O conselho dos reis estava reunido em volta de uma mesa imensa. Todas as províncias, anualmente, discutem os problemas que cada uma tem. Aradorn, o rei supremo de Itilia, estava sentado em uma das pontas da mesa, observando a grande discussão que acontecia no salão. 

— Não podemos deixar que esse grupo liderado por Alkban acabe com tudo o que criamos, isso é um insulto para a imagem dos meus antepassados. - Gritou ArkHem, o rei do Norte. _ O que Octavius está fazendo para conter essa ameaça? 

— Octavius não estar presente me incomoda um pouco. - Retrucou Aradorn, vendo que a décima terceira cadeira estava vazia. _ Não me importo com esse grupo de revolucionários, só quero a cabeça deles em estacas. 

— Octavius é fraco, logo esse grupo de revolucionários que você mencionou dominará Órion e tudo o que tinhamos planejado irá por água abaixo. - Gritou Hamuth, o príncipe das terras do sul. _ Temos que tirá-lo do caminho e governar Órion, somos mais capazes em tudo. 

As portas se abriram, todos pararam para ver Octavius entrar acompanhado pelos seus generais. Ele estava com os seus cabelos loiros escovados para trás e a coroa ressaltava o seu olhar maligno e ambicioso. 

— Me desculpem pelo atraso. - Octavius sorriu e sentou em seu lugar. _ Estou aqui para ouvir os seus discursos mentirosos e sem fundamento que todo ano sou obrigado a ouvir . - Octavius cruzou os dedos e olhou para os reis, estes se mexiam desconfortáveis em suas cadeiras. 

— Estávamos discutindo a sua gestão e procurando uma solução para acabarmos com essa ameaça que se auto intitula Os Rebeldes. - Murmurou Aradorn, olhando curioso para Octavius, como se ele fosse uma jóia. 

Octavius soltou uma estrondosa gargalhada, alguns dos reis se sobressaltaram.  

— Chegamos em um ponto delicado de nossa conversa, minha gestão nunca foi problemática, exceto pelos inúmeros casos de traição que foram resolvidos com os inúmeros enforcamentos, mas isso não está em questão. Eu estou aqui para dizer que vou unir todos os reinos em Órion. 

Todos os reis riram, estavam achando graça da situação que eles consideram impossível. 

— Como fará isso? - Gargalhou Aradorn, olhando para os outros reis, que ainda riam de Octavius. 

Octavius olhou para Parkus e acenou com a cabeça, as portas se fecharam com estrépido, os reis pararam de rir e olharam para o rei. 

Octavius estava com os olhos amarelos, sua expressão maligna se atenuou mais ainda, sua capa se transformou em tentáculos, ele estava sorrindo. 

— Quem acha engraçado agora? - Gritou Octavius, os tentáculos começaram a desmembrar todos os reis, o sangue jorrava em direção das paredes. 

— Majestade, todos eles estão mortos. - Murmurou Morgana, horrorizada pela visão que estava tendo. _ Vamos embora, temos todos os reinos em nossas mãos 

Octavius voltou à sua forma normal e analisou o salão, estava completamente satisfeito com o que fizera. As portas se abriram novamente. 

— Vá para o inferno! - Gritou Aradorn, agonizando. 

Octavius virou-se e os seus olhos faiscaram. 

— Você não vê? - Octavius sorriu. _ Já estamos nele! 

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— Vamos derrotar o imperador de que forma? - Questionou Mary, desconfiada com a frase que Joe havia lançado anteriormente. _ Não sabemos lutar, não temos recursos para isso, estaremos nos lançando em uma missão suicida. 

Joe amarrou a cara. 

— Não me importa de que forma vamos derrotá-lo e sim quero derrotar esse idiota – Retrucou Joe, sentindo raiva. 

Mary suspirou. 

— Por que quer ajudar essas pessoas, elas não devem nada para nós. - Retrucou Mary, aumentando o tom de voz. _ Estou admirada que você, apesar de todas as suas atitudes, querer ajudar pessoas que em nosso mundo você consideraria como aberrações. 

— Porque as pessoas podem mudar, não estou nem aí para o que está pensando, eu não me lembro de ter perguntado a sua opinião a cada atitude que eu tomo, você não é a líder do grupo! - Gritou Joe. 

— Claro que não. Peter é! - Gritou Mary, fazendo com que sua voz ficasse mais alta do que Joe. _ Peter, o que você decide, devemos ajudar esse povo ou devemos voltar para casa? 

Peter olhou para Mary. 

— Vamos ajudar esse povo, precisamos tirar Octavius do trono e mandar ele para a prisão.