Holmes and Watsons escrita por Marina Lupin, The Marauders


Capítulo 2
Organização funcional de brinquedos


Notas iniciais do capítulo

Mycroft necessitou da ajuda de Sherlock logo quando era seu dia de ficar de babá, então quem teve que se deslocar para Baker Street foi o mais velho. Ele não conseguia entender como o irmão podia brincar por horas com Rosie, o que havia de tão especial?



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Mycroft necessitou da ajuda de Sherlock logo quando era seu dia de ficar de babá. Ele dificilmente ia achar interessante sair de casa no frio com a pequena, então quem teve que se deslocar para Baker Street foi o mais velho.

Ainda era estranho ver o irmão tão... doméstico. Parte dele tinha medo que Sherlock se machucasse ainda mais, com situações que ele não tinha como lidar. Mas era impossível reclamar de algo que deixava o irmão na linha e parecia fazer tão bem. John, seus amigos, a pequena Rosamund... Eles faziam de Sherlock um homem bom e são. Era sempre um risco que algum deles se fosse, mas esse é um risco quando deixa-se que as pessoas se aproximem demais. A fraqueza de Mycroft era seu irmão, há quem diga que era sua única fonte de redenção.

Era sempre uma surpresa encontrar Sherlock em meio à jogos infantis no chão da sala, contando histórias para um bebê em seu colo, ou brincando de tomar chá com Rosie e seus ursinhos. Ele não entendia como o irmão não achava entediante, como podia passar um dia todo desta forma.

— Eu só preciso checar isso — disse Sherlock, indo para a cozinha atrás de seu microscópio, deixando para trás o Holmes mais velho e a criança.

Mycroft sentava-se desconfortável na habitual cadeira de cliente, tentando não fazer contato visual com Rosie.

A menina havia enfileirado seus ursinhos e bonecas e carrinhos ao pé das poltronas, e murmurava intensamente enquanto modificava-os de lugar. Mycroft era curioso, a garota obviamente estava fazendo alguma coisa, alguma coisa ordenada com algum sentindo lógico.

Era organização por cor? Por tamanho? Por gênero? Por pelo? Não era tão fácil descobrir. Qual seria o objetivo? Apenas ordená-los de alguma forma maluca, ou havia algum evento por trás? Ele sabia que a criança não era nenhuma superdotada como ele próprio e seus irmãos, e não via porque teria qualquer interesse nela. Adultos são entediantes, quem dirá crianças. Mas havia algo...

Quando Sherlock voltou para a sala, desconfiado que havia deixado o irmão tempo demais com o bebê, encontrou Mycroft sem seu paletó e gravata de guarda-chuvas, sentado no chão da sala com Rosie, murmurando coisas para ela, enquanto mexia nos brinquedos.

— Mas o que é isso? — riu Sherlock, enquanto Rosie gesticulava freneticamente, exigindo sua atenção.

— Estávamos apenas montando um sistema funcional de classificação dos brinquedos, referente a ordem da distribuição de chá... Já que ela tem uma xícara só — respondeu Mycroft, com uma xícara minúscula nas mãos.

Sherlock conteve mais uma risada, enquanto o mais velho, constrangido, começou a se levantar.

— Vejo que vocês conseguiram se entender — comentou Sherlock sorridente.

— Ela é uma espécime... Formidável — respondeu Mycroft, de olho em Rosie. — Tão esperta e doce. Perspicaz.

— Claro que ela é — riu Sherlock, pegando finalmente Rosie no colo. — Ela é minha filha, afinal.


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