Hermione Granger: A verdade por trás do encanto escrita por Deh


Capítulo 14
Tenho que ir


Notas iniciais do capítulo

Após uma eternidade aqui está mais um capítulo! ;)



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Às vésperas do aniversário de Harry, recebi uma carta de Tonks me informando do plano de levar Harry a Toca.

Era o momento em que eu tentava adiar...

Acordei cedo e fui fazer uma caminhada lá fora, não demorou muito e Will apareceu.

—Está muito cedo para uma caminhada, você não acha?

Limitei a dar de ombros.

—Então você aprendeu oclumência?

Ergui minha sobrancelha e ele levantou as mãos em sinal de rendição.

—Por que você não está sempre aqui?

—Eu tenho algumas obrigações a cumpri Hermione.

Apenas o olhei de lado.

—Você vai cuidar bem da minha mãe e do meu irmão?

Ele respirou fundo:

—Então você já está indo?

—Eu preciso ir...

Ele assentiu:

—Não posso dizer que entendo a sua lealdade para com eles, mas não sou alguém para lhe impedir.

—Você fala como se essa guerra não lhe afetasse.

—E não afeta Hermione, nem a mim e nem a você. Independente do lado que ganhar estaremos bem.

—Você está se ouvindo?

Ele suspirou.

—Venho de uma linhagem de magos e bruxas que aprenderam a se virar muito bem nas montanhas escocesas. Nós sobrevivemos a muita coisa, iremos sobreviver a essa guerra também.

—E onde estão os outros?

—Há uma vila depois da floresta, mas é melhor que você não vá lá. Não é seguro. Para bruxas como você.

Eu franzi o cenho, mas nada disse. Logo Kate se juntou a nós e começou a falar sobre suas novas flores.

Mais tarde minhas aulas seguiram normalmente, já era noite quando eu observava o jardim de Kate, aqui como em Hogwarts é bastante escuro, pois não há fonte de luz próximas.

—É uma bela noite não acha Hermione?

Me virei em direção a voz e lá estava minha mãe, vestida em trajes trouxas de inverno.

—Muito escura. –Eu disse.

Ela sorriu levemente e olhou para cima:

—Alguém uma vez me disse que são nas noites mais escuras que as estrelas brilham mais querida.

Eu assenti.

—Meu pai?

Ela assentiu.

—Acho que você quer me contar algo não é mesmo?

Suspirei.

—Você não vai gostar.

—Eu não gosto de muitas coisas Hermione, você ir e se arriscar está no topo delas, no entanto eu entendo.

Eu a encarei por longos segundos em silêncio.

Ela tentou sorrir, um sorriso melancólico foi o que eu vi.

—O maior arrependimento da minha vida com toda a certeza foi não poder ter estado ao lado de vocês enquanto cresciam, não vou mentir Hermione, se algo acontecer com você eu não sei o que farei, eu sei que minha opinião não irá afetar a decisão que você já tomou querida, só lhe peço uma coisa: fique bem, por favor.

—Eu ficarei mãe.

E assim a abracei.

Seu abraço era apertado, se pudesse eu tinha certeza que ela não me soltaria, ainda abraçadas ela disse.

—Como eu queria que você negasse a parte Dumbledore em você e não fosse bancar a heroína.

Eu apertei meu abraço:

—Então esta não seria eu, Black, Dumbledore ou Granger, não importa, eu Hermione não posso deixar meus amigos para trás e fazer de conta que não há uma guerra acontecendo, eu não posso deixar que essa guerra continue, olha o que causou a nossa família e assim foi com outras pessoas. Por isso eu tenho que ir e ajudar Harry.

Ainda abraçadas ela disse:

—Fique bem Hermione.

Eu não respondi, apenas assenti com a cabeça.

Quando por fim nos separamos, ela me olhou com um pequeno sorriso:

—Apesar de tudo, eu estou orgulhosa de você.

Eu sorri em resposta, foi então que me lembrei de uma dúvida que tinha desde o momento em que vi meu nome no livro em Hogwarts, aproveitando o que era talvez a minha última chance, perguntei a ela:

—Em Hogwarts, quando vi meu nome real no livro apareceu Hermione M Black, o que seria o M?

Ela suspirou e vi sua expressão ficar melancólica de repente.

—Em minha família é costume dar o nome do meio em homenagem a avó.

Franzi o cenho um tanto quanto confusa, e divaguei:

—Áries me disse que foi criado por Druella que ela morreu...

Ela ergueu a sobrancelha.

—Druella não é sua única avó querida. –E enquanto eu parecia não entender ainda ela continuou –Você sabe bem quem ela é Hermy, talvez só não esteja pronta para admitir.

E assim ela foi para dentro, fiquei mais um pouco lá fora até que decidir procurar meu irmão para me despedir, encontrei ele em seu quarto e conversamos.

—Você tem certeza disso Hermione?

—Absoluta, eu tenho que ajudar meus amigos Áries. Precisamos vencer essa guerra por todos aqueles que já sofreram.

Áries como Will, parecia um tanto cético.

—Você poderia até mesmo vir comigo.

Ele riu sem graça.

—Suas chances são bem melhores sem mim irmã, olhe para mim sou apenas um Black renegado. Potter e seus amigos me veem como um comensal da morte e os comensais me veem como um traidor, vai por mim se há uma chance, com certeza é sem mim.

—Áries...

—Hermione você sabe que é verdade, olhe nossa mãe por exemplo, ela é uma fugitiva. A verdade é que nós os Blacks estamos condenados a ruína há muito tempo.

Não aguentando tamanha estupidez, eu abracei meu irmão e disse:

—Não importa o que você diz, não importa o que o mundo bruxo diga, eu sei que você é bom Áries e lá no fundo você também sabe disso. Eu te amo irmão.

Ele retribuiu o abraço.

—Só fique bem Hermione, agora que encontrei você, não quero perde-la irmãzinha.

E assim nos despedimos.

Voltei para o quarto que estava ficando e arrumei minha “mala”. Descendo as escadas encontrei minha mãe lá embaixo bebendo o que parecia ser whisky.

—Está pronta?

Eu assenti.

—Vou te levar.

—Eu posso ir sozinha.

—Muito arriscado, estão procurando por você lá fora, e duvido que você poderá ir para 12 Grimmauld Place via floor.

Olhei para ela assustada, como ela poderia saber?

—O que foi? Não é difícil imaginar que o QG da Ordem seja lá, afinal que modo melhor Sírius iria arrumar para desrespeitar sua família?

E assim, minha mãe nos tele-transportou para a porta da velha casa de Sirius Black.

—Chegamos. –Ela anunciou não muito feliz.

—Sabe, você poderia entrar. –Ela ergueu a sobrancelha.

—Acho melhor não, vocês já tem fugitivos o suficiente.

Mas antes que ela pudesse terminar de falar, a porta foi aberta por uma jovem de cabelos rosas.

—Hermione, já estava achando que você não viria mais. –E então ela percebeu a presença de mais alguém ali –Oh, tia Ella!?

Ela percebeu chocada.

—Olá Dora.

—Você quer entrar?

—Não obrigada, é melhor eu ir.

Mas quase que instantaneamente um outro Black, apareceu na porta.

—Hermione! Arabella! A quanto tempo! Por favor entrem! –Sírius declarou, tenho a leve impressão dele estar meio bebum.

Ele acabou nos arrastando para dentro sob os protestos da minha mãe.

—Venham, é uma celebração.

Minha mãe possuía uma certa careta.

Lá dentro encontramos Moody, professor Lupin, meu tio Percy, os Wesleys, e até Harry. A “comemoração” pareceu parar um pouco ao notarem a presença da minha mãe.

—Boa noite! Eu não queria incomoda-los.

Alastor pareceu um pouco irritado:

—Me incomodou caça-la durante o ano passado minha jovem, agora mínimo que pode fazer é sentar-se e ouvir o plano louco do seu irmão.

Ela lançou um olhar questionar para meu tio Percy que apenas deu de ombros.

—Qual seria seu plano brilhante irmãozinho?

—Me infiltrar entre os comensais. –Ele disse como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Minha mãe arregalou os olhos imediatamente, e falou tão irritada, como eu já mais vi:

—Você está mais louco que o Sirius se acha que vai fazer isso Percival!

—Ah por favor Ella, você está parecendo nossa mãe. E você sabe que eu consigo.

Minha mãe o encarava seriamente, por alguns segundos tive medo do que ela pudesse fazer com ele, até que Alastor milagrosamente foi a voz da razão:

—Nós já perdemos um Dumbledore, não precisamos perder mais um.

E assim, ambos os irmãos Dumbledore tomaram um gole da bebida que Sirius havia servido a eles, enquanto tinham sua conversa acalorada.

Foi então que Sirius disse:

—Até porquê você nunca poderia passar por um traidor Percy, já sua irmã...

Instantaneamente minha mãe o fuzilou:

—Nós definitivamente não estamos tendo essa conversa Black. Contra minha vontade eu já trouxe Hermione até aqui, agora se me derem licença eu preciso ir, não posso ficar aqui ouvindo seus planos suicidas. –Ela disse se levantando, então ela completou olhando diretamente para Percy. –Se você quer ser como ele Percy, ao menos tente não se matar no processo.

E assim ela se foi.

Quando ela saiu, Ron foi o primeiro a se manifestar:

—O que foi isso?

Foi Sirius quem respondeu:

—Esse foi o furacão Arabella Ronald, pagaria muito para ver a reação dela quando ela descobrir que você é seu futuro genro.

E Ronald engoliu em seco.


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