Cruel - A # M # F escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 4
4


Notas iniciais do capítulo

Olá amoras desculpem pela demora, mas como todas sabem a pad estava com problemas... Boa leitura.



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MAIS TARDE...

O carro foi estacionado na frente da casa e uma linda mulher já com seus tantos anos desceu do caro. Tia Judite ou como gostava de ser chamada ultimamente tia juju para os mais íntimos, ela desceu do carro e puxou aquele ar puro por suas narinas e sorriu o lugar estava ainda mais bonito. Cristina estava na sala e olhou para fora, alguém mais em casa talvez ajudasse a fazer Frederico ficar mais calmo estava sentido dor na mão, mas dali a uma semana estaria pronta para fugir.

Aquela mulher tinha sido vista naquela casa apenas uma vez mas todos diziam que ela era uma boa pessoa e que sempre que podia era a única pessoa que fazia com que Frederico não fosse tão ruim. Ela o tinha criado como mãe porque a mãe de Frederico o tinha abandonado a irmã dela que era bem mais jovem e que tinha sofrido algo terrível que ninguém na família dizia o que era.

Quando Cristina viu que ela estava entrando na sala com uma pequena mala na mão sentiu um certo alívio imaginando que ela não seria tratada tão mal durante aquele período.Ficou parada esperando o que a senhora terminasse de entrar na sala.

— Oi querida.– Sorriu.

— Oi, Judite....

— Você é a mocinha de casa ou a mulher do bruto?– Ela riu nunca tinha visto Cristina a mais de dez anos não ia ali.

Ela abriu um sorriso porque era o primeiro elogio que ouvia por aquele tempo.

— Seja bem–vinda!Eu fico feliz que tenha mais alguém nessa casa e que seja uma mulher elegante.

— Você que é linda!– Se aproximou mais dela.– O que aconteceu com você?– Tocou o braço dela toda carinhosa.

— Eu cai...– ela disse olhando em volta com medo que o marido estivesse por ali.

— De cavalo? Tem que tomar cuidado viu. Onde está Fred? Estou com saudades do meu menino.

— Frederico está trabalhando, mas daqui a uma meia hora ele chega, já é tarde, ele está vindo.– ela disse com calma para ela.

— Aí que inferno de calor é esse aqui? Não imaginava que estaria tão quente.– Sorriu.– Qual o seu nome?Sei que estava aqui a muito tempo porque não me conta um pouco de você e de Frederico?– Ela a olhou com atenção

— Por que a senhora não se senta?Quer comer algo? Beber?– disse com atenção.– Acho que meu marido é melhor para contar sobre nós que eu...

Ela riu do jeito dela e a pegou pelo braço e as duas sentaram.

— Por que nós duas somos mulheres e podemos conversar? Eu quero uma água.

Cristina chamou a empregada e pediu água e uma limonada e também alguns pasteis.

— A senhora fez boa viagem?– ela disse atenciosa gostando de ter alguém ali.

— Sim, foi tranquilo. Moramos tão perto e nunca nos visitamos.– Ela suspirou.– Posso te fazer uma pergunta?– Olhava dentro dos olhos de Cristina.

— Claro que pode...– sentiu um calafrio em todo seu corpo naquele momento.

— Ele ainda é agressivo?Meu filho mudou?

Era o delicado momento em que ela tinha que decidir contar ou não o que vivia com Frederico. Se dissesse que ele era um homem violento, ela ia querer saber como.Se dissesse que não era, ela perdia a chance de ter alguém em quem confiar.

— Frederico é um homem complicado.– Ela disse assim toda cuidadosa.

Judith suspirou.

— Eu já entendi não precisa me dizer mais nada, eu não quero complicar a sua vida.

— Nós estamos casados há dez anos. São anos onde eu aprendi muitas coisas sobre ele. Não devemos conversar sobre isso.– Ela falou fingindo que não tinha medo.

— Eu vou te respeitar! Mas você não me disse seu nome.– Ela riu.

— Meu nome é Cristina.Sempre ouço falar bem da senhora aqui nesta casa. Dizem que morou aqui muito tempo é verdade?– Os olhos verdes curiosos para saber coisas que nem fazia ideia de como tinham sido.– Quando Frederico era como criança?

— Frederico até os dez anos de idade era um amor de criança, mas depois...– Ela suspirou.– Eu te trouxe um presente.– Ela levantou e foi até o lado de fora e pegou a caixa com seu motorista que não tinha entrado e voltou dando a ela com um sorriso no rosto.– Espero que goste.– Era um lindo gato.

Cristina ficou completamente absorvida e abriu um sorriso feliz.O animal era lindo completamente branco com pelos em todos os espaços.Ela pegou de dentro da caixa e começou a abraçar sentindo o perfume do gato.

— Ele é muito lindo, muito obrigada!É fêmea ou macho?– Estava encantada com o animal e levantou bem alto olhando para ele.

— É fêmea, mas já está castrada pra que não crie e te de problemas.– Sorriu.– Eu ia trazer um bebê, mas achei esse e ele me encantou e como estava vindo achei que era um presente perfeito.

— Que linda, ela vai se chamar, luarina.– ela beijou a fata com todo amor e ela estava bem a vontade.

— Que bom que gostou agora você pode me dizer onde posso me instalar? Preciso de banho.– Falou toda educada.

— Claro que sim, vem!– ela sorriu carregando a gata.– Luarina vamos levar tia Judite para tomar banho.– e sorrindo caminhou mostrando o caminho a ela.– Eu também preciso de um banho, vou aproveitar.

— Sim, depois vamos tomar um cafézinho e olhar esse lugar.– Chamou o motorista que trouxe as malas dela.

— Sim, vamos....– Cristina se sentiu bem com a presença de Judite ali e as duas subiram. Ela mostrou onde era o quarto depois fui para seu próprio quarto e começou a tomar banho mas deixou a gata no seu sofá.

Tudo que ela mais queria era ter mais alguém na casa com quem pudesse conversar e parecer o que Judith era essa pessoa.Ficou tomando banho distraída. Não demorou nada que elas subiram, Frederico entrou sabendo que a tia já estava ali e sabia que não era uma visita casual de família trazia algo com ela que ele sentiu desde que ela ligou.

Perguntou a empregada onde a esposa estava e ao obter resposta subiu para o quarto e ao entrar deu de cara com aquele bicho no sofá.

— Cristina?– Gritou.

Cristina se assustou com o grito saiu do banheiro enrolada na toalha com toda molhada.

— O que foi, Frederico?

— Que monstro é esse?– Falou com raiva.– Não quero isso aqui, não!

— Meu gato que a sua tia me deu na verdade é uma gata!– Ela pegou a pequena gata e segurou no colo. Quando fez isso no gesto que ela fez deixou a toalha cair para segurar o bicho.

Ele riu para ela.

— Já gostei desse monstro!– Ele gargalhou, segurando o membro.

Cristina pegou a toalha correndo e se cobrindo com o rosto ficando completamente vermelho.

—Ela não vai ficar aqui, Frederico, eu vou deixar ela do lado de fora é só porque eu fiquei preocupada dela ficar com medo, ela acabou de chegar.–Olhou para ele te livrando a toalha e a gata junto ao seu corpo.– Sua tia já chegou vai falar com ela.

Ele se aproximou dela.

— Você não vai me da um beijo?– Sorriu alisando o braço dela.

Ela o olhou e sentiu calafrios, deu um selinho nele um pouco demorado, mas sem abrir a boca, sabia que ele a manteria com ele e tinha medo porque depois de todos aqueles dias ele ia querer sexo. Ele beijou ela daquele jeito por alguns segundos e depois se soltou dela e foi para o banheiro tomar um banho sem nada a dizer apenas foi.Cristina agradeceu a Deus e beijou a gata.

Se arrumou, se vestiu e saiu do quarto com a gata junto. Judite tomou um belo banho vestiu uma roupa fresca e desceu encontrando Cristina. Sorriu ao ver que ela estava com seu presente. Frederico já vai descer para jantarmos aqui Jantamos cedo na fazenda mas se você quiser podemos dar uma volta no jardim antes de descer.

— O que você acha?

— Vamos sim, aqui parece estar maior do que antes.

— Está sim, bem maior..– ela saiu com ela e a gata e as duas foram para o quintal.

Cristina mostrou as divisas da fazenda com as mãos apontava para os locais explicando o que era a cada coisa e depois perguntou.

— Você anda a cavalo?

Ela riu.

— A muito tempo não sei o que é isso, eu moro na cidade a muito tempo.

— Quer cavalgar?– ela sorriu, amava os cavalos.– Eu posso ir com você e te ajudo.– ela estava empolgada, mas viu Frederico as olhando da janela do quarto...estava apenas de toalha e teve medo que ele a chamasse...

— Não, minha filha, olha seu braço não mesmo.

— Estou acostumada a cavalgar posso fazer até sem segurar o cavalo!

Falou toda cuidadosa e Frederico de sua janela ascendeu um cigarro as observando. Falava toda sorridente.

— Não, se Frederico souber que te incentivei ele me pega um tiro. Melhor só caminhar e amanhã vamos.

— Acho que ele quer jantar! Vamos para dentro porque eu acho que ele quer jantar deve estar com fome acordou muito cedo.Ele Nunca faria algo assim com você.– Ela disfarçou sua tristeza sorrindo e entrou com Judite.

Frederico descia atrás da empregada já pronto e ela tinha cara de choro.Cristina chegou gelar quando viu a expressão da moça.E ele ria.Respirou fundo como se sentisse seu rosto queimar. Ficou parada esperando que ele se aproximasse. Ele olhou a tia e foi até Cristina a abraçando pela cintura odiando aquele gato.

— Tia que bons ventos a trazem a minha humilde residência?

Ela respirava pesado porque tinha certeza que ele tinha feito alguma coisa ruim com a pobre moça.

— Saudades poderia ser um motivo simples para se vir ver um homem cujo eu criei e acha que nasceu e cresceu com uma chocadeira.– Foi firme com ele e ele semicerrou os olhos.

— Vai embora que dia?– Foi direto.

— O dia que eu quiser! Isso aqui se eu quiser também é meu!– Encarava ele e o modo gentil sumiu dos olhos dela.

— Você não tem nada aqui!– Quase gritou.

Cristina começou a ficar apavorada com eles dois falando daquele jeito.

— Frederico, por favor, vamos jantar.Não fale assim com sua tia, seja gentil!

— Abaixe o tom comigo que não sou suas empregadas e me respeite na frente da sua mulher mostre que ainda tem um pouco de respeito dentro de você.

— Eu vou te mostrar o que é respeito já, já.– Falou com ódio por estar sendo afrontado ali na frente de sua esposa, mostrando que alguém podia domá–lo.– Vamos jantar que eu trabalho e estou com fome!– Ele se soltou dela e caminhou pra mesa.

— Mimado!– Ela falou e olhou Cristina.

— A senhora não devia fazer isso e deixar ele nervoso assim.– Ela disse bem perto da tia.– Mas eu adorei.Acho que precisava que você estivesse aqui em casa mais tempo porque ninguém fala assim com ele.

— Eu não tenho medo dele e você também não devia ter!– Judith sorriu.– Eu posso te ensinar se quiser. Porque esse aí só se acha macho no grito e no soco.– Falou de uma vez.

— Eu quero que me ensine, sim!– Falou com os olhos brilhando Por que queria mesmo acabar com aquela ditadura em que vivia.–

Deu a mão à ela e as duas foram para mesa.Cristina se sentou e assim que olhou para o marido percebeu o que ele esperava que ela colocasse a comida.

— Vou ter que pedir?– Falou com ódio.

Judite sentou e começou a se servir com calma.

— O cheiro está maravilhoso.– Elogiou.

Cristina colocou a comida para ele do modo como ele gostava entregou na mão dele olhando em seus olhos.

— Não precisa ser grosseiro.

Ele somente levantou uma sobrancelha para ela em resposta.Ela ela entregou o copo com suco o que ele gostava e depois arrumou a comida dela e respondeu com calma a Judith.

— É a Catarina faz a comida e ela é maravilhosa é aquela moça que estava descendo a escada quando o meu marido também estava descendo do quarto. O que vocês estavam fazendo no quarto, Frederico?– A voz dela foi bem firme para ele.

Ele riu quase engasgando com a comida. Judith o olhou de imediato esperando uma resposta.

—Ela entrou lá quando eu estava me vestindo. –Foi só o que ele disse.

Cristina fuzilou ele com raiva, será que tinha atacado a menina?

— E saiu correndo...– Riu mais ainda mentindo ele tinha quase comido ela na parede do quarto.

— Ela é jovem , Frederico, deixe a menina em paz!

— E quem é você pra falar assim comigo? Cala sua boca e janta!– Falou sem paciência.

— Frederico, não seja um cretino!– Judith se ofendeu.

Cristina o olho com raiva. Não gostava quando ele falava com ela daquele jeito tinha mais raiva ainda do que quando batia.

— Não se preocupe, Judite! Esse é o modo do meu marido me tratar sempre!– Ela falou com raiva e ficava tentando brincar com a comida.

— Continua falando que você vai ganhar o teu Cristina e com bônus hoje.– E olhou a tia.– E você não se meta!

Ela parou de falar e continuo comendo.

— Tudo bem, tia, pode comer em paz!

A gata veio na direção deles e pediu comida.

— Você ainda vai ter o teu também!– Ela o encarou falando.

Cristina pegou o animal e colocou no seu colo ouvindo as asneiras de Frederico.

— Leva esse bicho daqui!

— Luarina, vai deitar lá na sala vai depois eu pego você.– Ela falou toda carinhosa com a gata soltando no chão.

Frederico olhou a gata e riu do nome.

— Não tinha nome mais feio não?– Ele gargalhou deitando na cadeira.– Vocês são tão patéticas!– Riu mais ainda.

Cristina nada disse apenas acarinhou o animal e deixou que ela fosse embora e voltou a comer sua comida e o jantar seguiu sem muita conversa e depois se sentaram na sala por meia hora e quando Frederico se levantou para ir ao quarto.

Cristina quis ficar ali queria estar com Judite conversar mas sabia que o marido ia chamar re seria a hora do acerto de contas.

— Frederico, eu quero falar com você!– Judite falou assim que o viu levantar.

— É importante?– Ele a olhou.

— Se não fosse eu nem viria para ver você e essa sua falta de respeito.

Ele suspirou.

— Ok, vamos ao escritório.

Ela se levantou sorriu e caminhou para dentro do escritório e parou o encarando.Cristina nem podia imaginar como seria a conversa deles dois mas sabia que a tia dele era o bicho que tinha gostado da presença dela ali. Talvez fosse o momento de preparar a sua fuga por que o Padre podia ajudá–la o médico e a tia de Frederico assim ela conseguiria sumir sem que ele achasse novamente.

Enquanto os dois tinham ido conversar ela sentiu aquela alegria que não sentia a muito tempo desejando que seu plano dessa certo não queria levar nada daquela casa não tinha nada ali que fosse seu agora a única coisa que levaria se pudesse seria a sua gata.O bichano veio todo delicado e roçou nas pernas dela com carinho.

Frederico se sentou em cima da mesa do escritório e olhou para Judite.

— Fala logo o que você quer que eu não tenho tempo e quero dormir.

— Você é sempre assim? Um idiota? Cadê meu filho? Cadê meu menino que eu criei cheio de amor?– Ela suspirou.

— Seu menino tá trabalhando para sustentar essa fazenda e essa casa! Eu já não sou menino há muito tempo!– Foi até o outro lado e pegou uma bebida tomou uma vez e olhou para ela.– Não fica falando coisa para dar asa para minha mulher!Se não te ponho daqui para foraQ

— Eu não estou colocando asas nela, Frederico, mas você não pode ser esse monstro. O que te aconteceu naquele tempo que te deixou assim?– Ela suspirou.

— Mas esse não é o assunto, né. É o que o assunto? A senhora está mais magra está faltando alguma coisa na sua casa?– Olhou para ela de cima a baixo nem sabia direito de falar.– Posso te dar um dinheiro.

Ela riu.

— Mais do que me dá pra ficar longe da sua casa?

— A senhora sabe o que é melhor que estejamos assim!Eu não quero que a senhora fique pensando que pode entrar aqui dizer o que quiser! Eu gosto de levar a minha vida do jeito que eu levo. Além do mais, daqui a pouco essa casa vai estar cheia de filhos e Cristina vai estar ocupada. É melhor que seja assim como está!

— Você é um idiota, tudo isso por causa daquela mulher?

— Que mulher?– Ele se fez de desentendido.

— Sua mãe, quem mais poderia ser?

Frederico socou a mesa.

— Não fale dessa mulher aqui em casa! Não quero saber nada dessa mulher já disse que essa mulher não é nada minha!– Ele foi até a tia segurou ela pelos ombros e sacudiu.– Esquece o nome dela! Esquece ela e me fala nunca mais!


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