Hermione Granger: A verdade por trás do encanto escrita por Deh


Capítulo 15
Ruína




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ru·í·na

sf
1 Ato ou efeito de ruir; desmoronamento, destroço, destruição.
2 Restos ou destroços de prédios desmoronados; ruinaria.
3 Prédio desmoronado ou escalavrado pelo tempo ou por causas naturais ou acidentais.
4 Estado de destruição ou de degradação.
5 Enfraquecimento físico ou moral que conduz à destruição ou perda; abatimento, caimento, decadência.
6 Queda ou decadência completa.
7 Perda da fortuna, da prosperidade, da felicidade, do crédito, de bens materiais ou morais.
8 FIG Causa de destruição, de males, de prejuízos.

Em breve muitos desses significados seriam aplicados a mim.

Alguns dias após chegar em Grimauld, Harry, Ron e eu recebemos como herança de meu avô Dumbledore estranhos objetos: o pomo de ouro para Harry, um desiluminador para Ron e um livro de contos, com uma dedicatória interessante, para mim.

Em um mundo afetado pelo domínio de Voldemort Fleur e Bill resolveram se casar e foi no casamento que fomos atacados.

O ataque foi brutal, mal vi quando tio Percy reuniu Ron, Harry e eu e nos levou para Grimauld 12, e nos fez prometer ficar lá enquanto fosse seguro.

Mas não ficamos.

Não poderíamos deixar o mundo ruir e não fazer nada.

Na antiga casa da mui antiga e nobre família Black, descobri minha influência sobre Monstro.

Pressionei o velho elfo e descobri que o plano de meu tio Percy do outro dia era se infiltrar no ministério e roubar de Umbridge o medalhão de Salazar que estava em sua posse, o mesmo medalhão que Regulus Black morreu tentando destruir.

Achávamos que nos infiltrar no Ministério e roubar o medalhão fosse o mais difícil, mas não foi. Com certa dificuldade roubamos o medalhão e fugimos para o interior do país, mas o desafio maior provou ser destruir o maldito medalhão.

Aquela antiga relíquia, exerceu uma influência maligna sobre nós, chegando ao ponto de Rony acabar fugindo.

Apesar da “perda” de nosso amigo, Harry e eu não nos deixamos abater, continuamos nossa busca passando por Godric’s Hollow, quase sendo mortos por Nagine e terminando para morrer em uma floresta em sei lá onde.

O lugar estava frio e não vou mentir, estava começando a achar que minhas chances de sobrevivência estavam se aproximando de zero, mas foi aí que apareceu: um Patrono na forma de uma corsa que nos guiou até um lago congelado, que de alguma forma hipnotizou Harry, não percebi muito bem até que Harry lutava para quebrar o gelo e pulava no lago.

Ele saiu de lá tremendo de frio, mas em suas mãos estava ela, a lendária espada do fundador de nossa casa. A ideia que tivemos foi destruir o medalhão com a espada, no entanto já estávamos fracos por todo o desgaste da jornada e a horcrux nos enfeitiçou e foi nesse momento que Ron chegou.

Ronald Wesley empunhou a espada de Godric, em um raro momento de coragem grifinória, e destruiu aquele maldito medalhão, estávamos salvos, ao menos por enquanto.

Diante de nossa pequena vitória, montamos acampamento naquela floresta para passarmos a noite.

Estava eu lendo a dedicatória quando Harry se aproximou de mim e perguntou:

—O que diz aí?

Li então para ele e Ron em voz alta:

“Quando era criança eu e meus irmãos adorávamos esse livro, espero que as crianças também gostem dessas velhas histórias. Com Carinho, A.D.”

E logo após ler em voz alta, magicamente um envelope aparece dentro do livro, fecho o livro e pego o envelope com meu nome escrito, sem excitar eu o abro e pego a carta que está lá dentro, sem perder tempo eu começo a ler:

Minha cara Hermione,

Cometi muitos erros ao longo da minha vida, mas também houve alguns acertos, um ali e outro aqui, devo dizer que dar esse livro a sua avó foi um desses acertos.

Meu pai era um bruxo que se casou com uma trouxa, sua família bruxa deu as costas a ele, e futuramente a mim e meus irmãos. Minha mãe era uma boa mulher, ela amava meu pai e não se importava com a magia, lembro-me dela ler essas histórias para nós antes que fossemos dormir. Ah como é bom a inocência da infância. Espero que possa ter desfrutado da sua.

Esse livro dei para sua avó quando descobrimos que teríamos gêmeos. Alberth, Arabella e Percival cresceram ouvindo essas histórias, embora não tenha sido eu as conta-las. E aí está um dos muitos arrependimentos que carrego, quando eram crianças não dediquei tempo suficiente a eles e quando percebi eles já eram adultos e não precisavam de mim, cada um cresceu a seu modo e maneira: Alberth é um líder nato, um auror que lutará pelo bem maior; Arabella embora abençoada pela razão, é dona de uma teimosia absurda, mas sempre foi uma bruxa talentosa e Percival é o que os une, seu talento para a feitiçaria e seu cérebro serão grandes aliados. Façam com que eles lhe ajude, e se o fizerem haverá chance.

Eles são bruxos extraordinários, e aí está outro arrependimento: nunca ter dito isso a eles antes, no entanto ainda são orgulhosos e donos de um temperamento muito escocês, por isso não será fácil conseguir que eles lhe ajudem. Eles terão receio com a Ordem, mas não os culpe, a culpa é minha no final. Será difícil convencê-los, mas sei que dará um jeito, lembre-

Sinto que falhei em guiar meus filhos, por isso peço a você que concerte algo que eu causei: a separação deles. Concerte essa rachadura em nossa família e tudo estará bem.

E quando vier a dificuldade, lembre-se: Separados não somos ninguém, mas juntos somos capazes do impossível.

Com amor do seu velho avô,

Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore

 

Após ler a carta eu pensei em tudo. Se eles são bruxos tão grandiosos assim, precisamos da ajuda deles! Tudo bem que tio Percy esteja na Ordem agora, talvez sempre tenha estado, no entanto Alberth e minha mãe não, e tenho a impressão que eles é que serão os mais difíceis de se convencer.

—Preciso ir até a casa de Susan Bones! – Declarei.

Harry me olhou como se eu estivesse ficado louca, mas se tem alguém que pode rastrear Alberth é a mãe de Susan.

—Você não soube? –Ron me olhou estranho.

—O que?

—Alguns dias após o casamento, a casa dela foi incendiada e Amélia Bones foi assassinada, dizem que pelo próprio lorde.

Eu o olhei horrorizada.

—E Susan?

Ron deu de ombros.

—Minha mãe disse que Susan estava na Escócia com algum parente distante.

Pobre Susan, era a única coisa que eu podia pensar naquele momento.

—Mione? –Harry me chamou, após um longo tempo em silêncio.

—Sim Harry?

—Por que a necessidade de ir até Susan?

—Não era até ela e sim até a mãe dela, tinha esperanças dela me ajudar a entrar em contato com Alberth.

—Quem é Alberth? –Ron perguntou-me.

—O gêmeo da minha mãe, ele é um auror.

—Não sei se um auror nos ajudaria agora Hermione. –Ron disse.

—Não é só ele, Dumbledore disse para conseguir a ajuda dos seus filhos, todos os três.

—Espera aí Dumbledore tem filhos? Tipo mais de um? –Ronald parecia chocado.

Foi aí que me toquei, nunca disse a eles que Dumbledore era meu avô.

—Percy é o mais novo. Espera aí, ele estava na Ordem e você não sabia o sobrenome dele?

Ele limitou-se a dar de ombros.

—Alberth, Arabella e Percival são filhos do Dumbledore, eu sou neta de Dumbledore.

—Puta Merda. –Ron disse sem papas na língua.

—Ele foi um dos aurores que me conduziram no Ministério após o incidente do patronum e do dementador. –Harry se pronunciou.

—Talvez se encontrarmos Percy, ele pode nos ajudar a reunir os outros. –Harry disse.

—Talvez, mas como? Nem ao menos sabemos se é seguro voltar para Grimauld! –Fui obrigada a ter razão.

Ficou tarde e acabamos por dormir ou ao menos tentar. Na manhã seguinte seguimos nossa jornada e foi quando tudo aconteceu.

Acabamos por ser emboscados por um grupo de comensais, lutamos, no entanto não tínhamos chance, exceto:

—Harry, vou distrai-los, vocês dois devem seguir sem mim.

—De jeito nenhum. –Ambos os garotos protestaram.

—É o único jeito! Encontrem Percy, entreguem essa carta a ele e ele saberá o que fazer! – Disse entregando o envelope de ontem com a carta de Dumbledore e uma que eu havia escrito durante a madrugada, caso algo desse errado.

—Mione... –Ron disse.

—Não, está decidido. Vão, agora!

E assim marchei de cabeça erguida em direção a morte certa.

Fui capturada, porém Ron e Harry conseguiram se salvar e por enquanto e isso teria que bastar.

Ao contrário do que pensei, eles não me mataram ali, após me renderem, tomaram minha varinha e me levaram.

Eles me arrastaram para uma enorme casa, em algum momento a casa deve ter sido muito bonita, mas agora era extremamente assustadora e eu sabia, dentro de mim algo sabia que nada de bom iria acontecer ali.


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