Inesperado escrita por Clementine Patricha


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAA ME DESCULPEM BBS
Não vou falar muito aqui, explicações na nota final.
Beijinhos e como é bom ver vocês de novo kkk



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Um incômodo em seus olhos, como um clarão ou algo similar a fez abrir os olhos. A primeira coisa que conseguiu interpretar era que estava em um lugar silencioso e que sua cabeça doía muito.  

Seus olhos não se acostumaram muito bem com a luz forte, então teve que fechar e abrir várias vezes até habituar-se e não foi tão chocante assim descobrir que estava em um hospital.  

A maca do seu lado, o lugar todo branco e alguns aparelhos médicos foi o suficiente para ela estruturar sua opinião, sem contar que algumas lembranças desconexas invadiam sua memória ao passo que a dor de cabeça na têmpora esquerda oscilava entre doer muito com o mínimo movimento e diminuir ao passo que ela ficava parada.  

Ouviu passos e conversas do lado de fora e apesar de ainda se sentir meio grogue, decidiu aguçar sua visão para saber melhor quem estava ao seu redor e em que local exatamente se encontrava do hospital. Tentou ativar o byakugan, mas a única coisa que conseguiu, foi sentir uma dor extremamente forte ao redor dos seus olhos e um calafrio que percorreu todo seu corpo. 

— Se eu fosse você não tentaria de novo – Tomou um susto ao ouvir uma voz calma ao seu lado, porém não prestou muito atenção. A dor em seus olhos letargia seu corpo, e manteve os olhos fechados até a dor sumir completamente.  Hinata? Ainda i? – O tom de preocupação era perceptível e não demorou muito pra reconhecer Ino como a mulher de voz calma. 

Para responder sua pergunta apenas balançou em sinal negativo com a cabeça.  

—  Hinata— Ino chamou-a pra ver se conseguiria tirar apenas uma palavra dela, porém Hinata parecia bem confusa e um pouco assustada. – Você não deve estar entendendo nada, não é? — A e olhos perolados apenas respondeu um não com a cabeça e Ino respirou fundo. 

—  Você está no hospital. – Hinata fez um aceno com a cabeça, afirmando o que já sabia. – Você quer saber o porquê né? — Novamente o mesmo aceno com a cabeça. —  Está com sede? – Não esperou a mulher responder, apenas esticou a mão para a cômoda que ficava ao lado da cama aonde a Uzumaki estava e encheu um copo com água, com a jarra que ficava no móvel. Entregou para a mesma que apenas sorriu em agradecimento. 

—  Ótimo, — A loira disse com um ar encantado por enquanto que a olhava tomar água em grandes goles – primeiro irei fazer os procedimentos básicos e depois você poderá tirar todas as dúvidas comigo, certo? Certo! 

Ino se aproximou delicadamente e começou a checar suas vistas, sua pressão e seus batimentos cardíacos.  

—  Está tudo okay. – disse anotando algo na prancheta — Está sentindo alguma dor? 

Hinata fez que não com a cabeça, omitindo a dor de cabeça, Ino compreendeu e fez mais algumas anotações na prancheta. 

—  Está tudo bem contigo, Hina. –– Ino checou novamente a prancheta e olhou para Hinata — Você chegou no hospital inconsciente e todos da equipe médica entraram em comum acordo que foi uma queda de pressão. Seu chakra estava desestabilizado, — A feição da médica mudou e Hinata entendeu que seu problema era muito mais profundo que aquilo – porém conseguimos reverter o quadro em poucas horas.  Anda se alimentando direito? – Hinata nada respondeu – vou interpretar esse silêncio como não. Vou te passar um remédio natural básico para tomar todos dias de manhã pelas próximas quatro semanas, isto irá te ajudar a recuperar sua energia e estabilizar seu chakra

Hinata ficou quieta, tentando digerir ainda o que Ino tinha falado. Seu chakra desestabilizado? Mas como? Quem a trouxe ali? Como tudo ocorreu. Há poucos minutos atrás estava em sua casa e naquele momento estava no hospital. Estava bastante confusa e as informações de Ino, que eram apenas médicas, não ajudavam em nada.  

—  Hina... 

Hinata olhou para Ino e viu uma preocupação sobre seus olhos. 

—  Você lembra como veio parar aqui? — Hinata fez não com a cabeça e a ex-Hyuuga pode perceber a sua amiga inquieta. Observou a Yamanaka andar até a porta e a trancar. 

— Você pode estar bem confusa, porém quero que saiba que nada escapa de uma Yamanaka— E como para confirmar a afirmação, a mulher bateu a caneta na sua cabeça, dando uma piscada com o olho direito na sua direção. — Bom, – suspirou — Como eu disse, você chegou inconsciente aqui, desmaiada para ser mais exata. Porém algo muito estranho ocorreu com seu quadro, você tinha tremores pelo corpo e seu Byakugan estava ativado. Um bom contribuinte para seu chakra esvair mais rápido, isso é um dos motivos por não conseguir ativa-lo agora. Você utilizou muito deles. Entretanto alguns pontos do seu sistema de circulação de chakra estava fechado. Não foram muitos, apenas dez, o que já é um grande problema e explica o porquê dos tremores em seu corpo. Quando alguns pontos são fechados, o corpo entra em ebulição, tentando transferir mais rápido o chakra para esses pontos selados, no modo de tentar a retornar ao estado estável. Você está entendendo o que estou querendo dizer? 

Hinata a olhou e sorriu, tentando mostrar que estava acompanhando seu raciocínio, apesar de não saber aonde ela queria chegar.  

—  Hinata, seus pontos de chakra foram selados por um clã específico e o único capaz de ver o chakra circular pelo o corpo é o seu, Hinata. Você foi atacada por um Hyuuga 

A perolada ficou surpresa e tentou a todo custo buscar em sua mente algo que tinha acontecido naquele espaço de tempo, antes de ter um apagão e acordar no hospital.  

Nada. Suas memórias eram confusas e sua dor de cabeça não cessava para ter um minuto e poder organizar seus pensamentos e lembranças.  

—  Eu não entendo, não lembro de nenhum Hyuuga. Só lembro de... 

—  Sim?  

Hinata ficou quieta, não achava que aquilo seria válido. Ela não se lembrava de nada e não podia contar com sua memória confusa. 

—  Eu não lembro, sinto muito Ino-chan, diria que o cansaço me fez desmaiar.   

Ino suspirou cansada e sorriu terna, se aproximou da cama e sentou no espaço vago. 

— Anda trabalhando demais senhora Uzumaki— O tom malicioso da mulher fez Hinata rir cansada. Estava claro que a Yamanaka estava tentando distrai-la e desviar o foco do assunto. 

— Cuidar de casa e crianças são trabalhos pesados, Ino. Nunca pensei que isto daria tanto trabalho, além de Naruto... 

Hinata parou de falar e olhou para a Yamanaka que tinha um brilho a mais no olhar. Sorriu sem graça e tossiu desconfortável. Suas bochechas adquiriram um tom avermelhado e Ino entendeu. 

—  Irei chamar as crianças, elas estão lá fora desesperadas e preocupadas. Vou dar um tempo para vocês e irei assinar sua ficha para ir embora 

A Yamanaka se levantou e se dirigiu para a porta. 

—  Inochan?— Hinata chamou vendo a moça virar depressa com um olhar atento carregado no rosto — você sabe quem me trouxe? Boruto não estava em casa e Himawari ainda é apenas uma criança. 

—  AH claro – Ela respirou fundo – foi o Sasuke-kun, ele chegou com você desmaiada nos braços e Himawari no encalço. Toda a equipe ficou surpresa e para afastar os olhares curiosos tivemos que mandar Sasuke embora. – Ficou surpresa com isto, mas depois teve a certeza que teria que se lembrar de agradecer Sasuke pela ajuda  E AH, –  Ino disse antes de chegar a porta – avisei sobre seu caso para o departamento de Polícia e se você se lembrar de algo, avise—nos 

Hinata afirmou com a cabeça e Ino a inspecionou com o olhar, vendo se a mulher iria perguntar algo a mais. Como a Uzumaki ficou quieta por um longo tempo, Ino  decidiu por sair do quarto e ir a procura das crianças. 

A ex-Hyuuga, aproveitando este momento sozinha, respirou fundo e fechou os olhos tentando apreciar aquela calmaria do ambiente, o que não deu muito certo, pois logo seu quarto foi invadido por duas crianças ofegantes e agitadas. 

— Mamãe – Os dois gritaram juntos e se entreolharam envergonhados, mas ignoraram o constrangimento e correram para pular em cima da cama e abraçar sua mãe. 

—  Calma – disse quando começou a ouvir choros baixos – foi só uma queda de pressão. Está tudo bem agora. 

—  Eu...eu...vi...eles te le—levaram pro centro...cirurgia. – A mais velha entendeu que Himawari queria dizer. "Eu vi eles te levarem pro centro cirúrgico". Sabia que a pequena estava bastante assustada.  

Sentiu braços se agarrarem mais a si e fechou os olhos abraçando ainda mais forte suas crianças.   

Se separaram quando os choros das crianças cessaram e riu da cara de constrangido de Boruto depois de chorar no colo de sua mãe e Hinata entendia.  

Regra básica do manual ninja: Nunca demonstrar emoção. Ele era criança, porém por ser genin já era esperado de sua posição que ele saberia segurar muito bem suas emoções. Mas Hinata não ligava, adorava ver as emoções de Boruto por ser mais um fato que a remetia lembranças de quando ele era uma criança pequena e fofa. 

— Mamãe — A voz abafada da sua filha a puxou de suas divagações – Tio Sasuke te carregou estilo noiva. 

Ela riu e bagunçou o cabelo dos seus dois filhos.   

— Eu amo vocês — ela sussurrou e beijou a testa de cada um que ficaram vermelhos como pimentão.  

*****  

Estava de alta do hospital há dois dias e mesmo com Ino a receitando ficar de repouso e descansar esses dias, Hinata decidiu ignorar e fazer tudo o que era contra a palavra da médica. 

Estava de pé desde as quatro da manhã, tudo por falta de sono e por uma vontade mais do que anormal de organizar as coisas. Depois de deixar a casa brilhando e ter arrumado o café para Boruto, Hinata decidiu, com Himawari em seu encalço, visitar o tumulo de Neji e depois passar nos pequenos comércios para fazer a compra do dia. 

Hinata entrou na rua principal da pequena feira que compõe a cidade. Desde o fim da guerra, os habitantes criaram uma pequena feira local na qual se podia encontrar de tudo, desde comida exóticas até artesanatos do Hokage e de alguns ninjas importantes, como ela.  

Himawari adorava aquele lugar, ela sempre saia com algum presente de um dos feirantes.   

Andou distraída até se deparar com uma das mais antigas lojas de armas conhecidas por Konoha, olhou as armas ninjas expostas nas vitrines e ficou encantada com todos aqueles armamentos. Em especial olhou uma Katana com uma singela pedra de diamante na ponta afiada e era bem menor que as outras, porém sua eficiência estava ali estampada no preço. Hinata tossiu sem graça, pelo preço extravagante, e passou os olhos pelas outras armas. 

—  Bom dia, primeira dama – um homem, que aparentava já ter avançado na idade, saiu da loja apenas para cumprimentar Hinata – Fazendo as compras do dia? 

— Ohayo Konomihacho-san – Curvou-se em sinal de respeito com o mais velho —  Claro, tenho duas crianças em casa... — não terminou a frase para ficar subtendido e sorriu envergonhada ao ver o velho rir com uma expressão aberta.  

Para disfarçar o vemelhidão que começou a correr por suas bochechas, voltou a prestar atenção nas armas que ficavam nas vitrines. Eram realmente belas e as vezes se pegava comparando os armamentos de sua época e os recentes. Eram completamente diferentes, mais sofisticados, extravagantes e caros, porém ela não poderia negar que também eram eficientes.  

As vezes quando parava pra arrumar o quarto de Boruto, sempre achava um armamento novo que de algum jeito tinha uma tecnologia de ponta, era incrível apenas de se pegar na mão, imagina ao utilizar em um campo de batalha?! Deu um suspiro cansada. 

—– Saudades de ser uma ninja? — perguntou retórico arrumando uns dos cartazes que caiu no chão por culpa de um vento forte. 

— Ah, oi? Me desculpe Konomihacho-san, não prestei atenção. 

—  Tinha perguntado se estava com saudades da época ninja, sabe, você está olhando as armas a um bom tempo. 

A mulher abriu a boca envergonhada e tossiu pra disfarçar o embaraço, porém decidiu dar de ombros e voltar a prestar atenção nas belas armas.  

—  Não, são apenas lembrança – respondeu baixo e virou-se para ele pronta para despedir-se, porém não foi preciso, o mesmo já voltará a loja e ignorará totalmente Hinata — e a propósito me chame apenas de Hinata – disse, já sabendo que ele não estaria ouvindo. 

Deu de ombros e parou de sonhar ou relembrar seu passado como ninja. Apertou firmemente as sacolas em sua mão e decidiu seguir para a tenda de frutas já que sabia que a pequena Uzumaki estaria lá, visto que ela adorava o dono da mesma e vice-versa.  

Senhor Haroki, como se chamava o dono da tenda, sempre a fazia experimentar as frutas que vinham da fronteira dos países de Taki, Kusa ou Ame. Não importava. Hinata só sabia que Himawari adorava aquele senhorzinho. 

— Ohayo Haroki-san – Hinata cumprimentou o senhor que estava muito entretido com sua filha –– Himawari, acho que já está na hora de irmos.  

—  A mamãe — Sua filha virou o rosto para ela com um bico enorme nos lábios  bem agora que Haroki-ojisan estava me contando sobre o segredo de Biwa¹ 

—  Obedeça sua mãe, Himawari-chan. Vá com ela, tenho certeza que a primeira dama precise fazer muitas coisas ainda.  

— Me chame apenas de HinataHaroki-san, e o senhor Haroki está certo pequena, temos que ir. 

—  Okay, tchau Haroki-san, semana que vem estarei aqui. 

Ela sorriu agradecida para o senhor e segurou a mão de sua filha quando a mesma se aproximou. Viu Himawari balançar suas mãos se despedindo de Haroki-san por enquanto que retornavam ao seu caminho.  

A feira naquele período do dia ficava bastante lotada, era o horário preferido dos senhores de idade para andar pela vila e fazer compras, também o horário que os turistas normalmente chegavam. Então explicava boa parte das pessoas que estavam ali, estava até difícil reconhecer alguém com tanta gente se movimentando por ali e Hinata sabia disso, porém não soube explicar o porquê seus olhos, no meio daquela aglomeração, alcançaram um sobretudo preto e uma parte do cabo de sua Kusanagi.  

Sasuke Uchiha. 

Apesar de ela concordar que ele era irreconhecível em qualquer multidão, ela não saberia dizer, como no meio de tanta gente ela percebeu logo ele e não um senhor próximo que gritava e tirava todos os holofotes do ex-nukein. Talvez a altura dele explicasse, apesar de que não era o único homem alto ali. Talvez suas vestes, porém...Balançou a cabeça espantando os pensamentos e decidiu continuar seu caminho.  

—  Olha mamãe, é o Sasuke-oji. 

A menina se soltou de sua mão e correu entre a multidão para se aproximar de Sasuke. 

—  Himawari, espere. Não corra. 

Era uma corrida perdida se fosse comparar as idades, Himawari tinha uma energia a mais que Hinata, uma ex-ninja. Foi fácil perder a pequena de vista. Ficou desesperada e começou procurar um corpo pequeno entre aquelas pessoas. 

—  Achei o que estava procurando. — Uma voz grossa disse atrás de si e a Uzumaki virou na hora, encontrando Sasuke Uchiha segurando uma das mãos de sua filha.  

Abraçou Himari de um jeito aflito e sentiu os pequenos braços a rodearem.  

—  Nunca mais faça isso, está ouvindo? — disse ao afastar e olhar nos olhos culpados da menina que apenas concordou com um aceno de cabeça. Levantou-se e olhou para o Uchiha — Obrigado Sasuke-kun, você sempre me ajudando. 

Ele concordou com a cabeça e por um segundo ficou um silêncio constrangedor. Como ninguém se atraveu a dizer algo a mais, Sasuke decidiu virar de costas para as duas mulheres e voltar a fazer o que tinha que fazer. Hinata respirou fundo e o olhou brava para sua filha deixando claro sua irritação com a atitude anterior. 

—  Desculpa mamãe, eu nunca mais farei isso. Foi feia a minha atitude.  

Naruto estava certo quando dizia antigamente que ela era uma mãe muito boba, porque na mesma hora agarrou Himawari e deu beijinhos no topo de sua cabeça dizendo que ela era uma ótima filha. 

—  Só me promete que não fará isso de novo? 

— Prometo. 

—  Ótimo, que tal irmos naquela casa de chá que você adora? — Sugeriu ouvindo o grito animada de sua filha preencher os ouvidos. Riu boba e deixou sua filha andar na sua frente sendo supervisionada por ela.  

—  Mamãe, podemos chamar o tio Sasuke? – A pequena virou pra si empolgada. 

— Não sei Himawari... 

—  Você não têm que agradecer ele? — disse com um olhar sagaz para sua idade — acho que um chá é bom pra agradecer, além de que acalma o coraçãozinho. – Suas palavras inocentes fizeram Hinata derreter por dentro e ela ficou transtornada por sua filha a convencer tão facilmente. 

— Okay, garotinha. – Tocou no nariz dela de um jeito carinhoso e riu quando a menina também riu. — Com uma condição – Levantou o indicador vendo os olhos de Himawari brilharem curiosos — eu quero um abraço. – Mal terminou de falar e já sentiu pequenos braços rodearem seu corpo. 

— Agora vai lá, mamãe – A menina deu pulos incentivadores. Hinata riu mais uma vez e se aproximou de Sasuke, que não tinha se afastado tanto e que apenas olhou-a, sem nenhum traço de expressão. 

— Eu não te agradeci por ter me levado ao hospital — Hinata iniciou baixo, não olhando diretamente para Sasuke e sim para as cestas de frutas que o mesmo carregava, anuiu as sobrancelhas curiosa. — Ino me disse que você me carregou até o hospital, e como forma de agradecimento eu e Himawari queríamos lhe convidar pra tomar um chá, já que estamos próximo de uma casa de chá. – Ergueu sua postura e encarou Sasuke que mantinha sua expressão neutra, aquilo só foi um contribuinte para as suas bochechas se avermelharem.  

— Um chá cairia bem agora – disse interrompendo o silêncio que se estabeleceu e aproximou-se calmamente de Hinata retirando delicadamente as sacolas de suas mãos.  

— Então, vamos. — ela disse envergonhada e juntos começaram a andar.  

Himawari liderava o caminho, um pouco mais a frente cumprimentando as pessoas, correndo pelas ruas, recolhendo flores que nasciam entre as calçadas e tudo que uma energia da sua idade poderia proporcionar. Estava sendo criança.  

Hinata estava um pouco mais atrás atenta a sua filha e Sasuke as perseguia um pouco mais afastado. 

Eles andaram bastante até se afastarem do centro comercial de Konoha. Hinata explicava para Sasuke qual caminho estavam indo, na concepção de mapa antigo da vila, já que ela tinha certeza que Sasuke não reconhecia mais a nova vila. Konoha ainda tinha seu familiar ar antigo, mas com os anos avançando e a tecnologia mais estruturada na vila, não se podia dizer que era a mesma cidade de anos atrás, na qual o Uchiha estava habituado. Ela sabia disso, porque até ela, que vivia ali a mais tempo que Sasuke, não conseguia acompanhar tão bem os avanços tecnológicos. Nessas horas ela se sentia velha o bastante.  

— Eu conheço aqui – Sasuke disse ao entrarem em uma rua que só conservava as estruturas antigas de Konoha. Hinata olhou-o e sorriu compreensiva. 

—  Konoha consegue se estabelecer entre o antigo e o novo. 

E para confirmar sua fala, um prédio bem alto e de vidro, aparentemente construído a poucos anos, se destacava no fim da rua. Sasuke anuiu com a cabeça e avançou alguns passos mais próximo de Hinata, até os três pararem em uma tradicional casa de chá. 

A construção de madeira reluzia através do lago que acompanhava toda a estrutura, uma pequena ponte ajudava-os a chegarem em seu destino. Na entrada continha o emblema da família, que era uma fênix, os dois jovens passaram pelo emblema e entraram na casa de chá. Himawari, um pouco mais agitada adentrou no estabelecimento, largou os calçados de qualquer jeito no genkan e correu para o centro do local. 

—  Oba-chaan Hiruka – A pequena falou alto correndo pelo piso de madeira e sumindo pelos fundos da casa. 

Hinata sorriu ao observar a agitação de sua filha e junto-se com Sasuke na parte de retirada dos sapatos. Deixou os calçados no gekan junto com os outros pares desconhecidos e adentraram o recinto que estava bastante calmo e com poucas pessoas. 

Sasuke adiantou o passo e se dirigiu para uma mesa mais afastada de todas, praticamente no fundo da casa. O tatami era frio sobre seus pés, porém a meia conseguia filtrar um pouco a temperatura.  

Acompanhou o Uchiha e se sentou à sua frente, no qual cada um podia encarar as expressões do outro. Hinata riu achando impossível Sasuke não ter outra expressão, a não ser a de indiferença, que ele sempre carregava. Ela ainda não entendia o que levou Sakura a gostar realmente do Uchiha. Eram dúvidas que sempre a rondavam ao ver um dos dois... 

—  Está tudo bem? — Sasuke perguntou, fazendo Hinata tomar um susto e quase derrubar a pequena tigela de água a sua frente. 

— Ah claro, claro. – respondeu envergonhada – Por que não estaria? 

Sasuke não respondeu, pois bem na hora a atendente apareceu com seu sorriso gentil e amável. Himawari estava agarrada as vestimentas da moça. Uma gueixa.  

Sasuke ficou surpreso por encontrar uma gueixa naquele recinto, Hinata percebendo o estranhamento de Sasuke riu contida. Sendo percebida apenas pelo moreno que adiantou em voltar com sua expressão normal.   

— O que desejam? — A voz morna e doce da mulher era bastante agradável para os ouvidos dos presentes ali e sua feição maquiada e roupas tradicionais completava o pacote de mulher bonita e adorável na concepção japonesa. 

— Himawari — Hinata falou baixo, apenas pros presentes escutarem – deixe Asamisan trabalhar. Vocês poderão ficar juntas depois da refeição.  

A pequena concordou e saiu de trás da veste da mulher e se encaminhou para o seu lugar, ao lado de Hinata.  

Os dois pediram doce de ovo, chá verde e sake para finalizar, para Himawari mudaram apenas o sake por um doce feito com Nashis. A gueixa acenou com a cabeça e logo desapareceu de suas vistas.  

— Aqui é uma casa de chá mista. – Hinata iniciou quando percebeu sua filha distraída com os hashis — Tanto gueixas, como locais trabalham aqui. Essas são gueixas iniciantes, então o senhor Atsusho emprestou sua casa para o treinamento das meninas. É bastante gostoso aqui, por ser bem afastado do centro, e ainda ser calmo e pouco movimentado, as meninas podem trabalhar em paz, sem tanto holofote sobre elas. 

Sasuke concordou com a cabeça e o silêncio pairou sobre o ar.  

Ao olhar para Sasuke, Hinata sabia que ele não se incomodava, ela também não, mas para quem era casada com Naruto Uzumaki há quinze anos, era até um pouco incômodo o silêncio. 

Suspirou cansada e olhou para o moreno que a encarava sem discrição. 

—  É – tossiu constrangida — eu realmente agradeço por ter ajudado a mim e Himawari naquele dia. – Ela curvou-se até não poder enxergar Sasuke e sim o tatame do local, e ficou uns bons minutos nesta posição antes de retornar à informalidade.  — Foi gentil de sua parte.  

— Ajudar os cidadãos da própria vila é uma das regras do manual ninja. – Deu de ombros 

—  Eu sei, — sussurrou desconcertada pela fala do rapaz – porém como você soube que eu tinha...desmaiado? 

— Não soube. A rua de sua casa é caminho para o escritório do Hokage, só foi coincidência eu ouvir Himawari chorando.  

Hinata assentiu e sorriu constrangida. Por deuses, era constrangedor estar com Sasuke Uchiha em uma casa de chá mista. 

—  Himawari me disse que você tinha falado um nome antes de desmaiar, se lembra qual?  

Hinata o questionou com o olhar e voltou seus olhas pra sua filha ainda bastante distraída com os hashis, mas logo as lembranças dos eventos passados invadiram sua mente e ela concordou com a cabeça um pouco assustada. Desde a saída do hospital, as lembranças do fatídico dia que desmaiou eram como um segredo para sua memória, nada lhe vinha á mente e de repente... 

—  Hinata— Sasuke chamou-a tentando a despertar do transe. 

—  HamuraHamura Ōtsutsuki— Sua voz saiu baixa por ainda estar tomada pelas lembranças daqueles olhos frios e opacos. Como eram os olhos de Neji.  

— Entendo. – disse — Você acha que foi alucinação? 

— Não sei. Ino disse que meu chakra estava suspeito e que poderia ser o cansaço, que me sobrecarregava demais, bom...Eu trabalho muito, pode ser isso também. 

— Então você não sabe. – afirmou e Hinata não teve problema nenhum de confirmar com a cabeça.  

A gueixa que os atendeu antes, voltou com os pedidos e colocou todos os pratos sobre a mesa. Ela sorriu antes de sair e bagunçou os cabelos de Himawari que sempre a olhava encantada. 

O silêncio naquele momento não era incômodo. A comida os mantinha ocupado por enquanto que pensavam em coisas diversas. A pequena Uzumaki fazia uma bagunça, porém tudo era encarado carinhosamente pelos olhos da mãe. O Uchiha não sabia se situar muito bem naquele ambiente "familiar", com Sakura e Sarada era tudo diferente, não ruim, era barulhento e preenchia seu coração de alguma forma, mas com Hinata era...diferente.   

Estar em Konoha, que transmitia a familiaridade, vendo seus amigos e colegas com sua família sempre o fazia voltar a pensar em Sakura e a relação dos dois. Era...estranho, se fossemos observar, um cara e mulher com uma criança que não era sua, sentados em uma casa de chá mista afastada do centro.  

Sasuke sentia cada vez mais que precisava conversar com Sakura.   

—  Sasuke-kun— A imagem de mãos pequenas e longas entraram em seu campo de visão. O Uchiha piscou algumas vezes para situar-se. Hinata viu o seu aparente desconforto. — Está tudo bem?  

— Não se preocupe, estou bem.  

A mais velha concordou e voltou a atenção entre auxiliar Himawari a não si sujar e enfiar uma porção grande de comida em sua própria boca.  

******* 

A aparência de fim de tarde de Konohagakure era magnífica. O alaranjado misturado com as pequenas estrelas que ousavam se sobressair deixava uma áurea de aconchego e alívio. As ruas já não eram movimentadas como de manhã e tarde, já se podia ouvir o bocejar dos mais velhos e a expectativa dos ninjas saírem dos seus postos para festejar (claro, os ninjas do turno da manhã).  

Era uma cena bastante acolhedora para Hinata, a fazia lembrar sua infância, quando saia de mais um treino árduo e andava pelas ruas antigas de Konoha.  

Sasuke andava mais a frente e como um bom cavalheiro carregava a poucas sacolas de Hinata, além das suas. Himawari o acompanhava atrás como um soldado acompanhava seu líder (e ela até marchava para enfatizar a cena. Aos olhos de Hinata, era uma graça de se ver). Hinata ficara mais atrás apreciando a vista dos comércios fechando e dando poucos comprimentos para quem andava na rua naquela hora.   

Encolheu os ombros ao sentir uma corrente de ar fria e suspirou cansada. As noites de verão era um pouco contraditória, podendo ser quentes e úmidas tanto quanto geladas e chuvosas.  

Tremeu mais uma vez quando uma rajada de vento forte atravessou seu corpo ao virar uma esquina. Eles não estavam tão longe de suas casas, porém o vento indicava que logo uma chuva forte se iniciaria. Hinata apressou os passos para perto de Sasuke e nisto ficaram lado a lado.  

Observaram Himawari correr pelas ruas desertas que entravam, sempre atentos, mas com a atmosfera amena entre eles. Se Hinata visse alguém pelas ruas, ela se apressava a dar um passo para trás de distância de Sasuke e o Uchiha vendo seu incômodo, começou ele mesmo a se distanciar de Hinata quando algum morador passava próximo de ambos.  

Naquele horário passavam despercebidos pelas ruas estarem quase vazias e já se encontrarem no final da vila, porém era Sasuke Uchiha e Hinata Uzukami, os ninjas que ajudaram na guerra, ex-nukeein e mulher do sétimo Hokage, respectivamente.  

Quando Hinata tremeu pela enésima vez, Sasuke depositou seu sobretudo nos ombros da mulher, era irritante e estranho ver Hinata se tremer de frio, o lembrava da época em que ela só era uma garota apaixonada por um muleque barulhento e Sasuke era disputado por todos as meninas. 

—  Naruto esteve em casa naquela noite...aquela que você passou em casa achando que ele estava em casa ao invés no trabalho. — A perolada disse quebrando o silêncio. — As crianças ficaram felizes por poderem treinar com ele no outro dia. – 

Não sabia o porquê estar contando aquilo, porém era o mesmo Uchiha Sasuke que de um modo estranho, indagou dias antes o do porquê de Naruto não estar em casa. Era quase solidário essa a personalidade pós-guerra do Uchiha. 

— Eu sei – disse ele e Hinata ergueu os olhos em pergunta — Eu passei no escritório dele e bom...ele estava se arrumando para ir voltar pra casa. Parecia feliz. 

Não achava necessário contar para ex-Hyuuga que fora ele que deu a ideia de seu marido voltar pra casa e que ele estava mais cansado do que feliz. 

—  Ah — arquejou em um tom não tão surpreso  foi bom ter ele em casa

—  É sempre bom ter alguém em casa. – Ele disse com o tom baixo. 

Hinata poderia estar redondamente errada, mas teve um palpite de que Sasuke emitiu um ar melancólico. 

— E essa cesta? — Hinata disse se lembrando da cesta de frutas que o homem carregava. — Estava fazendo as compras de casa? 

—  Sim, Sarada as vezes prefere que eu cozinhe.  

—  Você sabe cozinhar?  – O tom surpreso não foi disfarçado e a mulher sentiu um pouco de vergonha depois de perceber.  

Sasuke fez que sim com a cabeça. 

—– Como você aprendeu? – perguntou mais surpresa que a questão anterior. 

— Eu tive que aprender. — disse rude, querendo encerrar o assunto. 

— Desculpe, Sasuke-kun. Eu não quis desconfiar de você, nem nada do tipo, eu... 

—  Tudo bem. 

— Me desculpa. – pediu mais uma vez.  

Era de certo que a Uzumaki estava muito envergonhada pela pergunta. Ela abaixou a cabeça e ficou um bom tempo andando de cabeça baixa. Sasuke não fez nenhuma questão de puxar assunto, estava deixando ela remoer suas ideias, ele poderia ter sido um pouco menos rude com a mulher, mas este era o seu jeito. Ele ainda estava trabalhando o seu modo gentil pós-guerra. 

Suspirou cansando pelo silêncio e por talvez ver a mulher fritar seu cérebro em arrependimento. 

—  Não se preocupe, Hinata. Para quem tem um marido que queima lámen e não sabe ver a validade de um leite, acho aceitável questionar todos os homens sobre seus dotes culinários 

O humor ácido só ajudou ainda mais para Hinata ficar constrangida, porém ela riu. Uchiha Sasuke continuaria sendo Uchiha Sasuke e nada mudaria isto, nem uma viagem de doze anos ou uma guerra ninja.   

****** 

A chuva começou a cair quando Sasuke tinha acabado de fechar a porta atrás de si. A casa estava imersa em escuridão e silêncio, não precisou de muito pra saber que Sarada já estava na cama. Isso era ótimo.  

Só para garantir, passou no quarto de sua filha e deu um beijo em sua testa.  

Andou em direção do seu quarto com lentidão, não era como se estivesse alguém a sua espera, a única que estava no seu alcance estava no mundo dos sonhos e a outra...milhas de distância.  

Já se passara um mês desde que voltou e metade de um mês que Sakura estava fora, sabia que provavelmente era o tempo de duas semanas até sua mulher estar em casa (segundo os relatórios que enviara para Naruto e o mesmo repassava para si). Isso era bom, significava que a epidemia não era tão assustadora como todos do conselho imaginavam, e que também Sakura era uma ótima médica.  

Respirou fundo e empurrou os pensamentos sobre Sakura e sua pesquisa, para o fundo da sua mente decidido a ir tomar banho. Quando estava tirando sua roupa, percebeu que seu sobretudo tinha ficado com Hinata, e com pesar teria que se encontrar com Hinata mais uma vez. 

Não que desgostasse de Hinata, mas o cansava ver a Uzumaki do mesmo jeito por N (ene) razões que envolviam Naruto. Ele até admitia que a mulher era boa em esconder as coisas, mas não tão boa em comparação a um ex-nukein. Era até deprimente em sua concepção masculina.  

Apesar de não ser o melhor marido com Sakura, os dois tinham uma relação boa, baseada principalmente em confiança, e ver a ex-Hyuuga, colega de classe, naquele espírito era bastante degradante, não somente para ela, mas mais para Naruto. Apesar de que Sasuke admitia que ela era uma boa esposa, até demais para seu amigo, porém isto já não era um problema seu.  

Seu banho foi rápido e quando percebeu já estava deitado na sua cama, com a famosa insônia, isso era uma das consequências de seus atos, mas era até merecido por tudo que ele já tinha feito e causado no mundo shinobi.  

Era só fechar os olhos e vinha Itachi em sua mente. Itachi com sangue. Itachi sorrindo. Itachi morrendo. Sangue de Itachi em suas mãos. Quarta Guerra. Itachi revivido. Itachi...Itachi....e Itachi. 

— Não consegue dormir? – Abriu os olhos assustado pela voz. 

Sua respiração estava desregulada e uma fina camada de suor escorreu pela sua têmpora. Como uma metáfora, podia sentir seu coração em sua boca.  

— Pensei que voltaria daqui duas semanas. – não respondeu sua pergunta e olhou para Sakura que o encarava preocupada no batente da porta.  

—  Eu iria, mas os curandeiros locais aprendem rápido, eles já sabem como cuidar da doença.  Respirou fundo soltando o ar pela boca — Vim o mais rápido que pode.  

—  É imprudente... 

—  Correr sem parar, mas eu queria te ver. – disse entrando no quarto e fechando a porta atrás de si. 

Sakura olhou pra Sasuke com uma gama de sentimentos em seu olhar e por um minuto Hinata passou em sua mente, mas do mesmo jeito que veio, foi embora.  

—  Sakura..

—  Você sabe que pode tomar remédios, para a insônia. – E foi a vez dela de mudar de assunto –– Eu posso te receitar, se quiser.  

— Obrigado. — disse a observando aproximar e sentar na cama, Sasuke imitou o gesto e também sentou, sem tirar os olhos da rosada. – Mas estou bem. 

— Você sabe que não precisa viver com isto pra sempre. 

—  Eu sei, — Ele desviou o olhar dela por um momento e voltou a focar em seus olhos esmeraldas. – mas não é como se eu não quisesse.  

Sakura respirou fundo e como dado por encerrado o assunto, levantou-se e dirigiu-se para a suíte do casal.  

O Uchiha apenas voltou a fechar os olhos à espera que as imagens do seu irmão fossem substituídas por outras mais leves, geralmente funcionava e era só esperar. 

 

¹É uma fruta provinda do Japão, no qual acreditam-se que pode curar várias doenças. 


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Notas finais do capítulo

FAAAAAZ TANTO TEMPO que eu nem sabia mais como postar capítulo, fiquei meia hora tentando achar, acho que é vingança do destino por eu demorar tanto sahshahsha Se sintam vingados pelo site kshashahsha.
Eu realmente quero pedir desculpa pela demora, este capítulo me deu trabalho e quem acompanhou minha postagem no grupo deve ter visto um dos motivos, o outro foi por tempo + inspiração, eu apaguei este capítula e reescrevi do começo duas vezes, de tão trabalhoso que era, pois finalmente tivemos a aproximação do casal EEEEEEEEE.
E aí, gostaram? To me esforçando muito nesta história.
EU QUERIA AGRADECER DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO (SENTE A PRESSÃO DO CAPS) A QUERIDA GABRIELLA HOHRANNA, foi ela que deu inspiração pra uma das cenas do capítulo e além do mais me ajudou com os erros e com os personagens. Obrigada amore, você me ajudou nesta saga ♥
Sem mais delongas até a próxima e este cap foi grande pra compensar a demora, eu tinha me proposto a 6000 palavras, mas não consegui, foi por pouco, mas espero que tenha válido esse tanto de palavras kkkkkk.



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