Opostos: One-shots de Miraculous escrita por Arthemis0


Capítulo 11
Olhos Verdes


Notas iniciais do capítulo

Caramba! Está sendo o mês das atualizações de histórias para mim. Mal postei uma one-shot e já estou com outro... Acho que é muita inspiração acumulada... Enfim, se antes foi uma história longa agora vai uma mais curta.
Essa sou eu tentando fazer terror, não sei como ficou, mas queria fazer um especial de dia das bruxas. É a primeira vez que tento escrever terro, então para quem sabe mais desse gênero, estou aceitando dicas.
Recomendo ler ouvindo Dead Silence musica tema de Gritos Mortais

Sinopse: Mais uma noite no novo apartamento depois de um dia de trabalho, o que poderia dar errado?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/750467/chapter/11

Abri a porta de casa, eu estava bem cansada tinham me dado trabalho extra hoje, então cheguei bem tarde. Bocejo, sentindo as lágrimas nos meus olhos, algo macio se esfregando na minha perna, é Tikki, minha gatinha branca com manchas pretas, ela mia forte, terminando de passar pelas minhas pernas e me encarando.

— Boa noite Tikki. – Disse acariciando a cabeça dela. – Desculpe a demora, deve estar com fome.

Fui para a cozinha, acendi a luz, a casa estava vazia, fazia pouco tempo que tinha me mudado então algumas coisas minhas ainda estão na casa dos meus pais, outras eu ainda precisava comprar. E como a casa a geladeira também estava vazia, no freezer havia uma lasanha congelada, aquilo iria servir para matar minha fome. Tirei a massa da embalagem e coloquei no micro-ondas. Abri o armário que estava do lado, pegando a comida de gato e depositando no potinho de Tikki.

Bocejei mais uma vez e andei para o quarto, coloquei minha bolsa no criado mudo, tirei o salto scarpin, a saia lápis, meia calça e a camiseta branca, o uniforme do trabalho, colocando um short e uma regata, de cetim, o meu pijama. Vou para o banheiro e tiro toda a minha maquiagem. Voltou para a cozinha, Tikki estava com a cara enfiada na tigela de comida, andei até a geladeira novamente, pegando uma garrafa d’água.

 Foi para sala, estávamos no verão, então abria a janela, me dirigindo em seguida para o sofá, jogando-me nele e ligando a TV.

“Hoje na cidade de Paris houve um grande assalto, o ladrão atende pelo codinome ChatNoir, o mesmo que, a quatro dias atrás, fez de refém o estilista Gabriel Agreste...” – Noticiava a TV

— Deus! – Me lembrou desse episódio, meu chefe tinha mudado bastante depois do sequestro.

Pow!

Tudo ficou escuro, meu corpo travou por um momento, tentava entender o que tinha acontecido, a luz tinha acabado? Eu tinha pago a conta? Sim, me lembro de ter pago. Então realmente era um apagão. Me levantei do sofá e andei para a cozinha, devagar, com as mãos na frente, esbarrando nos poucos móveis que minha casa tinha. Em uma de minhas gavetas tinha velas e fósforos peguei os dois.

Com os dois nas mãos, me dirigi até o armário do outro lado da cozinha, pegando um pequeno prato, coloquei tudo na mesa, acendi a vela deixei a cera escorrer um pouco para o prato, assim consegui prender a vela ali. Ouvi um miado, olhei para baixo e Tikki estava me encarando.

— Tudo bem menina, a luz já vai voltar. – Disse com sorriso, e fechando os olhos devagar, era assim que transmitia confiança para minha gata, embora eu mesma estivesse com uma sensação esquisita.

Estava com fome e a lasanha no micro-ondas ainda estava congelada. Busquei algo na geladeira e nos armário, acabei fazendo um sanduiche de queijo, devorei como se fosse nada, ainda estava com fome. Ouvi mais um miado de Tikki, com a ajuda da vela a vi, dessa vez ela olhava fixamente para a porta, atenta a alguma coisa.

— O que foi? – Perguntei, mas Tikki nem olhou para mim.

Peguei a vela e fui para porta da cozinha, olhei atenta para os lados antes de atravessar. Quando passei senti um arrepio subir pelas minhas costas, o vento que entrava pela janela estava frio, esfreguei os braços e fechei a janela rapidamente. A vela quase se apagou. Tikki se aproximou de mim, eriçou o pelo e ficou miando para um canto escuro da casa.

Olhei para aquele canto, o escuro não me deixava enxergar muita coisa, estava com frio na barriga, decido ignorar, devia ser minha ansiedade, era a primeira vez que estava sozinha em um apagão. Vou para o quarto, tentar dormir, coloco a vela em minha no criado mudo, do lado na minha bolsa, arrumo minha cama, deitando logo em seguida. Pego rápido no sono.

Acordo em um sobressalto, minha respiração está acelerada, eu não consigo me mexer, tento me acalmar, mas não funciona, começo a entrar em pânico, o que será que está acontecendo comigo? Tento levantar meus braços, mas eles estão presos, algo forte segura meus pulsos por cima do meu edredom. E tem algo subindo pelas minhas pernas, a única coisa que consigo fazer é olhar ao redor, pouca luz da lua entra pela janela do meu quarto. A vela está apagada.

A pressão nos meus pulsos aumentam, estão sendo apertados, sinto uma respiração quente entre o meu pescoço e meus cabelos, algo, ou melhor, alguém estava em cima de mim, e aproximava o seu corpo do meu devagar. A respiração aumentava, e eu tentava me debater gritar, qualquer coisa, nada, não conseguia fazer nada, meu estomago se embrulha. Esse alguém estava me prendendo em meu próprio corpo. Até para encher os pulmões doía.

— Calma... – Uma voz serena e maliciosa masculina falou comigo. – Tudo ficará bem...

Eu fiz o contrário, senti o contrário, arregalei os olhos, ainda não conseguia me mexer, a claustrofobia aumentava, estava imóvel, minhas pernas estavam presas, a respiração se aproximava do meu pescoço, aquilo que estava me segurando parecia estar sentindo prazer em me prender. Já consegui sentir o úmido da respiração. O que vai acontecer comigo? Panico era a palavra que definia o que estava sentindo.

Estava sendo pressionada contra a cama, quando sinto um alívio no meu pulso e dedos subindo pelo meu braço. Uma mão fria, coberta por uma luva de couro envolve minha garganta, pressionando com força.  Se antes estava difícil respirar agora se tornava impossível, estava me sentindo claustrofóbica, presa em meu corpo, não podia me mexer e ficava a mercê do que estava a cima de mim. Sentia me afogando, implorava mentalmente por ar, queria subir para respirar, mas era impossível. As luvas tinhas unhas pontudas, essas unhas cravaram na minha pele, sangue escorreu pelo meu pescoço, até chegar na cama.

Pude ouvir um arfar em cima de mim, as unhas penetravam mais minha pele, tentei novamente fazer alguma coisa, mas nada, aquelas unhas estavam tão geladas que pareciam queimar minha. Estava irritada por não conseguir me defender. E por mais que olhasse para cima ou para os lados, o que estava fazendo isso comigo não tinha forma, nada, não conseguia ver nada além de escuridão.

Brrr-booom! Brrr-buuum! Trommm!

Me levanto rápido da cama, nada estava lá, nem a escuridão eu estava sozinha no meu quarto, olho para a janela, estava chovendo, um dos trovões tinham me feito levantar, devia ser três ou quatro da manhã. Eu estou respirando rápido, preciso me acalmar, levanto da cama, precisava sair daquele quarto. O que tinha acontecido? Que tipo de episódio foi aquele? Uma paralisia do sono? Era possível.

Passei as mãos pelo pescoço, nada, sentia meus pulsos intactos. Pisei em algo líquido, um raio iluminou minha casa, era sangue, eu travei, minhas pernas e meus braços amoleceram, meu tronco enrijeceu, de quem era aquele sangue? Segui com a cabeça lentamente para onde o sangue ia. Formavam pegadas, uma silhueta negra estava parada, me encarando, meu corpo não respondia aos meus comandos de fugir.

— Que pena que acordou. – Era uma voz maldosa e grossa.

A silhueta estava segurando algo que refletia uma luz prateada, algo pingava das mãos da silhueta, ouvi algo cortando o ar, e graças ao relâmpago a última coisa que vi foram olhos verdes.

—FIM-


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Opostos: One-shots de Miraculous" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.