Cold Coffee escrita por amysantiagos


Capítulo 4
After the afterparty


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui é a Nati com mais um capítulo de presente (adiantado) de Natal pra vocês. O personagem de hoje é o Luke, que eu e a Mafe imaginamos como o Sam Claflin. Agora vamos pular a enrolação, e boa leitura!!



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Capítulo III

Jade

Se tinha uma coisa que eu nunca consegui suportar, era grosseria. Cada vez que alguém falava comigo de maneira rude ou um pouco mal-educada que fosse, eu já me irritava com a pessoa, e era quase impossível me fazer perdoar ou esquecer com facilidade o comentário que me foi feito. Por isso, quando o garoto — cujo nome eu nem cheguei a saber, por sinal — agiu daquela maneira comigo, enquanto eu estava tentando apenas ser gentil e me desculpar, não consegui ficar calma.

Assim que eu deixei ele falando sozinho, decidi procurar a Diana. Já fazia pelo menos uma hora desde o momento em que me separei dela e de Leonard, então pensei que não faria mal em roubar minha amiga do seu namorado ciumento por alguns instantes. Mas não precisei buscar muito, e nem ligar para o seu celular, porque logo a avistei correndo em minha direção.

— Diana! — gritei, quando ela estava mais perto. — Você não vai acreditar no que…

— Depois. — ela falou simplesmente e começou a me puxar para fora da floresta e em direção aos dormitórios.

— O que está acontecendo? — perguntei e não obtive nenhuma resposta. — Diana, você pode me explicar?

— Espera! — ela parou de correr e virou para mim por alguns instantes. — Quando chegarmos no nosso quarto eu explico, pode ser? Não quero falar aqui.

Eu não sabia se ficava confusa ou preocupada com sua agitação e desespero, mas decidi ficar quieta e apenas a seguir até nosso dormitório. Quando finalmente chegamos, ela trancou a porta, sentou na sua cama e me puxou para que eu sentasse também, o que quase me fez cair no chão. Ficamos nos encarando por alguns segundos até que ela simplesmente foi direto ao ponto.

— Acabei de encontrar o Philip.

— Philip? — perguntei, para ver se tinha ouvido direito. — Tem certeza? Não sabemos nada dele há mais de três anos.

— Sim, eu tenho certeza. — ela olhou para baixo e depois completou: — Eu nunca esqueceria de seu rosto, e muito menos o confundiria com alguém.

Fiquei sem saber o que dizer, então ficamos observando nosso quarto até alguma de nós criar coragem para falar qualquer coisa.

— Jade… — Diana praticamente sussurrou. — O que eu faço agora?

— Calma. Você não precisa pensar nisso agora. — falei e a abracei. — Apesar de ser uma possibilidade pequena, existia a chance dele decidir estudar aqui. Afinal, não éramos só nós duas que tínhamos o sonho de fazer nossa faculdade em Manchester, lembra?

— Eu sei. Mas…

— Sem ‘mas’. Nós não sabemos quando você vai encontrar com ele novamente, isso se o encontro realmente chegar a acontecer! — levantei da cama e comecei a dar voltas pelo quarto — Essa universidade tem tantos alunos, que pode ser que vocês nem se esbarrem.

— Mas e se acontecer? O que eu falo? — ela também se levantou para me fazer para de andar, me segurando pelos braços.

— Esquece isso. Pelo menos essa noite. Vamos dormir, porque amanhã vai ser um novo dia e todas as respostas serão entregues.

— Espero que sim. — ela me abraçou. — Obrigada, amiga. Vou tentar esquecer disso por enquanto. Agora, qual era a história que você queria me contar?

— Nossa, nem te falo. — estava prestes a começar a contar, quando o celular dela tocou.

— Meu Deus, o Leonard! Esqueci completamente dele! — ela gritou e logo atendeu o telefone.

— Por que será? — falei baixinho, sem que ela pudesse me ouvir. Pelas respostas que ela estava dando, eu sabia que ele estava irritado.

Como sempre, eles conversaram por quase uma hora, tempo no qual a Diana inventou uma desculpa muito esfarrapada para explicar seu sumiço repentino, alegando que não estava se sentindo bem e precisou subir para os dormitórios por causa disso. Mas, se pensarmos no que havia acabado de acontecer, era bem provável que minha amiga estivesse mesmo enjoada após o reencontro que eu havia tanto desejado.

Quando ela desligou, parecia nervosa novamente, então eu logo tratei de ajudá-la a arrumar sua cama e ir dormir. Afinal, no dia seguinte teríamos o nosso primeiro dia de aula, e eu estava muito animada para começar o curso que eu sempre sonhei em fazer: Arquitetura. Por isso, deitei na minha cama e tive dificuldade para adormecer, devido à ansiedade que me contagiava. Mas, diferente da minha amiga, que eu sabia que demoraria muito mais a dormir do que eu, logo depois consegui pegar no sono e só acordei no dia seguinte, com o despertador tocando alto no meu ouvido.

Como eu tinha aula mais cedo do que a Diana, levantei-me e arrumei-me para sair  do quarto enquanto ela ainda dormia. Tomei um café rápido que eu comprei no Starbucks que tinha no campus e fui em direção a minha sala, animada com a possibilidade do Philip voltar a ser nosso amigo. Mas, mais do que isso, estava feliz com a chance de ele e e a Di se acertarem e ela terminar com o Leonard para ser realmente feliz. Ela merecia isso, principalmente após todos os anos sofrendo por amor.

Ainda estava com esses pensamentos na cabeça quando cheguei à sala. Meu primeiro tempo seria de Matemática 1, matéria que eu pensava ser bem fácil para mim, tendo em vista que eu tinha muita facilidade nessa matéria na época da escola. Arranjei um lugar no meio das mesas para sentar, pretendendo passar despercebida, pois não estaria nem lá na frente, na mira do professor, nem nos fundos, onde nunca dava para prestar atenção em nada. De repente, ouvi alguém perguntar enquanto me cutucava:

— Oi. Será que posso sentar na cadeira do seu lado? — olhei para o dono dessa voz e me surpreendi ao perceber que era o garoto que gritou comigo na noite anterior.

— Se você não for gritar comigo de novo… — rebati.

— Então, — ele se sentou enquanto falava. — me desculpa por isso. Eu não precisava   nem podia tratar você daquele jeito.

— Não podia mesmo. — respondi e virei para frente.

— Nossa, você é sempre estressada assim?

— Com meninos que se acham superiores do que o meros mortais a sua volta? Sim, geralmente.

— Desculpa então, rainha da ética. Vou tomar muito cuidado da próxima vez que for falar com você. — ele disse e eu pude sentir a ironia na sua voz. Virei-me pra ele novamente, já me preparando para dar outro fora, quando vi que ele estava rindo. Então percebi que não valia a pena me irritar de verdade, e entrei na brincadeira dele.

— Eu com certeza tenho mais ética que você, … — encarei seus olhos, esperando que ele me dissesse seu nome.

— Luke. — ele estendeu a mão e eu a apertei. — Luke Edwards. E acredito que você tenha mais ética do que eu mesmo, …

— Jade. — falei quando percebi que ele esperava meu nome. — Wilson.

— Então tá, Jade Wilson. Concluímos que você é a rainha da ética e eu sou a pessoa mais grosseira do planeta. Está bom para você? — ele sorriu.

— Para mim está ótimo. — sorri de volta e encerrei a conversa, virando para frente ao notar que o professor chegara na sala e estava prestes a começar a aula.

Porém, enquanto o professor se apresentava e conversava um pouco conosco sobre as futuras aulas e avaliações, não consegui parar de pensar no quanto o sorriso desse Luke era bonito. Assim como seus olhos. E seu cabelo… Jade, não. Você precisa se concentrar na aula. O sermão feito por mim mesma me fez rapidamente voltar a prestar atenção no mundo ao meu redor, mas não sem dar uma olhadinha rápida para o lado antes.


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Notas finais do capítulo

Enfim, é isso. Comentem o que vocês estão achando dos personagens e da história até agora para nos ajudar a melhorarmos a fic. E um Feliz Natal cheio de saúde, paz, amor e esperança pra todos. Um beijo!!! ♥



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