Namorado escrita por Nati Miles


Capítulo 9
A Primeira Batalha


Notas iniciais do capítulo

Yo, minna!
Desculpem a demora, mas minhas férias acabaram e eu voltei para minha vida de Isaura: trabalhando o dia todo. Mas recompensei com um capítulo um pouco maior que o de costume, hehe. E ainda com um Bakugou gentil, SÓ AMOR ♥ HASUESHASIHEA
Vou tentar escrever mais amanhã e me organizar melhor com as atualizações durante a semana.
Para a roupa dos dois, imaginem essa fanart: https://br.pinterest.com/pin/303852306103121466/
Inclusive, olhando pra ela que tive a ideia de irem comer no parque hehe

Espero que gostem ♥



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Após conseguir a atenção de Bakugou novamente, Kirishima conseguiu começar uma conversa descente sobre como ele poderia se aproveitar do plano da Uraraka e traçar seu próprio plano.

— Você pode chama-la para sair... O que acha?

— Como assim, mano? Assim do nada? – Bakugou parecia um pouco assustado de ter que chamar a garota para sair.

— Use como desculpa que é para ajudar mais no plano – o ruivo sorria vitorioso.

— Posso usar como desculpa ela ser a porra da minha escrava!

— Quê? Você ainda está nisso? – perguntou torcendo o nariz.

— Mas é claro, cacete! Alguns dias atrás consegui que ela fizesse uma lição pra mim – disse sorrindo.

— Que seja – Kirishima revirou os olhos. – E eu acho que você deveria tentar chama-la ao menos pelo sobrenome com mais frequência. Esse apelido pode soar ofensivo para ela...

— Não vejo nada demais em “cara redonda”, por mais que ela tenha reclamado outro dia. Não é mentira, a cara dela é redonda pra caralho.

— Minha nossa, você não tem jeito! Mas tá... Vamos pensar no lugar.

— Parque – Bakugou respondeu rapidamente, causando estranheza no amigo. – Podemos comer das barraquinhas e sentar nos bancos de lá. E pare de me olhar com essa cara fudida, eu já tinha pensado nessa possibilidade antes, só nunca havia expressado ou colocado em prática essa porra.

— Ótimo! Agora só precisa fazer tudo isso no momento perfeito. De preferência quando ela estiver sozinha com você, tipo quando vocês vão pra escola. Por mais que ela ache que é para ajudar no plano, não precisamos fazer isso na frente do Midoriya e arriscar que ele realmente sinta ciúmes.

— Ele já está sentindo – Bakugou murmurou incomodado. – Mas a Uraraka é estúpida demais para perceber as coisas, então fica me perguntando se eu realmente acho que está dando certo e fica toda feliz quando digo que sim.

— Ouch! Bom, uma motivação a mais para você... Se não se esforçar, vai perder ela de vez pro Midoriya.

Bakugou sentiu um aperto no peito com o que o amigo disse. Perder Uraraka de vez? Mas havia acabado de perceber que gostava dela, não podia perde-la! De jeito nenhum! Iria se esforçar para ser melhor – ao menos tentar.

O loiro concordou com um aceno de cabeça e mandou Kirishima ir dormir, pois ele queria descansar também. Agora que sabia que gostava dela, não queria estragar as coisas – mesmo sabendo que havia grandes chances de fazê-lo. Por conta disso, o loiro passou mais tempo acordado do que dormindo, pensando em como poderia abordar o assunto com Uraraka.

xxx

No dia seguinte, Midoriya havia acordado cedo novamente, já que fazia parte do seu plano de reconquistar a Uraraka. Desceu para a cozinha e decidiu tentar cozinhar alguma coisa de café da manhã. A morena desceu alguns minutos depois, sentindo o cheiro bom que vinha da cozinha.

— Bom dia, Deku! – ela o cumprimentou e chegou perto, curiosa para ver o que acontecia ali no fogão. – O que está fazendo?

— B-bom dia, U-uraraka! – levou um susto ao perceber a aproximação repentina da garota. – Não é nada demais, eu fiz omelete... P-p-pra você – disse a última parte tão baixo que achava que a garota não havia ouvido.

Mas ela ouviu muito bem – e não pode conter um sorriso enorme.

— P-parece ótimo! – disse um pouco envergonhada.

Deku sorriu extremamente corado. O que estava acontecendo hoje? Estava com tanta coragem no dia anterior... Talvez fosse por conta da atividade do dia anterior. Apostava tudo que Uraraka iria aceitar fazer com ele, mas ela apenas sorriu e virou-se para fazer com Bakugou. O garoto balançou a cabeça, espantando esses pensamentos. Tinha que retomar a coragem e prosseguir com a reconquista.

A morena sentou-se em um dos bancos do balcão da cozinha esperando sua comida. O garoto terminou de cozinhar rapidamente e colocou um omelete em cada prato, colocando um à frente da morena.

— Vamos ver qual a nota para Deku-kun – ela disse brincando, enquanto colocava um pedaço na boca e batucava com os dedos no balcão, fingindo ser um tambor para fazer suspense. – Uau, não é só a aparência que está ótima, Deku!

— Obrigada – respondeu sorrindo. Respirou bem fundo e retomou a coragem para continuar com o plano. –  Você tem compromisso hoje após as aulas, Uraraka?

— Hm, ainda não. Por quê? – perguntou mais curiosa do que gostaria.

— Sabe, se quiser posso fazer mais disso ou outras coisas... E poderíamos... Q-quer dizer... – droga, estava ficando nervoso com o olhar atento que ela estava lhe dirigindo. Pigarreou alto e respirou fundo novamente antes de continuar. – E-eu estava pensando, poderia cozinhar algo e poderíamos ir comer juntos no parque... Como um picnic!

Midoriya disse tão rápido que ele não sabia se a garota havia entendido e ela precisou de alguns segundos para que pudesse processar aquilo tudo. Ele estava realmente a chamando para sair? Piscou freneticamente e abriu a boca para responder, mas foi interrompida.

— Não – respondeu Bakugou sentando-se ao lado da garota e comendo um pedaço do seu café da manhã.

Uraraka o olhou assustada. Desde quando ele estava por ali? E desde quando ele decidia essas coisas por ela? Midoriya também o encarava um pouco assustado.

— Como disse? – ela perguntou depois de um tempo o encarando.

— Disse que não – ele respondeu sem nem tirar os olhos do que estava comendo.

Ochako estava tão brava que não sabia nem por onde começar a brigar com o loiro. A ideia do plano era Deku sentir ciúmes e gostar dela e quando estava dando certo ele atrapalha?

Bakugou não sabia de onde veio tanta coragem, mas não podia permitir que ela saísse o nerd. Estava mesmo pensando em chama-la para sair hoje, antes que corresse o risco de que Deku o fizesse. Mas não imaginou que teria que fazê-lo logo que acordasse e, ainda por cima, porque o nerd havia realmente caído nesse plano estúpido e estava percebendo gostar dela.

— Quem fez isso? – o loiro perguntou enquanto quase acabava com o omelete.

— Eu fiz para a Uraraka – o outro garoto respondeu firme. Bakugou ainda o intimidava um pouco, mas tinha que manter a postura.

— Ah, é mesmo?

O loiro levantou o rosto e parou de comer na hora. Arqueou uma sobrancelha, mantendo seu olhar ameaçador de sempre. Pegou o prato na mão e, em segundos, o explodiu sem desviar o olhar do garoto à sua frente.

— Inclusive, Uraraka— disse se virando para a garota, dando tanta ênfase ao nome dela que ela até estranhou. – Você tem compromisso comigo após a aula.

Bakugou se levantou, pegou sua mochila que estava jogada ao seu lado e a da garota. Pegou Uraraka pelo pulso e a puxou para fora dali, indo em direção à escola e deixando um Midoriya completamente paralisado com os acontecimentos.

— Mas que...

— Olha a boca – ele disse parecendo se divertir com o que havia acabado de acontecer.

— Bakugou, o que foi isso? – a garota disse se soltando e tirando sua mochila dele.

— Nada demais – disse dando de ombros. – É só que você é a porra da minha escrava, lembra? E você vai sair comigo após a escola.

— Não era esse o combinado! – ela não parecia muito calma e ele não pode deixar de pensar em como ela ficava fofa inflando as bochechas de raiva. – É para fazermos ciúmes no Deku, não para você impedir que eu saia com ele!

— Ok, cala a porra da boca e ouve... Isso só vai colaborar com essa porra de plano. Você não acha que vai causar mais ciúmes no inútil se sairmos juntos?

Bakugou tentava passar confiança em suas palavras – e parecia estar conseguindo. Mas ele e Kirishima eram os únicos que sabiam que não passava de desculpas para ele tentar realmente conquistar Uraraka e se tornar o verdadeiro namorado. A garota parecia estar acreditando nele, pois sua expressão mudou para uma mais calma e pensativa.

— Que ideia genial, Bakugou! – seus olhos agora brilhavam, enquanto ela se sentava em seu lugar na sala de aula. – Se estamos fingindo ser namorados, temos que fazer coisas de namorados, certo? Ou pode ser que ele pare de acreditar nessa mentira!

— Ah, claro. Exatamente nisso que pensei – respondeu irônico, mas a garota não percebeu.

A primeira batalha já estava ganha.

xxx

As aulas haviam passado rapidamente. Ao bater o sinal da última aula, Bakugou repetiu o ato da manhã e saiu arrastando Uraraka até o dormitório, para que ela não se distraísse conversando e os atrasasse.

— Você tem 20 minutos, cara redonda – disse ao chegarem, indo em direção ao elevador dos meninos.

Uraraka correu para seu quarto se arrumar, afinal o aviso do loiro pareceu mais uma ameaça. Tomou um banho rápido e colocou uma roupa confortável. Ainda não estava entendo direito o que acontecia. Não soube dizer se acreditou no que Bakugou disse, mas não pode deixar de concordar que era uma ótima maneira de provocar ainda mais ciúmes em Midoriya.

Desceu para o térreo e encontrou o loiro esparramado no sofá enquanto a esperava.

— Caralho, que parte do “20 minutos” você possivelmente não entendeu?

— Fui o mais rápido que pude – disse fazendo biquinho enquanto o seguia para fora do prédio. – Afinal aonde vamos?

— O que acha de ir ao parque? – perguntou enquanto pegava sua mão.

A garota estranhou ele espontaneamente pegar em sua mão, mas não reclamou. Por mais estranho que pudesse soar, Uraraka achava que a mão dele era macia e parecia se encaixar perfeitamente na sua. Além disso, tinha uma sensação de estar protegida quando ele fazia esse gesto.

Mas o que lhe causou maior estranhamento foi ele ter educadamente perguntado o que ela achava de ir ao parque. Pensou que ele simplesmente diria que ela iria para onde ele mandasse. A morena estacou, dando um leve tranco no braço de Bakugou, que obviamente soltou um xingamento.

— Você está se sentindo bem? – ela perguntou levando a mão livre ao rosto do garoto. – Não está com febre... Sente alguma coisa?

— Que porra é essa? – ele disse tirando a mão dela de si. Estava começando a sentir-se estranho com o toque dela em seu rosto.

— Eu só achei estranho você perguntar minha opinião sobre irmos ao parque.

— E desde quando isso é sinal de doença, sua estúpida? – disse a puxando para andar novamente. – Eu só quis ser educado e gentil, cacete.

— Oh! – ela exclamou surpresa.

Andaram em silêncio por alguns minutos. Uraraka ainda parecia o olhar desconfiada e Bakugou estava ficando cada vez mais incomodado. Será que suas atitudes com a garota eram sempre assim tão ruins?

— Me acha tão ruim assim, para pensar que um gesto de gentileza é sinal de que estou doente? – expressou seus pensamentos em voz alta.

— Não é bem isso... É só que normalmente você não pergunta, só faz e explode se for contrariado.

Bakugou ficou em silêncio, o que causou estranheza em Uraraka. A morena esperava, no mínimo, que ele gritasse um “morra!”. Olhou para o loiro e começou a prestar atenção. Sua sobrancelha estava franzida, mas não era de raiva, era como se estivesse pensando muito sobre o assunto. Sentiu um leve aperto em sua mão, que intensificou um pouco quando ele voltou a falar – mas nada que lhe machucasse, estava apenas mais firme.

— Posso tentar mudar isso – respondeu em tom baixo.

A morena não conseguiu pensar em nada para responder, então apenas sorriu gentilmente. E ela pode jurar que ele havia dado um pequeno sorriso de volta.


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