Cotidiano escrita por Ariane Munhoz
Notas iniciais do capítulo
30 – Sobre castidade
Será que agora muda pra 18+? :D
Mesmo com a guerra por vir, ainda existiam dias onde podiam ser apenas dois adolescentes, e Kiba podia ser apenas Kiba.
Aquele era um desses dias, onde Shibi havia saído para mais uma reunião com o conselho e Shino e Kiba estavam sozinhos em sua casa.
Pareceu simplesmente natural quando Shino estava sendo atacado por aquele livro que não o permitia dar atenção a Kiba, que ele o salvasse de morrer em um rio de tédio a respeito de... de... qual era mesmo o título do livro? Kiba não fazia ideia!
Fato é que o largou para lá, sentando-se no colo do namorado e o beijando.
E foi assim que terminaram no quarto de Shino, os dois sem camisa, enquanto os toques se tornavam mais ousados.
Kiba afastou o rosto ao sentir a mão dele descer um pouco mais.
− C-calma aí, Shino! – Shino sentia o rosto corado, as bochechas quentes de tal maneira que as marcas do clã Inuzuka desapareciam em meio ao rubor.
Aburame arqueou as sobrancelhas. Será que havia ido longe demais?
− Sinto muito, Kiba. – disse.
− N-não! – gaguejou. – Eu quero! É só que... nunca fiz isso com ninguém.
Sua voz foi sumindo até se tornar um fiozinho de sussurro. Shino apenas conseguiu ler seus lábios nas últimas palavras.
− Bem, eu também não. – Shino esclareceu, como se aquilo fosse natural. Eram, afinal, adolescentes. E nenhum dos dois era obrigado a ser escolado nisso!
− Não? – As sobrancelhas de Kiba se arquearam. – Então você é v..v..
− Virgem? – A palavra com V, que parecia tão proibida para Kiba, saiu com facilidade dos lábios de Shino. – Sim. Achei que isso tivesse ficado claro no dia em que conversamos a respeito.
Kiba parecia um tomate, de tão corado quando Shino falou aquilo com tanta naturalidade.
− Eu só achei que...
− Que eu era mais experiente do que você? Que Naruto era? Foi ele quem colocou essas minhocas na sua cabeça, não foi?
Kiba não queria dizer nada, mas sua expressão o entregou.
− Temos dezesseis anos, Kiba. – Shino elucidou. – Não somos jovens acompanhados por um velho tarado que vai a bordéis com crianças. E castidade não é nenhum defeito. O que há de errado em se preservar até estar pronto ou para estar com a pessoa certa?
À essa altura, Shino coçou a bochecha. Kiba sentou-se na cama, inclinando o rosto e encarando o namorado.
Sem graça.
Shino. Estava. Sem. Graça.
Kiba quis apertá-lo! Colocá-lo dentro de um potinho como se fosse um vaga-lume! Mas ao invés disso, apenas sorriu.
− E o que você acha? – perguntou. – Sou a pessoa certa para você?
Shino olhou para ele, o sorriso safado por baixo do casaco. E prensou contra a cama, deixando que os óculos escuros fossem retirados por Kiba. Sempre se surpreendia com o quão belos eram os olhos dele. Como poços de alcatrão.
− Tenho certeza.
O beijou.
Talvez não fosse naquele dia que deixassem de ser castos, mas com certeza estavam indo pelo caminho certo!
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Brincadeirinha! Desculpa, Shinão, mas eu não resisti! Até quarta!