Sekai no Sozokujin: Laços mais que eternos. escrita por SabstoHoku, FrancieleUchihaHyuuga


Capítulo 9
Aqui.


Notas iniciais do capítulo

E AÍ, MEU POVÃO? Exatamente, a quarentena trouxe capítulo pra vocês e, como eu sou louca, decidi espontaneamente que agora era a madrugada do capítulo. Então toma aí, fresquinho pra vocês ❤️

ESPERO QUE GOSTEM, AMORES DA MINHA VIDAAAA!!!



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"Ainda não é o suficiente

Ainda não pode desaparecer

A inocência permanece nas palmas das nossas mãos unidas

Qual é a melhor coisa que perdemos?

Qual a pior coisa que soubemos?

Essas frases me encharcam com se fosse chuva

 

Apenas não é o suficiente

Ainda não posso dizer

O adeus dos meus sonhos, quando eu ainda estava contando os dias

Qual é a melhor coisa que perdemos?

Qual a pior coisa que soubemos?

Se nunca tivéssemos nos tocado, será que estaríamos sorrindo agora?"

Ref:rain, Aimer.

.

Boruto tê-la deixado ali, em meio à inundação de lembranças e mágoas, não era exatamente inesperado. Não se iludira, nem por um único momento, com a possibilidade ínfima de que ele receberia aquelas palavras dolorosas de braços abertos, completamente lúcido e esbanjando o acolhimento de que Hokuto tanto precisava. Não. Sabia que o irmão exigiria tempo para aceitação e compreensão e, bem, dois anos não haviam sido exatamente o suficiente para o processo de cura dela. Era impossível saber precisamente quanto demoraria à ele. 

Mas esperou que ele voltasse. E não voltou. 

A espera também era inútil, e sequer sabia bem o porquê se agarrava àquela esperança. Não estava brava com ele, e pouco lhe importava a chateação causada pelo abandono repentino. Sua mente e coração, na verdade, gritavam para que fosse procurá-lo, confortá-lo e fazer aquilo que sempre fizera: Tirar dele toda a tristeza indesejada e trazer para si, suportando-a como todo o resto. 

Mas ele não precisava dela, ao menos não naquele instante. Precisava, na verdade, da paz momentânea que a natureza talvez pudesse lhe proporcionar, principalmente enquanto coberta pela calma comum da madrugada.

Hokuto jamais havia querido machucá-lo daquela forma. Mas, pela necessidade e inevitabilidade aparentes, o fizera. Não era justo à ele permanecer no escuro, principalmente quanto tudo o carregava forçadamente daquele jeito súbito. 

Encolheu-se novamente, enfiando-se para dentro de seu saco de dormir. Onde quer que Boruto estivesse, sabia que estava bem. Daria o espaço do qual ele precisava. 

•´¨*•.¸¸.•*´¨•.¸¸.•´¨`•.¸¸.•*

—Ei, está na hora de irmos. — O tom controlado que a acordava de um sono sem sonhos não parecia pertencer àquela voz, e definitivamente não era o usual de quem falava. 

—Hã? — Questionou, sonolenta e ainda um pouco atordoada, enquanto abria os olhos azuis com certa relutância. O cansaço não havia se esgotado com o pouco descanso, fruto daquela e de outras noites mal-dormidas, e aquilo a deixava consideravelmente lenta em seus primeiros momentos diários. 

—Ir. Precisamos ir. Já é manhã. 

—Manhã? — A palavra pareceu despertar tudo que ainda faltava, fazendo com que se sentasse prontamente, alerta. 

—Você está bem? — Ele questionou, e só então a garota pode reconhecê-lo: Inojin. Entendeu o porquê de estranhar aquele jeito de falar; a formalidade não lhe cabia. Nunca coubera quando a companhia era ela. — Com licença… 

Agradeceu mentalmente por não ter se livrado do uniforme desde a noite anterior quando os cabelos loiro-claros o Yamanaka surgiram, substituindo a lona da qual sua barraca era feita.

—Eu posso abrir, não posso? 

Os olhos dele estavam fechados. O rosto pálido trazia uma expressão de insegurança. 

—Inojin…. — O riso ameaçou vir, chocando-se contra as paredes negativas que a cercavam. Era o efeito dele, e ela sabia disso. — Sim, você pode. 

As pálpebras se abriram, revelando as orbes esmeraldinas que fizeram questão de encará-la com timidez. Inojin sorriu. 

—Konohamaru pediu para que todos acordassem. — Explicou. 

—E você se ofereceu para vir até aqui? — Ela brincou, levantando uma das sobrancelhas. 

—É claro que não! — Apesar do protesto, as bochechas dele assumiram um leve tom rosado. — Eu nunca....

—Eu sei. — Ela o interrompeu. O rosto dele pareceu tomar ainda mais cor diante daquela afirmação tão confiante. Eles se entreolharam durante alguns instantes, e Hokuto fingiu não notar todas as possibilidades que se escancaravam em sua frente. — E-então eu vou… Vou arrumar as coisas. — Continuou, por fim, sem saber muito bem o motivo de ter ficado tão constrangida. Inojin concordou com um aceno. — Logo estarei lá, ‘ttebane.

Tão rápido quanto havia aparecido, ele saiu.  A menina contemplou aquele vazio que a ida havia apenas acentuado, murmurou qualquer que fosse a canção que tinha em mente, e reergueu-se já prevendo outra queda. Pegou as poucas coisas, desmontou a barraca pequena e também fez questão de não olhar para o lugar antes de ir de encontro aos companheiros que igualmente já estavam prontos para ir. 

Boruto estava lá. 

Tão silencioso quanto o mestre que tinha, o menino Uzumaki vestia uniforme de batalha e ostentava uma expressão consideravelmente séria, melancólica. Olhou para a irmã brevemente, sorriu de canto para que não fosse entendido como hostil, e voltou à sua realidade interna. Um tipo diferente de maturidade. Ela não era capaz de julgá-lo. 

A Vila da fumaça era a próxima parada, a única shinobi de todas as investigadas. Ficava a um dia de viagem dali. Todos respiraram fundo, seguindo. 

Foram, talvez, cerca de duas ou três horas de caminhada até que a menina notasse o primeiro sinal. As mãos tremendo acompanharam o ritmo acelerado tomado repentinamente por seus batimentos cardíacos. Hokuto, entretanto, parecia determinada a ignorar, apesar de ser uma tarefa impossível. 

Não seria a primeira vez. Poderia dar conta daquilo. 

Reduziu a velocidade de sua caminhada, tornando-se mais lenta, coisa que talvez até fosse um pouco estranhada pelo grupo, mas nada que a comprometesse. Seu corpo, porém, não se dispôs a qualquer que fosse a trégua arranjada, e ela o odiou por isso. Agora, sua cabeça doía de tal forma que quase pulsava, e a sensação em seu estômago era de que dava voltas em si mesmo. 

Precisava de muitas coisas, menos de uma crise como aquela no meio de qualquer que fosse a missão. 

Andou mais alguns passos, na vaga esperança de que aquilo sumisse; a dor que agora apertava seu peito parecia se espalhar por seus ossos, espremer seus pulmões, embaçar seus olhos azulados e pressionar seu cérebro contra o crânio. 

Parecia que iria morrer. Mas sabia que não. 

—Po-podemos… — Era difícil respirar, mesmo que tentasse puxar o ar com toda a força que sobrava. Era difícil falar ou pensar, e sequer olhar, quando tudo indicava que poderia explodir. —Parar… 

A frase morreu. Hokuto buscou apoio no objeto mais próximo, e o tronco áspero de uma árvore surgiu ao seu alcance. Encostou as mãos ali - precisava de algo palpável, real. Algo que lhe indicasse que o mundo não sumiria sob seus pés. 

—Hoku? — Percebeu a aproximação de Boruto e Inojin, e não conseguia decidir se queria afastá-los ou ser segurada por eles. Estava ciente de que todo o grupo a observava, atento, confuso. Tudo bem. A maioria deles não entenderia. 

As lágrimas desceram por seu rosto, indesejadas e ainda assim ininterruptas. Tinha vontade de se encolher e chorar, ou até mesmo de correr até que a fraqueza atingisse suas pernas e a fizesse cair de cara no chão. Queria acordar daquilo. 

—Ei? Vai ficar tudo bem. — Foi Inojin quem comentou. Boruto a olhava, incerto do que fazer com as própria mãos. Se por um lado queria ajudá-la, por outro não fazia ideia de como lidar com a situação. — Já está tudo bem. 

Ela queria acreditar. Uma parte lutava para que entendesse aquela mensagem, gritando-a aos quatro cantos de seu próprio ser. Outra parte, entretanto, parecia ligar todos os alarmes possíveis de seu corpo, comunicar perigo, risco, nervosismo, medo. 

Todas as pessoas sofrem - mesmo que, às vezes, não saibam. Naquele momento, ela sofria. Sentia tamanha impotência diante daqueles problemas que enxergava a si mesma como a figura pequena encolhida no canto que um dia fora. Entretanto, o tempo havia passado; Hokuto já não podia mais ser a menina acuada, assustada demais para agir. Agora, engolia seus receios e mantinha-os trancafiados dentro de seu próprio ser, como sempre fizera com o sofrimento que tomava e insistia em guardar, talvez por dúvida sobre como deveria agir. 

Porém, toda prisão tem seu preço - e seu peso. 

Era lógica simples: simples e assustadoramente real. O quê acontece com um recipiente que recebe uma carga maior do que sua capacidade permite suportar? 

Ele transborda.

Ela transbordaria também. Já transbordava aos poucos há algum tempo: lágrimas, repetições, reações. Era uma forma básica, primitiva, o ápice de um acúmulo longo, exaustivo e estressante. 

Sentiu a cabeça doer mais; as pontadas que pareciam vir de debaixo de seus olhos eram conhecidas e nada agradáveis de se sentir, tanto pela própria sensação quanto pelo que viria a seguir. 

Não… — Ela murmurou, mais para si mesma que para fora, muito embora soubesse que tinha sido audível o suficiente para os dois garotos ali prostrados. 

—São os…? — Entendia a pergunta de Boruto. Era grata por ele tê-la entendido, ainda que em parte. Se deixou escorregar quase até o chão, encolher-se, tapar os próprios ouvidos com as mãos como se protegesse a cabeça. Fechou os olhos, não suportando-os, a instabilidade enlouquecendo-a de forma momentânea. 

Sentiu que alguém a agarrava pelo braço. O toque era familiar, frio, tão áspero quanto se esperaria de um ninja. Podia sentir aquele chakra elétrico, quase cortante, e não abriu os olhos. Se deixou ser levada mesmo frágil, trêmula e insegura. A conhecia o suficiente para que não precisasse dar uma permissão. 

Duvidava que seria capaz de dizer qualquer sim, na verdade, naquele momento. E dado a quem se tratava, duvidava que também fosse receber qualquer pergunta. 

As mãos a conduziram por poucos passos, mas sabia ter sido guiada até algum ponto para dentro das árvores. Conhecia a sensação da grama selvagem sob o solado de suas sandálias, o farfalhar das folhas nos galhos por onde o vento passava, a sombra produzida pelas copas pincelada pelo calor e luminosidade do sol. Era sensorial, um tanto quanto inexplicável, difícil de se apreciar quando se está em condições como aquela. Apesar disso, a Uzumaki sentia, tal qual sentia a resignação, a relutância, e até mesmo algo tão inusitado… 

—Abra. — Ordenou Hitomi, cujas mãos agora estavam ao lado da cabeça da outra menina, as pontas dos dedos pressionando cada lado das têmporas. Hokuto se arriscou a obedecer, se deparando com o rosto impassivo da Uchiha. Sabia que o Torōgan estava ativo. Podia ver muito mais do que poderia descrever. —Respire. 

Ela tentou respirar. As lágrimas ainda molhavam seu rosto, descendo por suas bochechas. O coração ainda batia rápido demais, ecoando, parecendo machucá-la por dentro. Seus olhos pareciam arderem, dominados pelo vazio, preenchidos com as linhas e círculos escuros com os quais via a única sobriedade soturna e sombria do mundo real. Não queria vê-lo. Não queria senti-lo. 

Hitomi a encarava de volta. Ônix contra ônix. Mas se Hitomi a enxergava de verdade, ela não sabia. 

—Respire. —Repetiu ela. Era quase automática a forma como aquelas palavras saíam, quase como se fossem calculadas, cuidadosas para que não ultrapassassem um limite pré-imposto. Hokuto entendeu, naquele momento, que Hitomi não consideraria aquilo como uma interação. Que não falaria com ela. Que assim que saíssem daquela clareira, nada teria acontecido. 

Sentiu o próprio coração começar a desacelerar. Os olhos molhados pareciam começar a falhar, embaçando sua visão, alternando entre o caos e o mundo. E Hitomi não deixou de encará-la. Um dos dedos longos e pálidos começou a afastar as lágrimas que desciam por sua bochecha direita. 

—Hitomi… — A respiração ainda era irregular quando aquele nome saiu, dito por aquela voz tão jovem e tão triste. —Você está bem? 

Pois Hitomi havia acabado de sufocar um soluço ali mesmo, muito embora seu olhar permanecesse impassível. Era irônico que fosse Hokuto quem perguntasse, talvez porque a resposta dela para aquela questão já era óbvia o suficiente. A da Uchiha, porém, também era. 

—Hokuto. — A garota pronunciou, a voz seca e um tanto quanto distante. Era como se só ali a reconhecesse e sentisse; um tom completamente diferente do usado duas noites antes, naquele incidente na cozinha. 

O Torōgan havia se desativado de vez, as lágrimas começaram a parar de descer, a cabeça de Hokuto já não parecia rodar mais. O mundo era barulhento, apesar do silêncio daquela floresta, e era injusto, apesar daquela luz preenchida por calma momentânea. A vida era conflito, batalha, uma guerra inteira. Mas houve paz no instante que se seguiu. 

Nem mais uma palavra quando as mãos pararam de tocar aquele rosto amigo; nenhum protesto se ouviu quando Hitomi inverteu papéis que já haviam protagonizado anos antes e, dessa vez, foi a primeira a ir embora. A Uzumaki esperou alguns instantes antes de seguir até a saída: tinha dificuldade em entender o acontecido. 

E como se a realidade fosse exatamente o que se constrói, tão facilmente ignorável ao olhar alheio, nada se falou pelo resto do caminho. E o episódio, tão inusitadamente quanto aparecera, já havia sido apagado da memória coletiva, ou ao menos posto de lado em algum tipo de respeito mútuo. 

Ficaria tudo bem. 

•´¨*•.¸¸.•*´¨•.¸¸.•´¨`•.¸¸.•*

Emergência!

—O quê?! — De fato, não era como se Sakura não estivesse acostumada àquele grito, dado o seu cargo de fundadora daquele hospital e chefe do departamento geral. O susto, na verdade, era fruto da calma que os tempos de paz haviam lhe trazido, deixando-a menos alerta ao chamado. 

—Emergência! Homem desconhecido, encontrado nos portões inferiores da vila. Cerca de trinta anos, inconsciente. —Anunciou uma das enfermeiras, conhecida de longa data da ex-Haruno. Sakura assentiu, aproximando-se do paciente com certa pressa para que pudesse, ela própria, avaliá-lo e tomar quaisquer que fossem as decisões básicas para salvá-lo. 

A surpresa a atingiu com tanta força que, por um instante, pareceu ter se esquecido de como reagir corretamente, muito embora fosse um dos fardos de sua profissão. Havia muito não via uma cena como aquela: o sangue que escorria manchava o tecido azul da maca, escapando dos feios cortes que quase faziam daquele rosto humano algo disforme, como se alguém o tivesse tentado modificar à sua própria maneira. Lacerações profundas se faziam presentes no abdômen, tingindo o que sobrara da camiseta bege de um abundante vermelho-vivo. O que mais a chocava, entretanto, não era aquilo, e sim a visível sutura que vinha desde o início da orelha esquerda daquele indivíduo, se estendendo até quase a nuca, cujos muitos pontos escuros indicavam uma operação recente. 

Ele estava destruído por fora. 

O estado de apatia, entretanto, não durou muito; segundos depois deu as primeiras ordens e o trabalho começou a ser feito, numa tempestade muito bem ministrada de sangue, àgua, gaze e tantas mãos, instrumentos e salas que mal se podiam descrever. Ao final, o estranho estava estável e Sakura, juntamente à toda uma equipe, exausta.

Caminhou até sua sala lentamente, os pés doloridos das horas em pé, e sentou-se rente à mesa, encarando o telefone como se ele fosse a última coisa em que quisesse tocar. Suspirou: poderia ter pedido a qualquer um dos funcionários da recepção para que fizesse aquilo por ela, uma vez que era nítida a obrigação de avisar sobre a chegada do desconhecido até ali (muito embora estivesse ciente de que Naruto provavelmente já havia sido informado). Tirou o aparelho do gancho e digitou o número que conhecia de cor, surpreendendo-se ao ser realmente atendida devido à hora. 

Aconteceu algo? — A voz de Naruto expressava, além do cansaço comum, uma preocupação real. Claro que ele saberia que aquele telefonema provinha da sala de Sakura, uma vez que pouquíssimas eram as vezes que alguma chamada era recebida de lá fora as da própria esposa. Graças à Deus, deuses, Rikudou ou quem quer que fosse, ambos os hospitais de Konoha não tinham casos graves e dignos de alguma suspeita rotineiramente, o que os tirava da lista de preocupações diárias do Sétimo Hokage. 

Sim. — Sakura respondeu, agindo da forma mais profissional que poderia naquela situação. 

Você está bem? — Ele questionou, e por um momento ela se confortou no fato de que aquela havia sido a primeira preocupação vinda de sua contraparte. 

Estou. Sei que já deve saber, mas um homem não identificado foi trazido para cá hoje. O acharam em um dos portões. — Um silêncio curto e desconfortável se estabeleceu enquanto, do outro lado da linha, Naruto parecia estar mexendo em alguns papéis até que finalmente falasse: 

Eu sei. Como ele está? 

Desacordado, se é isso que quer saber. Não acho que vá conseguir interrogá-lo nos próximos dois dias. 

Talvez não consiga interrogá-lo”, ela queria dizer, mas guardou o pensamento para si mesma. 

Tudo bem. Colocarei uma equipe para investigar o local. Diante daquilo, Sakura pigarreou. — Tem mais alguma coisa? 

Naruto… Não estou com um bom pressentimento. E era verdade. Sentia-se estranha, quase detentora de um mau presságio, como há anos não sentia. Sabia plenamente que a culpa daquela sensação não era da exaustão, nem mesmo da tensão que se estabelecera entre ela e o marido. Não. Aquilo era muito maior que uma noite difícil ou problemas matrimoniais. 

Nós ficaremos bem, dattebayo—E, ao dizer aquilo, ele não se referia aos dois. Englobava, em suas palavras tranquilizadoras, todo o povo da vila, todas as pessoas de quem deveria tomar conta. Era a confiança de um líder, o dom natural para o discurso, a conveniência da firmeza em suas frases belas.

Não era aquilo que Sakura queria. 

Não me refiro a nós. —Mais uma vez, aquele desconforto se fez presente. O Hokage pareceu respirar fundo, talvez um pouco confuso, talvez apenas sem paciência para discutir aquilo. Se bem o conhecia, a médica apostava firmemente na primeira opção. 

Mas… 

Eu explico depois. 

Tudo bem. Me ligue se houver qualquer mudança significativa no quadro.

Ligarei. — Confirmou.

Se cuide, Saky. 

O antigo apelido pareceu pairar sobre ela, fazendo com que encarasse o telefone com nostalgia. Aquele nome lhe lembrava outros tempos onde a vida parecia mais simples, mais fácil, mais jovem, tempos que já não lhe pertenciam mais. Sorriu de canto de forma triste, antes que correspondesse: 

Se cuide, Naruto.  E desligou. 


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Notas finais do capítulo

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