As Provações de Ren/Ben escrita por BigPanela


Capítulo 6
Mustafar




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Era lava em todos os lugares, eu senti ódio nas minhas veias só de estar num lugar tão quente, minhas mãos suavam, eu queria muito desistir, mas a imagem do Castelo do Vader me manteve focado. Caminhei levemente de forma cautelosa, afinal estava em um dos lugares mais importantes para a historia de meu avô. Já na frente da fortaleza havia uma nave pequena, antiga (não tanto quanto a Milenium Falcon ). Senti um arrepio, havia um distúrbio da força, era algo que foi ocultado de mim, algo como um medo, olhei em volta minha cabeça doeu, senti-me nausear

“Venha”

Aquela voz de novo, ela foi responsável por me arrepiar completamente, mas fui persistente, segui meu rumo lentamente, passo por passo sem pressa como um bom Skywalker. Passei a nave, algo assustadoramente familiar me ocorreu, acabei de optar por empunhar o sabre, prestes a liga-lo, e então entrei.

No meio do salão principal, vi uma figura idosa, de pele alaranjada, ela tinha uma espécie de chapéu, ou isso era parte dela? Não pode ser, ela é uma togruta. Me aproximei, ela se moveu lentamente, eu tentei a ignorar e partir para o salão.

— Ben Solo... – ouvi sua voz, era um pouco rouca, mas muito imponente – sabia que viria.

— quem é você? – me aproximei, minha mão forçou o sabre de luz.

— você não precisa disso Ben – ela disse calmamente. Me aproximei mesmo assim enrijecido, com as mãos firmes em meu sabre de luz – você lembra muito o seu avô

Liguei o sabre e avancei para ela, imediatamente ela se levantou, apesar da idade, ela parecia bastante ágil, se defendeu com o sabre de luz na mão esquerda, o que já não era um bom sinal, tenho um mal pressentimento sobre isso.

— medo – ela disse – por que tanto medo em você?

— não estou com medo – respondi, voltando a ataca-la como sabre, ela sacou o outro na mão direita e parou meu segundo golpe, uma espadachim poderosa, eu não conseguia inferir um único golpe com precisão

— Posso ver coisas em sua mente Ben. – ela parou com os dois sabres ligados apontados para trás, parecia que iria atacar a qualquer momento, e eu empunhei o meu de forma ameaçadora -  Vejo que não sabe muito sobre seu avô

— quem é você? E o que sabe sobre meu avô? –  gritei furioso, como quando o cachorro sarnento do meu pai atirou em mim.

— Ashoka, Ashoka Tano, a Padawan de Anakin Skywalker – me senti balançado, ela  foi treinada pelo meu avô, ela tinha algo que nunca tive dele. O que aumentou meu ódio.

— VOCÊ NÃO ME CONHECE.

— você veio para sentir o lado negro? uma garota, te provocou conflito?– ela sorriu, sem sair da sua posição de luta, a ataquei mais uma vez, derrubei um de seus sabres mas n foi o suficiente  – então é mesmo você Ben

— ME CHAME DE KYLO REN, BEN SOLO MORREU.

— É o que você pensa – ela recuou os sabres de luz e se pôs ereta em direção a saída – se veio a procura de respostas, bem vindo a um dos lugares mais sombrios da galáxia

Seus passos ecoaram, recuei o sabre, sua morte também não seria interessante para mim, além do mais a julgar pela sua idade, sua morte estava próxima, ri sozinho com esse pensamento, então, com uma expectativa grande adentrei a primeira grande porta, pude ouvir a porta ranger, não havia nada ali, voltei a sala onde outrora estava Ashoka, depois de alguns minutos intermináveis observando, percebi bem no canto, havia uma passagem, mal iluminada, onde senti a  força me chamar, aos poucos eu cedi, saquei o sabre de luz, o liguei para usar como luz, ao final, toquei a porta velha, e ela rangeu, era o cômodo mais fresco do castelo. 

A sala era iluminada por tochas, havia cheiro de incenso, como um velório que estava acontecendo recentemente, um vitral ao fundo e bem no meio um caixão. Então era aqui que estava minha avó, Padmé amidala.

Me aproximei com cautela, nunca soube como ela realmente morreu, ninguém nunca disse, me intriguei com sua beleza, de certa forma, ela me lembrava Rey, onde será que Rey esta? Balancei a cabeça, ela possuía um pequeno pingente em suas mãos, não me contive e o toquei.

— ela continua linda não é? – ouvi a voz de um homem um pouco mais velho que eu. Dessa vez pude vê-lo, de capa do outro lado do caixão, acariciou os cabelos dela, então levantou, parou me encarando como Luke fazia enquanto passava as lições, com as mãos dentro da manga de sua roupa negra de jedi . – não sabe quem eu sou não é garoto.

Me contenho para não empunhar o sabre de luz. O mesmo é puxado, e então eu o vejo nas mãos do jedi, ele me olha querendo respostas, pude sentir seu olhar e eu, como o garotinho de 6 anos dentro da milenium falcon assustado ao conhecer Snoke, apenas balanço a cabeça em sinal de não. Ele se aproxima analisando meu sabre, abaixa o capuz e diz.

— Sou Anakin Skywalker -  seu cabelos cor de areia e cicatriz sobre o olho direito me remeteram a uma versão mais vistosa de meu tio, porém nada parecida com a imagem que eu tinha de meu avó por trás da máscara – é um prazer conhecer meu único neto.

— o que você quer comigo?

— uau você é a cara do seu pai – ele me ignorou – sabia que leia não devia casar com o Han solo. Mas não tenho Direito algum de reclamar do destino de meus filhos e... neto – ele possui um olhar melancólico e nada disposto a me ouvir – Sabe por que está aqui Bem?

— não vô – respondi ainda como uma criança.

— garoto, você sabe como me tornei Darth Vader? – ele disse serio apoiando no caixão e olhando para mim de rabo de olho.

— você quis poder e matou ela? – respondi simplório, sem nenhum nexo.

— é o que te disseram?  - ele balançou a cabeça em forma negativa – muito do Han Solo é presente em você, mas também tem muito de mim, - respirou fundo – eu tive pesadelos, sobre Padmé morrer no parto, e então um amigo, ou alguém que eu achava que era meu amigo, me ofereceu ajuda. – senti sua dor

— Vovô, esta me dizendo que?

— um sith me enganou, me seduziu para o lado negro para salvar Padmé, e em meu ódio a matei, eu a enforquei quando a vi com Obi Wan, senti ciúmes, pensei que iria perde-la – ele parou e me encarou – você recebeu o nome dele, o nome que ele usou em seu exilio. Tentei salvar Padmé e perdi tudo, bem aqui nesse planeta.

— por que está me contando isso?

— por que, eu sei que você é parte do equilíbrio Ben. Parece loucura, mas aos meus 8 anos, disseram que eu traria o equilíbrio, me tornei um sith, meu filho um Jedi, e então você.

— eu não tenho a luz em mim.

— quem é Rey? – a pergunta me cortou ao meio, me senti como snoke, eu o olhei confuso, com medo, ele cruzou os braços e sorriu – então Ben, me diga por que foi nela que pensou quando viu sua avó pela primeira vez?

— eu não sei – senti ódio dentro de mim, mas não adiantaria de nada pegar o sabre e tentar matar um fantasma – ela não significa nada para mim – bufei

— então pra que tanto ódio?

Eu o encarei encurralado. Tenho um pressentimento do que virá seguido desta conversa.


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