Prólogo - Hawaii 5-0 escrita por AnndyChiaradia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, espero que eu receba alguma resposta de vocês...

Boa Leitura...



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“Pendura a alma no varal e deixe as coisas ruins evaporarem.”

 

*Honolulu, Havaí, 09h45min.*

 

— Como assim Steve, acabamos de voltar de uma missão longa e você diz que amanhã a gente sai em outra? – Danny sentou-se em frente à mesa do comandante.

— Me desculpe Danno, mas esse parece um caso muito delicado. O próprio governador quer nos dar as informações sobre ela. – Steve olhava para fora da janela de sua sala. – Deve ser algo realmente grande, para que o próprio governador tenha que nos dizer...

— E a Kono e Chin? – o loiro entendeu que não havia forma de voltar a traz, por sorte sua filha Grace estava no continente com a mãe. Assim não precisaria explicar que teria que faltar a mais um fim de semana de pai e filha.

— Já os contatei, devem chegar a qual... – Steve não pode terminar sua fala, porque os primos chegaram acompanhados do Governador do Havaí.

— Vamos lá Danny!

Ambos saíram da sala do líder da força tarefa.

— Boa tarde senhores. – a voz grossa do governador foi ouvida.

— Olá senhor. Estamos aqui, no que a 5-0 pode te ajudar?

— Bom, eu não queria ter de envolvê-los nisso oficiais, todavia não consigo pensar em ninguém melhor do que os senhores para tal serviço.

— E do que se trata? – o comandante cruzou os braços de forma seria e interessada.

O governador suspirou alto, aquilo parecia demasiadamente desconfortável para ele. De dentro de uma maleta preta que carregava, ele retirou um pen-drive, que Kono plugou no Hardware central da sala de comando, e vários papeis contendo mapas e fotografias.

— Para deixar claro senhores. Essa é uma missão sigilosa, ninguém pode saber sobre o que farão, para que não comprometa toda a organização. Cerca de 10 anos atrás, a família Beaumont, soberanos do Estado Grã-Ducado de Luxemburgo sofreu um atentado terrorista, tendo seu palácio incendiado, com muitos mortos, inclusive quase toda a família. A única sobrevivente foi a Grã-Duquesa Diane Beaumont, que era casada com Alexandre de Luxemburgo, o monarca constitucional do Estado.

— Sim, eu me lembro. Eu estava no começo da minha carreira na Marinha, quando um comunicado de salvamento chegou. Mas que eu saiba isso era confidencial, a grã-duquesa foi levada para um esconderijo secreto e ninguém nunca mais ouviu falar dela.

 - Isso mesmo comandante, o Estado tinha um tratado de proteção com os Estados Unidos, assinado séculos atrás, que garantia que nada assim acontecesse. A família Beaumont sempre teve amizade com o governo americano, mas tudo em segredo. Entretanto vossa majestade acusou, naquela época, o general do Estado Jacques Lamartine pelo atentado. Não tenho idéia do que a levou a acusá-lo e como naquela época não havia nenhuma prova sobre o envolvimento de Jacques, ele saiu ileso das acusações, mas ele não parou de ser monitorado. A investigação quase caiu em esquecimento, apenas os membros mais fiéis da guarda real, continuaram com ela.

— Um segundo senhor, e como você sabe de tudo isso? – Danny parecia tão curioso quanto os outros.

— Eu, detetive Willians, era chefe de toda a investigação, fiz a proteção da família Beaumont desde que Alexandre e Diane assumiram o poder de Luxembugo. Assumi a investigação quando meu pai morreu.

— Então é pessoal para o senhor? – Chin que estava quieto se pronunciou.

— Digamos que sim, mas é pessoal para todo o Estado de Luxemburgo, a família era amada em todo o país, fora que eu acho correto que a grã-duquesa receba uma resposta do que de fato aconteceu com a família dela.

— Ok, e como nos envolvemos nisso? – Steve queria ter certeza de que não estariam se arriscando por nada.

— Esse é Jacques Lamartine. – o governador mostrou a foto no monitor.

— Uau, ele é bem conservado né... – o homem olhou para a jovem que apenas sorriu.

— Não julgue pela aparência oficial Kalakaua. Com base nas investigações, ele foi o mandante do atentado, mas antes que pudéssemos colocar as mãos nele, o infeliz fugiu, sumiu do globo terrestre.

— Mesmo assim vocês não desistiram, mesmo o senhor tendo deixado a investigação para seguir o rumo da política, ainda continuou monitorando tudo.

— Isso mesmo tenente Kelly. Meu pessoal acabou por descobrir toda uma organização chamada Mercadores de Escravos. Funciona como o nome diz, eles seqüestram pessoas e os vendem como escravos, hoje em dia isso gera muito dinheiro e é fácil de ser escondido. Entretanto ele tem apenas interesse em mulheres, sabe-se lá o que fazem com elas. Lamartine compra cerca de 5 mulheres por mês, todas em torno dos 18 aos 25 anos.

— Sua organização descobriu onde ele mantém essas jovens? - foi à vez de Danny se pronunciar.

— Floresta Harz, na Alemanha. – Agora uma foto de um mapa com a localização em vermelho estava no painel. – Ele esconde uma grande construção no meio da floresta, que é cercada de montanhas, o que dificulta o acesso. Tem uma unidade montada cerca de 10 km da localização da construção, porque pelo que parece, Lamartine tem radares que detectam movimento a 8 km de distancia.

— Nossa, isso é muito recurso... – Kono estava tão pensativa quanto os outros.

— Eu acredito que ele esteja recebendo ajuda do governo alemão. Mas como não é uma missão oficial, não tenho como pedir reforços...

— Quantos homens tem na unidade senhor?

— No máximo quinze homens tenente. Contudo pelas informações, Lamartine não mantém muitos capangas na construção, já que seriam muitas bocas para alimentar, contando com as meninas. E ele também não espera um ataque, então acredito que tenha de cinco a dez homens, no máximo. Alguma duvida senhores?

Todos acenaram a cabeça em negativa. Estava mais do que na hora do general ser punido por seus crimes.

— Então é isso. Agradeço a atenção dos senhores, espero respostas o mais rápido possível. – de forma sorrateira, o governador foi embora.

— Ok pessoal, temos uma missão grande pela frente, nem preciso dizer que discrição é fundamental nesse momento. – Mcgarrett começou com suas costumeiras instruções.

— Certo Steve, mas está mesmo disposto a fazer isso? Se tudo falhar, não teremos apoio. – Chin como sempre era o mais centrado.

— Se o comandante não estiver, então vou sozinha. – os três olharam para Kono. – O que foi? Sabe-se lá o que fazer com essas garotas, não vou deixar que isso continue, nem que tenha que ir sozinha.

— Essa é minha garota. – Steve abraçou a jovem pelos ombros. – Então aceitamos a missão?

Ambos os homens balançaram a cabeça em confirmação. Eles sabiam o peso que isso teria com o governador, se tudo saísse como o planejado, viajariam amanhã para a Alemanha e trariam o acusado pronto para confessar todos os seus crimes.

 

 

No outro dia acordei muito cedo, antes mesmo de o meu despertador tocar. Fui para o banheiro fazer minha higiene pessoal e tomar um banho. Organizamos toda a viagem durante o restante da tarde e um pedaço da noite, as estratégias de ataque só poderíamos bolar com o restante da equipe que já está na base de operações.  Coloquei um jeans escuro, uma camiseta azul-marinho e meu costumeiro tênis, para missões assim eu prefiro a cor escura. Peguei minha jaqueta e uma bolsa que preparei para qualquer eventualidade e fui para sala, joguei-as no sofá e fui tomar café.

Peguei uma xicara grande e enchi com o liquido amargo e puro, meu único vicio. Encostei-me na bancada da pia, mas antes de conseguir saboreá-lo, alguém bateu na minha porta. Danny entrou pela mesma com uma cara amarrada.

— Está tudo bem irmão? – perguntei bebericando meu café.

— Hum... – ele mostrou-me o celular, com certeza havia brigado com a ex-mulher, outra vez.  

— Eu vou matá-lo, Steve. Eu juro que vou e a Grace vai ficar sem pai. - olhei para ele, insinuando que continuasse. Danny serviu café para si e bebeu tudo como se fosse uma simples dose de Wisky antes de continuar.

— O quê? O Stan denovo?

— Muito pior... – levantei minhas sobrancelhas. – Eu dei um celular novo pra Grace, com um plano telefônico, só que alguma coisa aconteceu, e eu estou recebendo todas as mensagens que ela recebe. E tem um menino da sala dela, que está mandando uma mensagem atrás da outra pra ela, e ainda são 08:00h da manhã.

— Então você está espionando sua filha? – tomei um pouco do café na minha xícara.

— Não, e eu não esperava que você entendesse. O nome disso Steve é cuidado paterno.

— Você está espionando ela.  Olha aqui Danny, ela é uma garota linda, está crescendo, você não ia poder evitar isso, mesmo que tentasse.

— Ela tem 12 anos. Ah que saudade quando tinha só 5... – parecia que o Danny ia chorar. O que não é nada difícil.

Minha única reação foi rir. Não era possível que meu amigo está bravo por uma coisa que não vai conseguir mudar de qualquer jeito.  

— Do que você está rindo Steve? Fico muito feliz que minha irritação te diverte. É bom saber também, que toda essa tensão pré-missão impossível, te deixe tão relaxado. Ah, tinha me esquecido, você é louco.

— Caramba Danny, você é muito dramático. E explosivo. 

— Eu não sou explosivo Steve, eu apenas prezo pela minha vida, minha filha tem apenas dez anos, temos muito o que viver ainda. É só isso.

— Só? – eu ri mais uma vez.

Entramos na área de decolagem, um avião no estilo jato estava a nossa espera, Kono e Chin já estavam lá, junto do Governador.

— Bom dia senhores, fico contente em saber que tenho a força-tarefa 5-0 ao meu lado.

— O senhor pode contar sempre com a gente governador. – Steve adquiriu sua postura de líder do grupo.

— Vocês têm tudo o que precisam? – todos assentiram com a cabeça. – Ótimo, então vamos decolar.

— Acredito em vocês senhores. – foram as ultimas palavras do homem negro e de meia idade. Para mim, ele parece mais velho do que todos os outros dias que nos encontramos, com certeza essa missão é de extrema importância para ele, e o eu farei de tudo para que seja bem sucedida.

Depois de nos equiparmos, fomos para dentro do avião, nos preparar para a decolagem. Nosso destino era a Alemanha, bem no meio de uma floresta, espero que seja rápido e certeiro, acredito na minha equipe.

A viagem durou cerca de 20 horas, todo esse tempo ficamos montando estratégias de fuga caso algo desse errado. Afinal todo o cuidado é pouco, pois Lamartine é um homem ardiloso e inteligente segundo a ficha que o governador nos deu.

O pouso e a chegada até a unidade móvel que estava na floresta foram tranqüilos. Lá fomos recepcionados pelo líder da operação, que já havia sido comunicado pelo superior da 5-0. As estratégias foram montadas, e medidas tomadas. Um pouco antes do inicio da noite, nós partimos para a mansão. Andávamos devagar para não chamar a atenção nos radares, quando estivermos perto o suficiente, Kono utilizará um aparelho para encobrir nosso rastro até entrarmos. A floresta era bastante densa, mas não nos impediu de chegar até nosso objetivo. Pelo que conseguíamos ver a mansão era grande e imponente, mas só Deus sabe o que ocorre lá dentro.

Nossas equipes já tinham passado pelos portões da frente e pela entrada principal. Imobilizamos os guardas responsáveis pelas câmeras de segurança e alarmes, que ficavam em uma sala do lado de fora da mansão, então ninguém sabia onde estávamos.

Após todo o primeiro andar ser tomado pelos agentes da operação RESGATE, seguimos para o segundo andar, onde a maioria dos quartos estavam vazios. Metade dos agentes foram procurar pistas das garotas de nossos registros, enquanto o restante, incluindo eu, Danny, Chin e Kono subimos até o terceiro e ultimo andar da casa, recebemos a noticia de que eles haviam encontrado as garotas, todas muito feridas e assustadas dentro de uma espécie de prisão subterrânea. A única pessoa que faltava era Lamartine.

No terceiro andar havia apenas dois cômodos, um nós invadimos e constatamos ser um escritório, portanto só faltava, provavelmente, o quarto do general. Nós esperamos nosso reforço chegar e invadimos. A cena que vimos foi de partir o coração.

Lamartine encostava uma garota na parede com certa brutalidade, ela tentava se soltar de qualquer forma, mas era visível que ela estava fraca e muito debilitada. Ela encontrava-se com o restante do vestido no meio de suas coxas, com os seios amostra, não chorava e nem demonstrava que iria, pude ver quanto ela se defendeu com as pernas acertando-o em cheio nas partes intimas, por poucos segundos ela conseguiu se desvencilhar dele, porém estava muito fraca e não conseguiu se afastar muito, logo foi feita refém sendo puxada pelos cabelos e com uma faca no pescoço. Única coisa que ela conseguiu fazer foi esconder os seios com os braços.

Nós nos preparamos para atirar, eu estava mais a frente do grupo, portanto percebi que ele falava algo em seu ouvido, ela não demonstrou expressão alguma em sua face, mas era possível ver em seus olhos muito medo e confusão.

— Sua mansão está cercada Lamartine, não tem para onde ir, solte a garota e coloque a faca no chão. – eu ordenei e engatilhei o revolver, pronto para atirar sobre qualquer circunstância.

Aos poucos eu me aproximava deles, o general estava impassível, não mexia um músculo, toda a equipe atrás de mim estava se preparando para prendê-lo. Em uma fração de segundos tudo aconteceu, Lamartine jogou a pobre garota contra a cama. Com a faca ele ainda se defendeu cortando três agentes, mas no final acabou sendo imobilizado e preso.

A morena estava caída no chão, sua cabeça sangrava e ela quase não conseguia manter-se consciente, a respiração estava ficando cada vez mais fraca. Olhei para Jacques e vi um leve sorrisinho, como se aquilo não significasse nada para ele. Uma raiva enorme se apoderou de mim, quando eu vi, já havia desferido um soco na cara dele. Ele cuspiu um pouco de sangue no chão e me olhou com aquele mesmo sorrisinho, eu pretendia batê-lo de novo, mas Danny me puxou para trás.

— Calma Steve, ele não vale a sua mão machucada. – ele disse para me acalmar.

— Chefe, a garota desmaiou, ela precisa ser levada até o jato de apoio o mais rápido possível. – Kono chamou-me a atenção. Ela checava os batimentos cardíacos da jovem, que não aparentava ter mais que 19 anos. – Acabaram de pousar aqui no pátio da mansão. – ela disse após ouvir algo por seu ponto eletrônico.

Olhei para Chin e ele entendeu perfeitamente o que eu estava querendo dizer. Não demorou muito para que ele voltasse com uma maca e dois paramédicos.

Lamartine já havia sido levado para fora, se eu pudesse o mataria, mas minha prioridade agora é essa garota. Eu e Danny acompanhamos todo o trajeto até o helicóptero.

— Alguém se feriu gravemente Chin? – eu fui até ele depois que ajudou a colocar a garota morena no helicóptero.

— Não Mcgarrett, somente ferimentos leves. Foi como o governador disse, poucos homens e sem armas pesadas. Foi muito mais fácil do que imaginei.

— Com licença senhores. – um homem alto e forte apareceu do nosso lado.  – Já estamos de partida, preciso que algum supervisor vá aqui dentro com os feridos.

— Eu vou! Posso ajudar com alguns cuidados, usarei os primeiros socorros do helicóptero até chegarmos ao hospital do exército. – Kono decidiu e logo se acomodou ao lado de um dos feridos.

A garota também já havia sido acomodada com os outros no helicóptero, junto dela, todas as outras estavam sendo atendidas. Ao chegar Honolulu, todas serão
encaminhadas de volta para seus lares, claro que a vida não será a mesma depois de tudo o que passaram, mas vou rezar para que todas tenham uma nova chance de vida.

Assim que a aeronave levantou voo, o capitão da unidade que nos deu apoio surgiu ao nosso lado. Seu rosto estava radiante, como se o dia não pudesse ficar melhor. Conversava com um soldado, e quando o dispensou sorriu para nós três.

— Ótima missão rapazes. Tudo ocorreu bem, exceto por alguns feridos, mas eles vão ficar bem, então... – ele respirou fundo.

— Vamos andando, ainda temos que acompanhar a chagada de Lamartine na prisão. Preciso também falar com o Wesley quando chegar ao Havaí.

— Desculpe capitão, mas essa missão é sigilosa. Não pode contar a nin... – Chin Ho começou a dizer, mas o homem moreno começou a rir levemente, interrompendo-o.

— Eu sei tenente. Acho que vocês conhecem o Wesley, aquele que delegou essa missão a vocês...

Entreolhamo-nos e rimos também. Ninguém fazia ideia que o nome do governador fosse Wesley. E assim nós fomos para o ultimo helicóptero que estava ali. Onde o restante dos agentes estavam nos esperando. A viagem de volta foi tranquila e sem nenhuma tensão, só estava ansioso para rever a moça do quarto para ter certeza que ela vai ficar bem e que conseguirá voltar para casa sã e salva. 


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Notas finais do capítulo

É isso. Vamos ver no que vai dar...

Até mais.



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