12 days of Weasley’s x-mas escrita por Só mais uma leitora


Capítulo 4
Day 4 - Lilly Potter


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ♥



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Lilly Potter - Jingle Bell Rock

Lilly não entendia o Natal. Apesar de amar o frio e ganhar presentes ela não compreendia por que luzes eram espalhadas por todos os cantos, as musicas de ambiente mudavam e tudo parecia cheirar a menta e gengibre. Isso não acontecia no Halloween. Nem no dia dos namorados. Muito menos no dia das mães.

Tendo crescido numa família gigante e completamente louca pela data ela achava que já tinha visto de tudo, de 20 ruivos vestidos iguais cantando músicas natalinas de forma tão sincronizada que era assustador à bebês com fraldas com estampa de rena, passando pela ceia de natal para 50 pessoas da vó Molly e infelizmente a fantasia de papai Noel do vó Arthur.

Mas não. A vida tinha que provar que ela estava errada mais uma vez. No momento ela estava parada em meio a neve falsa vendo meia dúzia de estudantes vestidos em versões supostamente sexy de fantasias com tema de Natal dançando break dance ao som de jingle bell rock no meio do Campus enquanto um cara vestido com um suéter escrito BREAK XMAS com fios de led que piscavam em verde e vermelho tocava um tambor que, adivinhem, tinha um trenó pintado na lateral.

Era isso que ela ganhava por ter escolhido estudar nos Estados Unidos. Devido à política rígida quanto a bruxos no país as faculdades bruxas eram como uma parte secreta das faculdades trouxas, ou no-magis como eram conhecidos as pessoas sem magia naquele lado do oceano. A experiência com eles só tinha feito Lily constatar que os Trouxas conseguiam ser ainda mais excêntricos que os bruxos.

Ainda tentando assimilar o que estava acontecendo Lilly nem estranhou quando uma garota vestida de árvore de Natal - numa versão normal, não sexy. Graças a Merlin - abordou a ruiva para fazer uma pesquisa sobre o Natal. Educadamente ela recusou, era instruída pela coordenação da parte bruxa da USC a não responder a pesquisas uma vez que eles teriam que mentir.

A Potter lembrou de quando resolveu que queria estudar música bruxa do outro lado do oceano. Ela estava no último ano de Hogwarts e quase endoidando por não saber o que queria fazer quando a mãe veio com a ideia, e no mesmo instante ela percebeu que era aquilo que ela queria fazer.

De início seu pai implicou um pouco com a caçula se mudar para outro país, principalmente um que era tão longe, mas sua mãe logo deu um jeito de convencê-lo. Principalmente depois que o vô Weasley e tia Hermione resolveram que todos os Weasleys e agregados iam ter um celular. Aquela tecnologia Trouxa fazia com que se comunicar fosse muito mais fácil.

Agora ela já estava a uma semestre de se formar e estava normalmente sem ideia do que fazer quando se formasse. Ela ficaria na Califórnia? Voltaria para a Inglaterra? Iria para outro país?
Ela gostaria muito de saber a resposta.

Apesar de estar na semana das provas finais o campus parecia mais movimentado do que nunca. Nada como universitários ansiosos e sem dormir para encher um lugar de vida e cheiro de café. Por algum tipo de milagre Lilly já tinha terminado de estudar tudo que precisava para essa semana. Essa coisa de ocupar a mente com estudos era realmente útil, o único problema é que agora ela tinha a semana livre enquanto todos se matavam de estudar e a ruiva realmente não fazia ideia do que fazer com todo esse tempo livre.

Pensou em ligar para Hugo para contar da “apresentação” que acabara de ver, mas lembrou que na Inglaterra já passava da meia noite e o primo deveria estar dormindo. Talvez essa fosse a pior coisa de morar na Califórnia: o fuso horário.

Ao voltar para o dormitório que dividia Vitória Souza, uma bruxa brasileira que cursava fotografia na parte Trouxa da universidade, lembrou que precisava organizar o que levaria para a Toca para passar o natal. Depois de colocar na mala algumas roupas que ela encontrou espalhadas pelo quarto ela desistiu e se jogou na cama novamente perdida em pensamentos sobre o que deveria fazer depois que se formasse. Mas não conseguiu remoer muito essa situação pois logo o seu celular tocou e ela conseguiu ler Teddy Bear no identificador de chamadas pouco antes de atender.

Ela e o afilhado do seu pai eram muito amigos apesar da diferença de 10 anos na idade dos dois. O metamorfomago era seu padrinho e irmão de consideração, já que muitas vezes ela passava mais tempo na casa dos Potter do que James e Albus, os irmãos de sangue de Lilly, e era o único que se preocupava em incluir a garota mas brincadeiras quando eles eram pequenos.

—Hey. Lembra que dia é hoje? - teddy fez suspense apesar de ter certeza que a ruiva sabia.

—16 de dezembro. Dia das cartas para o Papai Noel. - quando eram pequenos esse era o dia que Harry fazia os rebentos escreverem sobre o que queriam ganhar. Mesmo depois de crescidos Teddy e Lilly continuavam a usar esse dia como desculpa para dizer um para o outro o que queriam e ter a certeza que iam ganhar pelo menos uma coisa que queriam na noite de Natal.

—Exato. E aí, o que você quer de presente?

—Uma resposta sobre o que eu vou fazer depois que me formar talvez.

—Muito esperto, mas infelizmente isso é algo que você tem que resolver por você mesma Lils.

—Eu sei. Infelizmente mesmo. Mas ficaria feliz com uma guitarra nova.

—Seu pedido é uma ordem.

—E você? Quer o que de Natal?

—Dormir uma noite inteira?

—Quer que eu te dê um boa noite Cinderela?

—Não. Prefiro a nova coleção de livros sobre criaturas mágicas que aquele bruxo brasieleiro lançou.

—Anotado. Mande um beijo para Vic e para Remi.

—Ok. Se cuida. Te amo Lils.

—Te amo Teddy Bear.
***

Lilly nunca tinha visto tanta gente junta quanto na livraria bruxa no lançamento da coleção de livros que ela tinha ficado de comprar para o padrinho. Ela nunca iria imaginar que criaturas mágicas era um assunto que chamava tanta atenção. Depois de finalmente conseguir pegar um box da coleção e quase morrer esmagada pelo menos nove vezes ela conseguiu sair da livraria e suspirou percebendo que estava pingando de suor. Outra parte ruim de morar no sul da Califórnia: praticamente não fazia frio no inverno. O que acabava com o resto de magia que o Natal ainda representava para a ruiva.

Já na parte Trouxa da cidade, procurando presentes para o resto da família ela viu uma miniatura do arco do triunfo e riu para si mesma. Os trouxas nem imaginavam que Napoleão era na verdade um bruxo com uma séria mania de grandeza.

Pensando na França Lilly se lembrou da proposta que tinha recebido para dar aula de música numa pequena escola de música bruxa francesa. A ideia não a desagradava, mas preferiria que fosse em outro país.

A pequena Potter não compartilha do amor que a maioria das suas primas senta pela cidade do amor e suas redondezas. Quando era pequena ela ia com tia Fleur visitar a cidade e ao contrário de suas primas, que pareciam maravilhadas, Lilly não via nada demais.

Sempre preferiu a rebeldia de Londres. Paris parecia de plástico. Londres por sua vez era perfeitamente imperfeita, todos os protestos, as contraculturas, as pichações e a música faziam com que a cidade tivesse uma vida que ela ainda não encontrara em outro lugar.

Apesar de só ter conseguido comprar o presente de Teddy, Lilly resolveu voltar para seu dormitório.

Agora ela tinha um plano. Talvez Papai Noel tenha ouvido seu pedido afinal. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Amanhã será sobre o James Potter com a música I’ll be home for Christmas



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