesadelo. 

— Bem 

— Sasuke... 

— Eu sei Sakura. 

— Então vamos resolver isto.  

***** 

As ruas de Konoha não eram movimentadas como de manhã, porém a rua principal, que levava diretamente para o escritório do Hokage, sempre era lotada em suas proporções. As vezes era cheio do sentido de não conseguir andar e as vezes só era...cheio, mas dava pra andar. Naquela tarde estava cheio, mas Hinata conseguia andar tranquilamente. Prestou atenção em todo os tipos de comércios novos e noturnos e as vezes fazia comparação, na sua cabeça, de como era na sua época e de como mudou, agora, na época de seus filhos. Quando percebeu já estava no local de seus planos.  

Entrou e cumprimentou todos os guardas que encontrou em seu caminho até chegar ao gabinete.  

Recebeu um comunicado de um Anbu a comparecer ao escritório do Hokage para tratar de um assunto estritamente sigiloso e confidencial. Até chegar em seu destino, a única coisa restrita e sigilosa que pensava em se tratar era sobre Hanabi e seu clã. 

Ao chegar em seu destino si anunciou para Shizune que apenas deixou ela seguir sem comunicar ao seu marido e com esse gesto, foi deixado claro que Naruto já havia liberado sua entrada. 

Entrou no escritório receosa com o que esperaria, mas não ficou surpresa ao ver seu marido relaxado e dormindo na cadeira. Tossiu para chamar sua atenção e sorriu graciosa ao ver ele afoito pós sono REM.  

Achava graça de como Naruto conseguia dormir em qualquer lugar, para um ninja e Hokage, era até estranho associar esse comportamento, mas para um ninja e Naruto era até que confortável essas palavras na mesma frase. 

— Hina – A voz sonolenta cortou de seus pensamentos e olhou seu marido que denotava cansaço e sono. Riu achando uma graça o quanto Naruto tentava esconder o seu recente cochilo. 

— Naru...quer dizer, Hokage-sama. – reverenciou, deu uma olhada na sala e focou seus olhos em seu marido. 

— Shikamaru, está neste momento tentando convencer Hanabi-san a participar da reunião dos clãs. – respondeu á pergunta implícita que denotava no olhar dela.  

— Precisa da minha ajuda com algo?  

— Não, não. Eu quero que apenas sente-se.  

Hinata não entendeu muito bem, mas acatou o pedido e sentou na cadeira de frente para o loiro. 

— Você está com fome? Quer algo?  

— Não não, Naruto-kun. Comi um pouco de Gyoza do Otsayu das crianças.  

— Claro, você é tão prestativa. – olhou-a com intensidade e depois virou pro lado onde um clone das sombras surgiu – Um Ramén de porco para mim e alguns mandu de carne bovina para Hinata, além de soju e sakê 

O clone assentiu e saiu em disparada pela enorme janela que ficava atrás da mesa de seu marido. 

— Não precisa... 

— Eu quero comer junto com você. – sorriu pra ela e apoiou os braços na mesa, fazendo-o ficar mais próximo da perolada. 

Hinata não falou mais nada e seguiu um silêncio constrangedor. Ela não entendia muito bem o porquê estava ali e já tinha entendido que não era por causa de seu clã. Quando o assunto era sobre seu clã, Naruto era direto e sério. Ele parecia estar relaxado, aliviado e bem cansado (o que já era normal). 

— Naruto–kun? Quer que eu fale com Hanabi-chan respeito da reunião? – tentou arriscar. Mesmo sabendo que qualquer que fosse tratado o assunto ali, não seria sobre seu clã. 

— Claro que não. Tenho certeza que Shikamaru conseguirá convencer a Hanabi-san a participar, junto de seu pai. As vezes tenho impressão que ela só não gosta de mim. – fez um bico no final da frase e a ex-Hyuuga viu um vislumbre de um Naruto criança.  

Respirou fundo e abaixou a cabeça para deixar um sorriso suavizado preencher seus lábios. Estava aliviada por Naruto não a chamar para resolver coisas do seu clã, não que ela não desgostasse, gostava até demais e a fazia se sentir parte do clã ainda. Porém ela não queria discutir sobre seu clã naquele dia.  

— Como você está? –– O loiro perguntou pra quebrar o clima. 

— Bem, muito bem. 

— Bem mesmo? – A olhou inquisidor e Hinata sentiu um comixão em sua barriga. Assentiu com cabeça não querendo falar nada. O Uzumaki respirou fundo cansado e se jogou na cadeira. O olhar que ele transmitia pra ela era uma mistura de cansaço, tristeza e talvez preocupação, ela não sabia muito bem. Naruto não era muito bom em esconder sentimentos, mas com a distância, não apenas física, entre os dois, ela pensava que não sabia mais desvendar tão bem seu marido. 

— Fiquei sabendo que você foi parar no hospital algumas semanas atrás. Eu só queria saber o porquê de eu ter conhecimento disto agora, e de não ter sido por você? 

A mulher a olhou constrangida. Naruto sempre a surpreendia e não sabia se considerava de um modo positivo ou negativo, dado as circunstâncias de seu casamento.  

— Eu estou bem, foi uma queda de pressão e eu não queria te preocupar.  

Ele sorriu com um ar cansado e aproximou novamente da mesa. Curvou até o rosto estar um pouco próximo de si, que não era muito considerando a sua própria distância. Estendeu suas mãos abertas pra ela e a Uzumaki entendeu o que ele queria, com suas próprias mãos estendeu colocou por cima dele, ainda que estivesse insegura. Entrelaçaram seus dedos e apesar de estar acanhada, sorriu. Naruto apertou suas mãos tentando passar conforto e os olhos azuis intensificaram a cor. 

— Você não é uma preocupação, Hina. Você é minha mulher! – E abriu aquele grande sorriso que fazia seus olhos fechar e suas covinhas aparecerem. – Pois bem, o festival do fim da guerra será daqui três semanas. Eu queria que você, Boruto e Hima estivessem comigo, junto com a comitiva oficial. Mas apenas em família. Você gostaria de estar comigo nesse festival, Hina? 

As borboletas em seu estômago fizeram um leve movimento, deixando claro que ainda estavam ali, apesar de algumas mortas ou adormecidas, elas ainda estavam ali, como o ponto de felicidade em seu peito que reascendeu e fez seu coração inchar.  

Talvez,  

Eles ainda tivessem chances. 

******* 

Saiu do escritório de seu marido quando terminou a refeição que o clone das sombras trouxe. Não queria atrapalhar, ainda mais, seu trabalho e jurava que ele ainda tinha muita coisa pra fazer. Naruto foi reluto em deixar ela ir embora e as borboletas mexeram ainda mais nessa hora, porém ela tinha que voltar pra casa assim como ele tinha que trabalhar. 

Conversaram coisas amenas, nunca tocando na relação frágil deles e foi melhor assim. Falaram sobre Boruto e suas traquinagens e Himawari com sua bondade. Debateram sobre a vila e os clãs, conversaram sobre as coisas novas e os olhares cúmplices continuaram ali, mesmo que algo no olhar de seu marido a fez ficar irrequieta.  

Resolveu que antes de voltar pra casa, iria passar em seu clã, precisava falar com Hanabi sobre sua implicância boba contra o Naruto. O caminho era mais longo e era fora da rua principal, então ela poderia ver a expansão territorial que Naruto tanto falou com orgulho no escritório mais cedo, além das casas com estilo do norte do país e de outras vilas.  

 

— Não é implicância boba, ele só não é um bom marido pra você. – disse enquanto servia o chá na xicara desenhada com flores de cerejeira  

— Hanabi— alertou – não sou eu que tenho que decidir isso? – falou um pouco baixo e com o rosto vermelho por raiva do modo como sua irmã falou.  

Com Hyuuga Hanabi, Hinata podia ser mais aberta em seus sentimentos, ela demonstrava mais seu descontentamento com a sua irmã sobre a vida ou as pessoas do que com seus amigos.  

Hinata pensava nisso como uma intimidade constituída de outras vidas, além de que ela acreditava em seu íntimo que deveria ser a figura materna mais próxima de Hanabi, a quem a mais nova pudesse se inspirar e sentir orgulho. – Apesar de que o que menos achava, era que Hanabi sentia orgulho de si. Ela parecia muito com seu pai nessa parte. Não sentir orgulho de seus familiares ou pelo menos não demonstrar–. Não que achasse isso ruim porquê Hanabi daria uma ótima líder e vendo sua irmã expandir o sorriso quando falava do clã só confirmava o inevitável: ela, Hinata, nunca seria uma líder. E ela lidava bem com isso.    

— Sim, sim. — Deu de ombros nem um pouco se importando com a careta de sua irmã. – Você está certa, além de que meu compromisso com Naruto é apenas de co-líder para Hokage.  

Hinata assentiu mais satisfeita e tomaram o chá em um silêncio agradável. Apesar de sentir uma ligação forte com Hanabi, não gostava de quando a mesma intrometia no assunto de seu relacionamento amoroso. A fazia parecer frágil e necessitada de cuidados, e Hinata não gostava de passar essa impressão.  

Tomaram seus chás em conversas amenas, até o momento que Hanabi levantou rápida, como se lembrasse de algo, e sumiu por dentro da casa. Hinata ficou sem entender, apenas ignorou e contentou-se com os barulhos de portas e gavetas abrindo e fechando. 

A mais nova voltou rápido e junto consigo carregava um envelope na mão. Era grande e tinha o selo protetivo de seu clã. Estendeu o envelope com um sorriso contido e os olhos brilhando e Hinata só fez aceitar. Desfez o selo e abriu-o calmamente.  

Não reagiu em primeiro momento, apenas leu tudo com calma e deixou que seus olhos caíssem na figura da Hyuuga, como se não a enxergasse realmente, com sua mente vagando nas lembranças de Hana pequena. 

— Papai finalmente irá se aposentar. —  Hanabi a olhou feliz e plena, seu sorriso abriu de ponta a ponta e o coração da mais velha encheu mais uma vez naquele dia. — Os convites serão enviados na próxima semana. Fiz questão de você ser a primeira a saber. A reunião com todo mundo do clã será na quinta, e eu gostaria muito que você estivesse do meu lado. A posse oficial só em novembro.  

— Então será depois do festival pós-guerra? 

Hanabi acenou com a cabeça e sorriu mais largo. Hinata jurava que os lábios de sua irmã poderiam rasgar a qualquer momento.  

— Então finalmente você está no processo final. – A olhou com amor transbordando e foi a vez de Hanabi ficar com o rosto vermelho – Mamãe estaria orgulhosa de você. 

— Mamãe também ficaria de você. – sorriram cúmplices – Menos na escolha de marido, com certeza ela iria concordar comigo sobre sua péssima escolha 

Hinata riu e Hanabi embalou pelo riso da irmã. 

Hyuuga Hanabi não gostava mesmo de Uzumaki Naruto e Hinata tinha um pressentimento de que nunca iria gostar. 

— A! Eu já ia esquecendo de algo. –– Entrou mais uma vez apressada para dentro de casa e saiu minutos depois com outro envelope idêntico. — Como eu sei que você é muito amiga de Sakura, você poderia entregar o convite para mim? Eu não terei tempo, depois de comunicar com o clã, passarei pela cerimônia dos 30 testes. Você já sabe sobre isso, era pra você estar em meu lugar.  

— Não, – negou com a cabeça veemente — nunca foi meu. Você si encaixa perfeitamente neste posto. – sorriu ufana.


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Notas finais do capítulo

Explicações: Hiashi ainda é lider do clã Hyuuga, ele não morreu e não passou o trono, oficialmente, para Hanabi. Na verdade, ela cuida de tudo a respeito do clã, porém seu pai, Hiashi, que dava o veredito final e nos últimos tempos os seus treinos estavam mais reforçados para a tomada da posse do clã.

Esse cap foi mais para meio que uma reconciliação antes da lambança toda, eu sei que meu casal ta demorando, mas gente é mais difícil do que imaginei. Eles vão se falar no próximo cap. EU PROMETO, na parte dois.
É que tem bastante merda que vai acontecer ainda, AAAAAA morta.
Muito difícil essa vida de escritora.
Me digam o que acham que estão achando, só vocês pra me salvarem dessa vida...

ME DESCULPEM MAIS UMA VEZ, EU IMPLORO O PERDÃO DE VOCÊS.



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