Por Amor escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 16
Ato inesperado




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Londres, 1863

Depois de um mês dentro de casa me recuperando do acidente da fabrica, pode finalmente voltar a fazer o que amava.

—Vou ficar bem.- prometi a Teodora que me olhava preocupada assim que veio se despedir de mim.

—Apenas, me prometa que não cometerá nenhum exagero, ou loucura.- ela pediu e sorri concordando.

—Tudo bem, mas se você passar do horário de voltar, vou atrás de você.- ela alertou e balancei a cabeça concordando.

Eu entendia seus receios, afinal quase havia morrido e só de saber que voltaria para o local onde isso quase aconteceu, deveria deixá-la em pânico.

—Eu entendo, e prometo voltar inteiro para você.- disse acariciando seu rosto e Teodora sorriu antes de nos beijarmos.

Apesar de estar devidamente recuperado, não conseguia me lembrar daquela noite, tudo que sabia era por relatos do Dr. Johnson e do meu pai. Não tive coragem de perguntar a minha esposa como estava meu estado quando a mesma me encontrou.

Pois segundo meu pai, ele não sabe como minha esposa foi forte para me encontrar com a cabeça totalmente suja de sangue, além de ter parte do olho direito roxo. Ele mesmo ficou assustado quando me viu, assim que cheguei em casa carregado por Thomas e Álvaro.

Sua mulher é muito forte , me disse ele perdido em pensamentos. Uma mulher diferente de todas as outras nobres, ela parece com alguém comum, meu pai me disse certa vez perdido em pensamentos.

E concordei com ele, afinal Teodora era totalmente diferente de todas as nobres que já havia conhecido.

O trajeto para a fabrica havia sido tranqüilo, e assim que chegamos percebi que haviam algumas maquinas novas, que deviam ter sido colocadas no lugar das que foram quebradas.

—Seja bem vindo Sr. Redford.- Álvaro disse assim que entrei na fabrica e agradeci.

Enquanto caminhava pelos corredores da fabrica todos pararam seus serviços para me aplaudir, o que me deixou confuso.

—Porque estão fazendo isso Álvaro?- questionei confuso para ele que nos acompanhava.

—Eles estão aplaudindo ao homem que não se importou em arriscar a vida dele para defender o sustento deles.- ele disse enquanto todos ainda aplaudiam.

Assim que cheguei ao escritório que dividia com Thomas, o mesmo sorriu e se levantou para vir me dar um abraço.

Durante todo o tempo que fiquei longe do escritório Thomas sempre vinha me visitar, assim com sua esposa Antonia que esteve ao lado de Teodora durante todos os dias que estive inconsciente e após isso também. As duas haviam se tornado grandes amigas.

—É tão bom vê-lo aqui.- Thomas disse feliz e concordei assim que nos separamos.

—É bom estar de volta.

—Sua esposa me fez prometer que não deixaria você fazer esforço e nem que sairia tarde.- ele me confidenciou e sorri.

—Isso é a cara dela.- disse e ele sorriu enquanto lhe pedia para me contar sobre tudo o que aconteceu em minha ausência.

Fiquei surpreso quando meu amigo me contou que todas as maquinas novas foram compradas com o dinheiro da minha esposa. Thomas me explicou que Teodora havia vendido todas as suas jóias e entregado o dinheiro ao meu pai, para que ele comprasse tudo o que havia sido danificado pelos vândalos.

Um ato totalmente inesperado por mim.

—Thomas, vou precisar que me acompanhe a um lugar na hora do almoço.- pedi e meu amigo concordou sem hesitar.

Em seguida Thomas me explicou o que eu poderia fazer por enquanto, e apesar de não gostar da minha nova função, fiz sem reclamar, afinal todos estavam me poupando por preocupação. Pois segundo o Dr. Johnson, eu já estava devidamente recuperado.

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—Você chegou.- Teodora disse contente assim que passei pela porta por volta das cinco acompanhado de meu pai.

—Eu lhe prometi, lembra?- disse após minha esposa me cumprimentar com um beijo.

—Lembro e estou feliz por ter cumprindo a sua palavra. Como se sente?- ela questionou preocupada.

—Cansado, mas feliz por ter voltado ao meu trabalho.- disse e ela sorriu.

—Que bom meu filho, que tal você subir e tomar um banho? O jantar será servido logo.- minha mãe sugeriu e concordei antes de Teodora me acompanhar até o quarto.

—Teodora?- questionei assim que a mesma me ajudou a me arrumar depois do banho.

—Sim, querido.

—Será que poderíamos conversar.- pedi e ela concordou enquanto nos sentávamos em nossa cama.

—Sobre o que gostaria de conversar querido?

—Sobre as suas jóias? Porque as vendeu?- questionei serio e ela suspirou.

—Porque foi preciso. Seu pai não possuía uma quantia tão alta nos cofres, para repor todas as maquinas destruídas, depois dele ter pago uma quantia exorbitante aos condes em nosso casamento. E achei que era o certo.- ela disse seria.

—Você não devia ter feito isso. Você é uma Lady, da linhagem Davies. Muitas das suas jóias deviam ser de antepassados seus. Elas eram as suas raízes.- disse serio e ela suspirou suave.

—Eu não sou mais uma Davies. Sou uma Redford agora, e você assim como a nossa família são as minhas raízes, e jamais deixaria a minha família sem ajuda.- ela disse suave enquanto me olhava nos olhos.- Elas eram apenas jóias velhas, James, sem nenhum apego sentimental. Eu morreria mil vezes se perdesse você ou a nossa família, do que essas jóias.

Suas palavras me deixaram emocionado e extremamente feliz em estar casado com uma mulher tão generosa e apaixonante quanto Teodora.

—Obrigado por seu gesto. E em troca prometo repor todas as suas jóias.- disse e ela sorriu surpresa.

—Não precisa agradecer ou me dar outras jóias. Tudo que fiz foi por amor.

—Sei disso e por isso, quero lhe dá um presente de agradecimento. - disse antes de pegar a caixa de jóias que havia escondido no criado mudo quando Teodora saiu para ver se a banheira estava cheia.- Espero que gosto do meu presente de agradecimento.

Confusa, minha esposa pegou a caixa nas mãos e a abriu, revelando em seu interior um lindo colar de prata com um pingente de safira, que possuía alguns diamantes.

—É lindo James.- ela disse encantada com o colar.- Obrigada, mas isso deve ter custado uma fortuna.

—Nada de pensar em preços. Ele é um presente, o primeiro de muitos que irei lhe dar ao longo do nosso casamento. E quero que saiba de algo.

—Que seria?- ela questionou desviando sua atenção do colar para olhar em meus olhos.

—Eu amo você.- disse e ela me olhou surpresa por minhas palavras.- Eu a amo desde a primeira vez que a vi, só não sabia o que estava sentindo, mas ao longo desse um mês que ficamos juntos, percebi que a amava mais do que tudo no mundo e não conseguia me imaginar sem você. Não conseguia me imaginar sem a mulher que me conquistou para a vida toda. E tudo que peço é que Deus me permita amá-la pelos restos de nossos dias.

—Eu também te amo mais do que tudo no mundo, meu amor.- ela sussurrou entre lagrimas antes de nos beijarmos profundamente.

Um beijo repleto de amor e promessas silenciosas.


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Notas finais do capítulo

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