Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 35
Capítulo 35 - Nina Parkinson




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Capítulo 35 – Nina Parkinson

O ano letivo em Hogwarts começou com algumas mudanças: Snape se tornou o mais novo professor de DCAT e Slughorn havia aceitado o cargo de professor de poções. Muitos alunos ainda lançavam olhares curiosos em direção a Hermione e Hope, mas ambas procuravam não se incomodar mais com isso.

Mesmo longe de Fred, Hermione escrevia cartas todos os dias a ele (coitada da coruja de Harry). Estava tão acostumada a vê-lo quase que diariamente que se assustou com a imensa saudade e vazio que sentia quando este não estava por perto.

— Nick? – Hermione o chamou quando entrou na enfermaria. Assim como os mais novos, Nicholas havia voltado à Hogwarts para ajudar Madame Pomfrey.

— Aqui, Hermione. – o rapaz surgiu por trás de uma cortina.

— Vamos almoçar? Estão todos esperando por você. – a castanha o chamou.

— Certo, certo. – ele falou e terminou de arrumar suas coisas. Os dois saíram juntos da enfermaria e foram caminhando lentamente até o Salão Principal. Conversavam sobre coisas banais e não perceberam quando pegaram um caminho errado e foram parar em um corredor deserto. Ou talvez, não tão deserto assim.

— Se você pensa que vai escapar assim de mim, está muito enganada! – uma voz rouca chamou a atenção dos dois e por intuição, se esconderam atrás de uma armadura.

— Me solte, Adams. – uma voz fina e levemente trêmula falou.

— Você é minha e somente minha, entendeu? – um rapaz loiro e alto apertou os braços da menina menor.

— Eu não sou sua e nunca serei. – a garota dos cabelos castanhos claro disse.

— Como ousa? – ele apertou mais forte e a menina gemeu de dor. – Você é minha noiva! – ele a jogou com força na parede do corredor antes de puxá-la pelos cabelos. – Talvez eu devesse cortar esse seu cabelo, hun? Aí eu quero ver você ser amada por outra pessoa. Você é só minha! – ele segurou o rosto dela com força.

Jonathan Adams, último ano da Sonserina, estava prestes a beijá-la à força quando sentiu um soco vindo do lado direito. Ele deu alguns passos desnorteado sem saber o que o atingiu. Antes mesmo que recuperasse seus sentidos, recebeu outro soco e caiu na inconsciência.

— Hey, você está bem? – Hermione se aproximou correndo e preocupada com a menina. Elas poderiam ser de casas rivais, mas nunca que a castanha deixaria de ajudar alguém por conta dessa rivalidade.

— Eu estou bem. – a garota respondeu fria e massageou seu próprio rosto um pouco trêmula.

— Você é a garota dos machucados. – Nick se pronunciou pela primeira vez. Era ele quem havia avançado no rapaz e deu dois socos (ele achou pouco ainda). Não suportava ver esse tipo de violência e opressão.

— E você é o trouxa esquisito dos olhos dourados. – ela o examinou com o olhar. Tentava parecer durona e firme, mas seu corpo estava trêmulo e sentia uma vontade enorme de chorar.

— Seu braço está machucado. – Hermione constatou através do rasgo na roupa da sonserina. – Deixe eu te ajudar...

— Não preciso da sua ajuda! – ela falou rapidamente e ríspida. – Nada disso aconteceu, entendeu? – ela falou olhando para os dois e tentou passar por eles para ir embora. Porém, Nicholas não permitiu a passagem dela.

— Garota mimada. – o anjo estalou a língua irritado e jogou a sonserina no ombro.

— O que pensa que está fazendo? – a menina ficou vermelha e se debatia. – Eu exijo que você me solte agora!

— Fique quieta, mal-agradecida. – o rapaz falou. – Hermione, eu vou leva-la a enfermaria, pode ir almoçar sem mim. Não estou com fome mesmo.

— Eu posso ir junto se quiser. – a castanha se ofereceu enquanto observava a sonserina se debater e tentar sair daquela situação a todo custo. Seria cômico se não tivesse com a cena daquele acontecimento fixo na mente.

— Acho melhor não. – Nick respondeu e segurou firme a garota. – Pare de se mexer, por céus!

— Me coloque no chão agora! – a garota de cabelos lisos gritava.

— Certo, também acho melhor não ir agora. – Hermione respondeu. – Pode ir que eu cuido desse imbecil aqui. – ela cutucou com o pé o corpo desacordado do outro sonserino.

— Okay. – Nicholas falou e saiu andando com a menina ainda se debatendo em seu ombro.

*****

— Por que deixa que ele faça isso com você? – Nicholas perguntou enquanto tratava dos ferimentos dela.

— Não te interessa. – ela respondeu baixo e desviou o rosto.

— Garota ingrata. – Nick estalou a língua e apertou levemente o algodão no machucado dela.

— Ai, isso dói! – ela reclamou e tentou recolher seu braço, mas ele segurou firme.

— Como se chama, menina? – ele a ignorou e continuou a passar o algodão.

— Por que você faz tantas pergunt... – Nick cerrou seus olhos levemente e voltou a apertar o algodão no braço dela. – Ai ai, já disse que isso arde! – a garota bufou antes de revirar os olhos. – Nina. Meu nome é Nina Parkinson.

— Muito bem, Nina. – o anjo sorriu. – Agora pode me responder o porquê de você permitir que aquele rapaz te machuque desta forma?

— Continuo a afirmar que isso não é da sua conta. – Nina respondeu.

— Foi ele que causou aqueles ferimentos todos antes das férias, não foi? A sua situação estava lastimável. – Nick esticou o braço e alcançou o rolo de faixa na gaveta.

— Você realmente não é um bruxo? Como pode estar aqui em Hogwarts? – ela observou os movimentos dele com curiosidade e perguntou.

— Se não for responder as minhas perguntas, não irei responder as suas. – ele arqueou sua sobrancelha antes de começar a enfaixar o pulso dela. – Ou talvez seja melhor falar com sua irmã? – ele questionou e observou curioso Nina ficar pálida. – Como era o nome dela mesmo? Pansy?

— Não. se. atreva. – ela falou entre os dentes antes de suspirar. – Jonathan é meu noivo, portanto eu me resolvo com ele.

— E até quando pretende viver algo tão obsessivo e doente como isso? – Nick perguntou indignado. Não conseguia entender como ela aceitava tal noivado nessas condições.

— Até onde precisar. – ela respondeu baixo e se levantou. – Por favor, não se meta em assuntos meus. – Nina mantinha uma expressão séria, mas seus olhos demostravam dor e angústia. – Obrigada. – ela sussurrou e saiu correndo da enfermaria. Nicholas ficou ali com a imagem dos olhos dela fixa em sua mente. Aquela garota pedia socorro, então por que não aceitava ajuda?

*****

Jonathan Adams não levou severas punições já que por algum motivo, Nina se recusava a denunciá-lo. Era evidente que ela não nutria nenhum sentimento por ele, mas mesmo assim ela permanecia em silêncio.

Hermione andava distraída pelos corredores quando percebeu que estava no sétimo andar do castelo. Sorriu levemente ao pensar na sala precisa. A lua cheia estava para chegar e isso significava que teria a chance de encontrar Fred (se ele conseguisse voltar). A castanha saiu de seus pensamentos quando uma porta surgiu na parede da sala precisa e ela rapidamente se escondeu sem nem ao menos saber o porquê de ter feito isso.

— Hun? – ela soltou baixo e inclinou sua cabeça levemente ao ver Draco Malfoy sair pela porta. O loiro estava acabado e esgotado. Ele andava com dificuldade e tossia bastante. Mesmo não sendo próxima a ele, ela ficou preocupada com o seu estado. Observou em silêncio o loiro passar por onde ela estava (isso sem nota-la) e quando estava perto das escadas, o sonserino se apoiou na parede. – Cuidado Malfoy! – Hermione gritou e saiu correndo em direção a ele ao mesmo tempo que via o corpo inconsciente do loiro tombar no topo da escada. A castanha agarrou o corpo dele, mas era tarde demais. Os dois saíram rolando escada abaixo, com Hermione protegendo a cabeça de Draco com os braços. – Droga. – ela soltou ao sentir dor por todo o seu corpo. – Você está bem? Malfoy? – ela se sentou com dificuldade e examinou o corpo do loiro em busca de ferimentos.

Hermione estava para suspirar aliviada por não haver nenhuma ferida grave, porém seu coração parou de bater por alguns segundos.

A manga da blusa de Draco Malfoy estava rasgada e a castanha pôde ver claramente a marca negra no braço dele.


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