Era sempre você escrita por Lívia


Capítulo 2
Minha Alma Gêmea


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Estou de volta para lançar o ultimo capitulo desta fanfic fofa que escrevi. Obrigada aos que comentaram. E a musica que me inspirou para a fanfic foi Crush de David Archuleta.



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Meu coração começou a palpitar. Sinto meu rosto ficar quente, e talvez esteja avermelhado. Minha barriga parece estar cheias de borboletas querendo se soltar. E sinto um calor agradável entre nós.

Sempre havia visto , Salsicha como um amigo. O que eu sentia por ele , até aquele momento, era que eu podia falar qualquer assunto com ele , que ele   entenderia e  ouviria  melhor do que ninguém.  Nunca me sentia desconfortável quando estava com ele. Como se nunca precisasse usar uma máscara.

Estou começando a ter dificuldade para respirar.

Será que isso que estou sentindo é real?

Uma descarga elétrica passa por todo o meu corpo, fazendo meu coração ser consumido por um sentimento diferente e distante de tudo que já senti ou experimentei.

Nunca pensei que de todos os caras que passaram na minha vida, sentindo vazia e desmoronando em cada termino , seria ele que me faria sentir amada e em casa.

— O chá deve estar bom – lembra , olhando cabisbaixo para as nossas xícaras.  A água adquiriu um tom de verde, no ponto certo de tomar a bebida.

Devo estar ficando boba, com certeza.

Pegamos nossas xícaras e fazemos um brinde:

— Aos pesadelos irem embora de nossas vidas em busca de resolver mistérios .

— E ao medo. – completa.

Eu não sei mais o que dizer. Não sei o que fazer com as minhas mãos. Tenho medo do que vai dizer ou do que ele irá fazer.

Ele termina de tomar o chá, sem que eu notasse.

— Tchau , Daphne. Espero que tenha um bom dia ! - e seus lábios beijam levemente minha testa , como se já estivesse indo embora.

Um inevitável suspiro se solta de minha boca. Eu não quero que ele vá embora. Pego em sua mão e peço para me escutar.

— Por favor, não vá embora! Estou com muito medo.

— Medo?

Eu olho para ele , triste. Não quero sentir dor , quando ele for embora. Não quero sentir o vazio ea fria solidão.

— De  ficar sozinha , de um monstro aparecer e me sequestrar.

— Está mesmo certa que é a mim que você quer ? Porque eu não sou como o Fred.... – ponho meu indicador em seus lábios , evitando que ele termine a frase.

— Vamos jogar xadrez na sala?

******************

— Rainha para B- cinco .

— Bispo para  G- sete.

Ainda bem que aceitou jogar comigo.

— Cavalo paraC – oito.

— Okay.

Salsicha fica mexendo no cabelo ao olhar para o tabuleiro . Está é nossa terceira partida. As outras duas eu havia ganhado. Ou talvez , ele tenha deixado –me ganhar.

Estamos contando histórias enquanto jogamos . Contei a ele sobre um dia em que fui num show de rock com Velma e algumas amigas equebrei meu salto alto de tanto pular, com quinze anos.  Ele me contou sobre o dia em que ele e o Scooby pintaram a parede da sala dos pais com tinta permanente vermelha quando tinha quatro anos .

Está confortável , simples e agradável. Estamos sentados no tapete da sala, separados pela mesa, lado a lado, nossas cabeças estão apoiadas em nossas mãos e o tabuleiro no meio. E a lareira continua queimando lenha,produzindo  um calor gostoso.

— Você vai andar ou vai fazer um buraco no tabuleiro de tanto olhar ?

— Não me apresse.

Eu suspiro.

— Me diga sobre o seu pesadelo, Salsicha.

Seus olhos se arregalam .

— Não posso.

—Por quê ? Eu contei o meu para você ... E você me consolou. Agora , sou que quero consolar você.

Ele suspira parecendo aceitar o meu argumento. Pego em sua mão , sentindo mais uma vez o meu rosto queimar .

— Eu... sonhei que via você se jogando no rio da Bahia dos Cristais, seus olhos estavam sem brilho , parecendo como os de um zumbi. Foi às duas horas da manhã. E eu gritei o seu nome bem alto. Por sorte , meus pais tem um sono pesado e não escutaram. Depois daquilo, soube que não veria mais você do mesmo jeito.

— O que quer dizer ?

Ele está olhando para o tabuleiro ,cabisbaixo. Perdido na escuridão do seu pesadelo.

— Eu amo... você. – seus olhos se erguem brilhantes  como fogos de artifícios, fixos em mim.

Uau.

— Norville... – sussurro  enfim seu nome , olhando dentro de seus olhos.

Não consigo encontrar palavras para descrever o que estou sentindo.  Não tenho ideia de como voulhe dizer.

Estou apaixonada por ele . Totalmente. Perdidamente.  Ridiculamente .

Apaixonada.

De corpo e alma.

Com a minha outra mão livre , toco em seu rosto e sinto a sua barba rala , ela não me machuca.

—Norville... – sussurro mais uma vez. Respiro fundo e deixo meu coração tomar as rédeas das minhas palavras.  – eu também te amo. E eu vou me adiantar em pedir para que me aceite como sua namorada.

Ele arregala os olhos para mim, achando que eu estava brincando. Em seguida,ele simplesmente sorri para mim. A satisfação de ter –me declarado a ele invade meu coração.

Encostamos nossas cabeças e ele diz:

— Vamos precisar contar para o Scooby, sabia?!

Deixo escapar uma risada nervosa e ele se junta à mim. Eu quase me esqueci do Scooby.

— Nós vamos dar um jeito , mesmo que eu precise dar uma caixa inteirinha de biscoitos . – tento dizer firme, mas não posso esconder meu medo que ele não aprove a nossa relação.

**************************************************

O céu está alaranjado, as nuvens estão em tons de rosa e os pássaros estão cantando felizes por mais um fim de mais um dia. Norville e eu estamos olhando o pôr – do – sol no topo do farol da cidade, aninhados com o seu melhor amigo Scooby- Doo.  Ele lambe o meu rosto mais uma vez. Contamos a ele sobre tudo o que havia acontecido na noite passada , e ele não só nos deu apoio,  como adorou o nosso namoro.

Minha cabeça está aconchegadano peito do meu namorado , Norville . E seus braços envolvem meu corpo enquanto assistimos aquele espetáculo natural. Norville olha para mim e se inclina para mais perto de mim. Ele quer me beijar.

Sua boca encontra a minha num beijo terno e doce. Meus braços envolvem os seus ombros , trazendo para mais perto de mim. Meu coração martela contra o meu peito.  Era você. Sempre havia sido você...  A minha alma gêmea.


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Notas finais do capítulo

FIM