As Provações de Ren/Ben escrita por BigPanela
Darth Vader,
Jovem promissor, filho da força, Anakin era o escolhido, ele traria o equilíbrio a força, mas ninguém entendeu bem o que seria esse equilíbrio. Muitos especularam de como seria, já li diversos livros em minha fortaleza da solidão, isso me remete a Mustafar onde meu avô havia sucumbido ao lado negro, dizem que ainda existe a muralha de sofrimento de meu avô, algo dentro de mim me quer lá agora mesmo. Então sem pensar duas vezes gritei no comunicador
— Preparem minha nave
Siths costumavam cultivar seu sofrimento para torna-los mais forte, meu avô não foi diferente, ele cultivou seu sofrimento no planeta que ele perdeu tudo, a mulher que amava, sua mobilidade, sua liberdade.
Em passadas rápidas e largas estava caminhando até minha nave em silencio, os subordinados estavam indo almoçar, o que me fez sentir mais sozinho do que nunca, não que fizesse diferença para mim, afinal ninguém era de conversar comigo. Fazendo o fato a seguir mais estranho ainda.
— Ben... - ouvi uma voz vinda de trás de mim, parecia alguém que acabou de acordar de um pesadelo horrível, uma voz feminina, me virei curioso. Vi o rosto pequeno e assustado de Rey, ela parecia ter acordado de um sonho muito ruim, estava sentada em uma cama. Isso me desesperou de uma maneira estranha porem me contive.
— Rey? - a encarei me aproximando sentindo compaixão - por que resolveu aparecer? – tentei me manter firme
— quero ver você Ben. - A firmeza em sua voz, e sua precisão me assustou era como se ela soubesse sobre Mustafar e incomodasse ela de alguma forma, a olhei nos olhos e antes de eu conseguir responder, ela prosseguiu – preciso conversar com você, as vezes você é o único que me entende. E sinto que, você precisa de uma amiga
Hesitei e a olhei da cabeça aos pés, por que ela quer ser minha amiga, será que ainda se sente sozinha, mesmo depois de ter a resistência, bem, a vida de um sensitivo a força pode ser bem solitária, ainda mais se optar pelo celibato. Esquece isso Ben... Ren
— Me encontre na orla media. Melhor estar sozinha, ninguém pode saber que vamos nos encontrar.
Minha resposta surpreendeu a mim também, eu precisava mesmo encontrar alguém para conversar, mas não achei que seria assim.
— Ben
— me chame de Kylo – sorri pra ela – se bem que vamos estar disfarçados,
— Ben – ela me tocou – posso sentir algo em você, Medo, insegurança, amor...
Puxei meu braço, sai de perto dela, olhando-a por que senti algo semelhante nela, mas era paz, insegurança e compaixão, seus olhos fixaram nos meus e eu disse.
— Em Três dias, Naboo.
Sua Imagem sumiu.
Dentro da nave a caminho de Naboo...
Desde a morte de Han Solo o senti mais presente e palpitante dentro de mim, senti a tentação a Luz crescer e diminuir tal como as batidas do meu coração. Mata-lo integrou-o a meu ser, eliminando um por um que pertença a luz, acabam no final estando todos olhando para mim através da força. Quem são eles? Luke Skywalker, Han Solo entre outros padawans que assassinei naquela noite.
Mas o que me intriga é sobre a morte de Snoke, esse se foi pra sempre, achei que matando-o eu teria poder ilimitado e que ele me guiaria ao cume do poder das galáxias, mas não, sua alma negra esvaiu sem mesmo deixar rastros a seguir, achei que a escuridão de sua aura me influenciaria como a Luz de Han solo influencia, mas parece que me enganei, estou sozinho, fazendo planos para ir a Mustafar, logo após pegar meu cristal com Rey, finalmente terei contato com dor e sofrimento novamente.
Conflito outra vez, Luz ou Lado negro. Minha mente esta turva, o lado da Luz me remete ao sorriso de meu pai ao chegar de suas viagens e beijar minha mãe, me entregar presentes, e o Lado negro a seu rosto a luz vermelha e meu sabre atravessando-o cumprindo parte de meu treinamento. Ou quando a Rey me rejeitou, rejeitou minha ajuda, e o lado da luz, quando ela me chama de Ben.
Como Jedi podem ter durado tanto? Seres insolentes, egoístas, pagavam de certinhos mas so alienavam a república, deixaram se abater, pura ignorância, a ordem 66, tudo, usavam a força, celibato, eram fracos. E Rey hoje é um deles, pelo menos a última deles. Só de pensar meu estomago revira, aquele poder desperdiçado com uma luta vazia e sozinha.
Logo ali está Naboo, o que deu na minha cabeça, vim me encontrar secretamente com Rey, isso é errado em muitos níveis, eu não mais o que pensar de mim, depois de muito tempo estou vestindo roupas normais, e isso me incomoda, mas eu estou mais amigável, quem eu quero enganar...
Millenium Falcon entra no meu campo de visão, e ela, pela primeira vez me remeteu a Rey e não a meu falecido pai. Aquele e o planeta de minha falecida avó. Esperei Rey sentado na mesa de um daqueles bares chiques desses planetas civilizados, me distrai pedindo algo para beber, lendo um cardápio. Senti sua mão e antes de eu perguntar qualquer coisa ela disse.
— você não vai para Mustafar, não sozinho.
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